quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Atenção pais. Greve de amanhã deverá encerrar centenas de escolas

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A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais adianta ao DN que “largas centenas” de escolas deverão encerrar esta sexta-feira. Em causa está a greve funcionários das escolas e jardins de infância.
O período lectivo desta semana termina com incertezas. Esta sexta-feira prevê-se uma adesão à greve nos estabelecimentos de ensino superior àquela que se verificou no ano de 2015 e que causou o fecho de portas de mais de duas centenas de escolas.
De acordo com o pré-aviso, a paralisação de amanhã vai envolver 30 mil auxiliares e assistentes técnicos, funcionários das secretarias, psicólogos, entre outros técnicos. A informação foi avançada pelo “Diário de Notícias” esta quinta-feira, citando fontes sindicais.
Artur Sequeira, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), não avançou números concretos mas referiu ao jornal que estima uma “grande greve”, apontando para as “largas centenas” de escolas que deverão encerrar esta sexta-feira.
Na mesma ótica, o presidente da Associação Nacional de Diretores Escolares explicou ao DN que “por respeito ao direito à greve” a entidade não tem por hábito questionar as pessoas sobre se vão efetivamente aderir mas que tentam “ler os sinais”. “Vou falar com o presidente da Câmara [Viseu], responsável pelos transportes escolares, para, caso seja necessário, fazer regressar as crianças a casa”, acrescentou.
A federação dos sindicatos dos funcionários públicos convocou no início de Janeiro uma greve para o dia 3 de fevereiro dos trabalhadores não docentes das escolas e jardins de infância em protesto contra a precariedade laboral.
“A luta vai continuar com uma ação no próximo dia 3, que é uma greve nacional dos trabalhadores não docentes das escolas do ensino básico e secundário e jardins de infância da rede pública”, sublinhou o dirigente da FNSTFPS, no início do ano.
Em conferência de imprensa, realizada em frente ao Ministério da Educação, no primeiro dia do segundo período de aulas, Artur Sequeira adiantou que a greve visa reivindicar “o fim da precariedade” e a dignificação dos direitos dos trabalhadores.
Fonte: JE

Jantar do dia da Mulher em Carromeu

Associação de Melhoramentos e Cultural de Carromeu realizará o seu jantar alusivo à data do Dia da Mulher, no dia 11 de Março.
Pode parecer que está longe, mas é melhor fazer a sua reserva o mais rapidamente possível... antes que os lugares se esgotem!
Comemore o seu dia em boa companhia...
Mira Online
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HISTÓRIA DE DOIS IRMÃOS E UM IMPÉRIO

Abdulrahman sucumbiu aos 16 no Yemen, numa das milhares de operações de assassinato autorizadas por Obama. Agora, Trump decretou a morte de Nawar, sua irmã de 8 anos
Glenn Greenwald - Outras Palavras Tradução: Inês Castilho

Em 2010, o presidente Obama orientou a CIA a assassinar um cidadão norte-americano no Yemen, Anwar al-Awlaki, a despeito do fato de ele nunca ter sido acusado (muito menos condenado) de nenhum crime. A CIA levou adiante essa ordem um ano depois, com um ataque de drone bem sucedido em setembro de 2011. O assassinato suscitou um amplo debate. A União Americana para as Liberdades Civis (ACLU, na sigla em inglês), agora novamente celebrada — processou Obama para impedi-lo  de cometer assassinatos com base no direito a um “processo devido”. Como  seu processo foi rejeitado, acionou Obama novamente depois do assassinato ser cometido. Mas um outro ataque de drone realizado depois disso talvez tenha sido mais significativo, embora despertando relativamente menos atenção.

Duas semanas depois do assassinato de Awalki, um outro ataque de drone da CIA sobre o Yemen matou seu filho de 16 anos nascido nos EUA, Abdulrahman, juntamente com um primo de 17 anos e vários outros yemenitas inocentes. A certa altura os EUA alegaram que o rapaz não era um alvo, mas apenas um “dano colateral”. O avô de Abdulrahman, Nasser al-Awlaki, devastadado pelo luto, instou o Washington Post “a visitar a página do memorial de Abdulrahman no Facebook”, dizendo: “Olhe para essas fotos, seus amigos e seus hobbies. Sua página do Facebook mostra um adolescente típico.”

Poucos acontecimentos desmarcararam, como este, a equipe do então presidente. O fato evidenciou como o governo Obama estava devastando o Yemen, um dos países mais pobres do mundo. Poucas semanas depois de ganhar o Prêmio Nobel, Obama usou bombas de fragmentação que mataram 35 mulheres e crianças yemenitas. Até mesmo os humoristas liberais que apoiavam Obama zombavam dos argumentos dos seus assessores, sobre por que ele supostamente teria o direito de executar norte-americanos sem acusação: “Processo devido significa apenas que há um processo que você faz”, comentou sarcasticamente Stephen Colbert. Uma tempestade armou-se quando o ex-secretário de imprensa de Obama, Robert Gibbs, deu uma justificativa sociopata para o assassinato do adolescente nascido no Colorado, aparentemente culpando-o por sua própria morte ao dizer que ele deveria ter “tido um pai mais responsável”.

