domingo, 22 de setembro de 2019

Algarve | Palácio Gama Lobo no centro das comemorações do Dia Mundial do Turismo em Loulé

Loulé volta a celebrar o Dia Mundial do Turismo, no próximo dia 27 de setembro, com um conjunto de iniciativas.
Este ano, o património cultural será uma das temáticas em foco e o recentemente reabilitado Palácio Gama Lobo, edifício brasonado oitocentista, será um dos destaques.
Nesse dia, a partir das 18h00, irá decorrer uma visita orientada a este património classificado como monumento de interesse municipal, conduzida por Luísa Martins, investigadora de História e Cultura local, e Luís Guerreiro, arquiteto responsável pelo projeto de reabilitação do edifício.
Esta visita pretende recordar a história deste imóvel e de quem o habitou, bem como explicar as propostas das novas adaptações arquitetónicas.
No dia 28 de setembro, e atendendo a que a Autarquia tem em curso o projeto “Loulé Criativo”, que agrega um conjunto de parceiros que desenvolvem atividades de turismo criativo, serão propostas várias experiências criativas: a produção de sabonetes de aromas da serra ou velas com ervas serranas, com o Loulé Coreto Hostel (10h00 e 11h00); um passeio fotográfico pelo Palácio, acompanhado por Vitor Pina (10h30); a participação num workshop de pintura sensorial com a pintora Adérita Silva (14h30); ou ainda a proposta de desenho do edifício do Palácio Gama Lobo, com o designer Hugo Silva (14h30).
As atividades são gratuitas mas carecem de inscrição prévia para loulecriativo@cm-loule.pt ou telefone 289 400 829.
À semelhança de anos anteriores, ao longo do dia 27 serão distribuídos doces e licores regionais nos postos de turismo do concelho (municipais e nos da Região de Turismo do Algarve). Pretende-se, desta forma, dar as boas-vindas a todos os turistas que visitam Loulé neste Dia Mundial do Turismo.

Algarve | Rota das Tapas passa por Faro

Faro é uma das cidades do país incluída na Rota de Tapas, que decorre de 26 de setembro a 13 de outubro. A troco de 3 euros os participantes podem provar um petisco e uma cerveja da marca que promove o evento.
Na capital algarvia os estabelecimentos participantes e os petiscos que apresentam são os seguintes:
Vila Adentro (Praça D. Afonso III, 17): Bacalhau da Vila;
Tertúlia Algarvia (Praça D. Afonso III, 13/15): Rissol de Berbigão e salicórnia com aiolo de Aljezur;
Hápetite (Rua da Misericórdia, 40): Favas de Alhada;
Columbus (Pç D. Afonso Gomes, 13): Salada de Muxama de Atum;
Yummy Ice & Coffee (Av. da República – Passeio Docapesca): Fofinhos;
Boheme (Av. da República, 2): Carapau Tifosi;
Académico (Rua Conselheiro Bívar, 12): Bacalhau à Académico;
Aperitivo (Rua Conselheiro Bívar, 51): Bruschetta de Cogumelos e Queijo de Seia;
Lodo (Rua Conselheiro Bívar, 55): Ostra;
Outro Lado (Travessa da Madalena, 6): Bruschetta de Alheira;
My O’Meu (R. Conselheiro Sebastião Teles, 8ª): Salada de Legumes com Mayo Caseira;
True Food (Rua do Compromisso, 12): Patanisca de Grão de bico e Curgete sem glúten;
Sushi Ya Fusion (Rua Ferreira Neto, 13/15): Bao de Teriyaki:
Yokohama (Rua Cruz das Mestras, 26): Gamba Panada Yokohama;
Taska Algarvia (Rua do Alportel, 38): Xarém com Filete de Sardinha Panada;
Snack Bar da Baixa (Praça Ferreira de Almeida): Polvo à Baixa;
Futebol Café (Rua Vasco da Gama, 63 A): Estrela Pizza & Baguette Futebol Café;
Origami Ramen-Bar (Rua Vasco da Gama, 44): Bao de Porco);
Oh My Dog! (Rua de Portugal, 19-21): Americano;
Portas de S. Pedro (Lg. Dr. Silva Nobre, 7): Almôndega de Sardinha com Gaspacho Andaluz);
Restaurante Travessa (Rua de Sto. António, 58): Bolinhas de Alheira com Grelos;
8 Tapas (Rua Rebelo de Silva, 8): Bruschetta de Filete de Anchovas;
Cinderela Farense (Rua 1º de Dezembro, 19): Caril de Gambas;
Snack-Bar Ponto Expresso (Rua Manuel Belmarço, 2): Bifana à Expresso;
Pinsa Romana O Terceiro Lugar (Praça Alexandre Herculano, 30): Pinsa Marguerita;
Snack-Bar Coelho (Rua Brites Almeida, 2): Miolo de Camarão à Coelho;
Restaurante Al-Ria (Rua Brites Almeida, 45): Gambão Al-Ria; e
Burguers and Bowls (Largo Pé da Cruz, 30): Barcelona.


