domingo, 31 de março de 2019

Anadia candidata doces às 7 Maravilhas Portugal

“Bairradinos”, “Fanecos”, “Aletria do Mugasa”, “Barriga de Freira” e “Amores da Curia” foram os cinco doces submetidos pelo Município de Anadia ao concurso “7 Maravilhas Doces de Portugal”.
Na categoria de “Doces Inovação”, foram apresentados os “Bairradinos” que têm a forma de uma rolha de espumante e são feitos com espumante Bairrada, amêndoa, ovos e açúcar; e os “Fanecos”, um bolo de massa fofa de noz, recheado com ovos moles, decorado com nozes e polvilhado com açúcar em pó.
Na categoria de “Doce de Colher e Doce à Fatia”, os candidatos são a “Aletria do Mugasa”, confecionada com massa de aletria fina, açúcar, ovos, manteiga de vaca, casca de limão, água e polvilhada com canela; e a “Barriga de Freira”, confecionada manualmente em cima de calor, com açúcar, ovos e manteiga de vaca, num tacho em cobre.
Na categoria de “Doce de Território” encontram-se os “Amores da Curia”, pastéis de massa folhada muito fina recheada de ovos moles e polvilhados com açúcar pilé.
De referir que, a nível nacional foram submetidas 907 candidaturas, sendo os distritos de Aveiro e Coimbra os que mais candidaturas apresentaram, com 63 e 62 respetivamente, logo a seguir a Lisboa, distrito com mais candidaturas, com 69 propostas.
A Gala Finalíssima está agendada para o dia 7 de setembro e será transmitida em direto pela RTP1, onde vão ser eleitos os sete doces como Maravilhas de Portugal, de entre os 14 finalistas apurados, através da votação feita pelos portugueses.

Papa defende que é preciso “ir limpando” o Vaticano, que não está a salvo de pecados e vergonhas

O Papa Francisco defende que "é preciso ir limpando" o Vaticano porque é um Estado que não está a salvo dos pecados e vergonhas de outras sociedades, segundo o excerto de uma entrevista hoje publicado.
"Temos os mesmos limites e caímos às vezes nas mesmas coisas […] O trabalho a fazer é ir limpando, limpando, limpando”, refere o Papa numa entrevista ao jornalista Jordi Evole, da qual um excerto foi hoje divulgado pelo jornal espanhol La Vanguardia.
Na entrevista, Francisco classifica ainda como “uma injustiça" os países fecharem a porta a todos aqueles que migram por causa das guerras, da fome ou a exploração e apela para a "atitude cristã" de receber, acompanhar, promover e integrar.
O papa reprovou também a retenção em Barcelona do barco da ONG Proactiva Open Arms, conhecido pelas tarefas de auxílio a migrantes no Mediterrâneo, e pede aos católicos que rejeitam a imigração para lerem o Evangelho e serem coerentes com o mesmo.
O papa considerou que "em geral" a causa das migrações decorrem de um sistema económico capitalista "concebido como selvagem" que provoca desigualdade e guerras: "Sustento que estamos já numa terceira guerra mundial, aos bocadinhos".
Francisco também condenou propostas como a de erigir um muro fronteiriço com o México, como pretende o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, considerando que "o que levanta um muro acaba prisioneiro do muro que levantou". "Isto é uma lei universal", precisou.
Em relação à cimeira sobre os abusos recentemente celebrada pela Igreja, considerou que permitiu "iniciar processos" para "curar" os afetados e que recomenda a vítimas de abusos por parte de religiosos a denunciarem os casos à polícia.
A entrevista com o jornalista Jordi Evole será emitida hoje pelo canal de televisão espanhol laSexta.
Lusa / MadreMedia
Foto: EPA/VATICAN MEDIA HANDOUT

