sábado, 27 de outubro de 2018

Colheita de sangue e registo para novos dadores de medula óssea em solidariedade para com o Ivo


Caros amigos,

Como indica o cartaz em anexo, vai decorrer a última colheita de sangue e inscrição para medula óssea, agendada para este ano a realizar na localidade de Cacia.

Nesta iniciativa temos como alvo o apoio ao menino Ivo que sofre de leucemia, pelo que o Agrupamento de Escolas Rio Príncipe e Junta de Freguesia e Loja dos CTT têm vindo a apoiar, esperando uma adesão acima do que tem sido habitual.

Elementos da ADASCA vão estar na Junta mais cedo para distribuir os inquéritos e as fichas por ordem de chegada. 

Mais, a brigada vai ser reforçada com mais um enfermeiro e duas cadeiras de recolhas, para evitar que as pessoas demorem desmaiado tempo no atendimento. O reforço foi-nos confirmado pela Sra. Directora do CST de Coimbra.

Até lá tudo de bom,

Joaquim Carlos
Presidente da Direcção da ADASCA
telef: 234 095 331 | 964 470 432
Site www.adasca.pt 

__________________

Para este mês ainda vai decorrer uma sessão de colheitas de sangue no dia 31 das 15 às 19:30 horas no Posto Fixo da ADASCA.




A triste sina da Suécia islamizada

Islã
A Universidade de Defesa da Suécia estudou o islamismo salafista, que substitui as “conquistas” antinaturais e anticristãs da agenda LGBT pelo delírio oposto. Entre as duas pinças, o cristianismo é triturado. Os salafistas comparam os suecos aos porcos, por serem animais impuros. 
O pregador Anas Khalifa explica: “Se você se depara com um cristão ou com um judeu, sente ódio porque ele não acredita em Alá”. Existe um plano de conquista islâmica da Suécia. Em Borås, crianças muçulmanas ameaçaram cortar a garganta dos colegas e lhes mostraram decapitações em seus celulares. Em Västerås, a expansão se entrelaça com o crime. 
Em Gotemburgo, os islamitas ostentaram a bandeira do Estado Islâmico em uma mesa eleitoral; em Estocolmo, dominam empresas e mesquitas instaladas em subsolos e associações culturais. 
O estudo reprova as autoridades, que não relacionam esses salafistas com as “mesquitas que instruem os radicais e violentos”. Essa cegueira não atinge apenas as autoridades suecas, mas também as outras europeias e ocidentais.

Fonte: ABIM

Duas pessoas desalojadas devido a chuvas fortes no Funchal

Duas pessoas ficaram hoje desalojadas, no Funchal, devido ao desabamento do teto da casa onde residiam, na sequência das fortes chuvas que se abateram sobre a ilha da Madeira durante a noite e manhã.
O caso ocorreu cerca das 07:00 na freguesia de Santo António e motivou a intervenção dos Bombeiros Sapadores do Funchal.
Segundo informação da Câmara Municipal do Funchal, os desalojados, duas pessoas com cerca de 60 anos, foram já encaminhados para os serviços de Segurança Social.
Entretanto, a Capitania do Porto do Funchal recebeu do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) um aviso de mau tempo para o arquipélago da Madeira, com ventos de 50 a 60 km por hora de qualquer direção, pelo que recomenda aos proprietários e armadores que mantenham as embarcações nos portos de abrigo.
O Serviço de Proteção Civil da Madeira emitiu, também, um aviso amarelo para domingo, 28 de outubro, para as zonas costeiras da ilha, com previsão de vento e agitação marítima fortes.
Lusa
Foto: Homem de Gouveia / Lusa

