segunda-feira, 15 de julho de 2019

Alentejo | Assembleia Municipal de Évora aprovou reestruturação dos serviços camarários


A Assembleia Municipal de Évora aprovou o avanço da reestruturação de serviços do Município de Évora, na sessão de 12 Julho de 2019. O resultado da votação foi o seguinte: 16 votos a favor (14 da Coligação Democrática Unitária, 1 do Bloco de Esquerda e 1 do Machede Movimento Popular Independente), 16 contra (13 Partido Socialista e 3 Partido Social Democrata) e 1 abstenção (Coligação Afirmar Évora 2017). Valeu o voto de qualidade do Presidente da AME. Como a anterior proposta foi rejeitada, o Presidente do Município de Évora explicou que, agora, procuraram integrar as sugestões feitas, entre elas a redução das unidades orgânicas e subunidades. Recordou ainda que a reestruturação integra 3 momentos, sendo este o primeiro deles - o conteúdo dos departamentos - pronunciando-se posteriormente sobre o das divisões e depois das unidades de 3º grau.

A Prestação de Contas Consolidadas/Relatório de Gestão Consolidado do Município de Évora 2018 obteve 16 votos favoráveis (13 da CDU, 1 do BE e 1 do MMPI) e 16 abstenções (12 do PS, 3 do PSD e 1 da CAE2017), enquanto o Empréstimo de Médio e Longo Prazo nº 9015006934991/Proposta de alteração às condições de financiamento/Alteração da taxa de juro foi aprovado com 16 a favor (13 da CDU, 1 do BE, 1 do MMPI e 1 da CAE 2017) e 15 abstenções (12 do PS e 3 do PSD).

A deliberação acerca do Regulamento do Mercado Municipal de Évora mereceu aprovação com 19 votos favoráveis (13 CDU, 3 do PSD, 1 BE, 1 da CAE 2017 e 1 do MMPI) e 12 contra (PS) e a Revisão pontual do Regulamento de Atribuição de Lotes para instalação de actividades económicas foi aprovada com 19 votos a favor (13 da CDU, 3 do PSD, 1 do BE, 1 do MMPI e 1 da CAE 2017) e 11 abstenções (PS).

O Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Município de Évora 2019/2028 foi aprovado por unanimidade e a 18ª modificação aos Documentos Previsionais de 2019/PPI (2019-2022) mereceu 19 votos a favor (13 CDU, 3 do PSD, 1 BE, 1 da CAE 2017 e 1 do MMPI) e 11 abstenções (PS).

O Contrato de licenciamento de software para o período 2019-2021 recebeu 18 votos favoráveis (13 da CDU, 3 do PSD, 1 do MMPI e 1 da CAE 2017) e 13 abstenções (12 do PS e 1 do BE) e a atribuição de dominialidade pública à azinhaga paralela à Ecopista (união de Freguesias do Bacelo e Sª da Saúde) foi aprovada por unanimidade.

O Presidente da Câmara Municipal, Carlos Pinto de Sá, deu conhecimento acerca da atividade do Município nos meses Abril e Maio de 2019, bem como da situação financeira do mesmo e respondeu a um conjunto de diversas questões colocadas pelos membros da Assembleia.

No período Antes da Ordem do Dia foi aprovada a recomendação da Bancada do PS sobre questões referentes ao funcionamento da Assembleia Municipal de Évora, lida por Ana Beatriz Cardoso. O documento defende “o cumprimento estrito dos prazos legais e regimentais para envio das convocatórias das futuras sessões da Assembleia Municipal; A adequação dos recursos humanos a afetar pela Câmara Municipal ao funcionamento da Assembleia Municipal, de modo a evitar o envio tardio de convocatórias, ordens de trabalhos e documentos aos membros da Assembleia Municipal; e a realização de reuniões da Mesa da Assembleia para elaboração da ordem do dia, tendo em consideração não apenas as propostas da câmara municipal e que resultam da competência deliberativa desta assembleia, bem como de iniciativas e propostas que venham a ser apresentadas pelos membros da Assembleia Municipal para ali serem incluídas”. Foi aprovada com 18 votos a favor (13 do PS, 2 do PSD, 1 do BE, 1 do MMPI e 1 da CAE2017), 2 contra (CDU) e 12 abstenções (11 da CDU e 1 do PSD).

O PS viu também aprovada a moção sobre a prospeção de minérios em Monfurado, lida por Ananias Quintano, com 28 votos a favor (13 do PS, 14 da CDU e 1 do BE), 2 contra (1 do PSD e 1 da CAE2017) e 3 abstenções (2 do PSD e 1 do MMPI). Nesta, a Assembleia Municipal de Évora “contesta vivamente a hipótese, por mais remota que possa ser, de que tal crime contra a natureza se possa vir a consumar. Nestes termos, apela ao Governo e ao Senhor Ministro do Ambiente, em particular, para que mande proceder a uma avaliação rigorosa do que está em causa e determine a anulação do Aviso nº 8864/2019, publicado no DR, 2.ª série, nº 98, de 22/05/19. Alerta ainda as populações e os autarcas do distrito, apelando à sua indignação cívica e mobilização para o combate que se torne necessário travar, utilizando todos os meios legais a que seja possível recorrer para impedir o que só pode ser classificado um crime que, uma vez consumado, é irreparável”.

Foi ainda aprovada a moção da Bancada de eleitos da CDU, lida por Carlos Cruz, acerca do pedido de atribuição de direitos de prospecção e pesquisa de depósitos minerais de ouro, prata, cobre, chumbo, zinco e minerais associados na zona da Boa-Fé. Face ao historial de esclarecimento, pesquisa técnica, conversa com a população e tomada de decisões desfavoráveis, quanto à possibilidade da exploração mineira, a Assembleia Municipal de Évora decidiu “Concordar e ratificar a posição desfavorável, relativamente à solicitação efectuada, assumida, por unanimidade, na Câmara Municipal de Évora, entendendo que a atribuição de uma licença de prospecção e exploração é contrária aos interesses do concelho”. Foi aprovada com 28 votos a favor (14 do da CDU, 13 do PS e 1 do BE), 2 contra (1 do PSD e 1 da CAE2017) e 3 abstenções (2 do PSD e 1 do MMPI).