Moçambique: Maternidade “voadora” da Cruz Vermelha segue hoje para a Beira

Um avião fretado pela Cruz Vermelha Portuguesa leva hoje para a Beira uma maternidade para dar assistência aos 45 mil partos previstos para as "próximas semanas", disse o presidente da organização humanitária, Francisco George, em Lisboa. 
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SAPO 24
Com deslocação marcada para esta noite a partir do aeroporto militar de Figo Maduro, este será o primeiro voo totalmente dirigido para a proteção materno-infantil, salientou Francisco George, explicando que "há muitas gravidezes e partos antecipados devido ao stresse" provocado pela passagem do ciclone Idai em Moçambique.
No Boeing 767 seguirá, além de uma enfermeira parteira, um bloco de parto, equipamentos para ecografias, e marquesas, bem como 1.500 quilos de ´kites´ de parto, com panos, tesouras descartáveis, molas de umbigo para os recém-nascidos, luvas e viseiras.
A Cruz Vermelha leva também, segundo Francisco George, simuladores de partos para formação de parteiras e adolescentes, artigos de puericultura, e "cinco dúzias de pasteis de nata para a equipa que lá se encontra".
"Foi o que nos pediram", disse o responsável.
No total são 33 toneladas de material que foram hoje carregadas no aeroporto de Figo Maduro por 70 voluntários.
"Portugal está a por ao serviço de Moçambique o que tem de melhor", garantiu o presidente da Cruz Vermelha, acrescentando que "já houve um tempo em que a cooperação portuguesa era frágil e falhou", porque havia "demasiados interesses", mas "este tempo é diferente".
Lusa

SEF reforça aeroportos a partir de segunda-feira com 55 inspetores

O SEF reforça, a partir de segunda-feira e até final de setembro, as fronteiras aéreas com 55 inspetores em resposta ao aumento do fluxo de passageiros nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Funchal e Ponta Delgada.
Numa nota enviada hoje à agência Lusa, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras adianta que este reforço de inspetores é uma antecipação do chamado ‘Verão IATA’ (termo pelo qual são conhecidas as alterações de horário dos voos, causadas pela mudança de hora no período de verão).
Segundo o SEF, o aeroporto de Lisboa vai contar com mais 22 inspetores, o de Faro com mais 20, o do Porto com mais oito e o aeroporto de Ponta Delgada com mais quatro.
Aquele serviço de segurança precisa que, no aeroporto do Funchal, será feito um reforço de “acordo com as necessidades diárias” com inspetores da Direção Regional do SEF da Madeira.
O SEF sublinha que este será “um primeiro reforço nas fronteiras aéreas”, estando previsto que, entre junho e setembro, os candidatos aprovados no concurso interno para a admissão de inspetores da Carreira de Investigação e Fiscalização do SEF exerçam exercício tutelado de funções no aeroporto de Lisboa.
A colocação destes novos elementos no aeroporto de Lisboa, nos meses de junho a setembro, vai permitir, segundo o SEF, “um reforço de efetivo naquela estrutura aeroportuária nos meses de maior fluxo de passageiros”.
O SEF considera que “este aumento de meios humanos afetos ao controlo de fronteira corresponde a uma gestão criteriosa” do seu efetivo de modo a que possa corresponder “aos níveis de serviço relativos aos tempos de espera”.
Esta medida permitirá, no futuro, “o reforço dos postos de fronteira, tendo presente a expectativa de um contínuo crescimento dos números de passageiros a controlar”, frisa aquele serviço de segurança.
Também na segunda-feira, 45 novos elementos vão iniciar o estágio no âmbito do concurso interno para a admissão de inspetores da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, juntando-se mais 24 candidatos a 08 de abril.
De acordo com o SEF, estes elementos foram recrutados no âmbito de um concurso interno para 45 inspetores, tendo este serviço de segurança solicitado autorização à tutela para recrutar mais 24 da lista de candidatos aprovados em reserva.
Os candidatos começam agora a fase formativa teórica, seguindo-se uma fase formativa prática, em exercício tutelado de funções, em unidades orgânicas do SEF que desenvolvam atividades de natureza operacional, de forma rotativa.
A calendarização deste estágio prevê que os candidatos iniciem uma primeira fase teórica nos próximos dois meses, seguida de exercício tutelado de funções no aeroporto de Lisboa, nos meses de junho a setembro, voltando a ter uma nova fase formativa nos meses de outubro e novembro.
Estes estagiários a inspetores do SEF vão voltar a reforçar as fronteiras aéreas em dezembro, seguindo-se em janeiro de 2020 o encerramento da formação teórica e, em fevereiro e março, o exercício tutelado de funções nas unidades orgânicas de investigação e fiscalização. Este estágio probatório tem a duração de um ano.
Lusa

Gasolina sobe pela oitava semana consecutiva

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Preço deste combustível sobe esta segunda-feira. Se conduz um carro a diesel, pode ficar mais descansado: o preço fica igual.
O preço da gasolina deverá subir esta segunda-feira três cêntimos, ao passo que o preço do gasóleo deverá manter-se.
De acordo com o “Jornal de Negócios”, que cita fonte do sector o preço do litro de gasolina simples de 95 octanas deverá subir para 1,516 euros.
É a oitava semana consecutiva de aumentos no preço deste combustível, cujo preço deverá atingir o valor máximo de novembro passado

