quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Tribunal Constitucional sem meios para fiscalizar riqueza dos políticos


por Mira on-line 
Grupo contra a Corrupção do Conselho da Europa alerta that procuradores do cinco TEM, Entre OUTRAS Tarefas, de fiscalizar a Riqueza de Mais de 15 mil detentores de Cargos Políticos. Declarações de rendimentos São analisadas com Dois ano e Meio de atraso.
Um Relatório Sobre a Prevenção da Corrupção em Portugal Entre Deputados, Juízes e Magistrados do Ministério Público concluiu Que a Fiscalização dos rendimentos e da Riqueza dos Políticos SOFRE de Uma crónica falta de Meios.
O Estudo foi Feito Pelo Grupo Contra a Corrupção do Conselho da Europa (GRECO). Os Especialistas visitaram Portugal em julho de 2015 e ficaram surpreendidos POR nessa altura o Tribunal Constitucional, recebe that como Declarações de rendimentos, AINDA Só ter completado a Avaliação das Declarações preenchidas em 2012.
Dois ano e Meio de atraso that Segundo o Relatório se devem, "em Primeiro lugar, à falta de Meios do gabinete do Ministério Público (MP) Que Funciona nenhuma Tribunal Constitucional" e Que DEVE fiscalizar como Declarações.
Os Especialistas Internacionais sublinham Que o MP não Tribunal Constitucional (TC) APENAS contava com Quatro procuradores (número that EntreTanto subiu parágrafo cinco) e that Estes Além de "escrutinarem", como Declarações de rendimentos de 15.000 a 16.000 detentores de cargas Políticos AINDA TEM OUTRAS Tarefas .
Responsáveis ​​OS fazer Conselho da Europa acrescentam Que falaram com OS Representantes do MP não Tribunal e that Estes admitiram a necessidade de Terem Mais Conhecimentos Especializados Para fiscalizarem a Riqueza dos Políticos, Bem Como Acesso Às Contas Bancárias, algo that a lei NÃO Preve.
Na Prática, a Única Fiscalização Que ESTÁ um Ser Possível Fazer E comparar como Declarações de rendimentos não Início, a meio e há DOS FIM Mandatos. Pela lei, OS Procedimentos formais de Investigação da Verdade das Declarações Só PODEM Ser Abertos when estas Não São entregues UO se detetaram INFORMAÇÕES Falsas, algo Que, apesar dos milhares de Políticos fiscalizados, Segundo o Relatório, Nunca Aconteceu. Razões Que levam o Conselho da Europa a Dizer Que a Fiscalização da Riqueza dos Deputados "dificilmente PODE Ser Considerada Efetiva", precisando de Ser "mais profunda" e atempada.
De Uma forma Geral, o Relatório concluiu AINDA that como leis portuguesas para Prevenir a Corrupção Entre Deputados, Juízes e Magistrados do Ministério Público TEM Vários Problemas ea Prevenção Deste crime recebe Pouca importancia.
Conclusões Que levam o Conselho da Europa um PEDIR um Portugal that Reforce o combate à Corrupção Junto destes Três grupos de Representantes do Estado, Consolidando como leis e Fazendo Com que estas Sejam coerentes, efetivas e Aplicadas de forma clara.
Fonte: TSF
Mira on-line  | Fevereiro 10, 2016, 13:45 | Categorias: Nacionais | URL: http://wp.me/p5tucu-bYg   

