sábado, 12 de setembro de 2020

Ricardo Rio está convicto de que é possível promover a retoma nos eventos

O mote foi deixado por Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga e da InvestBraga, na abertura oficial da conferência “Fórum Turismo de Negócios – a retoma”. A conferência, promovida pela InvestBraga para assinalar o 2º aniversário do Altice Forum Braga, realizou-se esta manhã, 11 de setembro.
Perante uma plateia reduzida, face às limitações resultantes do cumprimento das recomendações de distanciamento social, Ricardo Rio lembrou o impacto que este equipamento tem tido na cidade e na região, recordando que, mesmo durante o confinamento o espaço foi vital para o apoio à comunidade, quer como espaço de formação para os profissionais de saúde, quer como espaço para acolher o centro de rastreio à COVID-19.  E se atualmente considera que o Altice Forum Braga “tem mais visitantes ao centro de rastreio aqui instalado do que aos eventos que foram sendo promovidos, o fenómeno não tem de continuar a ser assim”. Com um trabalho conjunto entre entidades de saúde e os intervenientes no setor do turismo “é possível promover essa retoma” dos eventos, afirmou.
Já Lídia Monteiro, diretora coordenadora da Direção de Apoio à Venda do Turismo de Portugal, indicou que a realização de eventos tem de ser feita de acordo com “aquilo que as empresas precisam, o que a procura impõe e o que as circunstâncias admitem”. Assim, e entre o que considera serem cinco fatores para a recuperação, referiu os mecanismos já existentes, como o Selo Clean & Safe ou o despacho 7900-A/2020 (que fixa os princípios e orientações aplicáveis à realização de eventos corporativos) como elementos geradores de confiança.  
Para contrariar a retração da procura é também necessário, como referiu de Lídia Monteiro, trabalhar para repor ligações aéreas, embora este trabalho seja feito “num contexto volátil que exige monitorização diária”. Ainda assim, o nível de recuperação de ligações aéreas foi, segundo a diretora coordenadora do Turismo de Portugal, de 30% em julho e 47% em agosto. Prevê-se que sejam atingidos os 57% em setembro e 64% em outubro.  A centralidade no cliente, manter contactos com decisores e com trade, bem como ações comerciais e promocionais são, na sua opinião, formas importantes de promover a retoma.
A responsável falou também nas linhas de apoio do Turismo de Portugal - a grandes eventos e a eventos com interesse turístico – que estão a ser criadas, lembrando igualmente o apoio direto à tesouraria.
A “inadiável digitalização do setor” é outro fator determinante para a retoma. “As empresas e marcas estão a mudar e quem estiver mais apto terá mais oportunidades”, sublinhou também, destacando que, nos eventos, “a coexistência entre o digital e o humano é cada vez mais afinada e disponível”. A sustentabilidade é outro fator fundamental. Lídia Monteiro citou mesmo o secretário-geral da ONU, António Guterres, que recordou que “a ameaça climática é muito mais grave do que a pandemia” para reforçar a importância de eventos mais sustentáveis.
Por último, referiu como fator essencial a experiência vivida pelos participantes em eventos. “A força de atração dos eventos reside na partilha de conhecimento, na promoção do networking e na valorização pessoal e profissional. São espaços de formação, descoberta, difusão de novidades e transformação da sociedade. São janelas de conhecimento que não podemos deixar que se fechem. Mas, por mais sofisticada que seja a via digital não substitui a experiência de estarmos juntos”.
Na sua última mensagem, a responsável deixou quase um desafio: “é importante trabalharmos em conjunto”.

