quarta-feira, 26 de abril de 2017

VII Festival das Sopas de Portomar e Cabeço

A comissão de Festas de Portomar e Cabeço 2017 convidam para o VII Festival das Sopas. É já neste próximo sábado dia 29 de Abril.

PORTUGAL À SOMBRA DE AMBIGUIDADES AINDA NÃO ULTRAPASSADAS – I



Em saudação aos 60 anos do MPLA, aos 52 anos da passagem do Che por África e aos 43 anos do 25 de Abril… e assinalando os 50 anos do início do “Exercício ALCORA”.
1- O relacionamento de Portugal com África, sobretudo com Angola, pautou-se sempre, ao longo dos últimos 50 anos, pela ambiguidade, uma prática constante a que o 25 de Abril de 1974 não pôs fim e por que o 25 de Novembro de 1975 se tornou determinante para tal não acontecer.

De facto Portugal, ao se tornar um vassalo britânico num processo consentido com o rótulo da mais longa aliança em vigor de há mais de 600 anos, tornou-se um subproduto sócio-político e sócio-cultural da aliança anglo-lusa de 1373, depois de passar por sucessivos crivos históricos, dos quais realço as invasões napoleónicas na Península Ibérica (1807/1811) e a Conferência de Berlim (1884/1885) com o traumatizante episódio do “Mapa côr-de-rosa” (1890).

A Revolução Industrial, que potenciou a construção do império britânico no seguimento da derrota de Napoleão, avassalou Portugal que continuou como país rural, meio feudal, tecnologicamente atrasado e dependente durante todo o exercício fascista e colonialista do Estado Novo, algo que se haveria de tornar decisivo para em Angola e Moçambique o colonialismo português se vir a tornar vassalo (e subproduto não assumido, ou envergonhadamente assumido) do “apartheid”, em função duma pujante África do Sul que para manter a hegemonia era obrigada a irradiar influências capazes de defender o baluarte da internacional fascista na África Austral, numa “articulação radial”, conforme à geoestratégia delineada com o Exercício ALCORA.

A ambiguidade histórica e sócio-política da aliança anglo-lusa traduzida numa vassalagem de Portugal tornou possível, por via do Exercício ALCORA e por que na África do Sul a Revolução Industrial se impôs no abrigo do império britânico sob o génio de Cecil John Rhodes, assumir ainda a ambiguidade em relação aos contextos da África Austral, algo que não seria só apanágio do Estado Novo e teve continuidade por via de todos os governos que se sucederam ao 25 de Novembro de 1975 em Lisboa, pois a entrada na União Europeia e a manutenção de Portugal na NATO, continuou a debitar obrigações de vassalagem até aos nossos dias, fazendo aproveitamento das condições conjunturais antropológicas, históricas, económicas e financeiras que advêm do passado.

 No seu livro “ALCORA – O acordo secreto do colonialismo”, Aniceto Afonso e Carlos de Matos Gomes, elespróprios historiadores militares e capitães do Movimento das Forças Armadas, dão um contributo claro e inequívoco para se perceber essa ambiguidade em relação ao “apartheid”, faltando-lhes apenas as consultas aos arquivos das SADF e do “apartheid” para tornar ainda mais substantivas as suas conclusões.

Dizem eles com toda a propriedade no Capítulo Iº, “Portugal, África do Sul e Rodésia”, em “Uma aliança a três Governos” (pag. 23):

“Segundo a definição clássica nas escolas de Relações Internacionais anglo-saxónicas, uma aliança é um acordo formal entre dois ou mais actores – normalmente Estados – que colaboram untos em questões de segurança.

Ainda por definição, uma aliança deve conter alguns acordos sobre a forma de responder a acontecimentos particulares.

A natureza das alianças também é normalmente entendida pela dimensão dos Estados e das suas capacidades económicas e militares; assim, quanto maior e mais forte for um dos Estados de uma aliança, maiores serão as probabilidades de ele ocupar uma posição dominante na mesma (Evans & Newnham, The Penguin Dictionary of International Relations, Londres, Penguin, 1999, pag. 37).

À luz desta definção o Exercício ALCORA é uma verdadeira aliança embora, porventura por razões de secretismo mantidas até hoje, nunca tenha sido considerada como tal, mesmo pelos mais reputados institutos de estudos estratégicos e pelos trabalhos académicos de algumas das universidades mais prestigiadas e tradicionalmente ligadas aos assuntos de política na África.

Essa incapacidade de penetrar neste segredo prolonga-se até aos dias de hoje e vem desde o momento em que, após o 25 de Abril de 1974, Portugal abandonou a política ultramarina de manutenção da soberania sobre as suas colónias e deu por finda a guerra que nelas travava desde 1961”.


2- Desse extracto e dos seus múltiplos fundamentos há que retirar lições que me socorrem nas minhas frequentes denúncias em relação às contínuas ambiguidades dos Governos portugueses após o 25 de Novembro de 1975 em relação a Angola e a África, ambiguidades que ainda hoje não se puseram cobro, até por que nenhum Governo português publicou o que quer que fosse sobre o“acordo” secreto do Exercício ALCORA, ou sobre o seu grau, efectividade, ou caducidade, um procedimento similar aliás à relativa “imobilidade salazarenta” de então.