Uma recomendação do BE, lida por Bruno Martins, foi também aprovada com 28 votos a favor (13 do PS, 14 da CDU e 1 do BE), 2 contra (1 do PSD e 1 da CAE2017) e 3 abstenções (2 do PSD e 1 do MMPI). Nela, a Assembleia Municipal de Évora delibera: “Dar o seu apoio incondicional à pronúncia negativa emitida pela Câmara Municipal de Évora, na sua reunião de 19 de junho de 2019, em relação ao pedido de prospeção e pesquisa de depósitos minerais na zona da Boa-Fé; recomendar à Câmara Municipal de Évora (CME) que inicie de imediato um processo de revisão do Plano de Intervenção em Espaço Rural para o Sítio de Monfurado (PIERSM), com vista à inclusão das Atividades de Exploração dos Recursos Geológicos nas Atividades Interditas em todo o espaço abrangido pelo PIERSM; Recomendar à CME que procure efetuar a revisão acima proposta, em estreita articulação com o Município de Montemor-o-Novo, por forma a promover uma gestão integrada para o Sítio de Monfurado; Recomendar à CME que informe esta Assembleia Municipal dos trabalhos efetuados, tendo em vista esta revisão na última Assembleia Municipal de 2019; e Enviar esta Recomendação para os órgãos de soberania (Governo, Assembleia da República e Presidente da República) e para os órgãos de comunicação social local, tendo em vista a sua publicação”.

Mereceu aprovação unânime um voto de saudação, apresentado por Frederico Carvalho (CAE2017) sobre o Centro Interpretativo dos Almendres. Neste, a Assembleia Municipal de Évora propôs uma “saudação aos seus promotores, dinamizadores e parceiros pela iniciativa em boa hora concretizada, reconhecendo os esforços desenvolvidos para esse efeito e a importância que o património arqueológico e cultural em geral tem na afirmação do nosso território e do desenvolvimento sustentável do concelho e por esta via demonstrado”.

Os eleitos da CDU apresentaram uma moção, lida por Elmina Lopes, sobre a conclusão do processo de revogação parcial do contrato de execução celebrado entre a CME e o Ministério da Educação que foi aprovada com 17 votos a favor (14 da CDU, 1 do BE, 1 da CAE2017 e 1 do MMPI), 13 contra (PS) e 3 abstenções (PSD). Assim, a Assembleia Municipal de Évora decidiu: “Congratular-se por o Ministério ter finalmente assumido as suas responsabilidades; Manifestar a sua preocupação por não haver da parte do Ministério da Educação (ME) o reconhecimento da gravidade da situação e por estar a protelar a contratação do pessoal necessário; e Reclamar do Ministério de Educação, para que este assuma as suas competências na integra e dê as garantias à Comunidade Escolar, de ter os meios logísticos, técnicos e humanos necessários (em particular pessoal não docente), para que o ano lectivo 2019/2020 abra sem sobressaltos”.

A moção “É tempo dos CTT reabrirem os serviços encerrados e desativados!”, proposta pela Bancada da CDU e lida por Jorge Lourido, foi aprovada com 29 votos favoráveis (14 da CDU, 13 do PS, 1 do BE e 1 do MMPI) e 4 abstenções (3 do PSD e 1 da CAE2017). No documento, a Assembleia Municipal de Évora decidiu: “ Reclamar de todas as entidades públicas e privadas com responsabilidades no âmbito do serviço postal, nomeadamente do Conselho de Administração do CTT, da ANACOM, e do Governo, a reposição da capacidade operacional do serviço postal no distrito de Évora e a reabertura dos serviços encerrados, incluindo estações de correio e outros serviços; e Reclamar do Governo o estudo da recuperação do controle público dos CTT, colocando de novo a empresa ao serviço das comunidades locais e do desenvolvimento do País e da Região”.

A CDU apresentou ainda a moção, lida por José Figueira, “Linha ferroviária Sines-Évora-Caia deve assegurar a construção do terminal de cargas em Évora”. Nesta, lê-se que “sobre a opção tomada, de ser escolhido o traçado 2 pelas Infraestruturas e Portugal (IP), pela APA e pelo Governo, no âmbito da discussão pública do EIA, a Assembleia Municipal de Évora, decidiu: Responsabilizar o Governo, pelas consequências negativas que tem a solução que resultou daquele condicionamento da discussão pública, exigindo-se que sejam minimizados os efeitos que ela implica no concelho e para as populações, devendo o Governo e o Ministro das Infraestruturas e da Habitação garantirem que serão tomadas medidas e intervenções técnicas, infraestruturais e logísticas, em sede de projeto de execução, que colmatem os problemas causados pelo traçado escolhido; Reclamar ao Governo, que adote as medidas necessárias ao pleno aproveitamento regional do investimento desta linha, com a concretização do projeto de forma que permita o imediato aproveitamento da infraestrutura para o transporte de passageiros; e Reclamar, no quadro do desenvolvimento das infraestruturas ferroviárias, da construção da Linha Sines – Évora – Elvas (Caia), a construção do Terminal de Cargas de Mercadorias em Évora, uma infraestrutura de impacto positivo para Évora, capital do Distrito, e para o tecido económico e empresarial instalado nos Parques Empresariais e Aeronáutico das zonas industriais de Évora”. Foi aprovada com 20 votos a favor (14 da CDU, 3 do PSD, 1 do BE, 1 da CAE2017 e 1 do MMPI) e 13 contra (PS).

Foi aprovada por unanimidade a recomendação feita por Frederico Carvalho (CAE2017), intitulada “Pela Salvaguarda do Património Arqueológico do Concelho de Évora”. Nesta, a Assembleia Municipal propõe à Câmara Municipal de Évora: “Nos pareceres que lhe são solicitados para enquadramento de PDM para projectos locais com impacto sobre a paisagem, sejam devidamente informados os seus promotores das condicionantes patrimoniais das áreas sob proposta inscritas no PDM e ainda advertidos para outros elementos patrimoniais que não constando desta listagem, poderão condicionar o cariz dos trabalhos projectados, pelo que devem ser aconselhados a dialogar com a Direcção Regional de Cultura do Alentejo para esse efeito; Partilhe de forma atempada e sistematizada todos os pareceres que lhe são solicitados deste âmbito, com a Direcção Regional de Cultura do Alentejo, de forma a uniformizar toda a informação obtida sobre projectos com impacto no património arqueológico do concelho, à semelhança do que já acontece com muitos municípios alentejanos; e Promova a actualização, sistematização e publicação da Carta Arqueológica de Évora, enquanto ferramenta estratégica de salvaguarda e valorização do Património Arqueológico do Concelho”.