Hora de Fecho: Porque é que a PJ não acredita em Rosa Grilo /premium

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Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
A suspeita diz que Luís Grilo foi morto à sua frente, mas os detalhes dessa tese jogam contra ela. O número de tiros é um deles: a viúva diz que foram dois, mas a autópsia concluiu que foi só um.
Um "atirador ativo" terá feito vários mortos, esta manhã, numa sinagoga, no estado norte-americano da Pensilvânia. Homem ainda poderá estar dentro do edifício.
Ex-procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, não confirma se falou ou não com o ex-ministro da Defesa sobre a atuação da PJ Militar no caso de Tancos. Mas está disponível para testemunhar.
A Comissão Europeia propôs o fim da mudança de hora, António Costa garantiu que fica tudo como está. Qual a melhor solução? Ouvimos os especialistas e percebemos que o tema está longe do consenso.
O cantor angolano Matias Damásio diz ter sido abusado aos 12 anos por uma “mulher adulta”. Revelação foi feita durante uma entrevista ao programa Alta Definição, na SIC.
Meghan, Kate e Camila têm guarda-costas mulheres e diz-se que foi o príncipe Carlos que tomou esta decisão quando Kate e William ficaram noivos. Porque têm as três duquesas seguranças femininas?
Eduardo vota convictamente em Bolsonaro, Mayara em Haddad. Renato rendeu-se ao voto útil, Vinicius escolheu a abstenção. Só concordam num único ponto: depois de domingo, vai haver mais tensão.
O sistema de pensões pode ser insustentável já em 2021 e criar uma crise orçamental. Para mudar a lei, é necessária uma maioria qualificada no Congresso. Terá o próximo presidente apoio suficiente?
O ministro dos Negócios Estrangeiros saudita diz que a Arábia Saudita está determinada a levar à Justiça os responsáveis pelo assassínio do jornalista Jamal Khashoggi.
Treinador do Benfica garantiu que tinha o melhor "rácio" entre jogos disputados e vitórias conseguidas na Liga dos Campeões. Mas os dados não batem certo com a realidade.
O "Último Caderno de Lanzarote" é o capítulo final de um diário que foi escrito com a plena consciência de que será publicado e que, de quando em quando, tem uma benesse literária. 
Opinião

Alberto Gonçalves
Se tomarmos os espécimes à exacta medida do que valem, tudo o que envolve o dr. Louçã e o prof. Freitas – “intelectuais” na perspectiva de um maquinista da CP – contém inegável potencial humorístico.
José Manuel Fernandes
O antigo presidente FHC recusou apelar ao voto em Haddad para barrar o caminho a Bolsonaro. Fez bem. Nesta eleição não há nenhum mal menor, ambos os candidatos representam males maiores para o Brasil.
Jaime Nogueira Pinto
Desta vez não é a ameaça da revolução e do comunismo, mas são os efeitos perversos da globalização; é o descontrolo das migrações; é o terrorismo; é a imposição da contracultura agressiva das minorias
P. Gonçalo Portocarrero de Almada
A sociedade precisa de profissionais competentes e, sobretudo, de mulheres e homens que saibam fazer da sua profissão um serviço ao bem comum.
Fernando Leal da Costa
A verdade é que até agosto de 2018 houve doentes com mieloma no SNS que tiveram acesso a tratamentos adequados e indicados e agora não há acesso aos medicamentos de que estes doentes precisam.
MAGG

Marta Gonçalves Miranda
Cristina Pombo, autora de um novo livro sobre homeopatia, defende a importância de ter febre e critica o excesso de medicação nos miúdos. 
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Marmelada de banana, bananada de goiaba, goiabada de marmelo

Fugas
 
 
  Sandra Silva Costa  


Quando uma música não lhe sai da cabeça, isso pode ser nostalgia.Esta, no caso, remonta aos tempos em que o Sítio do Picapau Amarelo passava na televisão, quando em Portugal havia apenas dois canais. Mas esta memória não é só saudosismo. Tem tudo a ver com o que primeiro vos sirvo hoje, para vos adoçar a boca: histórias deliciosas para barrar no pão ou comer à colher. São cinco relatos de gente que, agarrada às panelas, domina com mestria a arte de conservar a fruta em açúcar. São compotas e marmeladas, senhores!, porque não há estação que melhor combine com eles que o Outono. Agradeçam ao Luís Octávio Costa e à Alexandra Prado Coelho, que, com as suas prosas, que se lêem aqui, ajudam a tornar mais quentinho este primeiro dia de Outono a sério.