Os Governos portugueses não “desataram o nó” da aliança secreta do Exercício ALCORA, mantendo inclusive “por inércia” o carácter da ambiguidade ideológica e prática do Estado Novo, por que os vínculos antigos com a África do Sul (que socorrem também as “leituras” da NATO e do USAFRICOM em tempo neoliberal e sob domínio dos “lobbies” do petróleo e dos minérios), mantiveram-se correspondendo ao peso e influência económica e financeira dos vínculos e intervenientes sul-africanos (inclusive interesses do âmbito das “casas” Rockefeller e Rothschild) desde então, algo que tem sido aproveitado pela inteligência económica portuguesa e tem também funcionado de forma aberta ou velada no âmbito sócio-político e ideológico, em função também dos interesses da comunidade portuguesa residente naquele país, uma parte dela “retornada” de Angola e Moçambique.

A consultar de Martinho Júnior:
- Eleições na letargia duma colónia periférica – http://paginaglobal.blogspot.com/2013/10/eleicoes-na-letargia-duma-colonia.html
- Neocolonialismo em brandos costumes e dois episódios – http://paginaglobal.blogspot.com/2017/03/neocolonialismo-em-brandos-costumes-e.html

Imagens: Capa e contracapa do livro “ALCORA – o acordo secreto do colonialismo”; o General sul-africano Charles a, P. Fraser, promotor dos conceitos do exercício ALCORA; condecoração do Vice-Almirante Jacobus Everhardus Luouw, Adido Militar Adjunto da Embaixada da África do Sul em Lisboa em 1982 e sua outra foto-passe.

Portugal | PRESOS POLÍTICOS, HÁ 43 ANOS!


Sim, há 43 anos, a libertação incondicional dos presos políticos não foi tão pacífica como isso! Para melhor entendimento desta afirmação, teremos de remontar à origem do Movimento dos Capitães, surgido cerca de um ano antes, motivado por uma reivindicação de carácter corporativo, como resposta a um despacho da hierarquia do Exército e na qual convergiram oficiais dos quadros permanentes desse ramo com distintos interesses, ideologias e matizes.

Carlos Machado dos Santos | AbrilAbril | opinião

Um dos grupos mais assertivos na salvaguarda daquilo que considerava os seus direitos era constituído, talvez não por acaso, por oficiais que serviam, ou tinham servido com o General António de Spínola, chefe militar carismático que, em dada ocasião, optou por entrar em divergência com o Governo sobre assuntos relacionados com a administração colonial. Embora este episódio tivesse, na época, entrado no domínio público, não foi entendido do mesmo modo pela generalidade dos oficiais do Exército, nem, tampouco, pelo cidadão comum.

Spínola era por muitos considerado o modelo de chefe militar austero, justo, exigente e intransigente, tipicamente predestinado a liderar um movimento capaz de derrubar o governo ditatorial fascista, encetando um novo ciclo governativo sem perturbar o fundamental, ou seja, sem alterar a estrutura hierarquizada das Forças Armadas, nem da malha social do país.

Agora, todos sabemos que o Movimento se constituiu e foi solidificando com a adesão determinada de outros grupos de oficiais, que bem mais pretendiam do que isso e que acabaram por desenhar um projecto político e social para Portugal, estabelecendo como uma das prioridades, o acabar com guerra colonial.

De entre outras delas e, inerente ao derrube do estado fascista, encontravam-se a libertação total e incondicional dos presos por delito de opinião – uma vergonha para o País, internacionalmente – e a extinção da polícia política.

O referido projecto, dado à luz sob a forma do documento e que passou a ser conhecido como «Programa do Movimento das Forças Armadas», foi redigido por um pequeno grupo de oficiais mais politizados do que a generalidade, ao qual haviam sido chamados uns poucos da Marinha, ramo que havia declarado a sua neutralidade activa caso ocorresse um golpe militar, mas que era, geralmente, considerado como o mais progressista dentro das Forças Armadas Portuguesas.

Em vésperas da acção militar e, logo que escolhidos os chefes que constituiriam uma Junta Governativa, foi o programa apresentado a Spínola, naturalmente um dos generais do Exército que a constituiriam. Evidentemente que ocorreram sérias divergências de opinião, mesmo iminência de conflito, ultrapassado pelo bom senso e pela vontade de mudar dos oficiais responsáveis pelo Programa, que fizeram, ou simularam admitir algumas cedências no conteúdo político da letra do documento. Entre outras, foram motivo de objecção da parte do General a libertação incondicional dos presos políticos e a extinção imediata da PIDE/DGS. Após várias diligências, aceitou-se que as palavras incondicional e imediata, para cada um dos casos, seriam retiradas do texto do Programa.

Todos sabiam que Spínola sempre havia sido não apenas um militar do regime, como um homem comprometido com alguns dos seus pilares, através de laços familiares e de amizade. Tinha sido, durante largos anos, oficial da Guarda Nacional Republicana, força transformada, quase desde o início, na polícia militar do fascismo; nessa qualidade, fora instrutor de equitação da Mocidade Portuguesa e, caso mais sério, acompanhara como observador, mas com convicção, durante alguns meses, a actividade da frente leste do exército nazi durante a II Guerra Mundial; regressado ao Exército, sempre se mostrou um acérrimo defensor do Portugal uno e pluricontinental, advogando a manutenção das colónias como parte integrante da Pátria, empenhando-se na guerra colonial até ao topo da sua carreira, como Governador e Comandante-Chefe das FA na Guiné.

Ora, não seria de um momento para o outro que, por uma questão de divergência de métodos de condução da política colonial de Marcelo Caetano, se tornaria um democrata. Foi, outrossim, o seu grande ego ávido de protagonismo e a sua desmedida ambição que o levaram a aceitar a liderança de um movimento militar que derrubaria o regime com que entrara em rota de colisão.