Uma moção do BE, lida por Bruno Martins, sobre a isenção de IMI no Centro Histórico de Évora, foi aprovada com 22 votos favoráveis (14 da CDU, 3 do PSD, 2 do PS, 1 do BE e 1 do MMPI) e 11 abstenções (PS). Assim, a Assembleia Municipal de Évora, “tantas vezes aliada desta causa e cúmplice nesta luta congratula-se com a reposição da legalidade democrática, regozijando-se com o seu desfecho que engrandece a cidade e o concelho, reconduzindo o Centro Histórico de Évora ao lugar de destaque que é seu, por direito e merecimento”.



Reguengos de Monsaraz | Digressão mundial da banda Animals & Friends passa pelo festival internacional Reguengos Wine & Blues


A banda sonora da terceira edição do festival internacional Reguengos Wine & Blues é composta pela banda inglesa Animals & Friends, que surgiu dos lendários The Animals e integra dois membros da formação da década de 1960, pelos portugueses Delta Blues Riders, pelos espanhóis Guitar Not So Slim e pelos italianos T-Roosters. O Reguengos Wine & Blues tem entrada gratuita e decorre nos dias 14 e 15 de agosto no Parque de Feiras e Exposições de Reguengos de Monsaraz.

O festival está integrado na ExpoReg – 27ª Exposição de Atividades Económicas, é organizado pelo Município de Reguengos de Monsaraz e produzido pela Trovas Soltas. Neste evento alia-se o Blues ao vinho num concelho que registou a marca Reguengos de Monsaraz – Capital dos Vinhos de Portugal e tem 11 empresas que anualmente produzem mais de 25 milhões de litros de vinho.

A primeira noite do Reguengos Wine & Blues vai abrir às 22h com a banda portuguesa Delta Blues Riders. Provenientes do Porto, este grupo composto por Paulo Veloso (voz, piano, hammond, guitarra, dobro e harmónica), Jorge Loura (guitarra), António Ferro (baixo) e Miguel Pardal (bateria) apresenta um reportório em que reinventa as sonoridades que originaram o Blues. Esta banda foi a vencedora do Portuguese Blues Challenge 2018 e representou Portugal no European Blues Challenge 2019, que este ano decorreu nos Açores.

O segundo concerto inicia-se às 23h30 e terá em palco a banda espanhola Guitar Not So Slim. Esta banda de Cáceres é liderada pelo canadiano Troy Nahumko (guitarra e voz) e na sua formação estão também os espanhóis Moi Martin (baixo e voz), José Luis Naranjo (harmónica) e Lalo Gonzalez (bateria).

O grupo formou-se há cerca de uma década e o nome da banda inspira-se num guitarrista da década de 1950, chamado Guitar Slim. Em palco apresentam Blues alegres com influências desde o Mississipi até Chicago e que vão apelar à dança dos festivaleiros.

A segunda noite do Reguengos Wine & Blues abre às 22h com o duo italiano T- Roosters, composto por Tiziano “Rooster” Galli (guitarra e voz) e Marco Simoncelli (harpa de Blues). O seu reportório inclui músicas das origens do Blues, mas também novas sonoridades do swing, rock’n’roll e boogie woogie, assim como alguns temas compostos pelos T-Roosters.

Em 2012 gravaram o primeiro álbum, intitulado “No Monkey but the Blues”, seguiu-se “Dirty Again”, em 2015, e “Another Blues to Shout”, em 2017. Em 2016 chegaram à semifinal do International Blues Challenge, concurso realizado em Memphis, nos Estados Unidos da América, ficando assim nas 20 melhores bandas das 150 que participaram de todo o mundo.

A fechar o terceiro festival internacional Reguengos Wine & Blues, às 23h30, sobe ao palco a banda inglesa Animals & Friends, que teve origem nos The Animals. A banda mantém os membros originais John Steel (bateria) e Mickey Gallagher (voz e teclado) que tocou com Paul McCartney, The Clash e The Blockheads, ficando composta com Danny Handley (voz e guitarra) e Roberto Ruiz (voz e viola baixo).

No único concerto que a banda tem agendado em Portugal, em Reguengos de Monsaraz vão tocar os grandes êxitos dos The Animals, como “House of the Rising Sun”, “Don’t Let Me Be Misunderstood”, “Bring It On Home”, “I Put A Spell On You”, “Night and Day”, “We Gotta Get Out Of This Place” e “Don’t Bring Me Down”. Até abril do próximo ano, a digressão da banda Animals and Friends inclui cerca de 50 concertos na Dinamarca, Itália, Holanda, Polónia, Reino Unido, França, Bélgica, Finlândia, Suécia, Alemanha e Austrália. Os The Animals surgiram no início da década de 1960, tocaram no histórico Festival de Monterrey em 1967, que decorreu na Califórnia (Estados Unidos da América) e teve concertos, entre muitos outros, de Janis Joplin, The Who e Jimi Hendrix.

Carlos Manuel Barão 




CÂMARA DA COVILHÃ REABILITA RIBEIRAS DA CARPINTEIRA E GOLDRA


A Câmara Municipal da Covilhã tem em curso trabalhos de reabilitação das Ribeiras da Goldra, Carpinteira e outras em vários pontos do território, incluindo parte do Rio Zêzere. Este conjunto de ações realizam-se no âmbito do projeto de requalificação das linhas de água e outras infraestruturas afetadas pelos incêndios de 2017 e do plano da autarquia para a limpeza e conservação das emblemáticas ribeiras do concelho.

Estão também a decorrer obras de requalificação de passagens hidráulicas, pontos de água, sinalética horizontal e vertical, parques de lazer, pavimentos, pontes e pontões, abrangendo mais de uma centena de intervenções, nas freguesias de Barco/Coutada, Covilhã/Canhoso, Cortes do Meio, Paul e Unhais da Serra. 

Para o vereador com o pelouro das florestas, «trata-se de uma iniciativa fundamental para requalificar as carismáticas ribeiras da Covilhã e preservar, do ponto de vista ambiental, áreas atingidas pelos incêndios». Armando Serra dos Reis garante que «o elevado investimento feito pela autarquia e parceiros representa uma mais-valia na valorização ambiental e turística das linhas de água».