As compotas não vão lá muito bem com água, é verdade, mas é de água que nos fala o protagonista da semana. Chama-se Manuel Antunes da Silva e é o primeiro water sommelier certificado em Portugal. A Daniela Carmo esteve à conversa com ele.

Também é uma história ligada ao Outono a que nos conta a Patrícia Carvalho. Ela e o Nelson Garrido foram até Cidões, uma aldeia de Vinhais, ver como está a ser preparada a Festa da Cabra e do Canhoto deste ano (3 de Novembro). Não sabe o que é? Está tudo explicadinho aqui, mas desde já lhe adianto que pode ser encarada como uma espécie de Halloween à portuguesa.

Pois, Halloween… É dos que odeia esta festa importada e que faz as delícias dos miúdos? Siga os conselhos da Luísa Pinto, que elenca uma série de receitas que podem ser feitas em família, ajudando a tornar os preparativos mais divertidos.

Por falar em receitas, o José Augusto Moreira foi ao restaurante O Rochedo, em Priscos, Braga, e descobriu que há lá várias que merecem ser provadas. Como os filetes de pescada dourada ou o naco de boi. Sirva-se, por favor. Já o Luís Octávio Costa foi dormir à novíssima Gran Cruz House, com “a Ribeira à vista e um Porto à mão”.

Deixo para o fim a sugestão de uma viagem que pode ir planeando: Almaty, a antiga capital do Cazaquistão. É uma das maiores cidades da Ásia Central e, escreve o Humberto Lopes, com assinalável pujança cultural. Eu fiquei cheia de vontade de ir.

Agora vou ali fazer um chazinho e atacar a marmelada. Volto para a semana à sua companhia. Até lá, boas viagens.

Macroscópio – Até que ponto a democracia brasileira está em perigo?

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Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!
 
Para alguns as eleições brasileiras deste domingo resumem-se a uma escolha dicotómica entre democracia e ditadura. Algumas reportagens das televisões portuguesas não têm andado muito longe de nos procurar transmitir esse retrato. Com mais pudor ou menos pudor, o jornalismo português assumiu a narrativa da candidatura do PT, passou a descrever Jair Bolsonaro como um fascista – antes era apenas um populista ou de extrema-direita – e a democracia passou a ser a questão essencial da eleição de domingo. É certo que extraordinária polarização da eleição brasileira coloca difíceis desafios ao sistema constitucional brasileiro, mas a leitura da imprensa internacional – e de alguma portuguesa – não sustenta o tremendismo de alguns relatos apaixonados. 
 
Há sensivelmente um mês, como já demos conta em anterior edição do Macroscópio, a influente The Economist considerou o favorito na eleição deste domingo tudo menos alguém recomendável, num editorial intitulado Jair Bolsonaro, Latin America’s latest menace. Agora, na véspera da decisiva segunda volta, regressou ao tema para, em Containing Jair Bolsonaro, defender a ideia de que a democracia brasileira já deu sinais de solidez e possui mecanismos capazes de suster os instintos mais radicais do candidato. Por exemplo: “He wants the police to have “carte blanche” to kill. But the main police forces are under the authority of the 27 states. Their governors must reject his trigger-happy philosophy. Congress can stop him from carrying out his threat to stuff the supreme court with pliant judges.” Por outro lado, “Not all Mr Bolsonaro’s ideas are bad. He has shown more interest than the pt in solving Brazil’s main economic problems (see article). If he is serious about reforming the costly pension system, which threatens Brazil’s financial stability, and eliminating useless rules, congress should co-operate. (Though that is a big “if”.)” O essencial, neste quadro, é que o “Brazil needs an opposition that defends democratic norms and an army determined to remain scrupulously apolitical.”
 