Detido por tráfico e apreendido mais de mil doses de droga, na Lousã

O Comando Territorial de Coimbra, através do Posto Territorial de Tábua, no dia 28 de Março, deteve um homem de 24 anos, por tráfico de estupefacientes, na localidade da Lousã.
No decorrer de uma ação de fiscalização rodoviária, os militares abordaram uma viatura, cujo condutor adotou um comportamento suspeito, tendo sido realizada uma busca ao veículo e detetado 1890 euros em dinheiro. Foi ainda realizada uma busca domiciliária, tendo sido apreendido o seguinte material:
·920 doses de haxixe;
·264 doses de cannabis;
·180 gramas de cannabis em fase de secagem;
·Quatro garrafões com folhas de cannabis em fase de secagem;
·Duas balanças de precisão;
·Uma faca de corte;
·Uma arma de caça;
·11 cartuchos zagalote;
·Um computador portátil;
·Um telemóvel.
O individuo após ter sido presente, no dia 29 de Março, no Tribunal Judicial de Coimbra, ficou sujeito à medida de coação de apresentações bissemanais no posto policial da sua área de residência.
A ação contou com o apoio dos militares do Núcleo de Investigação Criminal do Destacamento Territorial da Lousã.

Belmonte e Sabugal apostam no turismo judaico para captar visitantes

Os concelhos de Belmonte e do Sabugal, no Interior Centro do país, estão a apostar na dinamização do turismo judaico para captar visitantes e encaram o setor como uma nova esperança para o desenvolvimento do território.


No município de Belmonte (Castelo Branco), que possui uma das mais antigas comunidades judaicas do mundo, encontram-se vários equipamentos relacionados com a vertente judaica, com destaque para um museu, que foi inaugurado em 2005 e renovado em 2017.
O Museu Judaico, dedicado à comunidade judaica local, está integrado na Rede de Museus Municipais que também abrange o Museu dos Descobrimentos, o Ecomuseu do Zêzere, o Museu do Azeite, a Igreja de São Tiago e Panteão dos Cabrais e o castelo.
Segundo Susana Miranda, da Empresa Municipal de Belmonte, o Museu Judaico é um dos locais “mais visitados” da vila, “muito a par com o Museu dos Descobrimentos, por causa de Pedro Álvares Cabral e também da descoberta do Brasil”.
O museu “tem um peso enorme em relação aos visitantes de Belmonte”, disse a responsável à agência Lusa.
O espaço mostra ao público aspetos da religião judaica no geral e “um bocadinho da história” da comunidade judaica de Belmonte.
Desde a sua reabertura, a 2 de agosto de 2017, o núcleo museológico já acolheu cerca de 40 mil visitantes, maioritariamente nacionais e israelitas.
Muitos dos turistas, sobretudo os que professam a religião judaica, têm em Belmonte um hotel específico – o Belmonte Sinai Hotel -, que foi inaugurado em 2016.
O seu diretor, Ricardo Abreu, explicou à Lusa que foi o primeiro hotel ‘kosher’ (respeita as práticas judaicas em relação à alimentação e ao alojamento) do país, que surgiu “precisamente pela necessidade de dar resposta aos inúmeros pedidos que existiam”.
“O nosso mercado essencial é o mercado internacional. Cinquenta por cento dos nossos hóspedes são do mercado internacional. Claro que o mercado israelita, ou judaico, que tem várias origens, desde polacas, Estados Unidos, Brasil, França, e o próprio país de Israel, são os mais importantes. Mas, depois, temos todos esses mercados que, por outras necessidades, ou por outras visitas, também ficam alojados no nosso hotel”, disse.
A unidade hoteleira, com 27 quartos, além de estar preparada “para receber judeus como nenhum outro hotel”, também recebe “todas as outras pessoas”, disse Ricardo Abreu.
O hotel está a beneficiar com a Rede de Judiarias de Portugal, que capta muitos turistas para a região, motivo que leva os proprietários a planearem a sua ampliação.
Os comerciantes da vila de Belmonte também se mostram satisfeitos com o aumento da afluência de turistas provenientes de várias geografias.
“Vem muita gente visitar a comunidade [judaica], a Sinagoga, o Museu [Judaico] e os museus”, declarou Moisés Morão.
Segundo o habitante, ultimamente tem-se notado a presença de “muita gente” na vila e o movimento reflete-se “um pouco” no comércio.
Para o comerciante Alípio Henriques, com a aposta no turismo judaico, “Belmonte está a evoluir em todos os setores, na parte de restauração, na parte comercial, em tudo um bocadinho”.
No vizinho concelho do Sabugal (Guarda) foi criada em 2017, no âmbito da Rede de Judiarias, a Casa da Memória Judaica da Raia Sabugalense, que também tem contribuído para captar visitantes.
“Temos tido um aumento considerável de turistas graças à Casa da Memória Judaica. Porque estamos aqui perto de Belmonte, como sabemos, é o centro mais importante do judaísmo a nível nacional e, as pessoas, pela proximidade e pela Rede de Judiarias, digamos que torna-se quase obrigatório darem um saltinho até ao Sabugal e a esta nova casa”, disse o vereador da Cultura, Amadeu Neves.
Segundo Marcos Osório, arqueólogo da Câmara do Sabugal, o concelho foi integrado na Rede de Judiarias por ser um território que, “especialmente após a expulsão dos judeus do Reino de Castela”, acolheu muitas comunidades que ali permaneceram “durante largo tempo”.
“É uma herança que está um pouco escondida e não é fácil preservar essa memória, mas existem os documentos e existem algumas marcas que possibilitam que possamos recordar a presença dessas pessoas nesta região, como por exemplo as marcas cruciformes e outros objetos que são um testemunho vivo da sua presença cá”, declarou.
No edifício destaca-se a existência de um armário judaico e de um objeto metálico de higiene pessoal, oriundo da aldeia de Vilar Maior, denominado ‘Dentilcaspium’.
“Trata-se, nada mais, nada menos, de algo que as pessoas carregavam ao pescoço, para limpar as unhas, os dentes e os ouvidos”, indicou o arqueólogo.
Marcos Osório supõe que o objeto “poderia pertencer a alguém da comunidade judaica, especialmente a um médico ou a um rabi, dado que as preocupações dos judeus com o ato da circuncisão e outros atos de purificação com as mulheres obrigavam a que se tivessem cuidados higiénicos que não era comum na sociedade em volta”.
Lusa
Foto: PAULO NOVAIS / LUSA

