quarta-feira, 7 de junho de 2017

Portugal | MEXIA & COMPANHIA



Mário Motta, Lisboa

Nada como Henri Cartoon, de Henrique Monteiro, para ilustrar o tema que tão caro sai aos portugueses que por via das "rendas" à EDP anda a sustentar vícios privados dos acionistas, assim como a sustentar os gestores ditos de topo (só se for de topo da malandragem) com vencimentos e prémios imorais, vergonhosamente imorais, na ordem de milhares de milhões de euros se os contabilizarmos no todo. Não admira por isso que a energia em Portugal seja a mais cara da União Europeia. É aquilo que popularmente se diz: "Andamos a sustentar chulos". Completando: descaradissimos chulos. Mas é legal? Perguntarão. Sim, é. Os políticos trataram de legalizar o roubo, a chulice. De modo a proteger a chularia a que também pertencem. Não são todos os políticos, já se sabe, mas são demasiados. 

Como se não bastasse há a acrescentar a corrupção, os conluios e o nepotismo que arrasta amigos dos amigos para estes e aqueles "negócios", "operações e esquemas" que baralham a própria justiça, quanto mais os portugueses quase na generalidade. Além desses na trama devemos ainda incluir os familiares... São demasiados a exaurir o que os portugueses produzem.

Na AR, Assembleia da República, o legislador trata de deixar os chamados "alçapões" por onde tantas vezes escapam aqueles a quem a justiça deita a mão. Agarra-os mas tem de os largar, protegidos que estão pela legalidade cozinhada por comparsas. Pelo menos é assim que os portugueses em grande número pensam. E se assim é, se assim realmente acontecer, estamos, então, perante sindicatos do crime abrangido pela imoralidade, pelo lesar o país e os portugueses.

A prova de que o crime compensa está bem escarrapachada naquilo que acontece em Portugal. Mas só compensa para alguns, para aqueles que usam colarinhos brancos e gravatas de alta qualidade. Aos perrapados resta indignarem-se e pouco mais. Talvez também desabafarem uma vez por outra nas redes sociais. O que não resolve praticamente nada, para além do desabafar, do aliviar a bílis. E isso será para aqueles que ainda conseguem sustentar a internet, ter eletricidade para usar um computador, ou um smartfone que vai a todas.

E assim se faz Portugal, uns quantos vão bem, mais de metade dos portugueses vai muito mal, enquanto a outra quase metade vai assim-assim. Lá vamos, roubados e rindo, levados, levados sim... Cantando uma adulteração do chamado hino da Mocidade Portuguesa Salazarista.

ANÃO EM BICOS DOS PÉS | Esta também é por conta de Passos Coelho


Ana Alexandra Gonçalves*
Passos Coelho não deixa escapar uma, mostrando-se implacável no que toca a reclamar louros. Desta feita, o ex-primeiro-ministro lembra, com toda a ênfase possível, que foi no seu Governo, e apenas no seu Governo, que se baixou aquilo que é comummente designado por rendas excessivas pagas à EDP.

De fora do discurso exaltado de Passos Coelho, ficaram tanto o facto da troika ter visado precisamente os Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (rendas excessivas), como o facto do seu Governo ter feito manifestamente pouco, sobretudo em relação ao que a própria troika pretendia, já para não falar na demissão do secretário de Estado da Energia, Henrique Gomes, precisamente resultado da pressão das eléctricas. 

Quem oiça Passos Coelho fica com a ideia de que o anterior primeiro-ministro foi responsável por uma redução drástica das tais rendas e pelo cerceamento da promiscuidade que existe há décadas entre poder político e poder económico, no caso a EDP. A redução drástica das rendas e o fim da promiscuidade é por conta de Passos Coelho, sempre preocupado com a classe média e com os mais pobres que viam as suas facturas de electricidade dispararem devido às ditas rendas excessivas. Faz de conta que foi assim.

Vem tudo isto a propósito das referidas rendas adicionais que o Estado paga à EDP estarem agora sob investigação e do facto de António Mexia e Manso Neto terem sido constituídos arguidos. 

Os vários Governos sucumbiram à dita promiscuidade, desde Cavaco, Guterres, Barroso, Sócrates e Passos Coelho que mesmo sob pressão da troika pouco fez, deixando mesmo cair um secretário de Estado por pressão da EDP.

O Governo de António Costa também ainda está por dar mostras de querer seriamente uma solução para rendas que pesam obscenamente na factura energética, fazendo com que os custos da energia em Portugal sejam dos mais altos de toda a Europa. 

Em abono da verdade existe um partido político em Portugal tem vindo, ao longo de largos anos, a denunciar a situação, apresentando soluções para o problema: o Bloco de Esquerda. Este é o único partido que merece reclamar trabalho feito nesta área. A ver vamos se o Partido Socialista aproveita esse trabalho e coloca um ponto final num dos maiores exemplos de promiscuidade entre poder político e poder económico que tanto tem lesado os cidadãos. Entretanto, Passos Coelho entretém-se, fingindo que esta também é por sua conta, tal como no passado recente os números do desemprego sofreram uma redução em consequência directa do trabalho feito pelo seu Governo. Faz de conta.

*Ana Alexandra Gonçalves | Triunfo da Razão

Portugal | "FUJÃO" | CHEFE DAS "SECRETAS" INDIGITADO RECUOU E JÁ NÃO ACEITA O CARGO


José Júlio Pereira Gomes "indisponível" para o cargo de chefe das Secretas

Embaixador escreveu carta a mostrar-se "indisponível" para o cargo de secretário geral do Serviço Informação República Portuguesa. Chegou a aceitar o convite, mas fez marcha atrás. José Júlio Pereira Gomes chegou a aceitar o convite de António Costa para assumir o cargo de Secretário-Geral do SIRP, mas arrependeu-se.