Pensar e agir coletivamente
No primeiro painel de discussão, sob o tema “O novo normal”, Pedro Cardoso, fundador da The House of Events, Cristina Gouveia, da Citur, e Vasco Noronha, da FactorChave, partilharam a sua experiência de trabalho no atual contexto e as perspetivas para os próximos tempos.
“Pensar e agir coletivamente, para mim, é o novo normal”, defendeu Pedro Cardoso, referindo-se à forma como, depois de um adiamento, resolveu avançar para a realização do Congresso de Medicina Interna, que decorreu no Altice Forum Braga.
Destacando a coragem da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna em decidir realizar o evento, recordou que “o momento para uma retoma foi enquadrado de uma forma relativamente tranquila”.
“O trabalho foi juntar à nossa volta as melhores cabeças, reunir todos os envolvidos e ver quais as melhores soluções para resolver os problemas dentro do quadro que existia”, contou. Na sua opinião, a pandemia trouxe “um espírito muito mais aberto” e maior disponibilidade para “aprender e colaborar”.
Uma opinião em parte partilhada por Cristina Gouveia, diretora da Citur no Porto, que, embora admitindo que os últimos meses não têm sido fáceis, “devido à falta de confiança no destino e no que pode acontecer”, sublinhou: “Com a vontade e ajuda de todos os parceiros e fornecedores é possível que determinadas coisas sejam feitas. Estamos todos do mesmo lado e havendo boa vontade é possível”.
Vasco Noronha viria também a expressar uma visão semelhante: “[a pandemia] Uniu mais as pessoas, demonstrou que são importantes boas parcerias, que temos de estar preparados para ceder um pouco e encontrar a melhor solução para todos os intervenientes no processo”. 

Um setor diferente, mas a que não se pode ser indiferente
Já o painel “Desafios da retoma” contou com as intervenções de Luís Pedro Martins, presidente do Turismo Porto e Norte, Vítor Costa, presidente do Turismo de Lisboa, e João Fernandes, presidente do Turismo do Algarve, tendo o último optado pela participação remota.

O responsável pelo Turismo Porto e Norte considerou importante que uma linha de apoio não se esgote num evento e disse “acreditar que estas verbas avultadas que vão chegar [da União Europeia] tenham em consideração este setor”.“É um setor com capacidade de arrastamento e, quanto mais depressa recuperar, mais depressa outros vão recuperar”, afirmou, pedindo uma discriminação positiva não só para uma região, mas para todo o setor.
João Fernandes, por sua vez, lembrou a importância do turismo na economia nacional, até porque na balança entre importações e exportações não é deficitário: “Não tenho dúvidas de que quem nos vai fazer sair desta crise será o turismo”, garantiu. “Há que diversificar a oferta, atrair público para um território mais vasto. Não temos turismo a mais, temos é outros setores a menos”. 
Já Vítor Costa recordou que “O primeiro desafio é manter a estrutura económica do turismo, que não é igual em todas as atividades económicas. Há um reconhecimento que tem de ser feito desta especificidade”, considerou, alertando para a necessidade de “medidas e um programa específico para o turismo”.

Um olhar internacional e um estudo para fazer pensar
Sjoerd Weikamp, editor da Event Branche, revista holandesa dedicada aos eventos, foi o convidado internacional da conferência. O orador partilhou com a audiência que o setor na Holanda vive momentos complicados: "Há um pacote de ajuda do governo, que foi estendido no tempo, até março de 2021". Lá, como cá, várias empresas de eventos enveredaram pelos eventos online, havendo, neste momento, ainda poucas iniciativas presenciais. "Em termos do live, o corporate, as marcas, as instituições que sabem que os eventos são os momentos mais poderosos em termos de comunicação e marketing pensam: as pessoas estão a trabalhar de casa, não vamos fazer eventos", lamenta. Na Holanda é possível fazer eventos, desde que com regras apertadas de distanciamento, "mas quase não se vê marcas a arriscarem".

Quanto ao futuro imediato da indústria, a opção deverá recair sobre os eventos mais pequenos, cabendo às as agências demonstrar que estes podem ser realizados.

UNAVE-UA PROPÕE CURSO SOBRE ECONOMIA CIRCULAR

Economia Circular. O que é e por que princípios se rege? Que modelos de negócio, que políticas públicas, que incentivos e que benefícios associados nos propõe?

Estas são algumas das perguntas a que esta nova formação da UNAVE-UA, Introdução à Economia Circular, se propõe dar respostas.