As intervenções vão prolongar – se até 31 de julho. O projeto de requalificação ambiental representa um investimento superior a 600 mil euros e conta com o apoio da Agência Portuguesa do Ambiente - APA e Direção Geral das Autarquias Locais - DGAL.

Covilhã | SAUD’ARTE PROMOVE TRADIÇÕES DA SERRA

Nos dias 20 e 21 de julho vai decorrer, nas Penhas da Saúde, a segunda edição do evento denominado “Saud’Arte”. 

Esta atividade, organizada pelo Município da Covilhã, com a colaboração e cofinanciamento de várias entidades, promove encontros, partilha de estórias, experiências e uma aventura pelos produtos e pratos regionais. Do programa consta ainda uma homenagem aos Pastores, enquanto guardiões de histórias e profundos conhecedores da Serra da Estrela, dos seus segredos e saberes.

Com uma grande variedade de atividades, este acontecimento pretende ainda reforçar a ligação afetiva dos emigrantes à Covilhã, num reencontro que fomenta o seu orgulho e sentimento de pertença.

O programa oficial do Saud’Arte é o seguinte:

Sábado, 20 de julho
09.30 – Caminhada/Passeio                               
(Passeio circular pelas penhas da Saúde com partida e chegada ao Clube Nacional de Montanhismo)
12.00 – Abertura do Parque Aventura - Verão 2019
15.00 – Visita às instalações da piscina das Penhas da Saúde
15.30 – Dança e Movimento do Grupo de Instrução e Recreio do Rodrigo
17.00 – Atuação do Grupo “Os Amigos da Alegria”
19.30 – Merenda com Sabores de Montanha
22.00 – Fogo de Artificio
22.30 – Arraial Serrano

Domingo, 21 de julho
11.00 – Missa Cantada na Capela de Nª Senhora da Estrela.
12.00 – Bênção das placas de toponímia
13.00 – Almoço dos Amigos das Penhas da Saúde
15.30 – Atuação das Crazy Girls do GDAC – Bouça
17.00 – Concerto pela Filarmónica Recreativa Cortense.

Marzovelos, Viseu | Curso Avançado em Fiscalidade



A Fiscalidade condiciona o rendimento disponível das famílias e a taxa de poupança. Nas empresas, condiciona a rentabilidade, influencia a tomada de decisão e interfere com as necessidades de fundo de maneio.

Devido à elevada procura de formações no âmbito da Fiscalidade, resultante da escassez de oferta e por se tratar de uma área em constante atualização, a Douro Business School vai iniciar no próximo dia 19 de julho o Curso Avançado em Fiscalidade no Regia Douro Park. 

Acrescentando a grande insegurança ao nível da legislação, com dezenas de alterações anuais, exige-se que contabilistas e gestores estejam em permanente atualização e aprofundem cada vez mais os seus conhecimentos de Fiscalidade.

Eminentemente prático, o Curso Avançado em Fiscalidade assenta na análise de casos e dos efeitos que as mais recentes normas fiscais produzem. Como outros fatores diferenciadores desta formação, remete-se para a aplicação integrada dos diferentes impostos, estabelecem-se pontes entre a fiscalidade e a contabilidade e potencia-se a partilha de experiências.

O curso é calendarizado tendo em conta a necessidade de compatibilizar a formação com o sobrecarregado calendário de obrigações contabilísticas e fiscais e com a vida pessoal dos formandos decorrendo às sextas feiras à noite e sábados durante o dia. 

Frequentar o Curso Avançado em Fiscalidade é uma excelente oportunidade de valorizar o currículo e adquirir e reforçar conhecimentos e competências nesta área. Os contabilistas certificados adquirem créditos para a Ordem dos Contabilistas Certificados. Com a duração de 132h o Curso aborda temáticas como o sistema fiscal português, o IRC, IRS, IVA, IMI, IMT, IS, IUC, contencioso tributário, a tributação dos grupos de sociedades, a fiscalidade na fusão e dissolução de sociedades e a fiscalidade internacional. 

Estão disponíveis mais informações no
 site www.escoladenegocios.com  

Município de Tábua | Rede Artéria discute a descentralização e os territórios de baixa densidade




A Rede ARTÉRIA e o Município de Tábua organizam no dia 18 de julho, quinta-feira, o seminário ‘Territórios de baixa densidade - desafios culturais, físicos e demográficos’, a realizar-se entre as 10h30 e as 17h00, na Biblioteca Municipal de Tábua. A entrada é livre, mas sujeita a reserva para cct@cm-tabua.pt ou 235 098 172.

‘Territórios de baixa densidade - desafios culturais, físicos e demográficos’ é uma atividade paralela à criação artística do projeto Luto da Circolando para o Município de Tábua, inserida na Rede ARTÉRIA e coordenada pelo Teatrão. 

Esta iniciativa pretende fazer a ponte entre processos de participação pública, como o mapeamento cultural e o espetáculo de criação, e lançar uma base de reflexão sobre algumas temáticas de relevo que têm vindo, desde os últimos incêndios de 2017, a ganhar relevo local e nacional.

O seminário vai abordar questões relacionadas com a descentralização e os territórios de baixa densidade, apelar à importância da valorização do património natural, cultural e físico dos locais e relevar questões associadas à componente humana e à resiliência das comunidades. A experiência local de Tábua e as expetativas sobre as estratégias para a atratividade e regeneração deste território fazem também parte da agenda.

A sessão de abertura de ‘Territórios de baixa densidade - desafios culturais, físicos e demográficos’ é da responsabilidade de Isabel Craveiro e Cláudia Pato Carvalho, da Coordenação da Rede ARTÉRIA, Isabel Damasceno, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, e Mário Loureiro, Presidente da Câmara Municipal de Tábua.

Vão participar ainda André Braga, da Circolando, Luca Antonio Dimuccio, do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC), Elisa Pérez Babo, Presidente do Conselho de Administração da Quaternaire, Claudete Moreira, do Departamento de Geografia da FLUC, Norberto Santos, do Departamento de Geografia da FLUC, José Manuel Mendes, do Centro de Estudos Sociais da UC e Pedro Machado, Presidente da Turismo do Centro.

Integrado na Rede ARTÉRIA, Luto é um projecto transdisciplinar criado em residência artística em Tábua. Tomando como ponto de partida o fogo de 15 de outubro de 2017, de tal modo violento na região que marca um antes e um depois na sua história, o projeto debruça-se sobre as questões do trauma e da catástrofe.