A carta em que o embaixador anuncia a sua decisão foi divulgada pelo gabinete do primeiro-ministro. Começa por dizer que aceito o convite de António Costa para assumir o cargo de Secretário-Geral do SIRP "por considerar que tinha a obrigação de responder positivamente ao desafio de uma nova missão de serviço público".

Mas depois veio a polémica. Pereira Gomes lembra que foram levantadas "reservas à minha indigitação", pela forma como dirigiu a Missão de Observação Portuguesa ao Processo de Consulta da ONU em Timor Leste (MOPTL). "Em particular, o processo de retirada dos observadores portugueses" escreve.

Para o embaixador importa "salvaguardar a dignidade do cargo de Secretário-Geral do SIRP de toda e qualquer polémica, que naturalmente se repercutiria negativamente no exercício das suas funções".

Assim, e após a polémica, acabou por comunicar ao primeiro-ministro a sua "indisponibilidade para aceitar o cargo para que me havia convidado".

José Júlio Pereira Gomes explica ainda as suas ações na retirada de Timor e termina a carta garantindo que cumpriu uma "tarefa hercúlea e ingrata" e que está "consciência tranquila".

Leia a carta na íntegra

Aceitei o convite de S. Exa. O Primeiro-Ministro para assumir o cargo de Secretário-Geral do SIRP por considerar que tinha a obrigação de responder positivamente ao desafio de uma nova missão de serviço público.

Foram, entretanto, suscitadas reservas à minha indigitação, em razão da forma como dirigi a "Missão de Observação Portuguesa ao Processo de Consulta da ONU em Timor Leste (MOPTL)" de 30.8.1999. Em particular, o processo de retirada dos observadores portugueses.

Importando salvaguardar a dignidade do cargo de Secretário-Geral do SIRP de toda e qualquer polémica, que naturalmente se repercutiria negativamente no exercício das suas funções, resolvi comunicar a S. Exa. o Primeiro-Ministro a minha indisponibilidade para aceitar o cargo para que me havia convidado, agradecendo-lhe a confiança em mim depositada.

A Missão que eu dirigi tinha, nos termos dos "Acordos de Nova Iorque", como mandato único observar "todas as fases operacionais do processo de consulta", desde o planeamento operacional até à votação, inicialmente fixada para 8 de agosto. Não dispunha de qualquer capacidade de defesa própria e muito menos de defesa dos timorenses.

Quando a consulta se conclui, a 4 de setembro de 1999, data da publicação dos resultados, recebi elogios dos mais altos responsáveis políticos do país pela forma como a Missão tinha sido realizada.

O processo de retirada dos observadores portugueses vem a decorrer num contexto de violência generalizada, iniciada a 4.9.1999, data em que a sede da Missão é atacada e somos obrigados a buscar refúgio na UNAMET.

Assumi então a responsabilidade, que também fazia parte do meu mandato, de tudo fazer para trazer de volta, com vida, todos os observadores, cumprindo, de resto, aquilo que foi antecipadamente planeado com o MNE.

Mantive por isso o plano normal de partidas e fiz sair a maioria dos observadores no dia 5.9.1999, incluindo os cinco representantes partidários que integravam a Missão. Depois da UNAMET ter decidido, a 8 de setembro, "uma evacuação geral", por considerar que o nível de risco para as nossas vidas tinha ultrapassado o limite do aceitável, recomendei ao Governo a evacuação dos últimos observadores, que se realiza a 10 de setembro. Nesse contexto recebi do Governo ordem para sair, que assim cumpria a obrigação que assumira com todos os observadores quando partimos para Timor-Leste. Tudo fazer para nos evacuar em caso de crise de segurança que colocasse em risco as nossas vidas.

O Dr. José Ramos Horta prefaciou o livro que publiquei, "O referendo de 30 de agosto de 1999 em Timor-Leste", onde dou conta detalhada da forma como exerci a chefia da Missão. Nesse prefácio, invocando "fontes do CNRT no terreno", Ramos Horta afirmou que "os observadores portugueses comportaram-se sempre com correção, muita coragem e sacrifício, com a prudência e a distância necessárias ao estatuto de Portugal em todo um processo extremamente delicado, sem aventureirismo e protagonismo exagerado".

Referindo-se especificamente a mim, Ramos Horta reconhece que estive "no olho do furacão " e que tive "uma tarefa hercúlea, ingrata, mas, ao mesmo tempo, generosa e com a recompensa moral de fazer parte de uma verdadeira epopeia". E concluiu "Parabéns são devidos à Missão no seu todo".

Cumpri a Missão, "tarefa hercúlea, ingrata", e estou de consciência tranquila.

7.6.2017

José Júlio Pereira Gomes

TSF | Título PG

DIZ QUEM SABE | Guerra entre EUA e Rússia? "Ninguém sobreviveria", diz Putin


Afirma ainda que não tem "dias maus" porque não é uma mulher

Ao longo de dois anos, o realizador Oliver Stone fez várias entrevistas com Vladimir Putin e recolheu informações sobre o líder russo. O culminar dos 24 meses de trabalho chega em breve às televisões, num documentário dividido em quatro episódios de uma hora que serão transmitidos na Showtime entre 12 e 15 de junho.

O trabalho, intitulado The Putin Interviews - as entrevistas com Putin, numa tradução literal - promete fazer estalar a polémica, sobretudo pelas declarações do presidente russo sobre mulheres, a homossexualidade e Edward Snowden.

"Eu não sou uma mulher, portanto não tenho dias maus. Não quero insultar ninguém, é a natureza das coisas. Existem ciclos naturais", disse Putin, sobre o dia-a-dia no Kremlin, num dos trailers do documentário, que já podem ser vistos online.

Já sobre Snowden, ex-analista da NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA) que pediu asilo na Rússia, afirma que "não é um traidor". "Ele não traiu os interesses do seu país, nem transferiu informação para outro país", acrescenta.

Diz ainda que concorda com Snowden quando este defende que a NSA foi demasiado longe no programa de monitorização e vigilância da população, mas assinala que o especialista informático não deveria ter divulgado publicamente a informação.