Abdulrahman Awlaki, morto por ordem de Obama,
 em 2011
O assalto dos EUA aos civis do Yemen prosseguiu e ampliou-se radicalmente nos cinco anos seguintes, até o fim da presidência de Obama. Washington e Londres, armaram, apoiaram e ofereceram apoio crucial a sua aliada íntima, a Arábia Saudita, à medida em que esta devastava o Yemen através de uma campanha de bombaredeios inclementes. Agora o Yemen enfrenta fome em massa, aparentemente exacerbada, deliberadamente, pelos ataques aéreos apoiados pelos EUA e Inglaterra. A responsabilidade evidente do ocidente por essas atrocidades fez com que elas recebecem tímida atencial nos países que as praticavam.

Num odioso símbolo da continuidade bipartidária da barbárie dos EUA, Nasser al-Awlaki acaba de perder outro de seus jovens netos para a violência dos EUA. Domingo, a Equipe 6 das forças especiais da Marinha, usando drones armados Reaper (Anjos da Morte) como cobertura, promoveu um ataque ao que diziam ser uma fortificação usada por oficiais da Al Qaeda na Península Arábica. Uma declaração feita pelo presidente Trump lamentou a morte de um membro do serviço americano e vários outros que foram feridos — mas não fez menção a nenhuma morte de civis. Oficiais militares dos EUA inicialmente negaram qualquer morte de civis e (consequentemente) a reportagem da CNN sobre o ataque nada disse sobre isso.

Mas relatos vindos do Yemen rapidamente trouxeram à tona que 30 pessoas foram mortas, incluindo 10 mulheres e crianças. Entre os mortos: Nawar, a neta de 8 anos de Nasser al-Awlaki, filha de Anwar Awlaki.

Nawar Awlaki, morta por ordem de Trump
Como observou meu colega Jeremy Scahill – que entrevistou longamente os avós no Yemen para seu livro e filme nas “Guerras Sujas” de Obama – a menina foi “atingida no pescoço”, sangrando até a morte durante duas horas. “Por que matar crianças?”, perguntou o avô. “Essa é o novo governo (dos EUA) – é muito triste, um grande crime.”

O New York Times reportou ontem que oficiais militares estiveram planejando e debatendo o ataque durante meses, durante o governo Obama — mas decidiram deixar a escolha para Trump. O novo presidente autorizou pessoalmente o ataque semana passada. Alegou-se que o “alvo principal” do ataque “eram arquivos de computador existentes dentro da casa, que poderiam ter pistas sobre futuras tramas terroristas.” O jornal citou um oficial do Yemen dizendo que “ao menos oito mulheres e sete crianças, de idade entre 2 e 13, foram mortas no ataque”, que também “danificou severamente uma escola, um centro de saúde e uma mesquita”.

Como mostrou em detalhes meu colega Matthew Cole, poucas semanas atrás, a Equipe 6 das forças especiais da Marinha, com toda a sua glória pública, tem uma longa história de “vinganças, mortes injustificadas, mutilações e outras atrocidades”. E Trump jurou publicamente durante a campanha transformar em alvo não apenas terroristas mas também suas famílias. Tudo isso exige inquéritos corajosos e independentes sobre esta operação.

O mais trágico de tudo é que – assim como acontecia no Iraque – a Al Qaeda tinha muito pouca presença no Yemen antes do governo Obama começar a bombardear o país e atacá-lo com drones, matando civis e empurrando as pessoas para os braços do grupo militante. Como disse o jovem escritor yemenita Ibrahim Mothana ao Congresso em 2013:

Os ataques de drones estão causando nos yemenitas cada vez mais ódio pelos americanos e levando-os a aderir aos militantes radicais… Infelizmente, vozes liberais nos Estados Unidos estão ignorando amplamente, ou perdoando, as mortes de civis e assassinatos extrajudiciais no Yemen.

Durante a presidência de George W. Bush, a ira teria sido tremenda. Mas hoje há pouco clamor, ainda que o que esteja acontecendo seja, em vários aspectos, uma continuidade ampliada das políticas de Bush…

Os defensores de direitos humanos precisam pronunciar-se. A política de contraterrorismo dos EUA no Yemen está não apenas tornando o país menos seguro — ao fortalecer o apoio para a A.Q.A.P. [Al-Qaeda na Península Arábica] — mas poderia, em última instância, colocar em perigo os Estados Unidos e o mundo inteiro.

