quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Estudo da Nature mostra que plantas em zonas secas adotam estratégias de adaptação diferentes

 
Um estudo internacional em que participam Alexandra Rodríguez, Helena Castro e Jorge Durán, investigadores do Centro de Ecologia Funcional (CFE) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), mostra que as plantas em zonas secas adotam muitas estratégias de adaptação diferentes e que, surpreendentemente, essa diversidade aumenta com os níveis de aridez.

Acabado de publicar na prestigiada Nature, este estudo envolveu 120 cientistas de 27 países com o objetivo de entender como as plantas encontradas em terras áridas se adaptaram a esses habitats extremos. Durante oito anos, os cientistas recolheram amostras de várias centenas de parcelas de terras áridas selecionadas em seis continentes.

De acordo com Helena Castro «o isolamento dessas plantas em zonas mais áridas parece ter reduzido a competição entre as espécies, permitindo que elas expressem uma diversidade de formas e funções que é globalmente única, exibindo o dobro da diversidade encontrada em zonas mais temperadas».

«Este estudo lança uma nova luz sobre a nossa compreensão da arquitetura vegetal, adaptação vegetal a habitats extremos, colonização histórica de plantas em ambientes terrestres e a capacidade das plantas de responder às mudanças globais atuais», considera a Alexandra Rodríguez.

Os cientistas recolheram e processaram amostras de 301 espécies de plantas encontradas em 326 parcelas representativas de todos os continentes (exceto a Antártida) para caracterizar a diversidade funcional das zonas, gerando um total de 1347 conjuntos completos de observações de características para análise.

Inicialmente, pensava-se que a aridez reduziria a diversidade de plantas por meio de seleção, deixando apenas as espécies capazes de tolerar extrema escassez de água e stress por calor. No entanto, os especialistas descobriram que nas zonas mais secas do planeta as plantas exibem uma ampla gama de estratégias de adaptação.

«Por exemplo, algumas plantas desenvolveram altos níveis de cálcio, fortalecendo as paredes celulares como proteção contra a dessecação. Outras contêm altas concentrações de sal, reduzindo a transpiração. Embora sejam observadas menos espécies em escala local comparativamente a outras regiões do planeta, as plantas em zonas áridas exibem uma extraordinária diversidade de formas, tamanhos e funcionamento», garante Jorge Durán.

Esse aumento na diversidade de características ocorre abruptamente no ponto em que a quantidade de chuva diminui do limite anual de 400 mm. Este é também o limite para um declínio pronunciado na cobertura vegetal e o surgimento de grandes áreas de solo descoberto. Para explicar esse fenómeno, os autores do estudo sugerem que a perda da cobertura vegetal leva à síndrome da solidão vegetal, na qual o aumento do isolamento e a redução da competição por recursos produzem altos graus de singularidade de características e diversidade funcional que são globalmente excecionais.

«Este estudo revela a importância das terras secas como um reservatório global de diversidade funcional das plantas, fornecendo uma nova lente através da qual podemos ver a arquitetura vegetal, a adaptação das plantas a habitats extremos, a colonização histórica de plantas em ambientes terrestres e a capacidade das plantas de responder às mudanças globais atuais», concluem os especialistas.

O artigo científico “Unforeseen plant phenotypic diversity in a dry and grazed world” pode ser consultado aqui.

*Sara Machado
Assessora de Imprensa
Universidade de Coimbra• Faculdade de Ciências e Tecnologia

Alter do Chão |Obesidade infantil: DGS reúne no âmbito da Joint Action Health4EUkids


A Direção-Geral da Saúde (DGS) reuniu-se, no dia 25 de julho de 2024, com a Câmara Municipal de Alter do Chão, a Câmara Municipal de Portalegre e a Unidade Local de Saúde do Alto Alentejo, no âmbito da EU Joint Action Health4EUkids, com objetivo de implementar projetos-piloto no âmbito da promoção da saúde e prevenção da obesidade infantil a nível europeu.
Com esta reunião de trabalho pretendeu-se enquadrar a colaboração entre as várias instituições e definir as linhas de orientação futura.
O projeto da EU Joint Action Health4EUkids, que conta com a ação conjunta de 12 países da União Europeia, visa a transferência de conhecimento, a cooperação entre os Estados-Membros, o desenvolvimento de políticas e a promoção de estilos de vida saudável em famílias e comunidades.