E, aí temos o homem que, embora hierarquicamente mais moderno do que o brilhante mas discreto Costa Gomes, se guinda à presidência da Junta de Salvação Nacional (JSN) e, por inerência, da República Portuguesa. Uma vez assumido o cargo, chamou para junto de si alguns conselheiros políticos que haviam rompido com a Assembleia Nacional fascista, entre os quais figuravam Sá Carneiro, Mota Amaral, Pinto Balsemão.

Foi neste contexto, com não pouca confusão à mistura, que alguém se lembrou de que urgia libertar os presos políticos encarcerados nos fortes de Caxias e de Peniche. Propõe-se atermo-nos à libertação de Peniche, pois foi essa a nossa experiência e já que em Caxias ela se processou de distinta forma.

Foram escolhidos pelo então Coronel Vasco Gonçalves, oficial mais graduado da Comissão Coordenadora do Movimento, dois oficiais superiores, um do Exército e outro da Marinha, para a função de «libertadores», actuando como delegados da Junta nessa missão. Para tal, foram conduzidos por Vasco Gonçalves à presença de Spínola, que exigiu dar-lhes instruções directas sobre o procedimento de libertação.

A sala onde se tinham instalado os membros da Junta, já no Palácio da Cova da Moura (ex-EMGFA), encontrava-se cheia de gente aparentemente muito ocupada, mas sem qualquer disciplina. As palavras, sob a forma de instruções, que Spínola dirigiu aos oficiais sobre o processo foram inequívocas da opção que havia tomado, presumivelmente sob conselho de Sá Carneiro e de ouros juristas presentes: apenas seriam libertados sem condições, os detidos que não tivessem condenações por crimes do foro civil, tais como homicídios, assaltos a bancos, falsificação de documentos.

Após um primeiro momento de perplexidade, o oficial da Armada dirigiu-se-lhe, argumentando que se os homens haviam cometido crimes desse teor, não o haveriam de ter feito em proveito próprio, mas sim de uma causa comum, que defendiam, pelo que deveriam ser considerados crimes políticos.

Então, Spínola, perdendo todo o controlo sobre si próprio, deu um soco na mesa que o separava dos oficiais, Vasco Gonçalves incluído, abriu os olhos, o que provocou o voo do ridículo monóculo ao longo do tampo e vociferou que cumpririam à risca o que havia determinado, pelo que havia indigitado três advogados para acompanharem os «libertadores», aconselhando estes em caso de dúvidas sobre os processos e a natureza dos crimes imputados. E, que saíssem urgentemente, que a missão já se encontrava em atraso.

Deixada a sala e, ainda antes que os causídicos se lhes juntassem, solicitou-se a opinião de Vasco Gonçalves sobre o ocorrido e as ocorrências que, provavelmente, daí adviriam, como o facto mais provável dos presos se solidarizarem e nenhum querer sair se tal não sucedesse com todos. Pronunciou-se, então, o sábio Coronel sobre o facto de os escolhidos serem oficiais superiores, delegados da JSN, logo detentores de toda a legitimidade do MFA para decidir, não devendo, de modo algum, permitir qualquer manipulação por parte dos advogados.

Contudo, após a partida para Peniche, que se processou já a tarde ia avançada (cerca das 17 horas), não deixou de constituir preocupação constante para os oficiais a forma como iria decorrer a operação de libertação, assim como o panorama físico e humano que se vislumbraria no local naqueles momentos, não podendo esquecer-se que, à época, as comunicações eram lentas e difíceis começando pelas estradas do trajecto, precárias e sinuosas, acabando nas telefónicas, que necessitavam de um pedido de «troncas» e respectivo tempo de espera para se efectuarem. Por outro lado, não se possuía qualquer informação sobre a situação militar do Forte, sabendo-se, apenas, que a GNR se rendera na véspera a uma Companhia de Infantaria e, nada mais.

Finalmente, chegou-se ao largo fronteiro à Fortaleza de Peniche apenas pelas 22 horas, porquanto foi necessário efectuar uma paragem logística a pedido dos senhores advogados, que se queixaram do longo jejum imposto pela sua chamada às novas funções. Tal facto atrasou a caravana em cerca de uma hora. Lá, então, a multidão era muita, a ansiedade maior, os gritos, entre aclamações e críticas ao retardo, evidentes, as palavras de ordem profusas.

Estranhou-se que, quem tivesse vindo abrir o portão tivessem sido elementos da GNR mas, perante a sua subserviência, constatou-se que estavam «cativados». Após visita prévia às instalações onde se encontravam os detidos, conduzida pelo Director da Prisão e por um dos oficiais da Companhia de Infantaria ocupante, no impedimento físico do Capitão, procedeu-se aos preparativos para o protocolo da libertação.

Note-se que, no decorrer desta visita, se ouviu uma palavra de ordem clamada pelos presos das facções esquerdistas: «ou todos, ou nenhum», sintomática de que se encontravam conhecedores das reservas colocadas quanto à libertação. Foram, então, dadas as instruções pelos oficiais delegados da JSN sobre o modo como se iria proceder ao acto de libertação, com a passagem dos detidos, individualmente, por uma espécie de tribunal «ad-hoc», constituído pelo oficial da Marinha, que presidia, pelo Alferes mais antigo da Companhia e pelos três causídicos, instalados ao longo de uma mesa na secretaria da prisão; a elaboração, pelo Escrivão, de uma Acta de Libertação que ia sendo ditada pelo Director e com o teor que o oficial da Armada acordasse, a devolução in loco dos pertences aos detidos que iam sendo libertados.