E sobre uma eventual "guerra quente" entre EUA e Rússia, frisa que "ninguém sobreviveria".

Putin aproveitou ainda para criticar a NATO e dizer que qualquer país que entra ou está na organização é apenas um "vassalo" dos EUA.

Diário de Notícias | com vídeos no DN

AÇORES | A vacaria neoliberal


A lavoura, nos Açores, tem enfrentado as consequências da desregulação, e foi entregue à selvajaria do mercado à moda neoliberal, geradora de uma crise no setor leiteiro.
Paulo Mendes*

O problema de fundo e estrutural não se encontra no embargo russo, apesar de ter contribuído para o agravar da crise, mas sim numa política baseada no princípio da inesgotabilidade dos recursos naturais associado ao primado da produção crescente em que os grandes produtores saem sempre a ganhar, porque conseguem atingir quantidades que lhes permitem praticar preços reduzidos, com origem num modo de produção intensivo e industrializado que culmina no paradigma da “vaca fábrica”.

Nos Açores, a aposta na qualidade da produção no setor da lavoura era fundamental, mesmo antes da atual crise, e torna-se, agora, ainda mais premente.

Os lavradores terceirenses têm sentido os efeitos perversos destas políticas quando se confrontam com uma relação desigual com a indústria, no caso multinacionais que praticam preços cada vez mais reduzidos à produção.

A valorização da produção não se faz pela indiferenciação, mas antes pelo contrário: com uma produção reconhecida pela sua qualidade, o que não se compadece com o abuso de rações, em detrimento da pastagem, e muito menos pela utilização de ração à base de OGM, numa prática claramente contra aquela que deveria ser a imagem da marca Açores.

A lavoura tem reclamado, para si, o mérito de contribuir para a paisagem natural da Região. Aqui, na ilha, é inegável o valor paisagístico da “manta de retalhos” que se avista da serra do Cume e das vacas que pastam livremente, ao ponto de se tornarem uma atração turística e num autêntico postal, numa referência que poderá sair manchada se se perpetuarem maus exemplos de maneio de gado, com vacas quase afogadas em lama, em cerrados com pouco ou mesmo nenhum pasto.

O trabalho na lavoura é, sem dúvida, duro e muito exigente fisicamente, e que, por isso mesmo, deve ser retribuído condignamente e com respeito pela saúde e higiene dos trabalhadores deste setor. Porque se é verdade que o futuro do setor depende de vacas felizes, não deixa de ser menos verdade de que também depende de produtores e trabalhadores felizes.

A crise pela qual passa o setor não pode servir de desculpa para as condições oferecidas aos trabalhadores agrícolas, por conta de outrem. Infelizmente, pouca importância tem sido dada às condições laborais na lavoura.

A prática de trabalho não declarado, mais do que precário, e muito mal pago não pode, nem tem de ser comum neste setor. Aliás, o pagamento do salário mínimo, com hora para os trabalhadores entrarem, mas sem hora para saírem, sem direito ao pagamento de horas extraordinárias, passando pela falta de condições de higiene e segurança tem de acabar.

Acredito que os casos de mau maneio de gado não são regra, e que como maus exemplos devem ser combatidos, assim como as condições oferecidas aos trabalhadores agrícolas devem ser dignas de um setor tão crucial da nossa economia, pois só assim poderemos ter uma lavoura com futuro.

*Esquerda.net | Paulo Mendes | Deputado à Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores. Membro do Bloco de Esquerda Açores. Licenciado em Psicologia Social e das Organizações

Portugal | OS INTOCÁVEIS


Helena Teixeira da Silva | Jornal de Notícias (ontem – Ao fim do dia)

No cinema americano, os intocáveis eram os incorruptíveis. Na realidade portuguesa, os intocáveis são aqueles em quem a Justiça raramente mexe. Ou mexia. Mexia, o todo-poderoso presidente da EDP, deu esta terça-feira uma conferência de imprensa de quase duas horas que se resume em duas frases: a empresa que dirige nunca teve qualquer benefício em relação aos contratos de apoio à produção nem no prolongamento da concessão das barragens. E portanto ele, Mexia, constituído arguido, obviamente não se demite.

Ainda não tinham passado meia dúzia de horas depois desta conferência de imprensa em que António Mexia tentou explicar por que razão o presidente da EDP Renováveis, João Manso Neto, o administrador da REN, João Conceição, e ele próprio, todos arguidos, são inocentes no caso das rendas milionárias pagas pelo Estado à energética, quando a Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmava mais três arguidos no processo: Rui Cartaxo, presidente do Conselho de administração do Novo Banco e ex-presidente da REN, Pedro Rezende e Jorge Machado, ambos antigos responsáveis na EDP.

A novela seguirá nos próximos dias.

O juízo de valor costuma ter má imprensa, porque sendo essencialmente subjetivo é altamente falível e, portanto, perigoso. Em todo o caso, de vez quando convém ajuizar. Porque ajuizar é, também, uma forma de distinguir o trigo do joio. João Semedo, que desistiu esta terça-feira da corrida autárquica, no Porto, é a prova de que os políticos não são todos iguais. Provou-o há já muito tempo, quando esteve, quando saiu e quando regressou à política. O bloquista explicou, em conferência de imprensa, que tomou conhecimento "há pouco mais de uma semana, de uma forma brusca, súbita e imprevista" que tem um problema de saúde cujo tratamento é inadiável. É fácil perceber por que razão o PS/Porto considera que o combate autárquico na cidade fica "mais pobre".

Como ficam mais pobres todos os combates que prescindem da discussão. O deputado e ex-ministro socialista João Soares juntou a sua voz à da eurodeputada Ana Gomes para defender que o embaixador José Júlio Pereira Gomes deveria "renunciar já" à nomeação para secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP). Em causa estará o papel por si desempenhado na libertação de Timos em 1999, que continua envolta em muitas dúvidas. Apesar disso, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, já veio tentar tapar o sol com a peneira da sua opinião, dizendo que Pereira Gomes é uma "muito boa escolha".