Eu próprio defendi no Observador uma posição semelhante, num texto onde defendo a neutralidade de Fernando Henrique Cardoso, que sendo indiscutivelmente um homem de esquerda não cedeu às pressões do PT para apoiar o seu candidato nesta segunda volta. Em Porque Fernando Henrique Cardoso tem razão explico quais os motivos que me levariam a votar em branco se fosse brasileiro, não alinhando com o coro nacional que exige que todos votem em Haddad (um coro com pouca repercussão na comunidade portuguesa no Brasil, 90% da qual parece ir votar em Bolsonaro). Para além de explicar que o PT de 2018 não é o PT de 2003, e que o seu programa é no mínimo tão descaradamente anti-democrático como o de Bolsonaro (em Portugal ninguém o terá lido), também defendo que a democracia no Brasil tem condições para sobreviver, ganhe quem ganhar: “Apesar de a democracia brasileira ser relativamente jovem, já deu boas provas, e apesar de o Brasil ter um sistema de governo presidencialista, o poder do Presidente é limitado por um Congresso onde Bolsonaro não terá a maioria e por o país ser um Estado federal onde muitas das competências pertencem aos governos e às legislaturas estaduais. Como a revista [The Economist] recorda, apesar de tudo no Brasil o Congresso já destituiu dois presidentes (Collor de Mello e Dilma Rousseff) e a Justiça já prendeu um terceiro (Lula da Silva). Quanto à imprensa brasileira, ao contrário do que sucede em muitos países, é forte e tem publicado notícias e investigações ao longo da campanha que incomodaram ambos os candidatos. Ainda bem e assim continue. Também já não estamos no tempo da Guerra Fria e, se todos nos lembramos dos anos do regime militar, a verdade é que o exército brasileiro não tem as tradições golpistas de outros exércitos sul-americanos: o seu registo é de três golpes em dois séculos de história. Ou seja, se virmos bem, comparativamente os militares brasileiros portaram-se até melhor do que os portugueses neste mesmo intervalo de tempo.”
 

Carlos Ayres Britto, que foi presidente do Supremo Tribunal Federal do Brasil também defendeu, em entrevista ao Estado de São Paulo, a mesma ideia 'Temos o sol a pino da democracia’, sustentando que o regime democrático no país está sendo ‘desafiado’, mas resiste: “O quadro pelo acirramento é sombrio, mas não chega a ser trenebroso, porque temos o sol a pino da democracia, que há de prevalecer antes, durante e depois do processo eleitoral”. À pergunta directa sobre se “a democracia está em risco?”, o juiz concretizou: “Acho que a democracia está sendo desafiada, mas que não há céu tempestuoso que resista a ela. Ela não vence por nocaute, mas com toda certeza vence por pontos. Desde que bata mais na velha ordem, velha mentalidade, do que apanhe. É o que está acontecendo. Essa chuva ácida vai passar com toda a certeza.”
 
De facto, como Cátio Bruno explicava num especial do Observador, Não basta ganhar no domingo. Futuro Presidente do Brasil vai ter de negociar muito para conseguir governar. Tudo porque das eleições já resultou um Congresso hiper-fragmentado que obrigará o novo Presidente a ceder muito para poder levar por diante o seu programa. Em concreto, e como explicou um professor de ciência política, Carlos Pereira, “A fragmentação partidária é um complicador para a governabilidade, mas não é um impedimento. É mais importante gerir bem a coligação que se forma e, para isso, o Presidente tem de fazer boas escolhas: que partidos integram a coligação, o grau de coincidência ideológica desses parceiros, a partilha de poder e de recursos do Presidente para com esses partidos e se essa coligação representa ou não a média [do pensamento] do Congresso.” Mais: “Para Bolsonaro, haveria maioria suficiente para formar um Governo de coligação com outros partidos para lá do PSL. O problema? “Bolsonaro tem dito que não vai governar em coligação, mesmo tendo as condições ideais para isso. Ele diz que vai ter um Governo de notáveis, de pessoas e não de partidos, e que vai tentar aliciar o Congresso para apoiar a sua legislatura. Só que esta estratégia tem vantagens no curto prazo, mas no longo prazo gera animosidades”, prevê o professor de Instituições Políticas.”
 