Algarve | Visita guiada a quinta

Vai decorrer no dia 29 de setembro, a partir das 10h30, uma visita guiada à Quinta Shanti, situada na freguesia da Conceição de Tavira.
Intitulada Cabaz da Terra, a iniciativa faz parte do programa “Dieta Mediterrânica Todo o Ano”.
A visita é orientada pela proprietária Ângela Rosa com a coordenação da técnica municipal Corinne Romeira. Esta inclui prova e entrega de um cabaz com produtos da quinta e da época.
Os interessados deverão efetuar a sua inscrição, até dia 26 de setembro, através do preenchimento do formulário disponível em https://forms.gle/otGfUgMtkSsnLL5L7.
A atividade deverá ser paga, diretamente, ao produtor de acordo com o seguinte e tem um custo de 5 euros para adultos e de 1 euros para crianças e jovens entre os 6 e os 18 anos.

Algarve | Veja quais foram as propostas vencedoras do Orçamento Participativo de Faro

Já são conhecidos os resultados do Orçamento Participativo 2019 da União das Freguesias de Faro. A fase de votação decorreu entre 19 de agosto e 16 de setembro e contou com uma participação de 824 cidadãos, registando-se um aumento de 42% de votantes relativamente à edição anterior.
Estiveram a votação 9 projetos sendo que os 4 mais votados vão ser implementados pela União das Freguesias de Faro.
A proposta mais votada, com 278 votos foi a n.º 3, “WC públicos no núcleo da Culatra”, que tem por objetivo a instalação de um wc contentor no núcleo da Culatra, devidamente equipado e enquadrado nas obras de requalificação deste núcleo.
Em seguida, com 196 votos ficou a proposta n.º 9, ” Proteção dos Gatos de Faro”, que propõe uma verba destinada à colocação de abrigos próprios nas colónias de felinos identificadas na Freguesia.
Em terceiro lugar, ficou a proposta n.º 1, “Obras de beneficiação na Sala May Viana e Sacristia”, a qual tem por objetivo a recuperação de salas específicas que se apresentam em mau estado de conservação na Igreja da Ordem Terceira de S. Francisco em Faro, monumento classificado como imóvel de interesse público.
Por último, a quarta proposta mais votada foi a n.º 8, “Tratamento e controlo da proliferação de pombos”, que visa a implementação de projeto piloto de pombal contraceptivo, uma estrutura simples onde será efetuada a substituição dos ovos naturais por outros de gesso ou plástico, com o objetivo de controlar a expansão da população de pombos.

Mundo | Governar pelo bom exemplo


*Péricles Capanema
Como pai e mãe educam os filhos? Começo por um dos fundamentos, o que interessa no caso. A preparação para a vida entre os homens apresenta marcantes traços comuns com o modo de, por exemplo, a onça e outros animais prepararem os filhotes para a sobrevivência. Pela imitação, lei da natureza; outro jeito, pela força do exemplo. Gradualmente, ensina-os a se defender dos perigos, a caçar, a procurar abrigos. E o homem é mamífero, guiado pela razão.

De igual maneira, enorme papel tem a imitação na educação infantil. Forma o caráter o bom exemplo dos superiores, no caso, os mais naturais e imediatos, os pais. No ambiente da família, o filho em especial imita o pai, a filha em particular a mãe, ambos movidos fortemente pela admiração. Nada mais normal que, aperfeiçoando a imitação, buscando padrões de comportamento, o filho idealize os pais, para ele causa, modelos, mestres e regentes. E assim tantas vezes, para bem formar o filho, pais e mães ocultam vícios e má conduta — exemplo corrente, os fumantes. Se não são, pelo menos precisam ser visto como sendo modelos. A educação pela imitação admirativa repercute desde a mais tenra infância até a extrema ancianidade. Qualquer desarranjo em tal processo traumatiza, deixa sequelas vida afora. Depois na educação temos os ambientes familiares, sociais, rodas de amigos, a escola. E então se avulta o papel do professor.