Mais bicicletas a pedalar, menos veículos a circular. Câmara quer que mobilidade em Lisboa mude

O vereador da Mobilidade na Câmara Municipal de Lisboa quer que o sistema de bicicletas partilhadas Gira esteja em todas as freguesias em 2020, ambicionando igualmente que, no futuro, cada quarteirão tenha estacionamento de bicicletas, trotinetas e motas. Em sentido inverso, Miguel Gaspar está também a equacionar aumentar a proteção do centro da capital face aos carros mais poluentes, recorrendo à fiscalização eletrónica.
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Em entrevista à agência Lusa, Miguel Gaspar (PS) disse que espera que o sistema de bicicletas da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento (EMEL), responsável por mais de 6.500 viagens por dias, esteja totalmente criado em 2020, ano em que Lisboa será Capital Verde Europeia.
Nessa altura, acrescentou o autarca, “as viagens serão pagas e, provavelmente”, quem tem o passe poderá “continuar a pagar o que paga hoje, ou seja, paga a anuidade e depois não paga a viagem” até aos 45 minutos.
Devido ao atraso na implementação da primeira fase do sistema, que previa 140 estações e 1.400 bicicletas, a empresa vai partir “diretamente para a concretização de todo o sistema”, que deverá contar com 300 estações e três mil bicicletas.
“Hoje temos cerca de 500, 600, 700, já devíamos ter 1.400. Não temos, porque de facto tivemos um problema com o fornecedor. Neste momento a nossa ambição é lançar um procedimento já para as três mil, o que vai garantir que em todas as freguesias da cidade de Lisboa exista o sistema Gira”, contou Miguel Gaspar.
“A EMEL tomará as opções que tiver de tomar relativamente ao contrato com [a empresa fornecedora] Órbita, mas, neste momento, o que é importante para as pessoas é saber que estamos a lançar um concurso para a exploração das três mil bicicletas dentro das próximas semanas”, reforçou o vereador.
Às viagens das Gira juntam-se outros modos de mobilidade suave, operados por privados, como as trotinetas, que fazem cerca de 10 mil viagens todos os dias.
A Câmara entende que é necessário continuar a fiscalizar, “criar regras de convivência para todos” e “aumentar infraestrutura para estacionamento” para estes veículos, estando já a trabalhar para que “todas as frentes de quarteirão da cidade de Lisboa tenham um sítio para estacionar trotinetas, bicicletas e motas”.
“A minha ambição é que entre espaços para bicicletas, para motas e trotinetas, tenhamos mais de dois mil na cidade de Lisboa. Cada um destes dará facilmente para 10 veículos, portanto vamos evoluir pelo menos para 20 mil lugares de capacidade”, acrescentou Miguel Gaspar, sem adiantar datas.
Veículos é para ficarem às portas da capital
O Miguel Gaspar revelou também que neste ano está prevista a criação de parques dissuasores com mais de 2.500 lugares, bem como de pontos de carregamento rápido de veículos elétricos em Entrecampos, Belém e Parque das Nações, estando ainda a ser estudada a instalação de locais de carregamento para frotas profissionais em espaços vagos nos bairros municipais.
"A nossa opção já é, por via do desenho da hierarquia viária, tirar carros do centro, e, em cima disso, estamos a equacionar ir mais longe, com medidas de maior proteção do centro", afirmou Miguel Gaspar, referindo-se ao aumento do nível das restrições já existentes desde 2015 a veículos poluentes.
O responsável pelas pastas da Mobilidade e Segurança no município lisboeta está a estudar aumentar as restrições existentes, com recurso a "instrumentos de fiscalização eletrónica" que possam substituir as tradicionais operações ‘stop' da Polícia Municipal.