A dupla significação do termo ‘luto’, enquanto processo de lidar com a perda – de vidas humanas, de memórias, de espaços físicos – e enquanto verbo lutar – resiliência e empenho das populações e da natureza por imaginar outros futuros – foi o mote nuclear que estruturou o pensamento e áreas a abordar.

A Rede ARTÉRIA é um projeto de intervenção sócio-cultural, com coordenação artística do Teatrão e académica do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, que articula uma componente de programação cultural, criação, artística, acompanhamento científico e participação comunitária. Desde 2018, a Rede ARTÉRIA, cofinanciado pelo Centro 2020 - Programa Operacional Regional do Centro, tem promovido a criação e circulação de espetáculos em oito concelhos da Região Centro – Belmonte, Coimbra, Figueira da Foz, Fundão, Guarda, Ourém, Tábua e Viseu. A Rede junta artistas convidados a trabalhar nos contextos de cada um desses locais com os municípios, instituições académicas, agentes e estruturas sociais / culturais.

A Rede Artéria e o Município de Tábua anunciam a estreia de "LUTO", uma criação original da Circolando que vai ser apresentada nos dias 19, 20 e 21 de julho, às 21h30, na Casa do Povo, em Tábua. O acesso ao espetáculo é gratuito, sendo a reserva de lugar obrigatória para cct@cm-tabua.pt ou 235098172. 

“O fogo só terminou quando não havia mais que arder”. Passado mais de um ano, o tempo avançou sem quase sair do mesmo sítio. Parece que foi ontem. “O fogo ainda arde lá fora tantas vezes, o quarto incendeia-se noite após noite, enche-se de fumo”.

Integrado na Rede Artéria, Luto é um projecto transdisciplinar criado em residência artística em Tábua. Tomando como ponto de partida o fogo de 15 de outubro de 2017, de tal modo violento na região que marca um antes e um depois na sua história, o projecto debruça-se sobre as questões do trauma e da catástrofe. A dupla significação do termo ‘luto’, enquanto processo de lidar com a perda – de vidas humanas, de memórias, de espaços físicos – e enquanto verbo lutar – resiliência e empenho das populações e da natureza por imaginar outros futuros – foi o mote nuclear que estruturou o pensamento e áreas a abordar.
IDEIASCONCERTADAS
Isabel Campante



Eventos | Festas do Concelho atraíram milhares de pessoas a Oliveira de Frades

As Festas do Concelho, que decorreram de 10 a 14 de julho, foram um sucesso, atraindo milhares de pessoas a Oliveira de Frades.

Desde a gastronomia, passando pela divulgação das potencialidades do concelho; os concertos de David Antunes, Fora da Lei, Canta Brasil, Quim Barreiros, Rock &4, She is a girl, Mastiksoul, Ária e Os Quatro e Meia; as atuações da Fanfarra Amêndoa amarga, Pedra do Ar e Grupo Coral do FicActivo; o espetáculo de dança e ginástica acrobática da ACROF; as exposições de produtos artesanais e a animação infantil com os insufláveis, este evento superou todas as expectativas com uma forte adesão do público. 

O Presidente da Câmara Municipal, Paulo Ferreira, agradece a colaboração das Juntas de Freguesia, das Associações e Coletividades, das Empresas, dos Restaurantes, dos Bombeiros Voluntários, dos participantes nas atividades, do forte envolvimento dos colaboradores do Município, bem como do magnífico público que marcou presença neste evento que já é uma referência no concelho e na região.

Águeda | Requalificação da Rua Bério Marques e do antigo edifício do Centro Municipal de Canoagem


Após quase 20 anos de processos judiciais, foram finalmente iniciados ao final da manhã de 12 de julho de 2019, os trabalhos de reabertura da Rua Bério Marques e do antigo Centro Municipal de Canoagem.

Sobre estes trabalhos, Jorge Almeida, Presidente do Município, disse: “Foi agora possível estabelecermos um acordo e resolvermos esta situação que se arrastava há alguns anos. A rua já se encontra aberta ao trânsito, em relação ao edifício será necessário avaliar o estado em que se encontra para que possamos avaliar como proceder.

Atualmente temos o Centro Municipal de Canoagem a funcionar junto do IVV, pelo que neste espaço estamos a pensar instalar um centro interpretativo relacionado com o nosso Rio Águeda, no âmbito do Programa Life Águeda, mas, conforme referi anteriormente, temos de avaliar o estado de conservação deste edifício para saber como agir.”

Os trabalhos de limpeza do terreno, arrancaram após acordo com os proprietários do terreno onde foi construído o centro de canoagem, no ano de 2000. Recorde-se que este edifício custou ao município perto de 400 mil euros, sendo inaugurado em 2004 e fechando portas um ano depois, por ter sido construído em terrenos cuja posse do Município não estava regularizada.

19 anos depois, o atual executivo municipal põe fim a uma história que permitirá finalmente a abertura ao trânsito da Rua Bério Marques e a recuperação de uma infraestrutura degradada, permitindo o desenvolvimento desta margem do Rio Águeda. 



Estarreja | Entrega de subsídios às coletividades na área da ação social

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Regulamento Municipal de Apoio ao Associativismo 2019: Entrega de subsídios às coletividades na área da ação social.

A Câmara Municipal de Estarreja procede, esta terça-feira, dia 16 de julho, às 18h00, no Edifício dos Paços do Concelho, à entrega de subsídios às coletividades e às associações da área da ação social, no âmbito do Regulamento Municipal de Apoio ao Associativismo 2019.

No âmbito do Regulamento Municipal de Apoio ao Associativismo deste ano, o Município de Estarreja entregará às coletividades e associações das áreas culturais e recreativa, ação social, educação e desporto, subsídios no valor total de mais de 1 milhão de euros.

Daniela Couto

Covilhã | CENTRO DE INOVAÇÃO DO TURISMO INAUGURADO NA COVILHÃ

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O NEST – Centro de Inovação do Turismo, projeto âncora da iniciativa Turismo 4.0 com o objetivo de potenciar Portugal como hub global de inovação no setor, é inaugurado na próxima quinta-feira, 18 de julho, às 16h30, na Praça do Município, Covilhã, pelo Ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira.