Essa é a razão por que é crucial – no momento em que  surgem protestos urgentes e necessários  contra os abusos de Trump – não permitir que a história recente dos EUA seja esquecida. A selvageria de longa data praticada pelo país não pode ser vista de modo simplório, como aberração trumpiana — nem se deve esquecer a estrutura da Guerra ao Terror, que engendra esses novos assaltos. Alguns dos abusos atuais são obra específica de Trump, mas – como descrevi domingo — boa parte delas é produto de décadas de uma mentalidade e de um sistema de guerra e de poderes executivos que todos precisamos enfrentar.

Esconder esses fatos, ou permitir que os responsáveis por eles posem de opositores a tudo isso, não é apenas enganador, mas também contraprodutivo. Muito do que se faz agora vem em odiosa continuidade e não apareceu do nada.

É verdadeiramente estimulante ver a raiva gerada pelo banimento, por Trump, de refugiados, e de pessoas que têm visto, vindas de países como o Yemen. Mas também dá muita raiva que os EUA continuem a massacrar civis yemenitas, tanto diretamente quanto por meio de seus parceiros sauditas. Não é apenas Trump que precisa de oposição veemente — mas uma mentalidade e um sistema.

IMPRENSA LIVRE UMA VEZ MAIS

 Artur Pereira – jornal i, opinião
A saúde da democracia depende da saúde do jornalismo. A sociedade necessita que a imprensa respeite a verdade
“Nada existe, exceto átomos e vazio, tudo o demais é opinião” Assim resumia Demócrito de Abdera, filosofo grego, as suas ideias sobre a estrutura da matéria às uns 2.500 anos.

Demócrito, para muitos considerado o pai da ciência moderna, também era conhecido pelo filósofo que ri, mas o sábio estaria longe de imaginar, como a sua sentença se viria a comprovar de forma tragicamente distorcida.

É verdade, a opinião, nos dias de hoje, mais que em qualquer outra altura da história, assume um atributo identificador de personalidade e de direito, mesmo para os que não têm opinião sobre coisa nenhuma, e uma velocidade para se difundir e arregimentar seguidores em todo o planeta, que a torne elemento decisivo para o julgamento de qualquer pensamento politicamente mais elaborado.

Hoje, as ideias, foram substituídas por opiniões bastardas de pais incógnitos, são populares porque afinal todos temos opiniões. A ideia precisa de reflexão e estar suportada átomo sobre átomo, até á construção da matéria que apaixone e mobilize. 

A opinião atrevida e ignorante, sustenta-se de frenesim e crença, lança-nos sobre o vazio onde ficamos iludidos e indefesos. Os sound bites onde se refugia não são mais que onomatopeia.

A imprensa tem um desafio tremendo e uma enorme responsabilidade. Em todos os momentos de grande tragédia humana, os jornalistas foram sempre chamados e estiveram presentes a dar o melhor das suas convicções e coragem.

Responderam muitas vezes em circunstancias dificílimas, a um verdadeiro sentido de missão, de procurar e escrever a verdade. Mais que uma classe, são a extensão natural da liberdade e a palavra que é a sombra da ação.

Quando homens e mulheres resistiam enterrados vivos em celas, entre as trevas e o horror dos esbirros, mas os jornais talhados a chispas de luz e esperança, nos esperavam cúmplices a cada amanhecer, então sabíamos que tínhamos ganho. 

A saúde da democracia depende da saúde do jornalismo. A sociedade necessita que a imprensa respeite a verdade. A diferença entre jornalismo e a informação cidadã, é que o jornalista tem a obrigação de corroborar os dados. Só assim os meios de comunicação terão credibilidade.

Estamos imersos numa mentira global. A internet permite a falsificação da informação, desde da mentira do sujeito que finge aquilo que não é no Facebook, até à construção de uma realidade paralela, sustentada na repetição e em uma adesão massiva que confirma mais que nunca a velha teoria da espiral do silencio de Noelle Newman.

O Papa Francisco, afirmou que produzir e consumir noticias falsas é como praticar coprofagia, ou seja comer fezes e pediu maior compromisso entre a verdade e os meios de comunicação. 

Agradeço muito ao Papa que tenha falado sem receio e para abanar as consciências, independente do mal-estar hipócrita dos poderes instalados.

Estamos em plena época de mudanças vertiginosas provocadas pelos ratos dos computadores. A revolução digital, depois das “primaveras”, degenerou em reações nacionalistas e xenófobas. 

Nas manifestações misturam-se, os partidos, os indignados, provocadores, antissistema, e também psicopatas que praticam o ódio em relação ao outro.

Para Zygmunt Bauman, filosofo polaco, socialista: “as redes sociais são uma armadilha que expressam a desconfiança dos cidadãos não só dos políticos corruptos ou estúpidos, mas também dos que simplesmente só são incapazes”.