Governo quer escola todo o dia para todos os alunos do básico


De: Não se sabe Quanto E that uma Medida PODE custar, mas, Quando foi introduzida no ciclo Primeiro, valeu 100 Milhões de euros.
O Governo pretende alargar a escola um ritmo Inteiro AOS Alunos de todo o ensino básico. A intenção do Executivo, Segundo o "Diário de Noticias", E um de that as Crianças fiquem na escola Até Às 19h30, Como Já Acontece com OS Alunos do Primeiro ciclo.
A MEDIDA E parágrafo Pôr em Prática Até 2019. dados ESSA comeu, o Governo Quer alargar como Actividades extracurriculares EAo Quase 900 mil Alunos do ensino básico, that poderão ter aulas de música, de teatro UO de desporto.
A Medida consta do Programa do Governo e das Grandes Opções do Plano Pará uma legislatura mas, parágrafo já, NÃO se sabe Como E that this oferta - Mais Compatível com OS Horários de Trabalho da grande maioria dos pais - funcionar vai.
Certo E Que Será Preciso Contratar Mais Professores, Técnicos e Funcionários, é Isso reflecte-se num esforço Financeiro. De Quanto? De: Não se sabe. Mas when a Medida foi introduzida no ciclo Primeiro, em 2006, uma escola um ritmo Inteiro exigiu hum Investimento de 100 Milhões de euros.
Este e Um Que Custo como autarquias e Os pais PODEM Ser chamados a co-FINANCIAR.
Para Mário Nogueira, da Fenprof, E Importante ESTA RESPOSTA social Pela necessidade das Famílias, mas E Necessário NÃO cometer Erros, Como OS Que Tem SIDO cometidos no ciclo Primeiro faça ensino básico.
"Esta NÃO PODE Ser Uma RESPOSTA OBRIGATÓRIA, SEJA OU, TEM de Ser algo um that OS pais recorrem se Necessário, mas sem estarem Obrigados a ISSO, Porque Escola em Excesso NÃO É Bom Para OS Alunos", Diz.
"E NÃO PODEM Ser cometidos OS Erros that Por Exemplo NAS Actividades de Enriquecimento curricular do ensino básico estao um Ser cometidos, Isto É, Em Cima das Actividades curriculares, dar-lhes OUTRAS Actividades also ELAS escolarizadas".
Outro dos Erros apontados POR Mario Nogueira E o facto de, como Actividades extra-curriculares Serem Dadas NAS mesmas salas de aula Onde OS Alunos Já Passam varias horas por día.
Fonte: rr.sapo.pt

OE2016: Impostos vão pesar mais este ano do que em 2014 – UTAO

A Carga fiscal E inferiores à de 2015 mas, alerta a UTAO, superiores à Registada há Dois ano
A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) Afirma Que a carga fiscal Prevista com a Proposta de Orçamento do Estado do Pará 2016 (OE2016) E um superior Registada em 2014, apesar de Sor à inferiores do Ano Passado.
No Parecer preliminar da UTAO à Proposta de OE2016, a Agência Lusa that TEVE Acesso, OS técnicos afirmam Que o Documento Preve Que a carga fiscal represente 34,2% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, um peso Que, apesar de Sor inferior Ao SENTIDO em 2015, "must Permanecer AINDA ASSIM num Nível Superior Ao Registado em 2014".
Segundo como Contas da UTAO, e excluindo como Medidas 'one-off' (extraordinarias), a carga fiscal em 2015 ascendeu a 34,4% do PIB, SENDO em superiores a 0,2 Pontos do Produto Ao peso dos Impostos este ano, e totalizou 34,1% do PIB em 2014.
ASSIM, O Peso dos Impostos na Economia representará Mais 0,1 Pontos percentuais este ano fazer that em 2014.
No entanto, Os técnicos Independentes afirmam Que a Estrutura da carga fiscal E alterada, com Uma recomposição DO PESO dos principais Impostos. Ou SEJA, há Uma Redução da Carga fiscal COM Impostos diretos, EM 0,7 Pontos percentuais do PIB ", compensada em grande parte Por Um aumento da carga nsa fiscais Impostos indiretos", em 0,5 Pontos percentuais do PIB, e, " em menor grau ", NAS contribuições Sociais efetivas, eM 0,1 Pontos do Produto.
Em 2016, escreve a UTAO, "Verifica-se hum Reforço do Peso dos Impostos indiretos parágrafo 43,5%" e "uma Aproximação Entre o peso dos Impostos diretos, Que se reduz parágrafo 29,9% do total e das contribuições Sociais efetivas, Que aumenta parágrafo 26,6% ".
Sem Passado ano, Impostos OS indiretos pesavam 42% do total enquanto diretos OS representavam 31,8% e como contribuições Sociais 26,2% da carga fiscal no PIB.
Já em 2014, Impostos OS indiretos representavam 41,6% da carga fiscal Sobre o PRODUTO, diretos OS 32,1% e como contribuições Sociais 26,3%.
Além Disso, a UTAO Afirma Que, rosto Ao that estava previsto no Esboço de plano parágrafo orçamental 2016 conhecido a 22 de janeiro, "Verifica-se Uma alteração significativa na Evolução Projetada Para uma carga em fiscal 2016", apesar de admitir Que NÃO E Possível comparar com exatidão Os Dois Documentos.
ASSIM, OS técnicos fazem uma Comparação utilizando, Como Aproximação, como contribuições Sociais Totais projetadas, e concluem que "a carga fiscal Para este ano de e revista em Alta rosto Ao Esboço do OE2016 EM 0,9 Pontos percentuais", em resultado do aumento em 0,6 Pontos das contribuições Sociais e em 0,2 Pontos dos Impostos diretos e indiretos. "
"Enquanto não Esboço do OE / 2016 se projetava hum desagravamento da Redução da carga fiscal em 2016 equivalente a 0,8 Pontos percentuais do PIB, não OE / 2016 passa a Estar projetado, cabelo Contrário, um agravamento da carga fiscal em 0,1 percentuais Pontos do PIB ", afirmam Especialistas Que apoiam o parlamento.
Mira on-line  | Fevereiro 10, 2016, 10:38 | Categorias: Nacionais | URL: http://wp.me/p5tucu-bY2   

Macroscópio – A revolta dos eleitores zangados

Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!