ULSAALE
*José Rui Marmelo Rabaça

Católica Porto Business School lança curso de preparação para o concurso da Autoridade Tributária e Aduaneira

  Um programa pensado e desenhado para apoiar na preparação para o concurso de acesso à carreira de gestão e inspeção tributária e aduaneira. Com início marcado para 9 de setembro, o Curso de Preparação para o Concurso da Autoridade Tributária e Aduaneira pode decorrer em regime online ou presencial, na Católica Porto Business School.
Duarte Travanca, coordenador do curso de Preparação para o Concurso da Autoridade Tributária e Aduaneira da Católica Porto Business School, explica que “este programa pretende apoiar a preparação para o concurso de acesso à carreira de gestão e inspeção tributária e aduaneira/categoria de gestor tributário e aduaneiro, referente ao procedimento concursal comum de recrutamento para preenchimento de 390 postos de trabalho em regime de nomeação para a carreira de gestão e inspeção tributária e aduaneira/categoria de gestor tributário e aduaneiro, do mapa de pessoal da Autoridade Tributária e Aduaneira.
 
Dividido em duas grandes áreas - associadas à especificidade que carateriza a Administração Pública e a matérias específicas à área de atuação – ao longo de 76 horas os participantes vão ser expostos a temas como a organização Política e Administrativa do Estado; Noções gerais, organização e atividade administrativa; Ética e Deontologia no Serviço Público; Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados; Atribuições e competências próprias da Autoridade Tributária e Aduaneira; mas também ao enquadramento constitucional do sistema tributário português; Princípios gerais do sistema tributário português; Os impostos e direitos aduaneiros no sistema tributário português; Princípios gerais do comércio internacional e direito aduaneiro da União Europeia; Procedimento e processo tributário; Noções gerais de direito civil; Noções gerais de direito da União Europeia e de direito económico internacional; Princípios e conceitos contabilísticos fundamentais; Gestão fiscal das organizações; Sistemas e instrumentos de planeamento e controlo de gestão.
 
As sessões do Curso de Preparação para o Concurso da Autoridade Tributária e Aduaneira vão decorrer em formato híbrido, com os participantes a poderem optar pela frequência 'online' ou presencial na Católica Porto Business School, sem gravação assegurada.
 
*Fernanda Teixeira

 

 

Cantanhede | Programa de apoio à ação cultural. Quatro associações do concelho viram aprovadas candidaturas ao “Cultura ao Centro”


A Associação António Fragoso, Associação de Moradores da Praia da Tocha (AMPT), a Associação Cultural Lúcia-Lima e o Centro Cultural e Recreativo da Pena viram aprovadas as respetivas candidaturas ao programa de apoio à ação cultural, “Cultura ao Centro”, promovido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro.
Os programas “A música, a Aldeia e o tempo de António Fragoso”,CATRAIA - Marés de arte sustentável”;Virada Gandaresa”; e “Festa d'Anaia” foram aprovados através da medida dois, que visa estimular a alternância de projetos culturais e artísticos na região Centro.
“A música, a Aldeia e o tempo de António Fragoso” será realizado em Cantanhede e na Pocariça, nos dias 5 e 6 de setembro, com diversas iniciativas que vão homenagear António de Lima Fragoso, uma figura incontornável do panorama artístico e musical.
A “CATRAIA - Marés de arte sustentável” vai decorrer de 22 a 25 de agosto, na Praia da Tocha. Trata-se de um festival ecológico, com atividades variadas, como concertos, exposições, oficinas e palestras que visam despertar consciências e refletir os modelos de consumo e a poluição marinha.
A Lúcia-Lima Associação Cultural propõe-se retomar a iniciativa “Virada Gandaresa”, um evento multidisciplinar, que terá lugar na sua sede, em Cadima, no mês de dezembro. Este ano o programa inclui ciclo de cinema, concerto para bebés, prova de vinhos, performances, teatro, sessão de poesia musicada ao vivo, DJ sets, roda de conversa e um mercadinho permanente.
Já o Centro Cultural e Recreativo da Pena vai realizar, nos dias 11 e 12 de outubro, na localidade da Pena, União das Freguesias de Portunhos e Outil, a Festa d'Anaia”. Este festival nasceu em 2017 com intuito de trazer à região o que de melhor se faz na música nacional e internacional. É uma festa de todos e para todos os gostos, onde prima a diversidade.
Este apoio à ação cultural, promovido pela CCDR do Centro, pretende enriquecer a oferta cultural em áreas como teatro, dança, música, espetáculos multimédia e artes visuais, consolidar ciclos, mostras e festivais regionais de qualidade, capacitar comunidades locais por meio de participação ativa em projetos culturais e criar redes com parcerias entre equipamentos e agentes culturais não profissionais.
O “Cultura ao Centro” tem um orçamento global superior a 110 mil euros e os projetos apoiados serão executados até final de 2024.
Já a medida dois tem uma dotação de 40 mil euros, sendo que a CCDR apoia financeiramente a 100% o valor das despesas consideradas elegíveis da proposta apresentada, até um montante máximo de 1.500 euros por cada candidatura aprovada.
Os projetos aprovados a esta medida tiveram de obedecer a critérios específicos de apreciação, nomeadamente a adequação do projeto aos objetivos, ou seja, a articulação do trabalho em rede, diferentes atores culturais regionais e a capacidade de articular o projeto com outras áreas setoriais, designadamente educação, ciência e tecnologia, ambiente e ordenamento do território, turismo e solidariedade social.
A gestão e sustentabilidade financeira do projeto, assim como a qualidade e a sua relevância cultural, aferida pela inovação e originalidade, são outros dos critérios levados em consideração.
Outro dos fatores é o impacto e visibilidade do projeto no território, designadamente a utilização de ferramentas digitais, cartazes, programas e difusão na imprensa regional e/ou nacional.