Deixando o Congresso e passando ao tema das Forças Armadas – na América Latina há sempre o fantasma dos golpes militares – mesmo num longo artigo do Financial Times onde se optou por expressar no título as inquietações dos adversários do homem que lidera as sondagens – Opponents fear ‘wrecking ball’ Bolsonaro poses threat to Brazilian democracy – acaba-se por admitir que as Forças Armadas até podem ter um factor de estabilidade: “The role of the military in Mr Bolsonaro’s campaign has also unnerved some. He is set to appoint several generals to ministries and his running mate, General Antônio Hamilton Mourão, is also retired from the army. But while the military is taking more of an interest in politics than previously, most analysts see it playing a “supporting” role to provide management expertise to a Bolsonaro presidency rather than intervening more directly in politics. The model would be that of Mr Trump, who has used generals in his administration. “I suspect the military itself will be the first to push back on attempts to use them in ways that go beyond their constitutional authority because it ultimately threatens them legally and institutionally,” says Evan Ellis, professor of Latin American studies at the US Army War College.”
 
Finalmente resta saber que tipo de presidente será Bolsonaro. Uma hipótese é que, até pela necessidade de ter uma maioria no Congresso, seja obrigado a ser mais moderado, como aconteceu com Lula em 2003. É isso que deseja Patricio Navia no site Global Americans, especializado em temas latino-americanos, num texto onde defende que Bolsonaro should follow Lula’s 2003 example: “Here is where Bolsonaro should learn a lesson from his political nemesis. After the election, Bolsonaro should quickly move to the center and signal pragmatism and consensus-building reasonable reforms. He should certainly cater to his constituency by adopting tough positions on law and order, but he should remember that people want results rather than confrontation or divisiveness. By implementing reasonable and much needed market-friendly pension and labor reforms, reigning in government spending and unleashing market-forces, Bolsonaro can put to rest concerns over his authoritarian past and intolerant views and instead become the kind of moderate, reasonable and unifying leader that Brazil needs today.  Some might think this is wishful thinking, but 16 years ago, another recently elected Brazilian president, Lula, quickly put concerns over his populist past to rest and became a positive leader who helped make Brazil a better country.”

 
Mesmo assim, para não iludir a realidade, temos de ter presente que o grau de polarização no Brasil é enorme e que entre os apoiantes de Bolsonaro há quem não deseja apenas a sua eleição, queira também um regime forte, quando não uma ditadura. Não é um fenómeno único nem exclusivo do Brasil ou confinado à direita, pois no México surgiu associado a um candidato de esquerda, como nos escplicou no El Pais Moisés Naim, num texto em que compara a situação nos dois países, Mexico’s AMLO and Brazil’s Bolsonaro: very different... and very similar – “Two rising Latin American leaders have figured out voters are hungry for messiah figures, not lectures about the institutions that limit presidential power”. É esta a sua tese: “This worldwide onslaught on the checks and balances that limit executive power benefits greatly from the deep disappointment that voters have with democracy. More than half of Brazilians say they would accept an undemocratic government if it “solves problems.” The same sentiments have become common in Mexico. Brazil and Mexico have fallen in love with a very dangerous political narrative. It’s the story of the proverbial strong man: a fresh and uncompromised figure willing to fight corruption, defend “the people” and give hope to an entire society traumatized by terrible levels of graft and violence. Promises of salvation garner more votes than talk of institutions that keep presidential power in check and protect citizens. It’s a lesson Bolso and AMLO have learned all too well.”
 
A fechar, e para ajudar a completar este argumento, recomendo também a leitura de A alternativa, de Jaime Nogueira Pinto no Observador, onde ele nos fala um pouco mais sobre o tipo de políticas que suscitam reações de tipo novo, como aquelas a que estamos a assistir: “O fenómeno Bolsonaro não é só mas é também a rejeição de um mecanismo de poder e corrupção montado pelo PT em mais de uma década de governo, sob uma retórica generosa e igualitária. É também um “basta” das classes médias e populares, ameaçadas na sua segurança e exploradas pelo Partido dos explorados que se transformam em exploradores. Há uma mudança de paradigma. Desta vez não é a ameaça da revolução e da ditadura comunista, mas são os efeitos perversos da globalização; é o descontrolo das migrações culturalmente diversas; é o terrorismo; é a imposição da contracultura agressiva das minorias. Contra estas coisas, as nações, as sociedades, as famílias, revoltam-se e defendem-se. Com soluções às vezes de excepção e que podem pôr em questão os fundamentos ideológicos e institucionais vigentes. Mas é precisamente o fracasso do que está, a incapacidade do modelo político de responder ao presente, que leva o povo a buscar alternativas onde as há.”
 