Gurus e utilizadores usam as redes para se encerrarem em zonas de conforto onde o único som que escutam é o eco da sua voz, e onde o único que vêm são os reflexos da sua própria cara.

Muitos dos utilizadores da “nuvem” virtual, são como o galo que acreditava que o Sol nascia só para o ouvir cantar, sentem-se enormes na sua arrogante ignorância. São reis do mambo digital.

São narcisos que se olham ao espelho dos seus écrans e em vez de caçar javalis caçam pessoas, com a metralhadora das teclas, acoberto da anónima impunidade.    

A ignorância, a vaidade, a pósverdade, e a fake news são irmãs e filhas do populismo.  

Falar com alguém a quem vemos os olhos, é mais instrutivo de que com um anónimo cibernético. Um provérbio chinês diz que “é melhor ver a cara que escutar o nome.”

Desta luta que se adivinha, pela liberdade e pelos direitos, vencemos se formos armados da luz das ideias contra o nevoeiro impreciso onde se acoita o caudilho de traje populista seguido da procissão de cegos que já não querem ver.

*Consultor de comunicação - Escreve às quintas-feiras

Portugal. A TEMPESTADE DÓRIS ESTÁ À PORTA. REFORÇADO AVISO VERMELHO

A Autoridade Marítima decidiu hoje alargar ao Cabo Carvoeiro e à praia do Portinho da Areia Sul, em Peniche, as restrições de acesso junto à costa na região Oeste devido ao mau tempo, em função da tempestade já batizada de Dóris.

O comandante da Capitania, Marco Augusto, disse à agência Lusa que os acessos ao Cabo Carvoeiro e à praia do Portinho da Areia Sul passaram a estar também condicionados.

Em Peniche, também o acesso de pessoas e viaturas aos molhes Leste (junto à praia dos Supertubos) e Oeste (junto à marina) se mantém condicionado.

A Proteção Civil Municipal decidiu ainda colocar "barreiras físicas" para proteção dos bares nas praias do Molhe Leste e do Baleal e condicionar o acesso à praia de Peniche de Cima, à entrada da cidade, disse o presidente da câmara, António José Correia.

Nas Caldas da Rainha, o passeio marítimo e a marginal da Foz do Arelho vão estar fechados à circulação de pessoas e viaturas, assim como o acesso ao paredão da Praia da Areia Branca (Lourinhã).

Na Lourinhã, a Proteção Civil Municipal decidiu também interditar o estacionamento da praia local de Porto Dinheiro.

Em função do estado do mar, a Autoridade Marítima pode vir ainda a restringir o acesso à ilha do Baleal, fechar a marginal norte, em Peniche, e o passeio marítimo de Santa Cruz (Torres Vedras).

Os distritos de Leiria e Lisboa vão passar do aviso laranja para o vermelho (o mais grave) às 14h59 de hoje, devido à previsão de "ondas de noroeste com sete a oito metros de altura significativa, podendo atingir 12 a 14 metros de altura máxima", segundo informação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

O aviso vermelho também será acionado entre as 14h59 e as 23h59 de hoje, pelo mesmo motivo, nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro e Coimbra.

Norte sem situações "merecedoras de maior cuidado"

Ondas com oito metros de altura registavam-se ao final da manhã de hoje em Leixões, Matosinhos, disse à Lusa o comandante da Zona Marítima do Norte e chefe do Departamento Marítimo do Norte.

Em entrevista telefónica, Rodrigues Campos afirmou que até ao momento não há conhecimento de nenhuma situação "merecedora de maior cuidado" e alertou para se evitarem aproximações das zonas da orla costeira.

Segundo Rodrigues Campos, as ondas gigantes que se esperam proporcionam "imagens espetaculares" e de" vídeos muito interessantes para colocar nas redes sociais", mas, avisa, colocam os seus autores em "risco desnecessário".

Neste momento, na zona Norte estão vários meios "prontos e em ação", designadamente embarcações do Instituto de Socorros a Náufragos, e meios da Polícia Marítima na água e por terra.

Fonte da Câmara do Porto adiantou à Lusa que a avenida D. Carlos e rua Coronel Raúl Peres foram cortadas ao trânsito devido à forte ondulação prevista e que o corte das duas estradas vai manter-se até ao final do dia de sexta-feira, estando os serviços da Proteção Civil acionados em "toda a zona costeira", com patrulhamentos, por exemplo, junto ao Farol.

A Câmara de Matosinhos, por seu turno, decidiu hoje de manhã mandar cortar a circulação pedonal nos passadiços desde a zona da Boa Nova até Angeiras, incluindo a Ponte Pedonal da Conchinha, avançou fonte do gabinete de imprensa da autarquia.