Com a missão de promover a inovação e o uso da tecnologia na cadeia de valor do turismo, o NEST tem como prioridades de atuação: a experiência dos turistas, big data & analytics, soluções em sustentabilidade e competências digitais. O objetivo é apoiar o desenvolvimento de novas ideias de negócio, a experimentação de projetos e a capacitação das empresas na transição para a economia digital, posicionando-se como um polo de referência internacional em termos de empreendedorismo e desenvolvimento de soluções inovadoras para o setor.

A localização da sede, na Covilhã, é também inovadora, indo ao encontro dos objetivos da Estratégia Turismo 2027 de criar valor por todo o território, ao longo de todo o ano.

O NEST – Centro de Inovação do Turismo é uma associação de direito privado sem fins lucrativos, constituída em fevereiro de 2019 por oito entidades fundadoras: ANA Aeroportos, Brisa / Via Verde, Google, Microsoft, Millennium BCP, NOS, BPI e Turismo de Portugal.


Aldeia Histórica de Marialva reaviva a lenda de Maria Alva Pés de Cabra em três dias de grande animação

Reza a lenda que, há muito tempo, vivia uma donzela muito formosa numa pequena aldeia do interior do nosso país. Um certo dia, um nobre que por ali passava enamorou-se dela. Desejando pedi-la em casamento, decidiu encomendar a um sapateiro uns sapatos para oferecer à donzela. Como se tratava de uma surpresa, e o sapateiro não tinha maneira de saber o tamanho dos seus pés, este pediu ao nobre para espalhar farinha aos pés da cama da donzela, para que esta deixasse a marca da farinha espalhada no chão quando se levantasse.
Qual não é o espanto do sapateiro quando descobre, pela forma deixada no chão, que a donzela tinha “pés de cabra” – mas profissional como era, cumpre a encomenda sem comentários, guardando segredo até do próprio cliente. Eis senão quando o nobre entrega o presente à donzela, que se apercebe que todos acabaram de descobrir o seu segredo… Aterrorizada, atira-se da torre de menagem do castelo. A donzela chamava-se Maria Alva.
A aldeia desta lenda é Marialva, onde é contada, de geração em geração, como a estória que deu origem ao nome da terra. Graças ao Ciclo “12 em Rede - Aldeias em Festa”, que chega àquela Aldeia Histórica de 19 a 21 de Julho, a bonita donzela volta a ser recordada, num fim-de-semana repleto de animação, com mil e uma atividades e momentos imperdíveis, inspirados na lenda de Maria Alva.
De entrada livre, a festa "Maria Alva Pés de Cabra" vai dar mais vida à Aldeia Histórica de Marialva, com concertos, oficinas de cozinha regional, trabalhos em feltro, visitas guiadas encenadas, passeios equestres, teatros de rua, mostra e venda de produtos regionais, showcooking, entre outros.
No sábado, dia 20 de Julho, às 21h, Marialva recua no tempo e apresenta uma encenação da lenda Maria Alva Pés de Cabra, com o magnífico cenário do Castelo da Aldeia Histórica como pano de fundo.
Com sugestões para miúdos e graúdos, a diversão está garantida em Marialva. É, também, uma excelente oportunidade para conhecer esta Aldeia Histórica, assim como as suas gentes, que também participarão nos vários momentos do evento.
Este evento é promovido pela Associação de Desenvolvimento Turístico Aldeias Históricas de Portugal, numa organização do Município da Mêda, Junta de Freguesia de Marialva, Associações e Agentes económicos locais. Uma iniciativa apoiada pelo Centro 2020, Portugal 2020 e Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, através do Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos (PROVERE).
Entre nesta grande festa e viva grandes emoções na Aldeia Histórica de Marialva!
Inscrições e informações em:
Posto de Turismo de Marialva
T. 279 859 288


Nacional | Operação “Viajar Sem Pressa” está a decorrer

Desde o dia 12 de Julho e até ao dia 19, a Guarda Nacional Republicana (GNR), na sua área de responsabilidade, realiza ações de sensibilização e de fiscalização rodoviária intensiva de controlo da velocidade, com o objetivo de promover uma cultura que resulte em comportamentos mais seguros por parte dos condutores e na diminuição da sinistralidade rodoviária grave.
O excesso de velocidade continua a constituir em Portugal uma das principais causas da sinistralidade rodoviária grave, seja pela diminuição do tempo de reação do condutor para fazer face a um imprevisto, ou pelo agravamento das suas consequências em resultado da maior violência do embate. Importa salientar que quando a velocidade duplica, a distância de travagem quadruplica, e em caso de acidente, a probabilidade de resultarem vítimas mortais ou feridos graves aumenta 8 a 16 vezes.
A GNR, relativamente à prevenção da sinistralidade rodoviária, no ano de 2018 e 1.º semestre de 2019, controlou a velocidade de cerca de 11 milhões de veículos, dos quais 232 532 circulavam em excesso.
Nesta operação serão empenhados militares dos Destacamentos de Trânsito dos Comandos Territoriais e da Unidade Nacional de Trânsito, que estarão especialmente atentos à infração de excesso de velocidade, uma vez que este período de Verão caratceriza-se, não só pela realização de grandes deslocações, seja por motivo de férias ou para o gozo de períodos de lazer mais curtos, como também pelo aumento do tráfego rodoviário e do cometimento de alguns excessos, nomeadamente de velocidade, potenciando a ocorrência de acidentes e o agravamento das suas consequências.

Coimbra | Alterações climáticas: cientistas estudam soluções para impedir o desaparecimento dos sapais estuarinos


Devido às alterações climáticas, os sapais estuarinos correm sérios riscos de desaparecer, tornando-se urgente a adoção de medidas de proteção e conservação destas zonas de elevada importância ecológica e socioeconómica.

Para mitigar o impacto causado por eventos climáticos extremos, mas também por atividades humanas (agricultura, urbanização, poluição), nas zonas de sapal dos estuários, está em curso o projeto de investigação ReSEt – Restauro de sapais estuarinos com vista à sustentabilidade. 

Financiado por fundos europeus através do Programa Operacional MAR 2020, o ReSEt junta 15 investigadores do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente das universidades de Coimbra (MARE-UC) e de Lisboa (MARE-UL), do Instituto para a Sustentabilidade e Inovação em Engenharia Estrutural (ISISE) e do Departamento de Ciências da Terra da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC). 