Só este ano, estas operações multaram 55 condutores nas chamadas ‘zonas zero’.
O autarca não exclui "aumentar uma maior restrição de circulação no centro", mandatado por um plano para as energias sustentáveis e o clima, que prevê a interdição de carros a ‘diesel’ no centro de Lisboa até 2030, aprovado por unanimidade na Câmara e na Assembleia Municipal no ano passado.
Ainda assim, sublinhou, as decisões não estão tomadas e o vereador afasta a ideia de portagens urbanas.
"Entre o estacionamento e as medidas de microgestão de tráfego, acredito que há uma alternativa melhor do que uma portagem urbana", defendeu, referindo que uma das razões que as pessoas apontam para andarem de transporte público é o preço do estacionamento.
"O preço do estacionamento já é uma forma de portagem", sustentou, atribuindo à política de estacionamento um "papel muito importante" na mudança de comportamentos.
Apesar do aumento projetado de parques dissuasores para este ano, Miguel Gaspar alertou que os parques mais estruturantes existentes não estão cheios.
"O parque da Ameixoeira tem sistematicamente 200 lugares livres. Este parque custa 10 euros por mês para quem compra o passe, são 50 cêntimos por dia", afirmou.
Além dos 440 lugares que serão disponibilizados nas próximas semanas no Areeiro, estão a ser ultimados aspetos formais para a criação de "dois parques dissuasores da Pontinha, que, em conjunto, vão ser 2.200 lugares", além de um outro "parque de grande dimensão" na zona do Parque das Nações.
"Para quem vem do corredor de Santa Iria, da A1, é uma boa alternativa na zona da Expo. É no último terreno de Lisboa, junto ao Trancão, onde há um apeadeiro da CP, para as pessoas conseguirem a partir da CP e da Carris chegar ao Parque das Nações ou, pela CP, ao centro de Lisboa", explicou.
Relativamente à mobilidade elétrica, o vereador identificou "uma falha de mercado": "Não há redes de carregamento rápido na cidade de Lisboa".
Para ajudar a colmatar essa falha, serão criadas três zonas com sete a oito postos cada uma, em Entrecampos, Belém e Parque das Nações, locais que foram identificados ouvindo a necessidade dos utilizadores e tendo em conta a disponibilidade da infraestrutura da rede elétrica da cidade.
"Além disso, estamos a falar com interessados, empresas comercializadoras de energia e operadoras de pontos de carregamento, para que possam ser criados pontos de carregamento de elevada disponibilidade para frotas profissionais", revelou.
O objetivo é que "empresas que não tenham parqueamento e estruturas próprias para carregar os seus carros nas suas instalações possam ir a um sítio da Câmara de Lisboa com 30, 40, 50, 60 pontos".
Esta medida está a ser pensada com um enquadramento social dos bairros municipais, geridos pela empresa municipal Gebalis.
"Estamos a tentar localizar estes pontos em espaços que hoje estão fechados, estão emparedados, de bairros municipais. São garagens que são da Câmara de Lisboa e a oportunidade de as requalificar é também de ter um projeto social nos bairros municipais, em que não só damos ainda mais vida àqueles bairros como criaremos oportunidades de emprego", explicou.
O município está ainda "em conversação com operadores para aumentar a rede de carregamentos, em particular, semi-rápidos", tendo disponibilidade para, por exemplo, "trocar espaço de estacionamento por espaço de carregamento, para alagar a rede de carregamento.".
Lusa