Em Vila Nova de Gaia fonte das relações públicas informou que há equipas de bombeiros nos locais mais críticos, designadamente em Granja, Valadares e Lavradores desde as 11:00 de hoje, mas acrescenta que não foi registada nenhuma situação grave.

Lusa, em Notícias ao Minuto

Portugal. O PÃO QUE O DIABO AMASSOU

Miguel Guedes – Jornal de Notícias, opinião
Como não consta que Nuno Carvalho ponha as mãos na massa do pão que vende aos seus clientes, este texto não se lhe dirige. Não espero que tire as mãos da massa e as coloque na consciência. Após a tentativa de contenção de danos do fundador da "Padaria Portuguesa" ter agravado a natureza das suas declarações iniciais, percebeu-se como evoluiu a sua opinião: firme e seca como pão após umas horas de exposição pública. É uma opinião sua, não é um crime de ninguém. Quem quer saber então de elevar o salário mínimo quando os seus próprios "colaboradores" trabalham em vários sítios ao mesmo tempo? Alguma vez lhe terá ocorrido que talvez isso aconteça porque o salário mínimo que paga a alguns deles não chega? Eis a pequena ou subtil diferença que separa 577 euros salário-mês de 10 milhões de euros lucro-ano.

À selva o que é da selva. O patrão da "Padaria Portuguesa" nada disse de ofensivo no contexto do "novo empreendedorismo" reinante. De resto, se alguma vantagem teve mais um simulacro de indignação, foi o de trazer para fora do abrigo uma enorme quantidade de leões e de ovelhas, prontíssimos para ocupar as suas posições nas trincheiras. Os primeiros, agrupados em alcateia, defendendo com unhas e dentes a flexibilização da contratação e despedimento, as horas extras por decreto, as vantagens relativas do descanso para os trabalhadores, essa cambada de calões que arruínam a produtividade da firma. Os segundos, agrupados em rebanho, apelando ao boicote do consumo de hidratos na casa da Padaria, numa sequela da mais antiga série que se conhece sobre a irritação repentina: só mais uns dias e isso passa até porque hoje-tenho-que-passar-pelo-Pingo-Doce-da-Jerónimo-Martins-antes-de-ir-para-casa. Lamentavelmente, nada disto se resolve erguendo muros ou pichando os que existem.

Uma vez mais, a multidão resolve cortar a árvore no meio de uma floresta densa, como um bálsamo. As afirmações do patrão-padeiro, enroladas em pensamento modernaço-liberal, indiferença e secura gritantes, são bem o espelho da actual concepção do mundo laboral. Uma cartilha bem à mão. Trabalho mal remunerado e precário para os que se sujeitam, horários acumulados para as mulas, distribuição de pequenos prémios como cenouras. O que é verdadeiramente inconcebível é a falta de bom senso que acompanha o dono de tamanha desproporção (não estamos perante um pequeno negócio que não consegue pagar acima do salário mínimo aos seus poucos trabalhadores). Mas não nos iludamos no ódio para podermos imolar por conforto. Este é só mais um caso de pão com sabor a escravidão e miséria, igual a tantos outros sítios onde há alguns patrões a quem ninguém aponta uma câmara.

O autor escreve segundo a antiga ortografia

*Músico e advogado

AS TEMPESTADES QUE TEMOS DE AGUENTAR

Hoje também há Expresso Curto, o servidor é um homem do Expresso, Ricardo Marques. Abertura com prosa romanceada, apetitosa. Versa a tempestade que aí vem para sul e que no norte de Portugal já está a fazer estragos.

Ler a abertura deste Curto deu para pensarmos que “hoje livramo-nos do Trump e de sua trupe”. Qual quê! Nem pó! Trupe de Trump vem logo a seguir. Outra tempestade.

Mais palavreado para quê? Vão diretos à cafeína. Está muito bem tirado, com espuma e tudo. Beberriquem com sorvos controlados. Só isso.

Bom dia e boa noite. Descansada, apesar das tempestades que temos de aguentar. É que entre mortos e feridos alguns de nós hão-de escapar. Já não é mau.

MM / PG

Bom dia, este é o seu Expresso Curto

Ricardo Marques – Expresso

A culpa é do Jürgen

Hoje acordei cedo, fui até à praia e fiquei na areia a olhar para o mar com a ingenuidade de quem espera perceber o mundo. Não está famoso.

O vento levou a areia que falta ao fundo das escadas, como se nos escapasse o chão debaixo dos pés. As arribas, outrora sólidas como convicções, parecem frágeis montes de barro. O mar calmo dos dias quentes de agosto, que convida a entrar para um mergulho, está feito um pequeno monstro que tudo expulsa e empurra para fora. Imprevisível e imparável. Umaonda trás da outra, um golpe de cada vez, sem olhar a consequências, capazes de levar tudo à frente com estrondo. Rochas velhas de milénios e os molhes feitos pelo homem valem o mesmo: nada.