Tomou-se conhecimento, entretanto, através do Director, de que eram quatro os presos acusados por crimes de homicídio, não havendo qualquer um de assaltos a bancos ou outras instituições. Decidiu-se remetê-los para o final. O crime de falsificação de documentos, referido por Spínola, não foi sequer equacionado, dado tal ser considerado uma prática corrente e necessária à vida de qualquer militante clandestino.

Antes, porém, da chamada do primeiro detido, apareceu em cena uma personagem que havia passado despercebida até então e que, aparentemente, não fazia parte do elenco da peça que estava a decorrer. Intitulou-se advogado constituído de três dos quatro «homicidas», desejando apresentar a proposta de os seus constituintes serem libertados na ocasião, tornando-se ele próprio seu fiel custódio até que fosse tomada uma decisão definitiva sobre o seu destino.

Analisada a situação pelos oficiais «libertadores» e excluídos os outros advogados, vindos de Lisboa, cuja atitude de desagrado era evidente, decidiram aqueles pela positiva, com a condição de o proponente assumir, igualmente, a responsabilidade pelo quarto acusado, que não era seu cliente.

Foi chamado o primeiro preso a libertar e, durante a análise do seu processo, após uma vista de olhos passada pelo oficial que presidia, resolveram os três advogados dissecá-lo até ao pormenor. Tratando-se de um caso pacífico, foi-lhes chamada a atenção pelo oficial da Armada que, por aquele andar, chegaria o mês de Maio e ainda permaneceriam todos naquele local.

Não gostaram e fizeram ver que, nesse caso, não se encontravam ali a fazer nada, replicando-lhes o oficial que de facto sim, talvez o não estivessem, dando-lhes a entender que a sua presença lhes tinha sido imposta por Spínola e que quem havia, deveras, decidido libertar os presos políticos era o MFA.

A partir deste episódio, em que os advogados foram «postos em sentido», tudo decorreu sem obstáculos, a despeito do amuo dos senhores. A saída em liberdade dos detidos processou-se até cerca da meia-noite, seguindo os quatro últimos sob custódia do advogado proponente da forma de tornear a questão, após este ter assinado um termo de responsabilidade, conjuntamente com os dois oficiais delegados da JSN.

Partiu-se de Peniche passava já das 2 horas da madrugada, não sem antes todos terem participado numa ceia de excelente peixe acabado de chegar do mar, assado na brasa, obséquio do destacamento da GNR (quiçá para fazer esquecer recentes tempos mais obscuros da sua actuação) facto que contribuiu para o esmorecimento do mau humor dos causídicos.

Chegou-se a Lisboa por volta das 5 horas da manhã, tempo de repousar antes de voltar e enfrentar Spínola. Logo após a hora de almoço, os dois oficiais reencontraram-se e, após uma breve troca de impressões sobre qual a melhor maneira de colocar a questão a Spínola, não encontrando Vasco Gonçalves no edifício, resolveram dirigir-se à sala da JSN. Nela apenas se encontrava o já Almirante Rosa Coutinho que, posto ao corrente da situação, não hesitou em assinar a caducidade do termo de responsabilidade do advogado e a consequente liberdade incondicional dos quatro homens, ao mesmo tempo que desabafava: «isto está a andar muito mais depressa do que todos esperávamos!».

E, para bem de todos, continuou a andar!...  

Foto: Almanaque Republicano

Tolerância de ponto confirmada para 12 de Maio

Resultado de imagem para Tolerância de ponto confirmada para 12 de Maio
O Governo vai dar tolerância de ponto aos funcionários públicos na sexta-feira 12 de maio, confirmou fonte governamental.
A decisão ainda terá de passar formalmente pelo Conselho de Ministros, segundo a mesma fonte.
O Papa Francisco estará em Fátima a 12 e 13 de maio, no centenário dos acontecimentos de Fátima, estando marcada a canonização de Jacinta e Francisco Marto.
Fonte: DN
foto: REUTERS

ÓBITO Morreu Jonathan Demme, realizador de ‘O silêncio dos inocentes’

Realizador morreu esta quarta-feira, em Nova Iorque, aos 73 anos, noticiou a publicação Indiewire. 

Jonathan-Demme

O realizador e produtor norte-americano Jonathan Demme, autor de filmes como “O silêncio dos inocentes” e “Filadélfia”, morreu esta quarta-feira, em Nova Iorque, aos 73 anos, revelou a publicação Indiewire. 

Jonathan Demme, que morreu em consequência de um cancro e de problemas cardíacos, esteve em Portugal em 2015 a convite do festival Lisbon & Estoril Film Festival, que lhe dedicou uma homenagem. 

O cineasta, que conseguiu fazer carreira entre o cinema independente e as produções de Hollywood, começou como produtor de Roger Corman, no filme “Angels hard as they come”, em 1971. Estreou-se como realizador pouco depois, em 1974, com “A gaiola das tormentas”. 

O sucesso internacional foi conquistado nos anos seguintes com “Selvagem e perigosa” (1986) e, em particular, com “O Silêncio dos inocentes” (1991), com o qual conquistou cinco Óscares, incluindo de melhor realização, filme e argumento. 

Da filmografia fazem ainda parte, entre outros, “Filadélfia” (1993), com Tom Hanks, “Viúva… mas não muito” (1988), “Beloved” (1998), “A verdade sobre Charlie” (2002), “O casamento de Rachel” (2012) e “Ricki e os Flash” (2015), com Meryl Streep. 

Jonathan Demme tem ainda o nome ligado ao documentarismo, com filmes como “Neil Young: Heart of Gold” (2006) e “Jimmy Carter Man from Plains” (2007) e à realização de vídeos de música e filmes-concertos para artistas como The Pretenders, Talking Heads e New Order. 