Catolicismo alemão à beira do abismo? — 1 —

Da esquerda para a direita: O Cardeal Marx, o Arcebispo Koch e o Bispo Bode
Da esquerda para a direita: O Cardeal Marx, o Arcebispo Koch e o Bispo Bode
A Conferência dos Bispos da Alemanha acaba de nomear Dom Franz-Josef Bode como responsável pelas questões de moral sexual no contexto do Caminho Sinodal,anunciado em Lingen, na reunião plenária de primavera. Sobre Caminho Sinodal pretendo tratar no próximo artigo.
Dom Bode deverá discutir o tema da sexualidade e moral sexual com o Comitê Central dos Católicos Alemães–ZdK. Cabe ressaltar que tal comitê vem há tempos atacando a moral sexual ao exigir o fim do celibato sacerdotal, a aceitação de casamentos selvagens, da homossexualidade e, sobretudo, de uma abrangente mudança na moral sexual.
Proveniente do cardeal Marx, o termo sinodalidade é tão vago como controverso. Mas representa uma afronta convocar um Caminho Sinodal para tratar de moral sexual sob a liderança de Dom Bode e do Comitê Central dos Católicos Alemães (ZdK). Parece piada de mau gosto, mas constitui verdadeira afronta a todos os católicos que ainda levam a sério a Fé e o Magistério da Igreja.
Com efeito, faz tempo que Dom Bode vem criticando a moral sexual católica. Em suas tomadas de posição sobre o assunto, ele deixou amplamente documentado que não tem o menor respeito pela moral sexual católica.
No Episcopado alemão não há um bispo que exija tanto a introdução da revolução sexual quanto o faz Dom Bode ao empenhar-se com obstinação, por exemplo, pela bênção a parceiros homossexuais, favorecendo assim a aceitação desse pecado. Para atingir o seu objetivo, ele chega a admitir um cisma, como deixou claro em 2015.
O fato de que a homossexualidade seja diametralmente oposta à moral sexual católica não lhe interessa. Dom Bode é guiado por sua concepção liberal de sexualidade. Para ele a referência não é o Magistério da Igreja, mas a revolução de 1968 da Sorbonne.
Com a nomeação do Bispo Bode para chefiar a Comissão de Moral Sexual, a Conferência Episcopal Alemã deixa claro que não deseja um saneamento da Igreja duramente golpeada, mas da formação de uma nova igreja, com uma moral alinhada às máximas da revolução de maio de 68.
ABIM
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Tradução do original alemão por Renato Murta de Vasconcelos.

Jogo solidário “Todos Moçambique”. Sporting vence Benfica no primeiro dérbi de futebol feminino de sempre

O Sporting venceu ontem o Benfica por 1-0, no primeiro jogo de sempre entre as equipas principais de futebol feminino dos dois clubes, que teve como missão ajudar Moçambique, face ao desastre natural do ciclone Idai.
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A partida solidária "Todos Moçambique", realizada no Estádio do Restelo, em Lisboa, tinha o troféu Vicente Lucas em disputa, mas, mais importante que o título, foi também a confirmação de 15.204 espetadores nas bancadas, superando o anterior recorde (12.213) em encontros de futebol feminino em Portugal.
O único golo do desafio foi apontado pela defesa Joana Marchão, na cobrança de uma grande penalidade, aos 86 minutos, um tento que decidiu um encontro em que o Benfica foi superior.
No ano de estreia, as ‘encarnadas' orientadas por João Marques somam 17 vitórias em 17 jogos no segundo escalão, com 276 golos marcados e nenhum sofrido, e frente às campeãs nacionais da primeira divisão mostraram que têm qualidade no plantel para lutar de igual para igual.
O poder físico e a técnica do Benfica acabaram por prevalecer, quase sempre, nos duelos, mas sem que a baliza de Patrícia Morais fosse violada. A titular da seleção das ‘quinas' foi mesmo a figura da primeira parte, ao segurar os remates com selo de golo de Darlene, aos 16 minutos, e de Sílvia Rebelo, aos 22.
Grande parte do tempo instalado no seu meio-campo, o Sporting poucas vezes assustou a guardiã Dani, com a grande chance a acontecer instantes depois, em que a bola bateu por duas vezes no ‘ferro’, por Ana Capeta e Fátima Pinto.
Se a primeira parte teve duas bolas nos ‘ferros’, a segunda voltou teve mais três e todas para as ‘águias', antes da melhor oportunidade do Sporting, quando Carolina Mendes, isolada por Ana Capeta, não conseguiu levar a melhor no frente a frente com Dani.
Depois foi, mais uma vez, o Benfica a dominar e a estar quase perto de desfazer o ‘nulo’, mas Geyse e Darlene não finalizaram da melhor forma.
Contudo, aos 84 minutos, a defesa central Tayla cometeu falta sobre Tatiana Pinto dentro de grande área e, da marca dos 11 metros, Joana Marchão não desperdiçou.
Lusa