Quando olhamos para o horizonte, em direção ao outro lado do Atlântico, de onde virá o perigo, só vemos mais do mesmo. Céu cinzento, carregado de nuvens altas como águias e algumas a fazer lembrar penteados estranhos. Dá para ver que não está bom, mas ainda é cedo para saber até que ponto será mau. As gaivotas voam desvairadas por cima do areal sem saber para onde ir. Parou há pouco de chover e sopra um vento frio. O mundo não está famoso. O tempo também não. E vai piorar.

Ficarão os destroços.

Há um nome a reter: Jürgen. Fique a saber que um alemão, o tal Jürgen Karsten, pagou 199 euros para batizar esta baixa pressão que lá do alto nos vai cair mesmo em cima da cabeça (ainda há algumas tempestades à espera de nome no Instituto de Meteorologia de Berlim).

A Jürgen é uma depressão formada no Atlântico que viajou toda a noite a uma velocidade de 65km/h em direção à Península Ibérica. Se olhar pela janela neste momento poderá ter uma pequena ideia do que está para vir nas próximas horas: chuva intensa, vento forte (com rajadas de 80km/h no litoral e 100km/h nas terras altas).

A partir da tarde, e por algumas horas, haverá uma breve trégua em terra. Mas o mar estará apenas a acordar. Entre o meio-dia de hoje e as três da tarde de amanhã as ondas poderão atingir os 14 metros a norte do Cabo da Roca, vindas de Oeste e empurradas pelo vento que vai soprar da mesma direção – perpendicular à costa. A preia-mar é às seis da tarde, o pico da ondulação também e é provável que a maior parte das notícias sobre o mau tempo chegue por essa hora.

Prepare-se para um dia inteiro a ouvir falar da cor dos alertas e espreite aqui aqui algumas das zonas já proibidas.

Ontem à tarde conversei com Pedro Viterbo, Diretor do Departamento de Meteorologia e Geofísica do IPPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P). “É algo parecido com a situação que tivemos entre dezembro de 2013 e março de 2014, embora nessa altura tenha sido de uma forma persistente”, explicou o meteorologista referindo-se à tempestade Hercules (cujos estragos ultrapassaram os 20 milhões de euros).

O risco maior, acrescentou Pedro Viterbo, está nas arribas e na violência com que o mar as vai atingir. Portanto, mantenha-se longe da beira-mar, conduza com todo o cuidado e vá espreitando os avisos nas página do IPMA e da Proteção Civil.

Acima de tudo, não desespere. “A partir da tarde de domingo prevê-se uma melhoria significativa do estado do tempo”, prevê Pedro Viterbo.

E do estado do mundo?

OUTRAS NOTÍCIAS

Rex Tillerson, o ex-homem-forte da Exxon Mobil, é o novo Secretário de Estado dos Estados Unidos da América, o 69.º da história, mas a eleição no Senado foi a que contou com mais votos contra. Tillerson será o rosto da política externa de Washington, que já teve dias mais fáceis. A batalha seguinte do 45.º Presidente dos EUA será a confirmação do juiz Neil M. Gorsuch para o Supremo Tribunal. E a parada está alta, como escreve o New York Times.

É uma espécie de mau tempo político e há duas semanas que não se fala de outra coisa.

Esta manhã, a novidade vem da Austrália: parece que o primeiro-ministro Malcolm Turnbull discutiu a sério com o presidente dos EUA durante um telefonema no sábado. A história está esta manhã nos principais jornais.

O secretário-geral da ONU criticou as medidas anunciadas pela nova administração norte-americana que visam travar a entrada no país de cidadãos de sete países de maioria muçulmana. “Esta não é a melhor forma de proteger os Estados Unidos ou qualquer outro país em relação às sérias preocupações relativamente a possíveis infiltrações terroristas”, afirmou António Guterres.

Ontem à noite na televisão discutia-se a fotografia em que o novo inquilino da Casa Branca aparece de mão dada com Theresa May, a primeira-ministra britânica. Mil palavras já foram ditas sobre a imagem, mas se a conversa regressar durante o dia talvez seja útil ler mais esta explicação.

Sobre o homem que sucedeu a Obama, o conservador Ben Shapiro escreve na National Review que não há nenhum grande plano.

A propósito de Theresa May, o Parlamento britânico deu luz verde ao governo para iniciar o processo de saída da União Europeia. Do lado de lá da Mancha, há muita gente a fazer contas às contas que vão comandar a negociação entre Bruxelas e Londres.