A partir de domingo à noite começaremos a ter respostas para os vários debates que cruzam estes argumentos. Tenham um bom resto de fim-de-semana. 

 
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Tiago Monteiro regressou com um 15.º lugar na primeira corrida do WTCR no Japão

O português Tiago Monteiro (Honda Civic) regressou hoje ao Mundial de carros de turismo (WTCR) com um 15.º lugar na primeira das três corridas em Suzuka, no Japão, depois ausente 415 dias devido a um grave acidente.
Tiago Monteiro disse ter-se sentido “num sonho” durante a volta de aquecimento mas, “depois, já parecia [que a última vez que pilotou] que tinha sido há duas ou três semanas”.
O italiano Kevin Ceccon foi o 14.º vencedor diferente desta temporada, com um Alfa Romeo, a única marca presente no campeonato que ainda não tinha vencido este ano.
Tiago Monteiro concluiu as 11 voltas ao traçado nipónico com o tempo de 26.50,083 minutos, a 7,816 segundos do vencedor, no 15.º posto entre os 23 pilotos que viram a bandeirada de xadrez.
“Estar de volta é um sentimento fantástico. Todo o fim de semana tem sido muito emotivo e excitante e estou a aproveitar cada momento”, comentou o piloto portuense.
Monteiro confessou que a volta de aquecimento foi “muito tensa e estranha”.
“Senti-me como que num sonho, como se não estivesse mesmo ali e, ao mesmo tempo, como [se a última vez] tivesse sido há duas ou três semanas. Foi surreal”, sublinhou.
No entanto, durante a corrida “tudo foi normal”: “Fiz a minha prova, para entender o carro, tentei puxar um pouco e divertir-me. E consegui, diverti-me bastante”, concluiu.
No domingo vão ser disputadas a outras duas corridas da ronda japonesa do WTCR, nona e penúltima etapa do campeonato, nas quais o português vai partir do 16.º lugar.
Lusa

O fascínio do deslocamento

Nossa história é marcada pela ação antes mesmo da concepção, quando os espermatozoides empreendem uma corrida desesperada em direção ao óvulo com o objetivo de fecundá-lo. Ou seja, todos nós somos resultado desse primeiro movimento


Nossa história é marcada pela ação antes mesmo da concepção, quando os espermatozoides empreendem uma corrida desesperada em direção ao óvulo com o objetivo de fecundá-lo. Ou seja, todos nós somos resultado desse primeiro movimento – e ao longo da vida outros tantos pautam cada etapa do desenvolvimento. Abrimos e fechamos as pálpebras, movemos a língua para pronunciar sons e nos fazermos entender, sorrimos, exibimos no rosto o que sentimos, agitamos os braços, engatinhamos, andamos, pulamos, dançamos, chutamos, digitamos, atiramos objetos para longe e os trazemos para perto. Dentro do corpo o sangue corre, o ar entra e sai dos pulmões e os sinais eletroquímicos transmitidos pelos neurônios estão em constante atividade, acionando redes sinápticas e promovendo associações. 

Também fora de nós nada parece estar parado. O ir e vir ao nosso redor – e a necessidade constante de nos deslocarmos – associa-se à energia vital, à busca da agregação. A tendência a simplesmente deixar-se ficar, sem ligar-se a nada (sem mover-se em direção a nada), aproxima-se da ideia de pulsão de morte, proposta por Freud. 

Num outro plano, os movimentos (não por acaso chamados assim) sociais, culturais e econômicos são transformadores e afetam a maneira como as pessoas sentem, pensam e desejam. Nessa íntima comunicação entre o dentro e o fora, exemplos concretos ancoram ideias abstratas; sensações e ações que parecem triviais como franzir a testa, segurar objetos macios ou ásperos ou fazer sinal de positivo influenciam operações cognitivas complexas, julgamento social, linguagem, percepção e raciocínio.