Centenas de pessoas manifestam-se na fronteira entre as duas irlandas contra saída da UE

Algumas centenas de pessoas manifestaram-se hoje na fronteira entre a República da Irlanda e a província britânica da Irlanda do Norte, contestando a saída do Reino Unido da União Europeia e por temerem o regresso de controlos fronteiriços.
Respondendo ao apelo de um grupo designado de Comunidades de Fronteira contra o ‘Brexit’ os manifestantes, incluindo o antigo líder do partido nacionalista irlandês Sinn Fein, Gerry Adams, e o atual Presidente, Mary Lou McDonald, entre 200 e 300 pessoas manifestaram-se numa ponte sobre uma autoestrada que liga Dublin a Belfast.
Alguns tinham cartazes amarelos com frases como "sem fronteiras sem barreiras" e “respeitem o voto ficar”, enquanto outros vestidos de guardas fronteiriços simulavam controlos de veículos e pessoas.
"O trajeto que faço habitualmente, que agora leva uma hora, envolverá três passagens de fronteira em cada direção, ou seja seis travessias da fronteira por dia. Não consigo imaginar o que significaria, em termos de tempo", disse Patricia McGenity, uma cientista que vive perto da fronteira, ouvida pela AFP.
Os habitantes da Irlanda do Norte votaram maioritariamente (56 por cento) contra a saída do Reino Unido da União Europeia no referendo de junho de 2016, que ditou o “Brexit”.
O acordo de saída negociado durante 17 meses entre o Governo britânico e Bruxelas, e que previa a saída a 29 de março, inclui, além do valor do divórcio (39 mil milhões de libras), a cláusula sobre o ‘backstop’ (o mecanismo de salvaguarda para evitar uma fronteira fixa entre as duas Irlandas), e as garantias relativas aos direitos dos cidadãos britânicos nos 27 Estados membros da UE e dos cidadãos europeus no Reino Unido.
Com o voto contra o acordo, chumbado pela terceira vez na sexta-feira pelo Parlamento britânico, o Governo tem agora até 12 de abril para propor um plano B aos dirigentes da UE e, caso não o faça, o Reino Unido abandonará o bloco europeu sem acordo e sem transição.
O próximo capítulo da saga ‘Brexit’ será na segunda-feira, devendo os deputados britânicos tentar chegar a acordo sobre uma alternativa ao plano de Theresa May, depois de na quarta-feira não terem sido capazes de reunir uma maioria em torno de qualquer dos oito cenários propostos a votação.