No âmbito do projeto, será instalado, ainda durante o mês de julho, um conjunto de células experimentais no estuário do Mondego, perto de Vila Verde, onde os investigadores vão estudar novas técnicas que impeçam a destruição dos sapais. 

«Vamos testar e validar quatro técnicas de eco engenharia que possam ser utilizadas para promover a sedimentação e proteger e recuperar estas zonas de sapal, nomeadamente uma paliçada de madeira, uma tela de geotêxtil e sacos de geotêxtil com areia, bem como o transplante de plantas autóctones. Estas experiências vão ser implementadas ao longo de um ano e meio, para assim podermos avaliar a evolução da taxa de sedimentação e das comunidades biológicas, com o objetivo de compreender qual destas técnicas será mais vantajosa do ponto de vista ambiental e económico», clarifica Tiago Verdelhos, investigador do Laboratório MAREFOZ do MARE e coordenador do projeto.

Sabendo da importância das zonas estuarinas para a sustentabilidade das pescas, já que são fundamentais para os primeiros tempos de vida de muitas espécies de peixe, os investigadores vão também explorar a hipótese de proteger e conservar a fauna autóctone do estuário do Mondego com recurso à utilização de um tanque de aquacultura como “viveiro”. Para tal, «vamos deixar entrar a água do estuário, capturando o peixe dentro desse tanque, para que seja possível avaliar quer a quantidade quer a diversidade de peixes, assim como perceber se este método pode ser usado como técnica de proteção e conservação de espécies», adianta Tiago Verdelhos.

O investigador do laboratório MAREFOZ adverte que é urgente adotar medidas de proteção e restauro dos sapais estuarinos porque, «se nada for feito, com a subida do nível do mar prevê-se que estas zonas, que por natureza estão situadas entre marés, tendam a desaparecer, com consequências bastante negativas. Assistir-se-á à diminuição da biodiversidade e os serviços que são fornecidos por estes ecossistemas serão bastante afetados. Os sapais contribuem, por exemplo, para a retenção de carbono, a qualidade da água e reciclagem de nutrientes, e são fundamentais para a reprodução de peixes». Além disso, são ainda ecossistemas muito importantes para o turismo e lazer.

Em resumo, o projeto ReSEt desenvolve-se em três grandes eixos: ecossistema (testar técnicas de proteção dos habitats), biodiversidade (proteção da fauna) e sociedade (apostando em atividades de comunicação de ciência e ações de ciência cidadã, nomeadamente ao nível de sensibilização). A equipa do projeto espera que as soluções de proteção e restauro de sapais estuarinos desenvolvidas sejam aplicadas no estuário do Mondego e possam ser replicadas em qualquer estuário do mundo.

Cristina Pinto



Figueiró dos Vinhos | "Vou levar-te comigo" com José Raposo em Figueiró dos Vinhos



As Festas da Feira de S. Pantaleão, em terras figueiroenses, vão ter sabor a teatro musical com o espetáculo "Vou levar-te comigo".

Pelas mãos de José Raposo, Vera Mónica e Diana Nicolau, o público viajará pelo tempo, passando por várias épocas através das canções que as caracterizaram, jogando, assim, com a memória coletiva dos presentes.

O espetáculo, que terá lugar no dia 27 de julho, pelas 21h30, no belíssimo Anfiteatro da Biblioteca Municipal, promete não só fazer rir, mas sobretudo recordar as histórias de todos nós!

O evento integra o projeto “Região de Leiria – Rede Cultural”, promovido pela CIMRL - Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria, cofinanciado pela UE através do CENTRO 2020 no âmbito do Eixo 7 “Afirmar a Sustentabilidade dos Territórios” (CONSERVAR).

As tradicionais Festas da Feira de S. Pantaleão, de raízes medievais, decorrem de 26 a 28 de julho e oferecem um fim de semana emblemático e festivo, aliando cultura, teatro e música à concentração de feirantes de todo o país.

Religião | O princípio de legalidade se extingue na Igreja?