Observador Cetelem | 86% dos portugueses não sabem o que é o euro digital


  • Apenas 5 em cada 10 já ouviram falar e 12% afirmam saber o que é o euro digital.
  • Porém, 3 em cada 10 percecionam que esta forma de pagamento eletrónico poderá ser positiva para a sociedade.
  • 3 em cada 4 estão disponíveis para aderir ao euro digital.
Após uma fase de investigação de dois anos, em novembro de 2023 o Banco Central Europeu deu início à fase de preparação do euro digital, que estabelecerá as bases para a potencial emissão deste método de pagamento electrónico, que se pretende que seja acessível a todos de forma gratuita. Como a moeda física atual, que continuará a existir, o objetivo é que seja utilizado em qualquer parte da zona euro, de forma segura e com privacidade, dando resposta a uma sociedade cada vez mais digital. Prevê-se que este seja armazenado numa carteira digital e permita efetuar todos os pagamentos habituais – numa loja, na Internet ou a outra pessoa – usando um computador, um telemóvel ou um cartão, online e offline.
Apesar do término da fase de preparação estar prevista apenas para 2025, altura em que se decidirá avançar ou não para uma próxima fase, o novo Observador Cetelem, marca comercial do grupo BNP Paribas Personal Finance, procurou saber até que ponto os portugueses já tomaram conhecimento sobre a possibilidade de vir a existir um euro digital. O estudo concluiu que, embora 5 em cada 10 inquiridos afirmem já ter ouvido falar sobre o tema, 42% destes não sabem exatamente do que se trata. Já 44% nunca ouviram falar sobre o tema. Quando se fala em euro digital os inquiridos associam a palavras como: dinheiro, facilidade, digitais, criptomoedas, moeda, moeda digital e dinheiro virtual.
Por outro lado, 48% dos inquiridos percepcionam que o conceito do euro digital ainda é desconhecido pela sociedade. No entanto, quando questionados, por exemplo, sobre a possibilidade de vir a tornar-se realidade a existência de um euro digital nos dispositivos móveis, 3 em cada 10 pessoas consideram que será positivo, sobretudo porque esperam que seja fácil de usar, seguro e prático. Porém, há quem perspective como potenciais pontos negativos a falta de conhecimento, algum risco de exclusão social e de ciberataques.
3 em cada 4 portugueses querem aderir ao euro digital
Perante a possibilidade de o euro digital vir a tornar-se uma realidade nos próximos anos, 3 em cada 4 dos portugueses mostram intenção de aderir à sua utilização, sendo que 16% afirmam querer fazê-lo imediatamente após a sua implementação e 58% talvez apenas depois de se informar melhor. Contudo, há uma percentagem significativa de portugueses que indicam que continuarão a dar preferência a usar dinheiro físico ou outros métodos de pagamento electrónicos.
Ainda assim, a atual percepção dos consumidores é de que euro digital possa vir a ser um dos meios de pagamento mais usados no futuro (tanto como os cartões físicos). De acordo com o inquérito, atualmente 81% afirmam já utilizar formas digitais de pagamento, sendo que a maioria utiliza regularmente estes métodos para pagar compras e despesas online.
De referir que a decisão sobre a emissão, ou não, do euro digital só será considerada quando estiver concluído o processo legislativo da União Europeia, o que deverá acontecer em outubro do próximo ano.
Envio toda a informação em anexo.