Uma notícia de última hora: um sismo acabou de ser sentido no Norte do país. Segundo já apurou o JN, o epicentro foi em Amarante mas o abalo foi sentido em vários pontos, como Penafiel, Marco de Canaveses, Paredes, Braga, Guimarães e Ponte da Barca. Siga o JN aqui para acompanhar os desenvolvimentos.

Para terminar, não se esqueça que estamos em contagem decrescente para o Primavera Sound, que arranca esta quinta-feira no Parque da Cidade, no Porto, e que é sempre, para quem gosta de música, um dos melhores momentos do ano.

Tenha um bom resto de dia.

A CRESCER, PARA ALGUNS | OCDE vê Portugal a crescer mais de 2% este ano


Em novembro, a OCDE estimava uma aceleração da economia portuguesa de apenas 1,2%.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) reviu em forte alta o crescimento para Portugal este ano, prevendo que a economia nacional cresça 2,1 em 2017. Em novembro, a OCDE estimava apenas uma aceleração de 1,2%.

Nas previsões divulgadas esta manhã, a organização prevê ainda uma ligeira travagem do crescimento português em 2018. No próximo ano, a economia nacional deverá crescer apenas 1,6%, ainda assim acima dos 1,3% previstos há seis meses.

Quanto ao défice, a OCDE acompanha as expectativas do Governo e espera que as administrações públicas fechem este ano com um défice de 1,5% e o próximo com um défice de 1%, uma estimativa que reflete uma melhoria face às projeções avançadas no final do ano passado (a OCDE antecipava que o défice fosse de 2,1% em 2017 e de 1,9% em 2018).

A OCDE considera que "um crescimento mais forte" é necessário para conseguir "a tão necessária" sustentabilidade orçamental e recorda que as exportações passaram de 27% do PIB em 2005 para os 40% do PIB em 2016, mas defende que "os ganhos podiam ser maiores se as competências dos trabalhadores fossem aumentadas".

Para a organização, a este nível, as prioridades de Portugal devem ser "uma maior ênfase na educação vocacional, na melhoria da formação dos professores e no aumento dos recursos na educação pré-primária e primária".

A OCDE refere que "as exportações vão continuar a apoiar o crescimento, beneficiando das reformas estruturais dos anos recentes", mas alerta para que "a procura interna não deverá recuperar fortemente, tendo em conta os níveis persistentemente elevados do endividamento no setor privado".

As projeções hoje divulgadas apontam para um crescimento das exportações líquidas de 0,2% este ano e de 0,3% no próximo e, quanto ao consumo privado, antecipa-se uma subida de 2% em 2017 e de 1,5% em 2018.

A instituição liderada por Angel Gurría refere que o investimento, que a OCDE estima que deverá crescer 6,5% este ano e apenas 2,3% no próximo, "pode ser mais dinamizado por medidas de recuperação da saúde do setor bancário".

O "fraco acesso ao financiamento" é também um entrave que a OCDE identifica ao investimento: "a atividade do investimento está a ser travada pela fraca rentabilidade e pelas grandes necessidades de redução do endividamento de muitas empresas", considera a organização.

A OCDE entende que, para reduzir a incerteza em torno do setor bancário e melhorar o acesso ao crédito, "são precisas medidas de política que encorajem a redução do 'stock' de créditos malparados no balanço dos bancos".

A instituição refere-se ainda ao aumento do salário mínimo feito em janeiro de 2017, considerando que "deverá apoiar a procura", mas alertando para que "deve ser garantido que salários mínimos mais altos não têm como resultado um aumento do desemprego entre os pouco qualificados ou numa maior compressão para os trabalhos que ganham pouco mas mais do que o salário mínimo".

Quanto à dívida pública, que deverá cair para os 128,6% do PIB este ano e para os 126,5% em 2018, a OCDE alerta que a sua redução "pode ser prejudicada pela necessidade de um maior apoio público para o setor bancário ou por um aumento das taxas de juro".

Em sentido oposto, uma subida do 'rating' atribuído a Portugal pelas agências mais relevantes "pode ajudar a baixar os custos do serviço da dívida".

TSF com Lusa | Foto: Mário Cruz, Lusa

A SEITA CAVAQUISTA SAFA-SE BEM. PUDERA!


Temos de nos render à evidência, melhor e à nossa medida só encontramos na imprensa escrita portuguesa o Expresso Curto. Ou então somos, todos nós aqui no PG, um bando de ignorantes que não sabem encontrar sucedâneo ao que todas as manhãs nos chega com os cumprimentos do tio Balsemão Bilderberg Refastelado na Quinta dos Amarinham Sem se Fartarem. E que a plebe se lixe, acrescentamos ao acrescentado. Bom dia. Hoje é verão. Amanhã não sabemos se continua – dizem que sim, mas…

Apresentamos o Expresso Curto da praxe. Servido nesta manhã já para a tarde, por João Silvestre, jornalista lá do burgo expressivo. Foi ele que agarrou com unhas (não as roí)  o Mexia e as galfarras enormes e imensas que tem. Mexia não diferente do habitual, nas cores. Normalmente seria laranja por fora por dentro. Este tal Mexia é diferente. Tem a cor do dinheiro, tresanda a dinheiro. Aquele dinheiro que todos os meses os consumidores de eletricidade da EDP pagam a mais nas contas da energia lá de casa, lá da empresa, lá onde se tenha de fazer luz e movimento, ou calor, ou frio… Enfim. Mexia Sacador, é esse o seu sobrenome alcunhado. Acrescente-se; Arguido Que Vai Dar em Nada. Pfff. A seu lado existem outros desse jaez. O Catroga… Ai o Catroga… Ai o caraças, que estamos fartos deles. O Cavaquismo foi o pior que aconteceu a Portugal depois de Salazar cair. Ora tomem lá, seus lorpas, foram enganados pela trupe e lixaram-se. Pior foi que lixaram o país e soltaram uma trupe que era mais indicada para ser solta no “faroeste” a assaltar diligências e outras coisa dignas de produzir “uesternes”.