O curso, agendado para os próximos dias 28 e 29 de outubro e 4 e 5 de novembro (14 horas, ao todo), será ministrado online (em regime de live training), tendo como formador o professor Miguel Oliveira, especialista em gestão da qualidade.

Doutorando em Ciências Económicas e Empresariais, ramo de Gestão, na Universidade de Aveiro, Miguel Oliveira é, também, professor adjunto convidado na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA).

Além de docente, Miguel Oliveira tem exercido, ao longo da sua carreira profissional, funções de direção superior, de consultor e formador no contexto dos negócios e da Administração Pública (CAGEP, FORGEP, GEPAL e CEFADAL), em domínios como a gestão estratégica, gestão da mudança, excelência e inovação organizacional, liderança e coaching.

Da Economia Circular
A economia circular, mais do que uma moda, é um imperativo societário - e um modelo alternativo ao modelo linear tradicional de produção e consumo - que alia a competitividade empresarial à gestão sustentável dos recursos utilizados em todo o processo, do design à distribuição de produtos e serviços, reorganizando sistemas de produção e consumo em circuitos fechados.

O modelo económico atual, assente em extrair, transformar, usar e rejeitar, tem levado ao limite a disponibilidade dos recursos do planeta, evidenciando-se a incapacidade de repor igual valor para que esteja disponível para as gerações futuras.

As abordagens propostas pela Economia Circular, conceito alternativo a este modelo linear de produção e consumo, apontam para a redução, reutilização, recuperação e reciclagem dos recursos usados com o intuito de mitigar impactes ao longo do ciclo de vida dos produtos e serviços, bem como repor o valor natural.

Do curso
O curso pretende enquadrar a Economia Circular, através da análise das principais políticas públicas, referenciais normativos e estudos de caso, permitindo aos formandos formular estratégias de circularidade nas suas organizações.

O grande objetivo da formação é familiarizar os formandos com os principais conceitos associados à Economia Circular, nomeadamente os seus princípios, orientações para implementação, avaliação do grau de maturidade e principais benefícios para as organizações, dar-lhes a conhecer as políticas e principais instrumentos facilitadores da adesão das empresas à Economia Circular e levá-los a refletir acerca dos modelos de negócio suportados pela Economia Circular.

O curso pode interessar a um público bastante vasto, de líderes a gestores intermédios, passando por responsáveis de sistemas de gestão e outros licenciados com interesse em compreender os conceitos da Economia Circular e avaliar tanto a viabilidade como a oportunidade de formular estratégias e implementar práticas deste modelo económico nas suas organizações, nas vertentes de gestão, tecnologia e inovação.

Informação mais detalhada e inscrições em: https://www.unave.pt/?post_type=formacao&p=17780

AVEIRO| SETOR DO TURISMO INOVA COM UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA 5G


Aveiro 5G Challenges

Uma nova forma de conhecer cidades e partilhar a visita em tempo real com família e amigos, permitir que os turistas, no local, recebam mensagem sobre destinos e locais turísticos, são duas ideias em desenvolvimento para o setor do turismo, no âmbito do Aveiro 5G Challenges, que desafiou empreendedores a apresentarem soluções tecnológicas baseadas no 5G.
Live Electric Tours e Smart Tour são as duas startups que, recorrendo à tecnologia 5G, prometem dinamizar o sector do turismo. Finalistas da 1ª edição do Aveiro 5G Challenges, as duas startups portuguesas encontram-se agora na fase de mentoria, dinamizada pela Beta-i, ao mesmo tempo que recebem apoio técnico disponibilizado pelos stakeholders da iniciativa.

Live Electric Tours
A Live Electric Tours vem proporcionar aos turistas uma nova forma de conhecer a Cidade de Aveiro. Através de visitas programadas por GPS, os turistas vão poder conhecer a cidade ao volante de um carro 100% elétrico, equipado com WiFi gratuito, guia áudio GPS e uma câmara fotográfica e vídeo que vai permitir partilhar toda a experiência, em tempo real, com a família e amigos, através das redes sociais, utilizando a rede 5G como meio de transmissão de elevada velocidade.