Não houve surpresa nos vencedores das primárias de New Hampshire: Donald Trump no campo republicano, Bernie Carson entre os democratas. Onde houve surpresa foi na dimensão das suas vitórias, ambas por larga margem. O que é que isto significa? Será que vamos assistir a uma eleição presidencial disputada por dois políticos anti-sistema, genericamente definidos como populistas pela imprensa norte-americana? Abrirá essa possibilidade espaço para uma terceira candidatura, a de Michael Bloomberg, o ex-presidente da Câmara de Nova Iorque que é também proprietário de um poderoso grupo de informação financeira?

Como já veremos – ou como os leitores do Macroscópio poderão ler nalguns dos textos que hoje recomendaremos – os resultados das duas primárias que abrem a corrida à nomeação como candidato presidencial, a do Iowa a semana passada e a de New Hampshire nesta terça-feira, produziram resultados que podem ser invertidos quando outros estados, maiores e com um outro tipo de eleitorado, começarem a votar. Mas o sinal de alarme já se acendeu: quem neste momento vai à frente tanto entre os republicanos como entre os democratas são candidatos que não só vêm de fora das elites políticas tradicionais e exploram o sentido de desconforto dos eleitorados com as elites no poder.

Mas antes de irmos às análises sobre o que se está a passar, recordemos antes, com a ajuda de trabalhos do Observador, quem são os principais candidatos. A começar por Trump, sobre o qual fizemos um Explicador - Quem é, afinal, Donald Trump? - e por Bernie Sanders, a quem dedicámos um Especial - E se os EUA tivessem um presidente socialista?. Mark Rubio, que depois do Iowa e antes de um debate que lhe correu muito mal parecia ser o republicano melhor colocado para barrar o caminho a Trump, também teve direito a um Especial, Nascer com pressa de ser Presidente. Já Ted Cruz, que saíra vencedor do Iowa, apresentámo-lo em O conservador que detesta Washington D.C. mas sabe o caminho para lá de memória. Finalmente, para que possa perceber melhor o complicado mecanismo que começa com estas primárias e só termina, com a eleição do Presidente dos Estados Unidos, na primeira terça-feira de Novembro, temos outro Explicador: Isto é complicado: guia para as eleições nos EUA.

Passemos agora ao que se passou ontem, no New Hampshire. Aí, escreve a The Economist, The populists are on top. Eis como descreve a gravidade do que se passou do ponto de vista dos candidatos mais ligados às elites políticas de Washington.
Do lado dos democratas: “A former first lady, senator and secretary of state, Mrs Clinton represents continuity—and the electorate wants change.  Exit polls in New Hampshire suggest 41% of Democrats want a more left-wing president than Barack Obama. (…) She has charm, but of a programmatic sort. Having failed, so far, to fire up many women with the promise of America’s first woman president, she is struggling even to make them trust her.”
Do lado dos republicanos: “For the Republican leaders who recoil in horror at Mr Trump’s careless populism, his offensiveness and his frequent trampling over conservative causes such as free trade, Mr Rubio’s poor showing was perhaps the biggest story of primary night. (…) Mr Rubio is suffering from a perception that he is too green to be president (…). Yet he remains clever and attractive; if he is not to be the mainstream Republican champion, it is not at all clear who will be.”

Ainda antes da eleição, o principal colunista de assuntos internacionais do Financial Times, Gideon Rachman, já previa o que se iria passar – e fazia-o a partir do terreno, onde foi assistir à campanha. Em Trump, Sanders and American rage avisa que “The yearning for leaders from the fringes will have profound implications for the US and the world” e procura exlicar a dimensão desse risco: “[America’s] system, dominated by the Democrats and Republicans, has always rejected the political extremes. That means that, behind the day-to-day dramas, the nation has benefited from a deep political stability, which has contributed greatly to its economic strength and global power. If America’s immunity to extremism is ending, the whole world will feel the consequences.”

