Por J. Carlos (*)
Tendo Jesus nascido em Belém da Judeia,
em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do oriente a Jerusalém. E
perguntavam: Onde está o recém-nascido rei dos Judeus? Porque vimos a sua
estrela no Oriente, e viemos para adorá-lo. (Evangelho de S. Mateus 2:1-2).
Gloria a Deus nas alturas, PAZ na terra,
boa vontade para com os homens. (Evangelho S. Lucas 2:14).
Se lermos com atenção o Evangelho de
Lucas, constamos que José e Maria ficaram muito alegres. Até os anjos cantaram glória a Deus nas
alturas, em louvor a Deus, pelo nascimento do menino Jesus.
Ainda hoje nós falamos no nascimento de
Jesus. Com que convicção? Sentimos o desejo de cantar os belos hinos que os
anjos cantaram, naquela ocasião, e de recitar as lindas poesias que falam do
seu nascimento, da vida e do amor de Jesus.
Todos nós nos alegramos quando chega o
Natal, mas essa alegria não é só porque recebemos presentes, doces e
brinquedos. Não. A nossa alegria é pelo
maior presente que poderíamos ganhar no Natal: JESUS, O NOSSO AMIGO E SALVADOR.
“Na cidade de Davi, vos nasceu hoje o
Salvador que é Cristo, o Senhor.” (Evangelho S. Lucas 2:11).
"Hosana" é a junção de três
palavras em aramaico, que significa "Salva-nos já", "Salva-nos
Senhor, agora".
Esta aclamação “Hosana nas alturas!” é
uma oração ao coração de Deus. Significa: “Salva-nos
agora, ó Tu que habitas nas maiores alturas”. Os homens em pleno século XXI
ainda duvidam desta realidade.
Nesta época ouve-se com frequência
algumas conversas relacionadas com a fé de cada um, a religião de cada um,
sempre com algumas reservas, mas, persiste sempre a grande interrogação: Qual é
a religião verdadeira? Das que existem, em qual delas devemos acreditar? Leiamos
o que está escrito na Bíblia Sagrada: “Se alguém, pois, julga que é religioso,
não refreando (conter) a sua língua, mas seduzindo o seu coração, a sua
religião é vã.” (edições Paulistas).
“A
religião pura e sem mácula aos olhos de Deus e nosso Pai é esta: visitar os
órfãos e as viúvas, nas suas tribulações (necessidades), e conservar-se puro
deste século (mundo).” (Epístola de S. Tiago 1: 26-27). Como o genuíno
cristianismo se encontra em decomposição, o homem passou a ser deus do homem. «Ponhamos de parte o que nos separa, e
amemos o que nos aproxima» esta a divisa de João XXIII.
Nesta linha de reflexão, será que os
cristãos sabem o que Jesus disse sobre si próprio, ainda que possa parecer
estranho? “Eu sou pão da vida”, “Eu sou a luz do mundo”, “Eu sou a porta”, “Eu
sou o bom pastor”, “Eu sou a ressurreição e a vida” “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida, ninguém vai ao pai senão por
mim”, “ Eu sou a videira verdadeira, e o meu pai é o lavrador. Toda a vara
em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê
mais fruto”. (Evangelho S. João 15.1,2).
Todas estas referências estão escritas
na Bíblia Sagrada, quanto muito a diferença pode existir numa tradução mais
fácil, para melhor atendimento. O elemento central é a pessoa de Jesus Cristo. A
razão de Jesus vir à terra não era exclusivamente o seu sacrifício na cruz!
Deus prometeu em Isaías 7:14: "Eis
que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel". O
nome Emanuel significa "Deus connosco" (Mateus 1:23) e implica mais
do que uma breve visita para um acto sacrificial; revela antes o compartilhar
da experiência humana.
Um
homem sem Cristo no coração, é como uma dispensa desprovida de alimentos para
alimentar o corpo.
O Senhor da minha Fé não é um Deus qualquer em que creio.
«Não
creio no Deus dos «magistrados», nem no deus dos «generais» ou das orações
patrióticas, do deus dos exércitos. Não creio
no deus dos hinos fúnebres, nem no deus das salas de audiência ou dos prólogos
das constituições. Não creio no deus
da sorte dos ricos, nem no deus do medo dos opulentos, ou da alegria dos que
roubam o povo. Não creio no deus da
paz mentirosa, nem no deus da justiça impopular, ou das tradições vazias e sem
alma.
Não creio no deus
dos sermões vazios, nem no deus das saudações protocolares, ou dos matrimónios
sem amor. Não creio no deus
construído à imagem e semelhança dos poderosos, nem no deus inventado para
sedativo das misérias e sofrimentos dos pobres. Não creio no deus que dorme nas paredes ou se esconde nos cofres
das igrejas. Não creio no deus dos
natais comerciais, nem no deus das propagandas coloridas. Não creio nesse deus feito de mentiras tão frágeis como o barro,
nem no Deus da ordem estabelecida sobre a desordem consentida.
O Deus da minha fé nasceu numa gruta,
era judeu. Foi perseguido por um rei estrangeiro e caminhava errante pela
Palestina; fazia-se acompanhar por gente do povo, dava pão aos que tinham fome,
luz, aos que viviam nas trevas, liberdade, aos que jaziam acorrentados, paz,
aos que suplicavam por justiça.
O
Deus da minha fé punha o homem acima da lei e o amor no lugar das velhas
tradições. Ele não tinha uma pedra onde recostar a cabeça e confundia-se entre
os pobres…»
«O Deus da minha fé é aquele que pela
sua carne me permite ainda hoje e sempre dizer: TODO O HOMEM É MEU IRMÃO». (Tempo
de Mudança, Pág. 216, Outubro 1979, Dr. Mário Rocha).
Muitos pronunciam “Feliz Natal”. Sem
Jesus, pode haver Natal de fartura, mas não há Feliz Natal! Natal não é
celebrar uma data, mas uma pessoa! Pessoa que é a primícia da Nova Humanidade,
totalmente o admirável pensamento de Emmerson: «Para compreender bem, seja o
que for, há que descer sobre o assunto de mais alto». As horas difíceis são
sempre horas grandes porque são um desafio à grandeza fé e à generosidade da
alma.
E só orientados por esta luz é que os
planos humanos poderão dar bons resultados. Feliz aniversário, Jesus! Que a tua prenda seja a entrega de mais
corações dedicados a Ti e ao Teu serviço.
A todos os leitores do LITORAL CENTRO,
em especial aos dadores de sangue, quer sejam ou não sócios da ADASCA: BOAS
FESTAS, que nunca vos falte a SAÚDE e o pão de cada dia, são os meus votos
sinceros.
(*Jornalista)