Milhões e mais milhões. Ou millones, como se diz aqui ao lado. O El Mundo divulgou a lista das 200 pessoas mais ricas de Espanha. Para ver com toda a calma do mundo, sem pressa. Comece por Sandra Ortega Mera, cujas empresas investiram esta ano 50 milhões de euros na Península de Tróia e siga sem parar à descoberta dos cofres mais cheios da Península Ibérica.

Atravessando os Pirinéus, mas sem deixar de falar de dinheiro, a corrida ao Eliseu não está a ser fácil para François Fillon. Problema atrás de problema, como ondas em dia de mar revolto. Depois do alegado falso, e bem pago, emprego da mulher, o ex-primeiro-ministro e candidato da direita vê-se agora em problemas com um seu emprego, real e igualmente bem remunerado.

A eleição presidencial em França está marcada para abril. A líder da Frente Nacional, Marine Le Pen – que recusa devolver 300 mil euros ao Parlamento Europeu -, é a candidata mais bem colocada nas sondagens, a par de Fillon. Este artigo já tem uns meses, e é um pouco longo, mas ajuda a explicar um pouco a força crescente da extrema-direita europeia.

A chanceler Angela Merkel está de visita à Turquia e, como escrevem os jornais alemães, o clima entre os dois países não é o melhor.

Na Hungria, onde o partido Jobbik (extrema-direita e anti-semita) cresceu 5 % nas eleições do ano passado (de 16% para 21%), está o presidente russo Vladimir Putin, para discutir com o primeiro-ministro Viktor Orban o reforço da cooperação económica. A presença de Putin em Budapeste está a ser um verdadeiro teste aos nervos dos restantes países da União Europeia.

O Egipto, que derrotou ontem na meia-final o Burkina Faso treinado pelo português Paulo Duarte, é o primeiro finalista na Taça das Nações Africanas, que decorre no Gabão. Gana e Camarões disputam hoje a segunda meia-final.

(O Manchester United, de José Mourinho, empatou com o Hull City, de Marco Silva. Zero a zero. O Barcelona foi a Madrid ganhar 2-1 ao Atlético e o derby Porto-Sporting já mexe)

Em África está o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Manuel Heitor termina hoje uma visita de quatro dias à Nigéria. Além de uma reunião com o seu homólogo nigeriano, Ogbonnaya Onu, o ministro vai visitar a Agência Nacional de Investigação Espacial e Desenvolvimento e a Agência Nacional de Desenvolvimento em Biotecnologia.

Manuel Heitor não deverá estar no Conselho de Ministros, que começa dentro de pouco mais de uma hora.

Quem já está a trabalhar é a nova administração da Caixa Geral de Depósitos. Paulo Macedo e Rui Vilar aproveitaram o primeiro dia em funções para escrever aos funcionários. Querem a ajuda de todos para cumprir os objetivos traçados: capitalização, reestruturação e rentabilidade do banco público.

No Parlamento, depois da discussão de ontem sobre a eutanásia, hoje estará debate o acesso dos administradores judiciais ao registo informático das execuções, às bases de dados tributárias e da segurança social. E também as alteraçõespropostas pelo governo (e contestadas por todos) à lei sindical da PSP.

Sem acesso a medicamentos para tratar, por exemplo, infeções respiratórias e pneumonias, estão vários hospitais portugueses. O Infarmed já recomendou uma gestão cuidada dos stocks.

A terra tremeu ontem à noite, pelas 23h20, em Porto de Mós, Leiria. Sem estragos nem vítimas.

E nos Açores.houve uma espécie de antevisão do temporal que vamos ter hoje.

MANCHETES

Correio da Manhã: “Justiça aperta Sócrates com milhões da PT"
Diário de Notícias: “Gestores de falências vão ter acesso a todos os dados de devedores”
Jornal de Notícias: “Segurança Social culpada por mortes em lar ilegal”
Público: “Líder da UGT não garante nova subida do salário mínimo”
I: “Homens suicidam-se três vezes mais do que as mulheres”
Visão: “Ganhar dinheiro com as casas”
Sábado: “Mário Soares: A família desconhecida"

O QUE ANDO A LER

Um pouco de tudo, mas sem páginas nem papel. Apenas alguns artigos a partir dos quais vai nascendo uma história. A viagem pelas sugestões será breve, até porque o tempo, já vimos, não está para grandes passeios.

O roteiro é simples, tão simples como este mapa que mostra a Internet em 1973.

Damos um salto rápido ao fim do mundo, literalmente, para perceber como é que os mais ricos e poderosos dos nossos dias se preparam para o fim dos dias. Pode ser num silo à prova de tudo algures no meio do nada, ou à beira-mar na Nova Zelândia.

Voltamos a África para descobrir que o mundo acaba todos os dias. Doze milhões de pessoas com fome.

E acabamos onde tudo começou, à procura de esperança em 165 anos de anúncios de casamento publicados no New York Times.