Estendeu ainda o trabalho de produção para outros realizadores, nomeadamente com “Inadaptado” (2002), de Spike Jonze, e “A canção de uma vida”, de Kate Barker-Froyland, que Jonathan Demme apresentou em 2015 na visita a Portugal.

Fonte: Dinheiro Vivo

Sessão Evocativa E Mercado De Rua No 25 De Abril, Em Carregal Do Sal









Apostando num programa participativo, pensado para o povo, a Autarquia assinalou a efeméride com mais uma edição do Mercado de Rua, realizado na zona central da vila sede do Concelho, e uma Sessão Solene, durante a manhã, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

E foi precisamente ali, durante a cerimónia, que a Câmara Municipal deu voz aos representantes dos grupos parlamentares municipais do PPD/PSD e do PS, respetivamente António Óscar de Almeida e Paiva e Carlos Alexandre Pais Baptista (o CDS-PP declinou o convite por convicções pessoais) após ter usado a palavra o Presidente da Assembleia Municipal, Carlos Jorge Morgado Gomes. 

Pontos altos na cerimónia foram também a apresentação dos livros “40 Anos do Poder Local democrático – Autarcas do Concelho de Carregal do Sal”, pelo Vice-presidente da edilidade, José Sousa Batista, e “A Maçonaria e os Livres-Pensadores no Concelho de Carregal do Sal”, este último da autoria de Artur Jorge Saraiva, que conduziu os presentes pelas páginas de mais uma obra que perpetua a história concelhia.

Pelo meio, a declamação de um soneto de Hermínio Cunha Marques, pelo próprio, e a visualização de um filme elaborado pelo Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal em que a música de intervenção e a poesia, declamada por vários alunos, assumiram um papel principal. A colaboração do Agrupamento registou-se, ainda, ao nível de uma exposição de trabalhos em cartão, realizados por alunos, que esteve disponível para apreciação no átrio dos Paços do Concelho.

Após o encerramento da Sessão pelo Presidente da edilidade carregalense, Rogério Mota Abrantes, seguiu-se a visita oficial ao Mercado de Rua, em funcionamento até às 19horas.

Para além da exposição/venda de diversos artigos - artesanato, gastronomia, produtos hortícolas, comes e bebes – o Mercado de Rua proporcionou momentos de animação garantidos pelas atuações de grupos folclóricos do Concelho designadamente o Grupo de Danças e Cantares da Sociedade Filarmónica de Cabanas de Viriato; o Rancho infantil Cravos e Rosas de Vila Meã e o Rancho Folclórico Flores da Beira (o Grupo Folclórico d’Alegria não conseguiu estar presente, por imperativos próprios) demonstraram que a cultura tradicional está bem enraizada nas gentes do Concelho.

Para os mais pequenos, uma surpresa ao final da tarde – a mascote “Chase”, da série de animação infantil Patrulha Pata. O cão herói apareceu e conviveu com os mais pequenos que aproveitaram para tirar algumas fotografias com o famoso personagem.


IX Rota das Adegas - Marquês de Marialva - Cantanhede ConVida! - Município de Cantanhede


IX Rota das Adegas - Marquês de Marialva - Cantanhede ConVida! - Município de Cantanhede

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Diário de uma peregrina no Caminho de Santiago é apresentado no Albergue Rainha D. Teresa

Na próxima sexta-feira, 28 de abril, pelas 18h30,vai ser apresentado o livro “Um Caminho para Todos – Diário de uma Peregrina no Caminho de Santiago”, de Luísa Sousa, no Albergue Rainha D. Teresa, em Albergaria-a-Velha. A entrada é livre.

  A autora, natural do Funchal, partilha nesta obra as reflexões que foi registando ao longo da peregrinação que fez de Sevilha a Santiago de Compostela, pela Via de la Plata e Caminho Sanabrês, percorrendo um total de 1000 quilómetros em 42 dias. “Deixo o testemunho da minha visão dos acontecimentos com a certeza de que se o relato for realizado por algum dos meus companheiros de viagem, coexistirão histórias com versões diversas; afinal, são tantos os Caminhos quanto o número de peregrinos que os percorrem”, afirma Luísa Sousa.

Em 2006, após uma viagem a Santiago de Compostela “como turista”, Luísa Sousa ficou com o desejo de percorrer o Caminho como peregrina. Em 2010, fez o Caminho Português desde Valença, seguindo-se o Caminho Francês a partir de Saint Jean Pied-de-Port, em 2011, e a Via de la Plata, desde Sevilha, em 2014. No ano passado, voltou a fazer o Caminho Português, desta vez, partindo de Lisboa.

 Com 33 anos, Luísa Sousa considera-se peregrina “de alma e coração” e espera que, com o seu livro, possa deixar um testemunho do que o Caminho de Santiago “pode ser, verdadeiramente, um caminho para todos.”

Utentes da APPACDM de Albergaria-a-Velha regressam ao palco do Cineteatro Alba com “Arbo”

A Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha está a preparar a quarta edição do Pontes Sonoras, um projeto municipal de inclusão social que alia música, dança e teatro, culminando num espetáculo no Cineteatro Alba. A edição de 2017, denominada “Arbo”, conta com a participação de 20 elementos da APPACDM de Albergaria-a-Velha, bem como de 13 jovens do Conservatório de Música da Jobra e da AlbergAR-TE – associação cultural. O resultado final será apresentado no dia 20 de maio, pelas 21h30.

