O ministro da Agricultura e Pescas entende que a Expofacic “é uma feira impressionante, que prova a força do território e, neste caso, do Município de Cantanhede”. De visita ao certame este sábado, 27 de julho, José Manuel Fernandes não poupou nos elogios, referindo que ao conciliar vários objetivos, a Expofacic “serve de montra e inspiração para Portugal e mostra também que somos capazes e resilientes”.
“A
minha presença neste certame traduz-se, desde logo, num obrigado a
todos os autarcas que promovem a competitividade e a coesão
territorial e muitas vezes fazem aquilo que competia ao Governo
fazer”, reforçou.
Acompanhado
pela presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio, pelo
presidente da INOVA-EM, Pedro Cardoso, bem como de autarcas de
freguesia, empresários agrícolas e representantes da Comissão de
Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e do Instituto da
Conservação da Natureza e das Florestas, o governante lembrou que
“a agricultura é também
gastronomia, património cultural, coesão territorial, indústria,
transformação, modernidade”,
fatores presentes naquela que é a maior feira-festa do país e que
termina no próximo dia 4 de agosto.
Helena Teodósio aproveitou a presença do governante em Cantanhede para dar conta da satisfação pelo facto de membros do Governo marcarem presença na Expofacic, sinal da sua importância e impacto.
“Esta festa tem uma componente de festival, mas é essencialmente uma feira agrícola, comercial e industrial, que incentiva a produção, que ajuda a criar riqueza e que tem um impacto enorme, não só em Cantanhede como na região e acredito que no país também”, enfatizou.
O governante esteve em Cantanhede no Dia do Agricultor, jornada técnica que integra a programação da Expofacic e que da parte da manhã reuniu responsáveis e agricultores no auditório do Centro Paroquial São Pedro.
Ao intervir na sessão de abertura, Helena Teodósio deu conta da “preocupação da Câmara Municipal em apoiar os produtores agrícolas, quer aos que já se encontram instalados, quer aos jovens que pretendem iniciar-se como empresários”.
Antes, porém, observou que apesar da efetiva modernização do setor nas últimas décadas, o que reverteu no aumento da produtividade e da qualidade dos produtos, “o sentimento geral é o de que a contrapartida desse esforço de modernização de décadas ainda não tenha revertido no retorno satisfatório e adequado ao nível dos rendimentos dos agricultores”.
“Não será preciso ser expert na matéria para perceber que há dois fatores que podem ajudar a aumentar esse retorno, desde logo a melhoria da eficiência dos processos e dos índices de rentabilidade, ou seja da competitividade do setor, mas também, a jusante disso, a melhoria da posição negocial dos produtores junto de quem domina os circuitos de distribuição, que é na prática quem impõem a lógica do mercado e influencia decisivamente os preços pagos na produção”, sublinhou.
Do programa do Dia do Agricultor constaram temas como “a importância das cooperativas para o desenvolvimento local” ou “O papel do associativismo na agricultura da região”.