Não estrebucha nem bucha. O mesmo é dizer que não protesta nem come (passa fome) porque urge alimentar as trupes cavaquistas e outras. Sim, porque há mais trupes a mamar. Mamam e abusam. E ainda se condecoram uns aos outros. Talvez sejam assim por resquícios de ADNs dos lados da Sicília. Tipo alcaponescos. A seita cavaquista safa-se bem. Pudera. A as outras também. Pois. Quem se lixa é sempre o mexilhão. Sempre, porque somos uns grandes otários.

Bem, mas disso, melhor que quase ninguém temos a leitura de João Silvestre sobre a conferência de imprensa do tal Mexia tipo Melancia cheio de pevides e com a cor do nosso dinheiro (que agora é deles). Vamos a isso. Silvestre é brando na peça que vem a seguir. Claro, nem podia deixar de ser. Bilderberg “oblige”. Pois. Entendemos. O caldinho é como é e para quem é. Coisas.

Boa praia, se lá for. Leia o que se segue. Cuidado com os tubarões tipo Mexia e outros. Credo, são imensos!

MM | PG

Bom dia, este é o seu Expresso Curto 

João Silvestre | Expresso

CMEC é? CMEC disse?

Bom dia,

CMECs, CAEs, outras siglas que tais. Nomes nada banais que tem sido estrelas nos últimos dias. Há muito (muito) tempo que não se via tanto interesse numa conferência de imprensa da EDP. Para quem achava que Mexia já não mexia, enganou-se. Mexia mexe e promete ripostar. E não se demitir. Com o apoio de Eduardo Catroga – e dos acionistas representados no Conselho Geral e de Supervisão – promete processar quem fez a queixa. Porque, como disse Catroga, “não se brinca com empresas cotadas”.

Quem parece ter ficado convencido com as explicações de Mexia foi a bolsa onde as ações da EDP recuperaram depois do tombo de segunda-feira. A empresa praticamente reverteu a queda que tinha tido e no arranque da semana ao ganhar 2,84%. O Eco conta-lhe como tudo aconteceu.

A história começou sexta-feira passada, com as buscas da PJ e Ministério Público, e ainda está numa fase inicial. Conhecem-se alguns personagens, fala-se de outros e há nomes que se vão juntando ao rol de arguidos. Ontem foi a vez de Rui Cartaxo (atual presidente do Conselho de Administração do Novo Banco e ex-presidente da REN), Pedro Resende (ex-administrador da EDP) e Jorge Machado (ex-conselheiro da administração da EDP) serem constituídos arguidos. Cartaxo é presidente de um banco, ainda por cima um banco detido pelo Estado através do Fundo de Resolução, e a sua continuidade pode estar em comprometida. Cauteloso, o Banco de Portugal diz estar a analisar a situação.

Mas, afinal, o que está em causa neste caso? Nada como ler, por exemplo, o que o João Palma Ferreira escreveu ontem no Expresso Diário (link para assinantes) que conta não só como foi a conferência de imprensa mas explica igualmente quais as decisões que estão a ser escrutinadas e que podem ter justificado esta investigação judicial. Se tiver dúvidas ainda, o que é normal, e quiser saber mais sobre estes contratos pode ler, por exemplo, o Observador para saber o que está por detrás das famosas siglas. O caso já chegou também em força à política e, à esquerda, PCP e Bloco que já tinham criticado estes contratos prometem agora levá-los ao Parlamento.

Há também suspeitas sobre o apoio dado pela EDP à criação de um curso na Universidade de Columbia, nos EUA, sobre energia renovável onde o ex-ministro da Economia de Sócrates, Manuel Pinho, deu aulas. A EDP entregou mais de um milhão à universidade, escreve o Negócios. Mexia respondeu a esta questão durante a conferência de imprensa assegurando que a decisão foi da universidade – com dois prémios Nobel envolvidos – e que Pinho tem uma longa carreira académica anterior e posterior a esse momento.

O que não deve sofrer feitos secundários desta investigação é a OPA da EDP sobre a EDP Renováveis que pode avançar. No exterior, o problema também não passou despercebido. O Financial Times, num artigo assinado pelo correspondente em Lisboa, Peter Wise, dava conta da conferência de imprensa e da garantia de Mexia de que não se demitia. Na edição de hoje do Público, o ex-ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, diz que o “lobby da energia é um dos mais fortes que temos em Portugal”.

OUTRAS NOTÍCIAS

Cá dentro 

Por cá, a entrada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa no capital do banco Montepio continua na ordem do dia. O provedor Santana Lopes esteve ontem à noite na SIC e, não só garantiu que nada ainda está decidido, como assegurou também que não vai decidir “sob stress temporal”.

Os bancos puseram a SIBS à venda. O desenho da operação ainda não está fechado mas pode passar por uma venda de 100% do capital da empresa que gere o Multibanco.

Também ontem foi confirmada a greve dos professores no dia 21 de junho pelos sindicatos FNE e Fenprof. Coincide com os exames de Física e Química A, Geografia A e História da Cultura e das Artes do secundário e Matemática e Estudo do Meio do 2º ano.

Ficámos a saber também que o BCE voltou a travar a compra de dívida portuguesa. Como conta o Jorge Nascimento Rodrigues, no Expresso, houve uma nova redução de 22 milhões de euros em abril

No Parlamento, a polémica das declarações de rendimentos de António Domingues ainda mexe – ou voltou a mexer. Ouvido ontem na comissão de inquérito, Ricardo Mourinho Félix, secretário de Estado das Finanças, voltou a insistir que não houve nenhum acordo com Domingues para o isentar de apresentar as declarações. Centeno vai amanhã.