  Os ensaios estão a decorrer no Centro Cultural da Branca, dirigidos por um docente de música da Autarquia. O elemento orientador do espetáculo de 2017 é a árvore, símbolo da vida, mas também da diferença, pois independentemente da forma como vai crescendo, acaba sempre por dar frutos. Ao longo das várias sessões de preparação, novas ideias têm surgido dos vários elementos do grupo, transformando o processo criativo num verdadeiro trabalho colaborativo, onde as diferenças são esbatidas. No final, o importante é que todos se divirtam e que transmitam essa boa disposição ao público no dia do espetáculo.

O projeto Pontes Sonoras promove o desenvolvimento de diferentes competências nos utentes da APPACDM, nomeadamente o aumento da concentração, o controlo dos momentos de silêncio, a coordenação motora e o trabalho em equipa. Os jovens participantes das associações do Concelho têm, por seu lado, uma oportunidade de trabalhar com uma equipa especial, testando a sua capacidade de adaptação a diferentes contextos.

  O Pontes Sonoras é uma das faces mais visíveis do programa Incluir+, uma iniciativa da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha que visa promover a inclusão social da população com deficiência. No âmbito do programa, criado em 2014, a autarquia promove, de forma regular, sessões de expressão musical, atividade física adaptada e leitura encenada junto dos utentes da APPACDM.

Desde 2015, a autarquia também tem disponível a Sala Snoezelen e a Sala de Integração Sensorial, vocacionados para pessoas com deficiência, incapacidade, problemas sensoriais ou neurológicos. Os dois espaços, equipados com materiais que estimulam as sensações físicas e emocionais, têm sido utilizados por IPSS, Agrupamentos de Escolas e pelas Unidades de Ensino Estruturado para a Educação de Alunos com Perturbação do Espetro do Autismo. No  primeiro trimestre de 2017, já se realizaram 984 sessões nas duas salas, quase o triplo do número realizado em igual período do ano passado (345).

Na área de ocupação de tempos livres, nomeadamente no Campo de Férias, a Câmara Municipal está a apostar no desenvolvimento de condições adequadas para a participação de jovens com necessidades especiais e com mobilidade reduzida. 

Atenção aos prazos do IMI, do AIMI, e do IRS ... alertas para evitar custos desnecessários

P
 
 
Mais e menos
 
 
  Rosa Soares  
O prazo para pagamento do IMI termina domingo e o atraso tem custos! É já no próximo domingo, 30 de Abril, que termina o prazo para o pagamento do imposto municipal sobre imóveis (IMI). O não pagamento dentro do prazo vai originar a abertura de um processo de execução por parte das Finanças, com custos (do processo) para o contribuinte, a que podem acrescer juros de mora (fixados em 4,966%) se o incumprimento exceder 30 dias. Em Abril, é pago o imposto até 250 euros (prestação única), a primeira de duas (quando o valor vai até 500 euros) ou de três prestações (acima de 500 euros). Para quem paga em duas vezes, a próxima será em Novembro, enquanto em três será em Julho e em Novembro. No caso de divergências com o valor apresentado, pague primeiro e reclame depois.  
Atenção ainda aos prazos do AIMI. O novo imposto sobre o património, o chamado adicional ao imposto municipal sobre imóveis (AIMI), a pagar pela primeira vez este ano, obriga a algumas contas e a cumprir alguns prazos. O imposto incide sobre o conjunto dos imóveis detidos por sujeitos passivos ou heranças indivisas (ainda não foi feita a divisão de bens) cujo valor patrimonial tributário exceda os 600 mil euros. O prazo para as heranças indivisas decidirem pela divisão do património pelos herdeiros, apenas para efeitos deste imposto, já terminou. Mas o prazo para cada um dos herdeiros confirmar essa divisão, através do Portal das Finanças, termina a 15 de Maio. E decorre até 31 de Maio o prazo para os sujeitos passivos casados ou em união de facto escolherem o regime que mais lhes convém, uma decisão que pode ser anual. As alternativas passam pela tributação conjunta do AIMI, somando os valores patrimoniais dos imóveis. Nesta modalidade, passam a beneficiar de uma isenção de 1,2 milhões de euros de valor de património, o que pode ser vantajoso nos casos em que um membro do casal tem mais património do que o outro. Os casados sob o regime de comunhão de bens que não queiram optar pela junção total podem identificar, através de declaração conjunta, a titularidade dos prédios, indicando os que são de cada um e os que são comuns do casal. Se nada for feito, as Finanças consideram a soma dos imóveis de acordo com o titular que aparece na caderneta predial.  
O número de telefone 21 72 06 707 ajuda-o a apresentar a declaração de IRS pela Internet. O centro de atendimento telefónico das Finanças já prestava esclarecimentos sobre as várias matérias fiscais, mas agora, as chamadas relacionadas com o preenchimento da declaração de IRS online são redireccionados para apoios específicos: senhas de acesso, apoio ao preenchimento das declarações e no acesso ao Portal das Finanças, e outras questões técnicas. Recorde-se que o primeiro mês para a apresentação da declaração está quase a esgotar-se e fica a restar o mês de Maio.
Unidades de participação do Montepio = a acções? E quem tem unidades de participação do fundo do Montepio vai passar, possivelmente ainda em Maio, a ter acções. Praticamente nada se altera. Tal como acontece agora com as unidades de participação, as acções vão estar cotadas em bolsa. As unidades de participação já estavam equiparadas a acções no caso de liquidação do banco, ou seja, os investidores seriam ressarcidos depois dos restantes credores. O mesmo se passará com esta transformação. Admitindo que as futuras acções serão ordinárias, as acções passarão a garantir a participação nos órgãos sociais, através do voto em assembleia geral de accionistas. Trata-se de uma mudança qualitativa, por enquanto pouco expressiva, dada a forte concentração do capital na Montepio Geral Associação Mutualista, que supera os 90%. A mudança é explicada pela transformação da Caixa Económica Montepio Geral, vulgarmente designada de banco Montepio, em sociedade anónima, no âmbito da alteração de estatutos em curso. As unidades do fundo de participação foram vendidas a investidores particulares em 2013, a um valor nominal de um euro. Desde a sua venda não foram distribuídos lucros, o que poderia acontecer mesmo que o banco Montepio tivesse apresentado lucros, o que não foi o caso. Admitidas no principal índice da bolsa de Lisboa, as unidades de participação negoceiam no mercado a valer pouco mais de 40 cêntimos.