Smart Tour
A Smart Tour promete o desenvolvimento de rotas turísticas inteligentes, fazendo com que os diferentes locais comuniquem com o turista, em tempo real, através do uso da tecnologia BLE (Bluetooth Low Energy).
Através da utilização do Beacon, um dispositivo de alta tecnologia, será possível enviar conteúdo informativo, via Bluetooth, aos turistas ajudando numa melhor gestão do seu tempo redirecionando-o, sempre que necessário. O envio de informação será feito em diferentes idiomas e com recurso a acessibilidades para deficientes visuais, recorrendo à velocidade da rede 5G para melhorar a experiência.

Após a fase de desenvolvimento e formação aguarda-se o momento da apresentação pública, a dinamizar em outubro, em que as 10 start-ups que apresentarão as suas soluções nesta que é a 1ª edição do Aveiro 5G Challenges.
O projeto Aveiro STEAM City é cofinanciado pelo Fundo de Desenvolvimento Regional – FEDER, através do programa Urban Innovative Actions. O seu investimento global é de 6.115.915€ com o apoio FEDER 4.892.732€.

GRAVAÇÕES DE “BEM ME QUER”
REGRESSAM SEGUNDA-FEIRA A AVEIRO
A Cidade de Aveiro volta a receber as gravações da telenovela “ Bem Me Quer”, na próxima semana, de segunda a sexta-feira, (14 a 18 de setembro).
A nova novela da TVI e da Plural conta com o apoio da Câmara Municipal de Aveiro (CMA) e regressa à Cidade dos Canais, para mais cinco dias de trabalho, depois de ter estado em Aveiro de 10 a 14 de agosto.

Condicionamentos de Trânsito
Para a realização e produção telenovela será necessário proceder a alguns condicionamentos de trânsito temporários, ao longo de toda a semana, em vários pontos da Cidade, dos quais destacamos o corte de trânsito na Rua do Cais do Alboi, na tarde de segunda-feira, dia 14 de setembro Rua do Cais do Alboi.

RESIDENTES DA ZONA A1 PODEM ESTACIONAR NA ZONA B6 DURANTE A OBRA DA AVENIDA
No âmbito das obras de qualificação da Avenida Dr. Lourenço Peixinho e tendo em conta aos constrangimentos no estacionamento para os moradores desta zona da Cidade (Zona A1), a Câmara Municipal de Aveiro decidiu autorizar os residentes da Zona A1 a estacionar também na Zona B6.
Esta medida da CMA irá manter-se enquanto decorrer a empreitada na Avenida, procurando por esta via minimizar o impacto da qualificação na vida e no dia-a-dia dos Cidadãos.
Ruas da Zona B6 onde os moradores da Zona A1 podem estacionar:
  • Rua 1º Visconde da Granja;
  • Rua de São Roque (pares após 30 e impares após 61);
  • Rua do Carril;
  • Rua Dom José I;
  • Rua Dr. Luís Regala;
  • Rua Eng. Adriano Lucas;
  • Travessa da Rua do Carril;
  • Travessa do 1º Visconde da Granja.

 CONDICIONAMENTOS DE TRÂNSITO
 Rua do Carmo e Passagem de nível da Rua do Viso 
No sábado, dia 12 de setembro, estará vedada ao trânsito a Rua do Carmo, entre as 08h00 e às 12h00, para intervenção na fachada principal do edifício da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (ver mapa).
Posteriormente e devido à necessidade de realizar operações de manutenção na Passagem de Nível da Rua do Viso, em Esgueira, serão implantados desvios de trânsito, entre as 21h00 do dia 14 de setembro, segunda-feira e as 12h00 do dia 15 de setembro, terça-feira. Assim, o desvio acontecerá via Rua D. Sancho I, Rua da República, Rua 31 de Janeiro, e Rua da Prata (ver mapa).
A Câmara Municipal de Aveiro agradece a colaboração e compreensão pelos incómodos causados.