Continua também a novela sobre o novo chefe das secretas portuguesas. Apesar das muitas críticas que tem surgido sobre a atuação do embaixador em Dili, em 1999, quando era chefe da missão portuguesa, o governo continua a dar-lhe o benefício da dúvida. No sábado, ao Expresso, Antonio Costa dizia: “Até ao momento não tomei conhecimento de qualquer facto, nem confirmei nada que pudesse desabonar em desfavor do embaixador.” Ontem, Augusto Santos Silva garantia que “é muito boa escolha”.

Só que as críticas sucedem-se. O jornalista do Público, Luciano Alvarez, voltou à carga e pede que sejam divulgados os telegramas da época. Já o socialista João Soares recomenda ao diplomata que renuncie à nomeação de Costa.

João Semedo abandonou a corrida autárquica no Porto por razões de saúde. Vai ser substituído por João Teixeira Lopes.

Numa altura em que tem sido noticiada alguma turbulência laboral na MEO - que vai assumir o nome da casa mãe Altice e até se fala em despedimentos em massa - ficou a saber-se que, pela primeira vez, a NOS chegou ao primeiro lugar em número de clientes.

Outras notícias: os museus vão ter entradas gratuitas a partir de julho; Sérgio Conceição está a um pequeno passo do FC Porto e pode assinar amanhã depois de ter rescindido com o Nantes; o Algarve explora o regresso da Fórmula 1 a Portugal; cinco estrangeiros por hora adquirem nacionalidade portuguesa.

Machetes dos jornais:”Álvaro Santos Pereira: Lobby da energia é dos mais fortes que temos” (Público); “Serviços mínimos salvam exames em dia de greve”(DN); “Nova droga com efeitos canibais consumida em Portugal”(JN); “Máfia do sangue paga voto a perita” (Correio da Manhã); “PS e Costa em rota de colisão por causa de novo chefe das secretas”(i); “Bancos põem Multibanco à venda” (Jornal de Negócios); “Benfica acerta com Gümüs”(Recorde); “Real Madrid vai receber proposta de 180 milhões por Ronaldo”(A Bola); “Apito amolgado”(Jogo)

Lá fora

Paris foi alvo de um novo ataque. Desta vez aconteceu perto da catedral de Notre Dame e não teve vítimas mortais. Apenas um polícia ferido depois de ser atacado com um martelo por um estudante argelino que gritava “Isto é pela Síria”. Acabou por ser baleado pela polícia.

Do outro lado do canal da Mancha, a investigação ao ataque de sábado à noite em Londres continua. Ficámos a conhecer o terceiro atacante, como conta o The Guardian. Chamava-se Youssef Zaghba, tinha 22 anos e tinha mãe italiana e pai argelino. Já estava no radar das autoridades desde que no ano passado foi apanhado a tentar chegar à Síria através da Turquia.

Isto tudo em plena semana de eleições legislativas. O The Telegraph contava ontem que os serviços secretos britânicos tiveram dois agentes infiltrados junto de Jeremy Corbyn há 20 anos por haver receios que o agora líder trabalhista pudesse ser uma ameaça à democracia. Do lado conservador, a Primeira-ministra Theresa May endureceu o discurso e prometeu medidas mais apertadas para controlar os suspeitos de terrorismo. E disse mesmo, como conta o Financial Times, que “se as nossas leis de direitos humanos nos impedem de o fazer, então vamos mudar as leis para o poder fazer”.

Quem pode sofrer com a eleição, como aliás aconteceu em votações anteriores, é a libra. Os investidores devem estar atentos, avisa o The Wall Street Journal.

Um dos temas que está a marcar a agenda política internacional é o corte de relações de vários países do Médio Oriente com o Qatar. O britânico Financial Times contava esta semana como uma situação de reféns e pagamento de resgates contribuiu para a tensão. Trump - só podia ser Trump - diz que foi ele o responsável por este corte. (Já agora, por mais estranho que possa parecer, a primeira referência ao presidente americano desta vez aparece bem tarde neste Curto.)

No Qatar, um dos países do Mundo com maior rendimento per capita do Mundo, está a haver uma corrida aos supermercados devido aos receios de uma escalada da tensão. Aproveite também para conhecer sete curiosidades sobre o emir do país.

Nos EUA, as taxas de juro da dívida a 10 anos estão em novo mínimo do ano e a UBER despediu mais de 20 trabalhadores por suspeita de assédio sexual.

Em Espanha, o Santander comprou o Popular por um euro numa resolução do banco mas vai injetar 7000 mil milhões de euros. O anúncio foi feito esta manhã antes da abertura dos mercados. Ontem ao final do dia surgiram as primeiras informações sobre o negócio, com a Bloomberg avançar que o Santander estaria a preparar um aumento de capital superior a 5000 milhões para entrar no Popular.

Em Itália, abre-se a perspetiva de eleições antecipadas com alteração de lei. Podem ser já em setembro.

FRASES 

“Não quero ser banqueiro”, Pedro Santana Lopes, Provedor da Santa Casa da Misericórida de Lisboa a propósito da entrada no Montepio

“Na minha opinião [José Júlio Pereira Gomes] é uma muito boa escolha [para secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa] e agora aguardamos tranquilamente a audição parlamentar”, Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros

O QUE ANDO A LER

Sabe o que é uma pessoa meio intelectual, meio de esquerda? É alguém que frequenta “bares meio ruins”, que se “julga na vanguarda do proletariado há mais de 150 anos” e que, quando convida “uma moça para sair pela primeira vez, atacamos mais de petit gateau do que de frango à passarinho, porque (…) na hora do vamos ver uma Europazinha sempre ajuda”. É isto tudo e, provavelmente, o seu contrário. “Ô Betão, vê uma cachaça aqui pra mim”.