Protesto Autarcas barricados na Caixa Geral de Depósitos de Almeida

O vice-presidente da Câmara de Almeida, no distrito da Guarda, bem como o presidente da junta de freguesia da aldeia histórica estão barricados no interior da Caixa Geral de Depósitos local, uma das 61 dependências do país marcadas pela administração de Paulo Macedo para fecharem amanhã dia 27 de Abril.
"'Não saio daqui enquanto não me receberem e não derem informações sobre o futuro deste balcão'', disse António Morgado ao JN José Alberto Morgado.
O homem que será o candidato do PSD à câmara de Almeida nas eleições autárquicas do próximo dia 1 de Outubro entrou nas instalações bancárias por volta das 14 horas e diz não ter hora para sair. "Tudo vai depender do que vier a ser o comportamento da gerência", disse ainda o homem que já liderou os dois protestos populares efetuados este mês, quer em Almeida, quer em Vilar Formoso contra o encerramento do balcão. Genericamente todos se opões à decisão a entidade bancária porque a outra dependência do concelho fica localizada a cerca de 15 quilómetros e os moradores de Almeida, na maioria idosos, não dispõem de transportes públicos para se dirigirem a Vilar Formoso.
A esta hora, a população também está concentrada junto ao balcão da GGD, tal como vários militares da GNR.
Fonte: JN

Termo de Identidade e Residência para dono de cão que atacou criança em Matosinhos

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O dono do cão de raça Rottweiler que terça-feira atacou uma criança de quatro anos em Matosinhos ficou hoje sujeito a Termo de Identidade e Residência, tendo o processo baixado a inquérito, decidiu o Ministério Público.
À saída do Tribunal, o advogado de defesa, João Macedo, referiu apenas que o processo está em segredo de justiça.
Na terça-feira, uma criança de quatro anos foi atacada por um cão de raça Rottweiler, em Matosinhos, tendo sido transportada para o Hospital de São João, no Porto, e submetida a uma cirurgia, encontrando-se estável.
Segundo fonte da PSP do Porto, o dono do animal estaria a passear o Rottweiler sem trela e sem açaime, tendo sido chamado à atenção por transeuntes.
Fonte: Lusa
Foto: DR

Doe gratuitamente 0,5% do seu IRS para a Liga Portuguesa contra o Cancro



A Lei 16/2001 (artigo 32 nº4 e 6) regulamenta estes actos de solidariedade através da consignação do imposto já liquidado pelo cidadão contribuinte.
A contribuição através da Declaração de Rendimentos é um acto de responsabilidade social que visa apoiar todas as pessoas mais desfavorecidas na sociedade.
A consignação de 0,5% do IRS, estabelecida nos nº.s 4 e 6 do art.º 32.º da Lei n.º 16/2001, de 22 de Junho, é outra forma de ajuda à LPCC, esta, sem qualquer encargo para o doador, bastando, para tal, preencher o campo 1101 do quadro 11 do modelo 3 da declaração de IRS e mencionar o número de identificação de pessoa coletiva (NIPC) da LPCC - 500 967 768 (este donativo não é aplicável a empresas). Esta fórmula de donativo não implica qualquer dispêndio para o doador (não implicará sob o apuramento de imposto a pagar ou a receber).
Assim e reforçamos, sem qualquer encargo para si, 0,5% do seu IRS será destinado pelo estado à Liga, estando assim a contribuir para o desenvolvimento de programas de educação para a saúde, diagnóstico precoce do cancro, apoio ao doente oncológico e a investigação científica em oncologia.
Ainda neste âmbito, também é possível prescindir do benefício de 15% do IVA suportado no abate à coleta do IRS, doando o Estado esse valor à Liga.

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A memória e o futuro foi o mote da celebração do 25 de Abril em Cantanhede