De facto, como sabemos, não é só nas primárias norte-americanas que vemos populistas de direita, de esquerda ou inclassificáveis ganharem terreno – esse panorama é já comum na Europa. E corresponde muito àquilo que outro jornalista do Financial Times, Edward Luce, descreve em New Hampshire primary: voters repudiate America’s elites. Isto é, “The victors were an ageing socialist who had almost zero name recognition a year ago and America’s most famous reality television host. The scale of Bernie Sanders’ and Donald Trump’s victories were breathtaking.” Pelo que “Both parties may be on course to endorse candidates who repudiate much of what they stand for.”

No Salon esta análise vai um pouco mais longe, mesmo que o título repita a mesma ideia: This is the establishment’s worst nightmare: What Bernie & Donald’s stunning New Hampshire wins really mean. E vai mais longe porque convida a olhar para o retrato de conjunto: “If you look at basically any other Western democracy, you shouldn’t be too surprised that Hillary Clinton and the unappetizing mush that is Kasich/Bush/Rubio are having such a rough ride. The world is reeling from tectonic demographic and technological changes, along with the rot of oligarchical rule and continual warfare, all of which have driven the politics of country after country into great upheaval. America is no different. The people backing the National Front in France would likely find much to discuss with some of Donald Trump’s supporters. The members of the Labour Party who made Jeremy Corbyn their leader over the howling objections of the party’s upper echelons would no doubt have a very jolly time commiserating with Bernie Sanders backers.”


Quanto às razões da zanga dos eleitores com as elites políticas, o Telegraph procurou fazer uma síntese em Why is America so angry with its politicians? O jornal identifica um conjunto de áreas principais: Barak Obama’s leadershipThe failing economyImmigration and terrorismBillionaires and inequality e The liberal media. Seja por estas ou por outras razões a verdade é que um terço dos americanos diz que se sente zangado várias vezes por dia, como mostra o gráfico acima.

Mesmo assim há quem procure por água na fervura e lembre que não é a primeira vez que candidatos populistas entram de rompante no arranque das primárias para depois irem desaparecendo gradualmente. É nisso que procura acreditar Gerald F. Seib, um analista político do Wall Street Journal emSanders and Trump Win Big But Leave Their Races Unsettled. Eis um dos seus comentários: “History can’t be entirely ignored, especially when it comes to Iowa and New Hampshire. No candidate has lost both states and gone on to win a party’s nomination since Bill Clinton in 1992. That means Sen. Ted Cruz, who won Iowa, and Mr. Trump, after winning New Hampshire, have an advantage, and Mr. Sanders and Mrs. Clinton are both in the game, if history is any guide. But this is an election cycle that already has shown little to no respect for traditions and precedents, and there’s no reason to think traditional order will be restored now.”


Ora olhar para a frente foi precisamente o que fizemos, aqui no Observador, no último Conversas à Quinta com Jaime Gama e Jaime Nogueira Pinto, gravado a semana passada, logo numa altura em que apenas se previa as vitórias de Trump e Sanders em New Hampshire: Houve surpresa nas primárias do Iowa? Nem por isso. Nessa conversa (que recomendo acompanhemsubscrevendo o podcast) reconheceu-se que estamos perante uma eleição muito indefinida, bem longe do “passeio” até à Casa Branca que se previa para Hillary Clinton, mas que tudo deverá começar a mudar quando os eleitores de estados com outra composição social e étnica começarem a votar. Sendo que a próxima eleição primária será na Carolina do Sul, um estado onde o eleitorado negro tem muito peso.

Mas para antecipar o que se poderá passar daqui para diante nada como seguir o site fivethirtyeight.com, onde se reúnem todas as sondagens e inúmeras análises, sendo que nas eleições de 2012 as suas previsões revelaram-se especialmente certeiras. Se quiser ir directo às sondagens para a Carolina do Norte, aqui tem as da corrida entre os democratas, e aqui a da corrida entre os republicanos.

Antes porém de acabar o Macroscópio de hoje, gostava ainda de partilhar convosco uma outra reflexão, esta centrada na Europa mas que tem pontos de contacto com o tema de hoje. Trata-se deThe Great Populists, um texto de Jacek Rostowski (antigo ministro das Finanças e vice-primeiro-ministro da Polónia) publicado no Project Syndicate. Naturalmente centrado no que se está a passar no seu próprio país sob a liderança de Jarosław Kaczyński e na vizinha Hungria de Viktor Orbán, assim como na Rússia de Vladimir Putin e na Turquia de Recep Tayyep Erdoğan, um conjunto de líderes autoritários que designa por “PEKO’s”,
escreve ele:
The biggest difference between the Great Dictators and the PEKOs is that the latter regularly have to face their electorates. Indeed, their confrontational politics is the central element of their survival strategy. Each one of them has gained (or maintained) power by polarizing their societies and mobilizing their electoral base. The PEKOs’ political style has been enabled by modern news media, which, scrambling for audience share, simplify and sensationalize issues. Starkly antagonistic statements and positions tend to gain the most exposure. This gives confrontational politicians a powerful advantage, and produces the electoral polarization on which the PEKOs have fed.