“Meio intelectual, meio de esquerda” é também o título da coletânea de crónicas de António Prata editado no verão passado pela Tinta da China. Prata é um escritor e cronista brasileiro sub-40 que escreve atualmente na Folha de São Paulo. As suas crónicas falam sobre tudo e sobre nada. Sobre ‘pequenas’ questões do quotidiano – como o efeito da vibração dos telemóveis nas coxas, a “gostosa” que “entra com o seu rebolar” ou como são tristes as lojas de colchões – mas também sobre os ‘grandes’ temas da humanidade, como a classe média (“se no trabalho seu nome está escrito na roupa, você é pobre; se o nome está escrito na mesa, você é de classe média; e se estiver escrito no prédio, você é rico”) ou a paternidade (“se eu não tenho um minuto para pensar a respeito da paternidade, é porque estou exercendo a paternidade!”).

São mais de 90 crónicas sempre bem-humoradas. Mas “não se pense que é fácil ser meio intelectual, meio de esquerda em nosso país”.

E é tudo por hoje que este Curto já vai longo. Continue connosco em tempo real no Expresso Online e às 18 horas com o Expresso Diário. Tenha um excelente dia.

IMPÉRIO MALDITO | Contra a transformação da Grécia num centro de operações da NATO


KKE*

Os 15 membros do Grupo Parlamentar do KKE colocaram uma pergunta aos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa sobre o desenredar o país de intervenções e guerras imperialistas.

Pergunta
Aos ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros
Tema: Desenredar o país de intervenções e guerras imperialistas.

As decisões dos governos da ND e do PASOK nos anos anteriores, assim como as do governo SYRIZA-ANEL hoje, a favor do envolvimento da Grécia em intervenções e guerras imperialistas, colocaram e continuam a colocar nosso país, nosso povo em grandes riscos e perigos.

A palavra de ordem "Nem terra nem água para os assassinos do povo" tem sido manifestado historicamente pelo nosso povo. Ele bradou isso durante a guerra desencadeada pelos EUA, NATO e UE contra a Jugoslávia em 1999 e nas guerras posteriores no Afeganistão, Iraque, Síria e Líbia. Nosso povo gritou-a em manifestações por todo o país, denunciando as decisões do governo a favor da participação de forças militares gregas em exercícios da NATO, a cedência da base de Suda e de outras bases militares e centros de comando para os planos imperialistas mais gerais.

Nestes dias, o povo trabalhador, a juventude, com manifestações de massa em Hania, exigiu o encerramento da base EUA-NATO em Suda, ao passo que em Alexandroupoli e outras cidades na Trácia exigiram que nenhum território grego fosse usado para o trânsito de forças militares estrangeiras que participam no exercício "Noble Jump" da NATO na Roménia.

Segundo informações publicadas, 4000 oficiais militares da Albânia, Bulgária, Grã-Bretanha, EUA, Espanha, Letónia, Roménia, Noruega, Holanda e Polónia participarão no exercício da NATO na Roménia. A Grécia participa no exercício providenciado apoio como "Nação Hospedeira", durante o trânsito de unidades militares britânicas, espanholas e albanesas através do Norte da Grécia pela via do eixo Alexandroupoli-Ormenio e Krystallopigi-Promachonas.

Segundo declarações oficiais, o governo grego está comprometido a "providenciar facilitação no aeroporto e no porto marítimo de Alexandroupoli durante o posicionamento e reposicionamento de pessoal e veículos. Acomodação para pessoal. Serviços para sua escolta e segurança durante a recepção, trânsito e despedida do país. Operação e equipe de pessoal do centro de coordenação local em Alexandroupoli. Facilitação para logística e serviços de tratamento médico. Acesso a comunicações terrestres e por satélite".

É um facto que este exercício da NATO também prepara o terreno para novas guerras e intervenções, para a formação de uma força militar inter-estatal capaz de ser utilizada contra os povos, sempre que requerido.

O governo SYRIZA-ANEL, seguindo o caminho dos governos anteriores e em nome da chamada doutrina geoestratégica reforçada, arca com sérias responsabilidades porque proporciona território grego, as bases militares do nosso país e assistência multifacética ao aparelho assassino da NATO.

Dentro destas circunstâncias, as posições e a luta do KKE e do movimento dos trabalhadores adquire significado especial: "Nem terra nem água para os assassinos do povo", desvinculação imediata do país de intervenções e guerras imperialistas, encerramento da base de Suda e de outras bases e centros de comando dos EUA-NATO, retorno das forças militares gregas das missões no exterior, a completa desvinculação do nosso país da NATO e de outras organizações imperialistas.

Pergunta-se aos ministros qual é a posição do governo quanto à exigência do povo para que o país não seja envolvido nos planos imperialistas e para que o território grego, acampamentos e secções das Forças Armadas Gregas não sejam utilizadas no exercício "Noble Jump" da NATO nem em outros exercícios militares semelhantes?

Qual é a posição do governo quanto à exigência popular da não renovação do acordo com os EUA respeitante à base de Suda, o encerramento desta base e de outras bases EUA-NATO que são dirigidas contra o nosso povo e outros povos?" 

*O original encontra-se em inter.kke.gr/... 

Este documento encontra-se em http://resistir.info/ 

Os bebês aprendem como sorrir para manipular os adultos

Pesquisa mostra que os pequeninos sabem calcular os momentos certos para agradar aos pais

 

Tem coisa mais fofa do que um bebê sorrindo? Acontece que, por trás de toda a graça, estão outras intenções: uma pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, afirma que os pequenos fazem isso para manipular os adultos.

De acordo com o condutor do estudo, o psicólogo Javier Movellan, os bebês calculam a hora certa para extrair o máximo de sorrisos possíveis ao seu redor.

Para chegar a essa conclusão, Movellan e sua equipe utilizaram um bebê robô chamado Diego-San e realizaram vários experimentos com estudantes da graduação da Universidade da Califórnia em San Diego. Foi observado que, quando o robô sorria espontaneamente, ele não ganhava tanta atenção quanto quando calculava perfeitamente o momento de mostrar alegria.

A partir da pesquisa, os acadêmicos também descobriram que, antes de completar quatro meses, os bebês já desenvolvem um senso de quanto tempo devem fazer contato visual e quão rápido devem sorrir para ganhar atenção.