Com uma conferência de José Manuel Mendes
A memória e o futuro foi o mote da celebração do 25 de Abril em Cantanhede
 “25 de Abril, uma Memória no Futuro” foi o mote da conferência de José Manuel Mendes, presidente da Associação Portuguesa de Escritores, na sessão solene comemorativa do 43.º aniversário do 25 de Abril. Na sua intervenção, o convidado de honra da cerimónia referiu que “se hoje olhamos para o regime com algumas inquietações, há algumas certezas que vale a pena revalidar”, nomeadamente “o facto de estarmos perante um pretérito que afirma o trinfo da ideia democrática, o trinfo da diversidade e do compromisso na construção de uma sociedade avessa a qualquer via autocrática”, consubstanciando “a rutura, não apenas na ordem formal do sistema político, mas também no modo como as pessoas e as comunidades passaram a viver o seu quotidiano e a encarar o futuro”.
Lembrando que a amizade com Carlos de Oliveira e Augusto Abelaira motivou a sua vinda a Cantanhede várias vezes antes do 25 de Abril, José Manuel Mendes assinalou o processo de desenvolvimento do concelho, “pela qualidade do que se fez, pela qualidade do que está em curso e pela confiança com que se perspetiva o futuro”. O professor universitário e escritor referiu-se a Cantanhede como “paradigma de uma realidade marcada pela ruralidade que evoluiu para as dimensões mais avançadas da investigação científica, da tecnologia e da efetivação daquilo que vai transmudando positivamente o mundo”.
Segundo o académico, “esta realidade verdadeiramente invulgar acentua uma das dimensões essenciais do regime de Abril, o poder local”, que sendo “a inscrição de uma democraticidade profunda, é também uma das formas mais radicais de cumprir os melhores propósitos de um regime aberto à realização da vontade do povo e à efetivação dos seus anseios”. Por isso, “é importante que nesta celebração sejamos capazes de incluir tudo aquilo que é projetivo, tudo quanto está na ordem da conceção, da elaboração, do sonho ou, até, da utopia”, sublinhou.
A afirmação do poder local foi também um dos aspetos abordados pelo presidente da Câmara Municipal, que destacou a propósito “o papel das autarquias e dos autarcas na consolidação do regime democrático e no desenvolvimento do País, não obstante os obstáculos de ordem jurídica e administrativa ou as limitações financeiras num contexto de aumento significativo de competências transferidas pela administração central”.
Depois de referir que “há muitas e boas razões para considerarmos que o desígnio de progresso e desenvolvimento tem tido expressão cabal no concelho de Cantanhede”, João Moura enalteceu “todos aqueles que, em diferentes períodos, alguns bem difíceis, souberam dar resposta às expectativas da população, ultrapassando os constrangimentos e cumprindo a missão para que foram eleitos, o que merece um voto de reconhecimento público aos autarcas que na Câmara Municipal, na Assembleia Municipal ou nas Juntas e Assembleias de Freguesia de algum modo contribuíram para a valorização dos padrões de qualidade de vida nas nossas comunidades”.
O líder do executivo camarário manifestou ainda “reconhecimento público aos funcionários da autarquia, que não só souberam interpretar corretamente o alcance e a importância dos grandes desafios que o Município tem abraçado, como atuaram sempre em prol do interesse coletivo dedicando o melhor do seu esforço na prossecução dos objetivos enunciados”.
Perante uma assistência que incluía a vice-presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio, os vereadores Pedro Cardoso, Júlio de Oliveira, Célia Simões e Madalena Cardetas, bem como presidentes de junta e outros autarcas, no decurso da cerimónia discursaram ainda o presidente da Assembleia Municipal, José Maria Maia Gomes, e os representantes das forças políticas que integram o órgão deliberativo do município, designadamente Maria Manuel Fael, pelo PSD, e Armanda Gavião, pelo PS.

Município distinguiu mérito cultural
das filarmónicas de Ançã, Covões e Pocariça com apoio financeiro
Outro momento alto da sessão solene comemorativa do 43.º aniversário do 25 de Abril foi a entrega do diploma de mérito cultural às bandas filarmónicas de Ançã, Covões e Pocariça, que receberam a distinção juntamente com o Livro de Ouro da Cidade de Cantanhede e o apoio pecuniário de 5.000 euros atribuído pela Câmara Municipal a cada uma das instituições.
Na ocasião, o líder do executivo camarário referiu-se à “notável atividade das escolas de música das três bandas centenárias, autênticas academias de ensino artístico que têm formado sucessivas gerações de jovens instrumentistas”, e enfatizou “a sua assinalável ação pedagógica no ensino da música e na formação de públicos, sem esquecer o seu papel de embaixadores culturais do concelho de Cantanhede nas suas atuações um pouco por todo o país e, por vezes, também no estrangeiro”.
Segundo João Moura “as filarmónicas de Ançã, Covões e Pocariça demonstram ser entidades inequivocamente comprometidas com a promoção dos bens e valores da cultura, o que de resto justifica os apoios que a Câmara Municipal de Cantanhede lhes tem vindo a conceder. É isso que fazemos mais uma vez, no que é, seguramente, também uma boa forma de comemorar o 25 de Abril”, concluiu.

Tributo a Jaime Cortesão em Ançã
No final da cerimónia, os representantes dos órgãos autárquicos e alguns convidados deslocaram-se a Ançã, para um tributo a Jaime Cortesão, grande defensor da democracia e da liberdade. Na ocasião o presidente da Câmara Municipal, João Moura, e o presidente da Associação Portuguesa de Escritores, José Manuel Mendes, procederam à deposição de uma coroa de flores junto ao busto do escritor e proeminente figura da cultura. O ato simbólico foi ainda assinalado com a leitura do poema Ode à Liberdade, de Jaime Cortesão, e com a interpretação de algumas peças musicais pela Phylarmonica Ançanense.
 
Pelo Coro dos Antigos Orfeonistas
Concerto de homenagem a José Afonso

O programa das comemorações do 43.º Aniversário do 25 de Abril começou na noite de véspera do Dia da Liberdade, com um concerto de Homenagem a José Afonso, pelo Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra.
Centenas de pessoas assistiram no salão dos Bombeiro Voluntários a um memorável espetáculo que incidiu na interpretação de alguns dos temas mais emblemáticos do autor de “Grândola Vila Morena”, um dos hinos da revolução de 1974.
O concerto foi promovido pela Câmara Municipal para comemorar o 25 de Abril, assinalando também o 30.º aniversário da morte de José Afonso, invocando o seu legado cultural e artístico indissociavelmente ligado aos valores da liberdade, da democracia e da justiça social.