É uma descrição sobre a forma de actuar de todo um novo tipo de políticos populistas. É de resto uma forma de actuar que tem similitudes com a dos populistas americanos, com a dos nacionalistas identitários de algumas regiões europeias, com a dos grupos extremistas e que, nalguns casos, até já foi a de políticos supostamente mainstream. Todos temos exemplos na cabeça, escuso de concretizar.

E por hoje é tudo. Tenham bom descanso, continuem sempre actualizados seguindo-nos aqui e… até amanhã.

 
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360º - Trump imparável, Hillary em queda livre. E as dores de cabeça de Centeno

360º

Por Filomena Martins, Diretora Adjunta
Bom dia!
Enquanto dormiaNas primárias dos EUA, Bernie Sanders bateu Hillary Clinton por mais de 20 pontos e Donald Trump parece imparável. Os resultados do New Hampshire, o segundoestado onde se votou nesta pré-corrida à Casa Branca, não deixaram dúvidas.
Nos republicanos, Trump venceu tranquilamente (35,1%, contra 15,9% de Kasich e apenas 11,6% de Rubio) e fez com que este último, Rubioo filho de cubanos que parece já ter nascido para ser Presidente, possa nem ser alternativa. Resta-lhe apenas esperar para saber se o D. Sebastião, Michael Bloomberg, avança ou não.
Já nos democratas, Hillary, que ganhara no Iowa por poucas décimas, levou agora um verdadeiro chega para lá de Sanders: 60% vs. 38,4%. E a nomeação pode começar a ser uma miragem (para ela, claro).

Por cá, voltamos ao Orçamento. Esta manhã Mário Centeno vai explicar o documento no Parlamento e estas são as 10 grandes perguntas a que deverá ter de responder, como sintetizou o Nuno André Martins. Fá-lo sob uma nova chuva de críticas da UTAO, que diz que o OE passou de "expansionista a a contraccionista" e pede explicações para 300 milhões de aumentos com pessoal.

Mas os problemas de Centeno não se ficam por aqui. Depois de ter dito, em entrevista ao DN de ontem, que quem tem"rendimentos superiores a dois mil euros tem uma situação privilegiada", há outras respostas que o ministro terá de privilegiar. Porque as contas de Bruxelas não batem certo com as suas quanto ao valor das medidas da nova austeridade -- somam menos 155 milhões  --, porque o orçamento português vai ser o tema do Eurogrupo de amanhã e porque as esquerdas, conta a Liliana Valente, ainda têm reivindicações a fazer.

O Grupo de Estados contra a Corrupção do Conselho da Europa revelou o relatório em que avaliou o controlo dos deputados portugueses. Conclusão: as regras em vigor são "deficientes" e falham na transparência e imparcialidade.

Do choque frontal de comboios de ontem de manhã na Alemanha (a 60 km de Munique) este é o balanço final: 10 mortos 18 feridos graves e 63 ligeiros. As causas, ainda não confirmadas, terão sido falha humana.

Varoufakis, o (muito mediático) ex-ministro das Finanças da Grécia, escolheu Berlim para lançar um novo movimento/partido europeu. Chama-se DIEM 2015 -- "Movimento Democracia na Europa (Democracy in Europe Movement) -- e tem apoios como o de Julien Assange ou dos portugueses Rui Tavares e Marisa Matias. No futuro, disse Varoufakis, pode ir a eleições. Quais? Regionais, nacionais e até para o Parlamento Europeu. Isto se até 2025 a Europa não se transformar naquilo que o movimento preconiza.

Informação relevanteA semi-reversão da privatização da TAP continua na ordem do dia e pode animar, também hoje, o Parlamento. O PSD pediu um debate de urgência e os deputados do PS querem ouvir Pedro Marques, o ministro do Planeamento e Infraestruturas. Já os sindicatos, escrevia ontem oPúblico, prometem uma grande adesão dos trabalhadores à compra dos 5% da companhia a que têm direito.

Portugal continua a dar cartas na arquitetura. Três projetos portugueses foram eleitos como Edifícios do Ano 2016, eleição promovida pela Archdaily em Nova Iorque, nas categorias de hospitalidade, arquitetura pública e remodelação.