Bailarina e coreógrafa Anna Mascolo morre aos 89 anos

A bailarina e coreógrafa Anna Mascolo morreu hoje em Lisboa, aos 89 anos, disse à Lusa um amigo da artista, que recebeu o primeiro doutoramento Honoris Causa em dança em Portugal e foi condecorada por duas vezes pela Presidência da República. 
Ministra lamenta morte de "figura central no ensino e formação"
Nascida em Nápoles em 18 de dezembro de 1930, Anna Mascolo viajou para Lisboa em 1940, devido à entrada da Itália na 2.ª Guerra Mundial.
Estudou na Escola Italiana (atual Instituto Italiano de Cultura de Lisboa) e formou-se em dança clássica, em Lisboa, no Conservatório Nacional, tendo sido uma das pioneiras na criação e desenvolvimento do Círculo de Iniciação Coreográfica.
Em 1953 ingressou no Gran Ballet do Marquis de Cuevas, no Teatro Scala, de Milão, onde aprendeu com reconhecidos nomes da dança de então, como Nijinska, Massine, Golovine e Drubrovska.
Em 1956, iniciou um processo de investigação único acerca das metodologias de ensino, inclusive das maiores escolas – a russa, a italiana e a francesa.
Depois de se tornar ‘prima ballerina’ do American Ballet Theatre e de se ser nomeada diretora do Grupo Experimental de Bailado, depois transformado no Ballet Gulbenkian, fundou a sua própria companhia de dança, em 1969.
Foi a responsável escolhida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) para a criação do Conselho Português de Dança.
Em 2012, a antiga bailarina recebeu o doutoramento Honoris Causa pela Universidade Técnica de Lisboa.
Foi docente na Escola Superior de Dança de Lisboa, no Conservatório Nacional e na Universidade Técnica de Lisboa (Faculdade de Motricidade Humana).
Além dos espetáculos de bailado e de ópera, trabalhou no teatro e na televisão, participou em conferências e escreveu diversos artigos sobre a área da dança.
Foi membro do Conseil International de la Danse (CIDD), organismo ligado à UNESCO, formou o Conselho Português da Dança (CPDD), do qual foi presidente, membro do Consiglio Nazionale Italiano della Danza (CNID) e do Conselho Brasileiro da Dança (CBDD).
A ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamentou a morte da coreógrafa, "figura central no ensino e na formação" da dança em Portugal.
Num comunicado, a responsável pela tutela recordou o impulso que deu à dança portuguesa: "Com Anna Mascolo escreveu-se a história da dança, desde a formação à coreografia, do ensino à defesa de uma política pública para a dança".
"A dignidade e perseverança com que sempre lutou para que a dança fosse entendida como uma disciplina de rigor, cuidado e de pleno direito são marcas distintas de um percurso que se confunde com a história contemporânea da dança em Portugal", destacou a ministra, em comunicado.
Graça Fonseca recordou que "foi no seu célebre estúdio que, a partir de 1958, o ensino da dança se sustentou na dignidade humana e artística dos alunos".
A bailarina e coreógrafa Olga Roriz lamentou hoje a morte de Anna Mascolo
Gerações de intérpretes estudaram com ela, que continuou no seu estúdio de dança a ensinar até depois de completar 80 anos, e Olga Roriz foi uma delas.
"Estive pouco tempo, mas não é preciso ter sido aluna de Anna Mascolo para sentir a sua perda. Ela dedicou toda a vida à dança, sobretudo ao ensino e de alta qualidade", salientou a criadora de peças como "Electra", "A Cidade", ou "A Sagração da Primavera".
Sobre a personalidade de Anna Mascolo, recordou: "Era uma mulher muito culta e reivindicativa. Nunca nada estava suficientemente bem para ela. Foi algo que também nos deixou, essa vontade de nunca desistir de lutar, de uma forma muito séria. Ela foi um exemplo".
Lusa

ATENÇÃO: Relógios adiantam uma hora

Resultado de imagem para Relógios adiantam uma hora na próxima madrugadaPortugal vai adiantar os relógios uma hora na próxima madrugada para dar início ao horário de verão, indica o Observatório Astronómico de Lisboa (OAL).
Quando for 01:00 de domingo, em Portugal continental e na Região Autónoma da Madeira, os relógios devem ser adiantados 60 minutos, passando para as 02:00.
Na Região Autónoma dos Açores, esta mudança será feita à meia-noite, 00:00, de domingo, passando para a 01:00.
A hora legal volta a mudar a 27 de outubro, marcando a mudança para o regime de inverno, atrasando os relógios uma hora.
No final de agosto do ano passado, o presidente da Comissão Europeia, Jean Claude Juncker, anunciou que a instituição iria propor formalmente o fim da mudança de hora na União Europeia, depois de um inquérito não vinculativo feito a nível comunitário, segundo o qual mais de 80% dos inquiridos disseram preferir manter sempre o mesmo horário.
Em outubro, o primeiro-ministro, António Costa, defendeu que Portugal deve manter o atual regime bi-horário e ter uma hora de verão e uma hora de inverno, considerando que “o bom critério e único é o critério da ciência”.
Na terça-feira, o Parlamento Europeu pronunciou-se, em Estrasburgo, França, a favor da proposta de fim da mudança de hora bianual, mas apenas em 2021, e não já este ano, como propunha inicialmente a Comissão Europeia.
Depois de o Parlamento Europeu ter adotado a sua posição, através da aprovação de um relatório da comissão parlamentar de Transportes com 410 votos a favor, 192 contra e 51 abstenções, falta agora que os Estados-membros cheguem a uma posição comum em sede do Conselho da União Europeia, devendo depois a proposta de diretiva (lei comunitária) ser acertada entre estas duas instituições.
Lusa