O português Miguel Oliveira, que só pôde rodar com uma mota de série (a sua Yamaha R1) devido às restrições regulamentares de testes aos pilotos das melhores equipas, considerou que foi um dia "fantástico".

Oliveira, um dos poucos a montar transponders para tomada de tempos nas suas motas, rodou em 1.44 minutos, ficando a cerca de quatro segundos do novo recorde do circuito algarvio, conseguido pelo espanhol Aleix Espargaró, aos comandos de uma Aprilia de fábrica, muito mais competitiva do que as motas de série usadas pela maioria dos pilotos.

A marca italiana foi a única a ter autorização para rodar com os seus protótipos de MotoGP, por estar ainda em desenvolvimento.

Espargaró fez a melhor volta em 1.40,170 minutos, retirando 202 milésimas de segundo ao anterior melhor tempo, estabelecido pelo britânico Jonathan Rea (Kawasaki), na qualificação para o GP de Portugal de Superbikes de 2019.

O circuito apresentou-se já como novo asfalto.

"Foi fantástico. Fiquei surpreendido já com o nível de aderência do asfalto, com tão pouco tempo de ‘cura'. Melhorou volta após volta. Em comparação com o que anterior, a pista ficou muito mais plana e com menos ressaltos do que tinha. Temos aqui um circuito de ‘top’ para nos divertirmos com as MotoGP", frisou Miguel Oliveira, em declarações difundidas pela sua assessoria de imprensa.

Oliveira revelou que "todos estranharam" a pista lusa porque "é difícil de aprender".

"Quase todas as curvas são cegas. À primeira [tentativa] não é fácil ter noção das trajetórias. Depois entranha-se", frisou o piloto de Almada.

O piloto da KTM Tech3 revelou que "a opinião de todos [os pilotos] é que o circuito é fantástico e pronto para receber a MotoGP".

Já o espanhol Maverick Viñales (Yamaha) considerou que a pista algarvia "é diferente de tudo" o que os pilotos estão habituados, "por causa das diferentes elevações e porque grande parte das curvas são cegas".

"No geral, senti-me bastante bem. A pista é fantástica. Um grande desafio são os cavalinhos. E a última curva é incrível", disse.

Já o italiano Valentino Rossi (Yamaha) considerou que o traçado é "engraçado, mas assustador".

"Correr aqui é muito interessante, porque o circuito é lindo e exigente tecnicamente. Na televisão parecia pior, mas há três ou quatro pontos assustadores, devido às lombas, em que será difícil manter a mota colada ao chão", notou o antigo campeão mundial, de 41 anos.

Na quinta-feira, disputa-se a segunda sessão de testes no circuito algarvio.

Lusa