Entre testes nucleares e lançamentos de satélites científicos, ou ambas as coisas, a Coreia do Norte continua a assustar o mundo. No relatório sobre ameaças globais conhecido ontem, lê-se que o país pode retomar a produção de plutónio no complexo nuclear de Yongbyon nas próximas semanas ou meses. Não há sanções da ONU, desencanto dos amigos da Rússia e China, ou entendimentos da Coreia do Sul com o Japão e os EUA que façam demover Kim Jong-Un.

Em Espanha, não ata nem desata. Mariano Rajoy (PP) aceitou reunir-se com Pedro Sánchez (PSOE) esta sexta-feira, noticiou o El País. A reunião, para discutir aquilo a que alguns já se atrevem a chamar a possibilidade de um Bloco Central em Espanha, era para acontecer esta quarta, mas foi adiada. Primeiro, já amanhã, Rajoy recebe Albert Rivera, do Ciudadanos.

Ainda em Espanha, prosseguiu o julgamento do caso Nóos, que envolve Iñaki Urdangarin, o marido da infanta Cristina, uma das irmãs do rei Felipe, também acusada no processo de corrupção. A audição do primeiro arrependido adensou ainda mais as suspeitas.

Ainda na área da investigação, o jornal inglês The Guardiancontinua a revelar histórias do escândalo de jogos combinados no ténis para apostas (e apostadores) desportivos.

Para quem tenha estado em descanso ou divertido neste Carnaval molhado --  tradição que já vem de outros tempos, comoaqui e aqui recordámos --, resumo-lhe assim os últimos dois dias:
  • José Veiga, o ex-empresário de futebol e ex-dirigente do Benfica, que era agora banqueiro no Benim (isso, sim!), ficou em prisão preventiva. Já a medida de coação para Paulo Santana Lopes, irmão de Pedro Santana Lopes, foi a de prisão domiciliária com uma caução de um milhão de euros. São ambos suspeitos de corrupção ativa, fraude fiscal e branqueamento de capitais devido a vários negócios.
  • Do passado do futebol para o presente. O Sporting conseguiu renovar com William Carvalho (e impedir um novo caso Carrillo?) já depois de ter empatado em casa com o Rio Ave, deixando-se apanhar pelo Benfica na liderança da I Liga. Esta sexta há clássico na Luz, com o FC Porto a tentar reduzir os seis pontos de diferença. O campeonato vai animado.
  • De Washington vem a ideia de pagar a delinquentes para que respeitem a lei. Em Taiwan o construtor do prédio que desabou na sequência do sismo da última sexta-feira vai ser ouvido em tribunal. E, de novo nos EUA, o diretor dos serviços de informação confirmou que o Estado Islâmico é já uma ameaça terrorista global, com uma capacidade crescente.  
Os nossos EspeciaisAlerta para pôr no telemóvel. Tem até à próxima segunda-feira, dia 15, para validar as faturas que quer que contem para a sua declaração de IRS no portal e-fatura. A coisa está longe de ser fácil e simples, por isso a Marlene Carriço fez esteguia (possível) para não se perder. Dois dados a reter: não tem de validar umas faturas num portal e outras (as de saúde e educação) noutro; nem tem de pedir (obrigatoriamente) a senha dos seus filhos para incluir as despesas que fez com eles.

De uma sala desarrumada no campus da Universidade de Harvard para todo o planeta e (até) para o espaço. Esta terça-feira o Facebook fez 12 anos. A entrar na adolescência, a Marta Leite Ferreira e o Flávio Nunes foram ver o que era, o que é e o que pode vir a ser a maior rede social do mundo, que conta já com mais de mil milhões de utilizadores. Este e outros 11 factos que talvez não conheça estão também nesta infografia criada pela Andreia Reisinho Costa.

Cavaco é o "não político". Marcelo o eterno "comentador". Passos "o social-democrata desde o berço". Costa o "homem de consensos". Em tempo de Carnaval, a Catarina Falcão, a Liliana Valente e o Miguel Santos foram desmascarar os nossos políticos, que há muito usam máscaras atribuídas por eles próprios ou criadas por outros. Ora veja.

Notícias surpreendentes
Vem aí o dia de S. Valentim (outro alerta para pôr no telemóvel, é já no próximo domingo) e a maioria ganhou preocupações acrescidas graças à tradição, importada da América, da celebração da data dos apaixonados. Para dar uma (grande) ajuda, a Ana Dias Ferreira fez listas de presentes para eles e paraelas.

Mas não é preciso estar apaixonado, para nos apaixonarmos por estas 33 fotografias deslumbrantes (veja, que são mesmo) que mostram a beleza da espécie humana nas suas diversas variantes, culturais e raciais.