Mais de 80% dos eleitores querem recandidatura de Marcelo

Mais de 80% dos portugueses consideram que Marcelo Rebelo de Sousa deve recandidatar-se a Presidente da República, segundo um estudo da Eurosondagem que dá ao PS uma vantagem de 10,3 pontos percentuais sobre o PSD.

Questionados se Marcelo "deve recandidatar-se" a Belém nas eleições de janeiro do próximo ano, 80,4% dos inquiridos dizem que "sim", 10% acham que "não" e 9,6% têm dúvidas ou não sabem/querem responder.
O estudo da Eurosondagem para o semanário Sol e o Porto Canal colocou aos entrevistados uma pergunta sobre o plano do consultor do Governo António Costa Silva para a recuperação económica de Portugal após a crise económica e social gerada pela pandemia da covid-19. Na resposta, 72% considera ser "bom", 11,1% "mau" e 16,9% tem dúvidas, não sabe/quer responder.
Quanto às expectativas económicas e sociais para o "futuro próximo", 55,5% dos entrevistados esperam "muitas dificuldades", 25% aguarda só "dificuldades" e 4,8% preveem que "vai ser igual ao ano passado", enquanto 14,7% não sabem/querem responder.
Quanto às intenções de voto para as legislativas, o PS continua a liderar com 38,5% e mais 10,3 pontos percentuais que o PSD, o qual recolhe 28,2%.
O BE alcança 8,3%, a CDU 5,8%, o Chega 4,5%, o PAN 3,3%, o CDS-PP 2,5% e a Iniciativa Liberal 1%.
O estudo da Eurosondagem foi realizado entre o segunda e quinta-feira através de 1.022 entrevistas telefónicas validadas para fixos e móveis e tem um erro máximo de 3,07% para um grau de probabilidade de 95%.
Lusa

Montemor-o-Velho mostra-se à todas as comunidades

Desde o seu belo Castelo, passando pelos seus seniores, até ao vídeo onde Montemor mostra ser "de todos"... Eis uma passagem em forma de imagens, onde a charmosa vila, se expõe aos seus conterrâneos e a todos os que queiram admirar suas belezas!
Fonte: Mira Online

Portugal está preparado para receber este mês 28 menores refugiados

A secretária de Estado para a Integração e as Migrações disse hoje que Portugal está preparado para receber ainda este mês 28 menores vindos da ilha de Lesbos e outras localidades gregas, que serão distribuídos por diferentes cidades.

Cláudia Pereira disse à Lusa que, ao contrário dos primeiros 25 menores refugiados que chegaram a Portugal em julho e que ficaram colocados em Lisboa, com o auxílio da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), os 28 menores refugiados não acompanhados que devem chegar em setembro ficarão em outras cidades, para que haja uma diversificação na sua distribuição.
A secretária de Estado adiantou que tal como o primeiro grupo de 25, os 28 menores que irão chegar este mês serão colocados em meio urbano, irão aprender a língua portuguesa e estudar no país e, mais tarde, se for caso disso, trabalhar em Portugal.
Cláudia Pereira realçou que estes menores "vão começar assim uma vida nova após terem passado por situações difíceis e traumáticas nos seus países de origem, mas também na Grécia, onde passaram por momentos complicados".
O transporte destes jovens refugiados será realizada por via aérea, tendo a secretária de Estado admitido que ainda há procedimentos legais a resolver com a Grécia, numa altura em a Europa e o resto do mundo se debatem com a pandemia de covid-19. O transporte será feito em articulação com a Organização Internacional para as Migrações.
Cláudia Pereira salientou que Portugal adotou desde logo uma "posição pró-ativa" e manifestou a disponibilidade de acolher um total de 500 menores não acompanhados.
Paralelamente, ao abrigo de um acordo bilateral entre Portugal e a Grécia, as autoridades portuguesas comprometeram-se a proceder-se à agilização da já prevista transferência das primeiras 100 pessoas.
No total, o acordo prevê o acolhimento de até 1.000 pessoas que se encontram em campos de refugiados na Grécia, tendo obtido "luz verde" da Comissão Europeia, sendo a situação acompanhada pela Organização Internacional para as Migrações.
De acordo com um comunicado de hoje do governo português, na transferência de menores, as autoridades gregas determinam os perfis das pessoas, priorizando as que se encontram em situação de maior vulnerabilidade.
Entretanto, em Berlim, o ministro do interior alemão anunciou que 10 países da União Europeia vão receber cerca de 400 migrantes menores desacompanhados, retirados da ilha grega de Lesbos após os incêndios que destruíram o campo de Moria.
Situado na ilha grega de Lesbos, Moria - o maior campo de refugiados da Europa e aquele que tinha piores condições, já que albergava cerca de quatro vezes mais pessoas do que a sua capacidade -- sofreu vários incêndios na quarta-feira, após confrontos entre os migrantes e as autoridades gregas.
O incêndio foi detetado depois de ter sido anunciado que 35 pessoas do campo tinham obtido resultado positivo no teste para deteção da infeção da covid-19 e que iriam ser transferidas para uma área especial de isolamento.
Lusa
Foto externa: AFP
Foto interna: Alexandros Avramidis/Reuters