“In good times and in bad…”

Tenha um bom dia de mau tempo.

Há Expresso Diário às seis, informação disponível a qualquer hora em Expresso.pt e amanhã cá estará o Nicolau Santos para servir o último Curto desta semana.

Was Freud right about dreams after all? Here’s the research that helps explain it

July 14, 2016 6.30am BST
It is the most well known – and perhaps infamous – theory of dreams in the Western world. At the turn of last century, Sigmund Freud published his book, The Interpretation of Dreams, arguing that our dreams are nothing more than wishes that we are looking to fulfil in our waking lives. Some of these wishes are relatively innocent, and in these cases our dreams picture the wish just as it is. However, there are other wishes that are so unacceptable to us (such as sexual or aggressive impulses that we can’t admit to or act out) that our dreams have to censor them.
Sigmund Freud. wikimedia
Such unacceptable wishes are typically suppressed by the conscious waking mind but turn up in the dream in an unrecognisable and often bizarre way. But with the help of a psychoanalyst and methods like free association, Freud argued, the wish behind the dream could be discovered.

Despite the theory’s fame and influence on other psychological theories it has fallen into disrepute in recent years, and been roundly debunked by modern dream scientists. Dozens of theories about why we dream now exist – from helping to process our emotions and strengthening new memories to rehearsing social or threatening situations. But no one theory now dominates, as Freud’s once did.

Revealing experiments

However over the past decade or so, a new series of experiments have begun to demonstrate that at least one part of Freud’s theory might have been correct after all: that we dream of things we are trying our best to ignore.
The first of these experiments was conducted by Daniel Wegner, who noticed that when we are trying hard to ignore or suppress a thought, it often just keeps coming back. He suggested that this is because we have two psychological processes at work at the same time when we try to suppress a thought: an operating process that actively suppresses it, and a monitoring process that keeps an eye out for the suppressed thought. Thought suppression is therefore complicated and can only be achieved when the two processes are working together harmoniously.
Wegner suggested that these processes might fail during rapid-eye-movement (REM) sleep. During REM sleep parts of the brain that are needed for thought suppression – such as those involved in attention, control and working memory – are deactivated. We know that a large number of our dreams come from REM sleep, so Wegner hypothesised that we would see a lot of suppressed thoughts making a reappearance in dreams.
Interestingly, he managed to test this idea in 2004. In his experiment, participants were asked to identify a person they knew and then to spend five minutes writing a stream-of-consciousness (about whatever came to mind) before going to bed that night. The first group of these participants were told specifically not to think about the person during their five minutes of writing, whereas a second group were told to specifically think about them. A third group could think about whatever they wanted. When they woke up in the morning, they all recorded any dreams they could remember having that night. The results were clear: the participants who were instructed to suppress thoughts of a person dreamt of them much more than the participants who were instructed to focus their thoughts on the person and the participants who could think about whatever they wanted. Wegner called this the “dream rebound effect”.
Since that experiment, we’ve learned a lot more about the dream rebound effect. For example, it has been found that people who are generally more prone to thought suppression experience more dream rebound, and that suppressing a thought not only leads to more dreams about it, but also to more unpleasant dreams.

Antonio de Pereda’s 1655 painting. wikimedia

In some of my recent research, I found that people who generally try to suppress their thoughts not only dream about their emotional experiences from waking life more – in particular unpleasant situations – but also have worse sleep quality and higher levels of stress, anxiety and depression than others. In fact, we know now that suppressing thoughts is related to a whole host of mental health concerns.
Because of this, we really need to better understand what happens to thoughts when we try to suppress them. Paying attention to our dreams, then, could help us to identify things in our lives that we’re not paying enough attention to that are causing us problems. This may mean that there is merit to exploring dreamwork in therapy. In fact, recent research has shown that exploring dreams is an effective way of obtaining personal insight – both in and out of therapy settings.

The verdict on Freud

There are still plenty of aspects of Freud’s theory of dreaming that haven’t been (and can’t be) tested empirically. It’s possible to argue that fulfilment is involved in almost any dream, but it’s impossible to prove or disprove it. In later writings, Freud admitted that the theory could not account for all types of dreams, such as the nightmares associated with post traumatic stress disorder. His theory also takes the agency of the dream interpretation away from the dreamer and into the hands of the analyst, which is at odds with ethical guidelines for dreamwork that are now typically followed.
Nevertheless, some aspects of the theory have stood up to experimentation – for example, dreams from REM sleep are full of aggressive interactions, which Freud could have used as evidence of suppressed aggressive impulses playing out in our dreams.
So while the exact extent to which Freud’s theory about dreams was correct remains unclear, in at least one respect, it looks like he got it right after all: dreams really are the royal road to a knowledge of the unconscious –- where banished thoughts live on.
Fonte:theconversation