Mas não pretendo falar de pedagogia do infante. Meu assunto é outro, governo — pedagogia adulta. Sei, uma tem relação com a outra. Vamos lá. O Estado existe para a promoção do bem comum (o bonum commune da Escolástica). João XXIII na “Pacem in Terris” lembrou esta verdade, hoje tão esquecida, em palavras precisas: “[A] realização do bem comum constitui a própria razão de ser dos poderes públicos”. Emerge a pergunta: o que é o bem comum? Volto a João XXIII: “o conjunto de todas as condições de vida social que consintam e favoreçam o desenvolvimento integral da personalidade humana”.

Destaco o enunciado “desenvolvimento integral da personalidade humana”. Integral. Para tal crescimento, contam fatores materiais, contam sobretudo fatores morais. E aqui entra o papel de formador do governante. Na mais funda raiz, a obrigação do decoro, bem como a chamada liturgia do cargo e a sujeição ao cerimonial se assentam na contribuição ao bem comum advinda do bom exemplo do governante. Em decorrência, a lesão ao bem comum que seu mau exemplo acarreta. E a congruência da punição a tal conduta. Expressão de tal verdade temos no artigo 9º da lei 1079 de 10/4/1950 que tipifica como crime de responsabilidade “proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo”. O que pode levar à perda do cargo.

Na vida de uma nação todo esse edifício se apoia na noção idônea de bem comum. A ideia de bem comum sem simplismos, rica, multifacetada, abarcando toda a realidade, que incorpora com discernimento os fatores morais, intelectuais, psicológicos e materiais é pressuposto da democracia autêntica, da saudável participação popular, do governo realmente voltado para os interesses populares e nacionais. Sem tal concepção, tornam-se desnaturadas as noções de democracia, participação e governo; funcionam mal as instituições e se escancaram as portas para a demagogia.

Fato ilustrativo, em 25 de agosto de 1928 o presidente Washington Luís [foto ao lado] inaugurou a Rio-Petrópolis, a primeira rodovia asfaltada no Brasil, e na ocasião pronunciou frase que se tornou célebre: “Governar é abrir estradas”. Parece, nem ele julgava que governar se reduz essencialmente a abrir estradas. Mas a afirmação simplista ficou no anedotário político. Exagerando, puxando a corda para o outro lado se poderia dizer: “Governar é dar bom exemplo”. Nem um, nem outro. Governar é promover o bem comum, simples assim, fazer estradas e dar bom exemplo forma parte do todo.

Também a ideia correta de representatividade tem relação com o bem comum. A promoção do bem comum supõe via de regra que a nação se faça representar pelo que tem de mais expressivo. É parte da exemplaridade própria às funções públicas — probidade, decoro, brilho. Nunca ali deveria estadear o extravagante, excêntrico e estapafúrdio. No Brasil, cada vez mais, pecamos aqui, todos sabem.

Por que tratei hoje do tema? As reflexões brotaram ao ler entrevista recente de Dom Rafael de Orleans e Bragança e ali o príncipe dizia: “Fomos ensinados desde pequenos a ser vistos como exemplos”. Amplio o tema na mesma direção e fecho com episódio talvez um tanto legendário, ligado ao que se poderia chamar com alguma liberdade o bem comum das almas (a salus animarum). São Francisco de Assis [quadro ao lado] certa vez convidou um jovem do convento para acompanhá-lo em pregação. Caminharam em conversa animada até o povoado. Percorreram as ruas, cumprimentaram pessoas, uma prosinha aqui e ali; para os transeuntes ensinamento vivo de simplicidade, desapego e espírito sobrenatural. Na tardinha retornaram à residência. O moço recordou a São Francisco, haviam esquecido a pregação. Respondeu o santo mais ou menos assim: “Enquanto andávamos, era uma pregação o que fazíamos. Nossas vestes, nosso porte, revelavam que servíamos a Deus. Pregamos sermão mais tocante do que se tivéssemos falado na praça, exortando o povo à santidade”.

Verba movent, exempla trahunt (Palavras comovem, exemplos arrastam). Faz muita falta o arrastão do bom exemplo. Ajudaria o bem comum, facilitaria o apostolado.

ABIM

SAÚDE| Ministra da Saúde diz que está disponível para pedir desculpa quando é devida