Não se sabe ao certo o motivo dessa manipulação por parte dos pequenos, mas especula-se que seja para fazer com que os que os rodeiam, principalmente seus pais, se sintam melhor.


Os pesquisadores também pretendem utilizar os dados dos experimentos para ajudar outros psicólogos a descobrir novas formas de testes durante a fase de desenvolvimento das crianças, principalmente para identificar o autismo.

Veja o estudo AQUI !

Debora Oliveira

Colégio de Albergaria recebeu prémio da AdRA

O Presidente do Conselho de Administração da AdRA, Manuel Fernandes Thomaz, entregou ontem um cheque no valor de 300 euros ao Colégio de Albergaria, a escola vencedora do concurso de expressão artística “A importância da Água em Albergaria-a-Velha”. A cerimónia, que decorreu nas instalações do Colégio, contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal, António Loureiro, da Vereadora da Educação, Catarina Mendes, bem como dos docentes e dos 24 alunos que criaram a pintura mais votada.

  Manuel Fernandes Thomaz deu os parabéns aos alunos e docentes que participaram no concurso e incitou os mais novos a continuarem a valorizar e a poupar a água que sai das nossas torneiras. Pedro Marques, Diretor do Colégio de Albergaria, elogiou o trabalho dos alunos, realçando que costumam ser bem-sucedidos nas atividades em que participam, algumas delas de âmbito nacional. Agradeceu, ainda, “o apoio da Câmara Municipal e os convites para estarem presentes nas iniciativas que organiza”. Quanto ao prémio, o dinheiro será utilizado para “investir” em alguns projetos nos quais o Colégio participa, nomeadamente na área do Empreendedorismo.

O Município de Albergaria-a-Velha, através do Programa Municipal de Educação, tem várias iniciativas de promoção da sustentabilidade ambiental, estabelecendo, em alguns casos, parcerias com entidades ligadas à proteção do ambiente. No caso do concurso da AdRA, Catarina Mendes, deseja que a iniciativa seja “uma semente no Município” e que mais escolas adiram nas próximas edições. Para além da componente artística, a Vereadora da Educação destaca o processo de aprendizagem associado à atividade, pois “as crianças integram as boas práticas e transmitem os conhecimentos às suas famílias”.

 O concurso de expressão artística “A importância da Água em Albergaria-a-Velha” foi promovido pela Águas da Região de Aveiro (AdRA), em parceria com a Câmara Municipal, e teve como objetivo promover a valorização e a preservação da água através da arte. No Concelho, participaram o Colégio de Albergaria e a Escola Básica do Campo e a pintura vencedora foi apurada por votação no Facebook do Município. Para além do cheque de 300 euros, as escolas vencedoras da região de Aveiro participaram, segunda-feira, na atividade “Viagem à Origem da Água da Torneira”, em Sever do Vouga, que incluiu uma peça de teatro, ações de intervenção paisagística e experiências científicas.

CPCJ Promoveu Comemorações Do Dia Mundial Da Criança





Lembrar a efeméride e sensibilizar para a importância dos direitos da criança - foram estes os objetivos da iniciativa promovida pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Carregal do Sal, no dia 1 de junho, junto da comunidade escolar.

Em todos os estabelecimentos de ensino do Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal o Dia Mundial da Criança foi lembrado e assinalado através da realização de trabalhos com as crianças e jovens do ensino pré-escolar ao 2º ciclo e da turma de Artes 12º ano e exposição desses trabalhos à comunidade educativa nos respetivos estabelecimentos de ensino.

A celebração do Dia Mundial da Criança pela CPCJ de Carregal do Sal teve a colaboração do Agrupamento de Escolas, nomeadamente dos Coordenadores dos estabelecimentos, Educadoras, Professores do 1º e 2º ciclos e Professora Josefa Reis, da turma de Artes 12º ano.

Eduardo Gageiro apresenta novo trabalho em Torres Vedras

“Torres Vedras por Eduardo Gageiro: Uma Viagem no Alfazema e Choupal” é o segundo trabalho que este mestre português da fotografia realizou nesta cidade oestina, cuja exposição será inaugurada no próximo dia 10 de junho, pelas 18h, na Paços – Galeria Municipal de Torres Vedras.

Recorde-se que da primeira incursão de Eduardo Gageiro pelas ruas de Torres Vedras resultou a exposição inaugural daquele equipamento cultural, intitulada “Torres Vedras por Eduardo Gageiro: viagem no centro histórico”, no dia 25 de abril de 2003. As imagens da mesma ficaram registadas no livro homónimo, deixando um testemunho do que o centro histórico de Torres Vedras tinha, à época, de mais característico, mas também de mais misterioso.

A exposição que agora se inaugura, também acompanhada de livro, é o resultado do olhar do mestre Gageiro desta vez pela requalificada zona do Choupal.

Segundo refere o presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Carlos Bernardes, no prefácio do mesmo: “Com a mestria de Eduardo Gageiro e a subtileza de Andrade Santos, foi possível criar uma nova visão do espaço urbano e das pessoas que o utilizam de uma forma muito singular.

Nesta viagem de mais de uma década foi-nos possível ter uma visão integrada do território e da sua evolução nos vários sentidos e dimensões. Trata-se de uma obra que a todos dignifica e que prestigia um espaço territorial de referência.

As atuais gerações e as gerações vindouras terão a oportunidade através desta obra de conhecer os nossos antepassados, viver o presente e perspetivar o futuro”.

A inauguração da exposição será antecedida, uma hora antes, da apresentação da reedição do livro “Torres Vedras por Eduardo Gageiro: viagem no centro histórico”, em simultâneo com a apresentação do livro “Torres Vedras por Eduardo Gageiro: Uma Viagem no Alfazema e Choupal”. De referir que ambas as publicações estarão à venda em conjunto.

A exposição ficará patente até 15 de setembro.

Câmara Municipal de Torres Vedras