Por falar em fotografia, não sei se já viu "The Revenant -- o Renascido", um dos grandes favoritos aos Óscares deste ano, já dia 28. Seja como for, não deixe de espreitar o diário fotográficodas filmagens (bastidores incluídos) que o diretor de imagem foi publicando no Instagram. E para cinéfilos recomendo ainda ociclo de cinema russo que decorre em Lisboa e Porto até 16 de março.

Já sabe, estaremos aqui para lhe dar toda a informação de que precisa. Daqui a pouco seguiremos em direto a audição de Mário Centeno na Assembleia da República e continuaremos ao longo dia a mantê-lo a par da atualidade de que se faz o País e o Mundo. Para o manter sempre atualizado, mas, também, bem disposto com a vida.   

Tenha um bom, e feliz, dia!
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Hora de Fecho: Sócrates mais uma vez ao ataque. Agora em holandês

Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
ENTREVISTA A SÓCRATES 
O ex-primeiro-ministro deu uma entrevista a um jornal holandês e avisou que é ele quem decide quando acaba a sua vida política. Mais: diz que o processo quis travar uma eventual candidatura a Belém.
CONSELHO DE ESTADO 
António Guterres e Luís Marques Mendes vão fazer parte do Conselho de Estado de Marcelo Rebelo de Sousa. Além deles, também Leonor Beleza, Lobo Xavier e Eduardo Lourenço foram escolhidos.
ORÇAMENTO 2016 
A declaração do presidente do Eurogrupo sobre o orçamento de Portugal foi feita no parlamento holandês onde também deixou recados para a Grécia.
ORÇAMENTO 2016 
Ministro irónico, diz que tem previsão conservadora da dívida pública porque não tem "habilidade de fazer desaparecer 960 milhões de euros" de juros como previsto no Programa de Estabilidade.
ORÇAMENTO 2016 
O líder de bancada do PSD, Luís Montenegro, exigiu que o Governo divulgue a carta enviada a Bruxelas aquando da negociação para o OE2016, para que se perceba o impacto das "novas medidas".
PORTO 
O presidente da Câmara do Porto considera que a luta e o tom severo da discussão são para manter. Presidente da Câmara de Vigo quer que a União Europeia investigue as declarações de Rui Moreira.
OCDE 
Em Portugal há 16.021 alunos que terminaram o 9º ano e não têm conhecimentos básicos de Leitura, Matemática ou Ciências para resolver os problemas básicos do dia-a-dia, diz a OCDE.
DIREITOS TELEVISIVOS 
A operadora detida pela PT tomou esta medida como represália por a NOS não lhe ceder o sinal da Benfica TV e da Sporting TV.
HUMANIDADE 
O facto de Barack Obama ter acordado esta manhã é uma celebração histórica. Sabia disto? Conheça 30 factos do mundo inteiro que provavelmente desconhecia.
CORPO 
Se vive em piloto automático do trabalho para casa e de casa para o trabalho, pode estar a prejudicar os seus olhos, ouvidos, coração, a capacidade de concentração e até o desejo sexual.
REDES SOCIAIS 
A partir de agora, os utilizadores do Twitter verão os "melhores tweets" no topo das suas timelines. A rede social já lançou a funcionalidade que, para já, é opcional.
Opinião

Luís Aguiar-Conraria
Enquanto se prejudica os mais pobres, insiste-se em subsidiar um sector em forte expansão, o do turismo e restauração. Querem melhor exemplo de captura do interesse público por interesses privados?

Maria João Marques
A maioria das críticas a Hillary ganham tração por ser mulher. Dizem-na, por exemplo, muito apegada ao dinheiro. As fasquias diferentes que colocam aos homens e às mulheres são muito pouco século XXI.

Rita I. Carreira
Ao poluirmos um pouco mais poderíamos diminuir o desemprego e aumentar o rendimento mais depressa, sem por isso sacrificarmos grandemente nem a saúde dos portugueses, nem a qualidade ambiental.

Paulo de Almeida Sande
É bom que se diga, e se diga em voz alta, que a decisão da Comissão Europeia de não exigir a apresentação de um novo orçamento é uma boa notícia para Portugal.