Liga defende que existiam “condições para a realização” do Feirense-Chaves

A Liga Portuguesa de Futebol Profissional considerou  que existiam "condições para a realização do jogo" Feirense-Desportivo de Chaves, da primeira jornada II Liga, apesar da deteção de quatro casos positivos de covid-19 no plantel flaviense.

Em nota publicada no sítio oficial na Internet, o organismo explicou que "as Autoridades de Saúde Regional e a Autoridade de Saúde Nacional decidiram que não estavam reunidas as condições para a realização" da partida, comprometendo-se a investigar a origem dos contágios na equipa visitante.
"A Liga Portugal, e apesar de existirem condições para a realização do jogo, segundo o Plano de Retoma e perante o cumprimento da Lei 3 das Leis de Jogo, compromete-se, agora, a apurar os motivos que levaram à existência destes casos no plantel do Chaves", indicou a LPFP.
O organizador das competições profissionais alega ter decidido, "de forma pró-ativa, retardar o início do encontro", após ter recebido a indicação de que as autoridades sanitárias se opunham à sua realização, "através do médico Rui Capucho, do ACES [Agrupamento de Centros de Saúde] do Alto Tâmega e Barroso, pouco antes das 20:00".
A LPFP pediu "uma informação oficial do sucedido" e precisou que "o relatório do Dr. Rui Capucho chegou, oficialmente e por escrito, à Liga Portugal às 20:24, dando indicação que as Autoridades de Saúde Regional e a Autoridade de Saúde Nacional decidiram que não estavam reunidas as condições para a realização do referido encontro".
A nota da Liga de clubes surgiu já depois de o Conselho de Administração da SAD do Desportivo de Chaves e a Direção do clube flaviense terem informado que a Direção-Geral da Saúde (DGS) não tinha autorizado a realização da partida da ronda inaugural da II Liga.
"Como foi tornado público, dois jogadores e dois treinadores da equipa técnica do Chaves testaram positivo e, seguindo o protocolo validado pela DGS ainda na época passada, quando se deu a retoma da I Liga, os elementos em causa foram imediatamente colocados em isolamento", notou a LPFP.
Durante a manhã, o clube transmontano revelou que o médio Guzzo, o guarda-redes Samu e os treinadores adjuntos Pedro Machado e Tiago Castro testaram positivo à covid-19, embora estejam assintomáticos, e, à hora do pontapé de saída, chegou a informação de que o jogo não se deveria realizar.
Já com as duas equipas prontas para começar a partida, o árbitro João Gonçalves recebeu uma chamada telefónica e deslocou-se durante breves instantes ao túnel de acesso ao relvado, tendo, 27 minutos depois da hora prevista para o início, apitado para que os jogadores recolhessem ao balneário.
Lusa