Quando observamos gestos, certas regiões cerebrais impedem a transmissão de sinais do córtex pré-motor para os neurônios motores executores, um mecanismo parcialmente inexistente em pessoas com ecopraxia (imitação repetitiva de movimentos). Quando nos curvamos diante de um paciente com essa síndrome neurológica, ele também se curva – simplesmente imita o gesto, sem saber por que o fez. O limiar entre a simulação interna e a atividade motora concreta, porém, muitas vezes é reduzido também em pessoas saudáveis – como no caso do bocejo, altamente contagiante. E sim, há movimento no bocejo, assim como nas expressões faciais, no sorriso, no pensamento. É dessa gama de movimentos, mais ou menos sutis, intimamente conectados ao cérebro e à mente que trata esta edição especial Corpo e cérebro em movimento. Por mais quietos que estejamos – como neste momento, lendo este texto – universos físicos e mentais se movem em nós. Para dar continuidade a esse processo fascinante, basta continuar deslizando os olhos linha após linha pela edição.

Gláucia Leal, Editora-chefe.

Manhã de sábado: Candidata à JS recebeu 140 mil euros em avenças

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Manhã de sábado

As principais notícias do dia
Bom dia!
A candidata à liderança da JS recebeu 140 mil euros em avenças da CML e de uma junta também liderada pelo PS. A sua candidatura teve um arranque polémico, que até envolve o autocarro de uma junta PS.
De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, as temperaturas vão descer até 10 graus a partir de sexta-feira devido a uma massa de ar muito frio. Os ventos vão de moderados a fortes.
O Presidente dos EUA acusou a imprensa de usar a detenção de um simpatizante seu, no caso do envio de pacotes bomba a figuras democratas, "para fazer um ato político", em vésperas de eleições.
As autoridades norte-americanas prenderam Cesar Sayoc, um republicano de 56 anos que já foi acusado por ter ameaçado explodir uma bomba no passado.
O cônsul do Brasil em Lisboa pediu à PSP uma "presença mais contínua" junto à Faculdade de Direito, local de votação na capital portuguesa, para a segunda volta das presidenciais brasileiras.
No início da semana, um contentor com milhares de bananas chegou ao porto de Setúbal. A polícia já estava à sua espera e seguiu a mercadoria até Espanha. É que cada caixa tinha 15 quilos de cocaína.
Pareceres dos reguladores e defesa de consumidor avisam que fatura detalhada de energia pode não ser eficaz e até afastar consumidores. E nos combustíveis, o custo acrescido pode ir para aos clientes.
Manuel Heitor reconhece que redução de 212 euros, incluída no Orçamento do Estado para 2019, resulta de necessidades de consensos à esquerda, mas considera que, no futuro, as propinas devem acabar.
Tribunal de julgamento condenou ex-presidente do BPN a 14 anos de prisão mas pena não incluiu crime de abuso de confiança. Lapso foi notado pela Relação de Lisboa há um mês.
Frederico Varandas admite veia autofágica do Sporting, critica egos que não dão nada mas mostra esperança na futuro. "Casos do Benfica são uma vergonha para o futebol português", destaca ao Expresso.
O piloto Miguel Oliveira (KTM) fez a sua pior qualificação da época ao conseguir apenas o 20.º lugar na grelha de partida para o Grande Prémio da Austrália de Moto2. 

Opinião

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José Manuel Fernandes
O antigo presidente FHC recusou apelar ao voto em Haddad para barrar o caminho a Bolsonaro. Fez bem. Nesta eleição não há nenhum mal menor, ambos os candidatos representam males maiores para o Brasil.
Jaime Nogueira Pinto
Desta vez não é a ameaça da revolução e do comunismo, mas são os efeitos perversos da globalização; é o descontrolo das migrações; é o terrorismo; é a imposição da contracultura agressiva das minorias
P. Gonçalo Portocarrero de Almada
A sociedade precisa de profissionais competentes e, sobretudo, de mulheres e homens que saibam fazer da sua profissão um serviço ao bem comum.
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Catarina Ferreira Gonçalves
Portugal aderiu à comunidade mundial que inclui estes bichos na nossa dieta. Já há data marcada para uma degustação.

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