  • Roberto de Mattei
Se o Papa Francisco fosse acusado de um crime por algum juiz, em qualquer parte do mundo, ele deveria despojar-se de seu cargo de Sumo Pontífice da Igreja Católica e submeter-se ao julgamento de um tribunal. Esta é a consequência lógica e necessária da decisão clamorosa com a qual a Santa Sé privou da imunidade diplomática o Núncio Apostólico na França, Mons. Luigi Ventura, acusado de assédio sexual.
A Santa Sé poderia ter dispensado o núncio de seu cargo e, enquanto esperava a justiça francesa seguir seu curso, ter dado início a uma investigação canônica contra ele, mesmo como uma garantia de imparcialidade para com o acusado. Mas a decisão de entregar o representante pontifício a um tribunal secular derruba a instituição da imunidade diplomática — expressão por excelência da soberania da Igreja e de sua liberdade e independência —, essa mesma imunidade diplomática, aliás, invocada para proteger os crimes cometidos na Itália pelo esmoleiro do Papa, o cardeal Konrad Krajewski [aquele que reconectou ilegalmente a eletricidade de um imóvel romano ocupado por grupos esquerdistas alternativos que não pagavam as contas].
O sucedido se insere no quadro de uma preocupante extinção de todo princípio de legalidade dentro da Igreja. O direito é coessencial à Igreja, que tem uma dimensão carismática e uma dimensão jurídica, ligadas inseparavelmente entre si, como o são a alma e o corpo. No entanto, a dimensão jurídica da Igreja é ordenada ao seu fim sobrenatural e está a serviço da verdade. Se a Igreja perde de vista seu fim sobrenatural, torna-se uma mera estrutura de poder, na qual a força da função eclesiástica prevalece sobre o que é verdadeiro e justo.
Este conceito “funcionalista” da Igreja foi denunciado pelo cardeal Gerhard Ludwig Müller, em recente entrevista a Edward Pentin no National Catholic Reporter. O cardeal Müller afirmou que a chamada reforma da Cúria, que está sendo discutida nos últimos meses, corre o risco de transformar a Cúria em uma instituição na qual todo o poder fica concentrado na Secretaria do Estado, desacreditando o colégio cardinalício e as congregações competentes: “Eles estão convertendo a instituição da Cúria em uma simples burocracia, em simples funcionalismo e não em uma instituição eclesiástica”.
Uma manifestação desse funcionalismo é o uso instrumental do direito canônico para sancionar institutos religiosos e simples sacerdotes que não estão dispostos a se alinhar com o novo paradigma do Papa Francisco. No caso das comunidades religiosas, a intervenção repressiva geralmente ocorre através do comissariado, seguida de um decreto de supressão ou reforma completa da instituição, sem dar motivação adequada e muitas vezes expressa na chamada “forma específica”, ou seja, com aprovação pontifícia, sem possibilidade de recurso.
Este procedimento, cada vez mais difundido, certamente não ajuda a acalmar os espíritos numa situação eclesial sujeita a fortes tensões. Mesmo se admitirmos a existência de deficiências humanas em algumas comunidades religiosas, não seria melhor corrigi-las do que destruí-las? O que acontecerá aos jovens sacerdotes e seminaristas que decidiram dedicar suas vidas à Igreja e são privados de seu carisma de referência? Que misericórdia é exercida em relação a eles? O caso dos Franciscanos da Imaculada é emblemático neste sentido.
No caso dos simples sacerdotes, o equivalente à supressão é a sua exclusão do status jurídico clerical, isto é, a chamada redução ao estado laico. Cumpre não confundir o estado clerical — que se refere a uma condição jurídica — com a ordem sagrada, que indica uma condição sacramental e imprime um caráter indelével na alma do sacerdote. A perda do estado clerical é uma medida problemática, especialmente no que diz respeito aos bispos, sucessores dos Apóstolos. Muitos bispos, ao longo da História, caíram em pecados graves, cismas e heresias. A Igreja muitas vezes os excomungou, mas quase nunca os reduziu ao estado laical, precisamente por causa da indelebilidade de sua consagração episcopal.
Hoje, pelo contrário, se procede com muita facilidade à redução ao estado laical, e frequentemente não através de um processo judicial, mas usando o processo penal administrativo introduzido pelo novo código de 1983. No processo administrativo há apenas uma instância de julgamento, os poderes discricionários dos juízes são muito amplos, e o réu, a quem às vezes nem sequer se concede advogado de defesa, é privado dos direitos que lhe são atribuídos pelo processo judicial ordinário. O prefeito da congregação competente também tem a possibilidade, como no caso da dissolução de um instituto, de solicitar uma aprovação papal na forma específica,o que torna impossível qualquer recurso.
A consequência é uma praxe justicialista da parte da instituição que, ao longo da história, mais dava garantias aos processados, esquecendo as palavras que Pio XII dirigiu aos juristas: “A função do direito, sua dignidade e o sentimento de equidade, natural ao homem, exigem que o a ação punitiva, do começo ao fim, não se baseie na arbitrariedade e na paixão, mas em regras jurídicas claras e fixas […]. Se é impossível estabelecer a culpa com certeza moral, o princípio deve ser aplicado: ‘in dubio standum est pro reo’” (Discurso de 3 de outubro de 1953 aos participantes do Congresso Internacional de Direito Penal, em AAS 45 (1953), pp. 735-737).
Ao contrário da excomunhão, que sugere a ideia de verdade absoluta defendida pela Igreja, a redução ao estado laico é um castigo mais facilmente compreendido por pessoas mundanas, que concebem a Igreja como uma vulgar empresa que pode “demitir” seus empregados, mesmo sem justa causa. Essa concepção funcionalista da autoridade anula a dimensão penitencial dos castigos na Igreja. Ao impor a oração e a penitência aos culpados, a Igreja demonstrava ter em vista acima de tudo suas almas. Hoje, para agradar o mundo, que exige punições exemplares, não há interesse pelas almas dos réus, que são mandados para casa, sem que a Igreja cuide mais deles.
Em artigo publicado pelo “Corriere della Sera” em 11 de abril de 2019, Bento XVI acusou o “garantismo” como uma das causas do colapso moral da Igreja. Nos anos seguintes à Revolução da Sorbonne, em Maio de 1968, dizia ele, mesmo na Igreja, “os direitos do acusado deviam ser garantidos, a ponto de excluir uma condenação”. O problema, na realidade, não era o de uma garantia excessiva para o acusado, mas de excesso de tolerância para seus crimes, alguns dos quais, como a homossexualidade, deixaram de ser considerados como tais desde os anos do Concílio Vaticano II, que antecedeu aquela Revolução. Foi nos anos do Concílio e do pós-Concílio que uma cultura relativista — na qual a homossexualidade foi considerada moralmente irrelevante e pacificamente tolerada — entrou nos seminários, faculdades e universidades católicas. Bento XVI, que pediu “tolerância zero” contra a pedofilia, nunca invocou a “tolerância zero” contra a homossexualidade, curvando-se, como seu sucessor, às leis do mundo.
Nas últimas semanas foram feitas novas revelações do arcebispo Dom Carlo Maria Viganò a respeito de crimes graves contra a moralidade, cometidos pelo arcebispo Dom Edgar Peña Parra, escolhido pelo Papa Francisco como Substituto na Secretaria de Estado. Porque as autoridades eclesiásticas, que há anos estavam inteiradas dessas acusações, nunca iniciaram investigações, como não as iniciaram pelos crimes cometidos no pré-seminário Pio X, que forma os coroinhas para as cerimônias papais na Basílica de São Pedro? As autoridades têm o dever de iniciar uma investigação: um dever inalienável, depois que as palavras do corajoso arcebispo ressoaram em todo o mundo.
Outra pergunta aguarda resposta. O cardeal George Pell está, desde março passado, em confinamento solitário na penitenciária de segurança máxima de Melbourne, aguardando um novo julgamento, após ter sido condenado em primeira instância. Por que as autoridades eclesiásticas o privam de um processo canônico que estabeleça sua culpa ou inocência não diante do mundo, mas da Igreja? É escandaloso que o Cardeal Pell esteja na prisão e a Igreja esteja em silêncio, aguardando o julgamento do mundo e recusando-se a emitir seu próprio julgamento, possivelmente em contraste com o do mundo.
Do quê a Igreja tem medo? Jesus não veio para vencer o mundo? O direito, que deveria ser um instrumento da verdade, tornou-se um instrumento de poder por parte daqueles que hoje governam a Igreja. Mas uma Igreja na qual o princípio da legalidade se extingue é uma Igreja sem Verdade e uma Igreja sem Verdade deixa de ser Igreja.
ABIM
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(*) Fonte: “Corrispondenza romana”, 10-7-2019. Matéria traduzida do original italiano por Hélio Dias Viana.