Lucy Pepper
Por que raio é que a opinião de um estrangeiro é tão importante para os portugueses? (E quase sempre, um estrangeiro extremamente mal-informado). Por amor de Deus, Portugal, dá-te ao respeito!
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Refugiados há décadas em Portugal realçam integração sem xenofobia


by Mira Online
Um médico que fugiu do Irão no tempo de Khomeini, um alemão pacifista e uma austríaca que passou fome após a II Guerra Mundial realçam a integração na sociedade portuguesa sem queixas de xenofobia.
Nascida em Viena, Gertrude vive há 65 anos em Portugal e tinha 15 quando saiu pela primeira vez do seu país, em 1948, a bordo do navio "Moçambique". Mais de 3.000 crianças desamparadas desembarcaram em Lisboa, no âmbito de uma iniciativa da Cáritas Internacional. Gertrude veio com uma irmã, que já tinha estado em Portugal, em 1946.
"O meu pai tinha voltado da guerra, após dois anos e meio preso num campo de concentração americano", refere.
Chegaram na véspera do Dia do Trabalhador, geralmente aproveitado para ações de contestação à ditadura.
"Já não pudemos sair do barco nesse dia", recorda. A Áustria estava ainda soterrada pelos escombros do conflito mundial.
Um casal sem filhos residente em Elvas acolheu Gertrude. O homem era gerente do balcão local do Banco de Portugal.
"Eu, que lá passava fome de cão, cheguei cá e tinha criada para me servir, comia tudo o que me apetecia", afirma Gertrude Fernandes à agência Lusa, revelando que algum tempo depois voltou a Viena.
Mas não tardou a fixar-se definitivamente em Portugal. Com algumas compatriotas da sua condição, Gertrude, que nega ter sido refugiada, foi um dia recebida em audiência por Salazar.
Acompanhadas por um advogado, disseram que desejavam obter a nacionalidade portuguesa.
"Casem com um português e são logo portuguesas", recomendou o ditador.
E assim foi com todas. Em 1958, Gertrude casou-se com João Fernandes, mais tarde delegado do Inatel em Coimbra e líder distrital do PS, passando o casal a viver nesta cidade.
Ela aprendeu a falar, ler e escrever Português com os pais adotivos, aos quais as filhas vieram a chamar avô e avó.
Gertrude esteve 40 anos sem visitar a Áustria, onde voltou para assistir ao doutoramento da filha Maria Gabriela, casada com um austríaco e diretora executiva de uma universidade nos arredores de Viena.
"Não troco Portugal por nada, ninguém me tira daqui", assegura, por seu turno, Mohammad Pourfarzaneh, de 53 anos, natural de Teerão, dono de uma clínica dentária que fundou com a mulher, em Oliveira do Hospital.
Mohammad, Hamid para a família e os amigos, tinha 21 anos quando fugiu do Irão, em 1983, ao lado do melhor companheiro de infância, Reza, ambos com a ajuda de paquistaneses que lhes forneceram passaportes falsos.
Quando se instalaram em Coimbra, a Revolução Islâmica liderada pelo aiatola Ruhollah Khomeini estava ao rubro na antiga Pérsia.
A guerra entre o Irão e o Iraque de Saddam Hussein eclodira em 1980.
"Eu adorava a vida estudantil, era bom aluno e as universidades estavam encerradas por causa da guerra", conta Hamid à Lusa.
O objetivo inicial do jovem, que obteve a licenciatura na Universidade do Porto, e do amigo, era chegar aos Estados Unidos.
Após sucessivas ameaças dos "guardas da revolução" e uma primeira viagem de avião de Teerão para uma cidade junto à fronteira com o Paquistão, apanharam outro voo deste país para Istambul, na Turquia, onde foram detidos.
Sempre munidos dos passaportes falsos, chegaram a Lisboa, depois de uma paragem na Suíça, onde tentaram pedir asilo político, cujo insucesso se repetiu em Portugal.
Ainda em Coimbra, conseguiram autorização de residência provisória. Hamid concluiu o curso de Medicina Dentária, trabalhando ao mesmo tempo.
"A integração foi extremamente agradável e não tive problemas de xenofobia, antes pelo contrário", salienta.
Um conflito com contornos diferentes, a Guerra Fria, que opôs o Ocidente e a antiga União Soviética, levou o alemão Detlef Shaft a uma espécie de exílio ideológico e cultural.
Palhaço de profissão, o diretor da Companhia Marimbondo, da Lousã, tem 60 anos, mais de metade a viver em Portugal.
Na Alemanha então dividida, integrava ações contra a ameaça nuclear e a corrida armamentista, muitas vezes reprimidas pela polícia.
"Não me sentia nada bem" na ex-Alemanha Federal, reconhece Detlef, que teve uma integração "muito fácil" na sociedade portuguesa.
Fonte: Lusa
Mira Online | Fevereiro 10, 2016 às 8:50 am | Categorias: Nacionais | URL: http://wp.me/p5tucu-bXU