A ministra da Saúde, Marta Temido, disse hoje em Coimbra, que nunca teve dificuldade, pessoal ou institucionalmente, em pedir desculpas quando elas são devidas aos portugueses.
Questionada pelos jornalistas, à margem de um debate sobre a localização da futura maternidade da cidade, se iria pedir desculpa aos enfermeiros e à sua bastonária, como foi sugerido por esta, na sexta-feira, Marta Temido assegurou que nunca teve, “pessoalmente ou institucionalmente, dificuldades em pedir desculpas quando elas são devidas aos portugueses”.
A bastonária dos enfermeiros, Ana Rita Cavaco, disse, na sexta-feira, que “ficava bem” ao primeiro-ministro e à ministra da Saúde pedirem desculpa aos enfermeiros e a si pelas insinuações de que teria desviado verbas da Ordem para o ‘crowdfunding’ da greve cirúrgica.
Ana Rita Cavaco reagia ao resultado da ação da inspeção da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) a quatro plataformas eletrónicas de financiamento colaborativo (PPL, Novobancocrowdfunding, Boaboa e Crowdfunding) que estavam ativas no início do ano, entre as quais a que promoveu a campanha de recolha de fundos promovida pelos enfermeiros.
Na sequência da inspeção, a ASAE não encontrou ilícitos na campanha promovida pelos enfermeiros, através da PPL para financiar duas greves nos blocos operatórios, que decorreram entre 22 de novembro e 31 de dezembro de 2018 e em fevereiro deste ano. No total, os enfermeiros angariaram mais de 720 mil euros.
“O Ministério da Saúde ainda não foi notificado, ainda não recebeu qualquer decisão sobre esse tema” pelos menos “até ontem [sexta-feira]”, acrescentou Marta Temido.
Além disso, salientou, “também não corresponde à realidade que tenha havido da parte do Ministério da Saúde qualquer insinuação” sobre o assunto.
“Quando há situações relativamente às quais temos dúvidas, em termos do enquadramento legal, aquilo que temos de fazer é entregar a sua análise às entidades legalmente competentes”, sustentou a ministra.
“Se não se constatar a existência de nenhuma situação duvidosa, obviamente que ficamos satisfeitos”, concluiu.
NDC

Eleições: Líder do PCP acusa PS de querer maioria absoluta para se livrar de “empecilhos”

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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou hoje o PS de querer alcançar a maioria absoluta nas legislativas para se livrar de "empecilhos" e ficar com "as mãos livres" para fazer "a política que bem entender".

"Temos que nos interrogar o que é que leva alguns dirigentes do PS a afirmar que isto com uma maioria absoluta é que iria para a frente e conseguíamos [socialistas] concretizar os objetivos mais depressa ou então um responsável da bancada do PS na Assembleia da República a afirmar que temos de nos livrar dos empecilhos, não dizendo quais são", disse Jerónimo de Sousa, num comício da CDU em Beja.

Os socialistas "querem que as coisas voltem ao sítio, por isso estes desabafos deste dirigente socialista, daquele deputado, em que falam nos tais empecilhos", continuou, frisando: "Curiosamente, quando dialogávamos nunca nos disseram isto, antes pelo contrário, aplaudiam o esforço, o emprenhamento do PCP".

No entanto, "agora vêm com esta conversa e, por isso, precisam de maioria absoluta", mas "não tenhamos ilusões, se eles [socialistas] ficarem com uma maioria absoluta, ficam com as mãos livres para fazerem a política que bem entenderem", alertou.

No comício em Beja, tal como na sua intervenção num almoço hoje na vila de Aljustrel, Jerónimo de Sousa disse que os "avanços" alcançados na atual legislatura "têm a marca dos partidos" que compõem a CDU: o PCP e o Partido Ecologista "Os Verdes".

Na atual legislatura, "o PS não mudou de política, de conceção, foram as circunstâncias que mudaram, foi o facto de na Assembleia da República existir uma nova correlação de forças", frisou.

Entre os avanços, que "não estavam nos programas do PS e do Governo PS" e foram alcançados "com um PS contrariado", Jerónimo de Sousa destacou o aumento extraordinário das pensões e reformas e a gratuitidade dos manuais escolares até ao 12.º ano.

"Sabemos que é insuficiente, que é limitado, temos essa consciência", mas "valorizamos muito o que se conseguiu", apesar de haver "quem ache que são trocos, que não vale nada", disse, referindo que "só quem vive muito bem e tem a barriga cheia é que não entende a importância para as famílias, os trabalhadores e o povo destes avanços que foram alcançados".

Jerónimo de Sousa disse que o PCP tem "claramente uma opção: continuar a senda de avanços e de consolidação daquilo que foi conquistado, com propostas concretas", como creche gratuita com responsabilidade do Estado para crianças até aos três anos e a valorização dos salários, que é "uma questão de emergência nacional".

Por isso, "o reforço da CDU" em votos e deputados eleitos na Assembleia da República "é uma questão fundamental", sublinhou.

No almoço em Aljustrel, Jerónimo de Sousa já tinha pedido o "reforço" da CDU, "num quadro em que mais uma vez se ouvem as aves agoirentas a falar do fim do PCP, da CDU".

"Desiludam-se e aprendam o seguinte: uma causa nunca morre enquanto existir quem a defenda", disse.

Lusa