*Andreia Martins
Consultora Sénior de Comunicação

Algarvensis recebe visita dos membros do Conselho Executivo e peritos da Rede Mundial de Geoparques da UNESCO ao seu território


A Associação Geoparque Algarvensis (AGA) recebeu, entre os dias 2 e 5 de agosto, a 2ª Visita Técnica dos membros do Conselho Executivo da Rede Mundial de Geoparques da UNESCO, sendo um deles o Coordenador da Cátedra UNESCO de “Geoparques, Desenvolvimento Regional Sustentado e Estilos de Vida Saudáveis, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
Esta visita decorreu no território do aspirante Geoparque Algarvensis, na região do Algarve, nomeadamente nos concelhos de Loulé, Silves e Albufeira e teve como objetivo verificar o progresso feito no âmbito da candidatura a submeter no presente ano à UNESCO.
Foram apresentados aos peritos, o Ponto de Informação, já inaugurado e visitável no Mercado de Loulé, assim como os dois Pontos de Informação, em preparação, que estarão abertos ao público nos Concelhos de Silves e Albufeira. Foram visitados um total de 12 parceiros do Geoparque Algarvensis, entre os quais associações locais, alojamentos de turismo em espaço rural, restaurantes, empresas marítimo-turísticas e apresentados alguns dos projetos para a promoção do património geológico, natural e cultural deste aspirante Geoparque.
O aspirante Geoparque Algarvensis é uma área territorial com limites bem definidos, que, possuindo um património geológico de grade relevo a nível nacional e internacional, alia uma estratégia de geoconservação e um conjunto de políticas de educação e sensibilização ambiental, à promoção de um desenvolvimento socioeconómico sustentável baseado em atividades de geoturismo, envolvendo as comunidades locais, contribuindo para a valorização e promoção dos produtos locais.
Oficializado em 2019 como aspirante a Geoparque Mundial da UNESCO, junto da Comissão Nacional da UNESCO, é membro observador na Rede Portuguesa de Geoparques Mundiais da UNESCO, tendo iniciado de imediato um trabalho de sensibilização junto das populações locais sobre o conceito de Geoparque em todo o seu território, estando a preparar o dossier de formalização da respetiva candidatura à Rede Mundial de Geoparques da UNESCO.
O aspirante Geoparque Algarvensis é um território identitário, inspirador, transformador e pertença, que convida a visitar, fixar e investir, de forma consciente e em harmonia com os valores naturais e culturais. É em suma, uma estratégia de desenvolvimento territorial para vivenciar o território, legando-o às gerações vindouras.
Mais informação disponível em https://geoparquealgarvensis.pt/

7 de agosto de 2024
*Aspirante Geoparque Algarvensis

Adesão de Aveiro à Rede Portuguesa de Arte Contemporânea; Protocolo de Cooperação que assinala os 50 anos da UA e a iniciativa Aveiro 2024

I – Adesão de Aveiro à Rede Portuguesa de Arte Contemporânea
Na Reunião de Câmara desta quinta-feira, dia 08 de agosto, o Executivo Municipal vai deliberar sobre a adesão da Câmara de Aveiro à Rede Portuguesa de Arte Contemporânea, uma opção estratégica importante, para a projeção do território e dos equipamentos culturais, ao nível da criação artística contemporânea em Portugal.
Reforçada pela iniciativa Aveiro 2024 – Capital Portuguesa da Cultura, a adesão à Rede Portuguesa de Arte Contemporânea posiciona e consolida Aveiro e os agentes locais como centros produtores e difusores de arte contemporânea, que contribui para consubstanciar o principio da descentralização da atividade cultural e da criação de novas centralidades que valorizam o território nacional, corrigem assimetrias e contribuem para a capacitação da comunidade.

A inclusão neste grupo restrito potencia também a Coleção de Arte Contemporânea do Estado que se encontra em depósito no Município, um dos centros dinamizadores dessa coleção e, simultaneamente, detentor de competências comprovadas na sua gestão, salvaguarda e valorização.

II – Câmara de Aveiro e Universidade de Aveiro celebram Protocolo de Cooperação que assinala os 50 anos da instituição e a iniciativa Aveiro Capital Portuguesa da Cultura 2024

A Câmara Municipal de Aveiro (CMA) e a Universidade de Aveiro vão celebrar um Protocolo de Cooperação institucional enquadrado pelo Programa de Comemoração dos 50 anos da Universidade de Aveiro (UA) e da iniciativa Aveiro Capital Portuguesa da Cultura 2024.

A ideia base dessa cooperação reside no apoio mútuo à dinamização de iniciativas de cariz cultural e artístico, com disponibilização de recursos humanos, infraestruturas técnicas e logísticas, equipamentos necessários, bem como a devida divulgação e promoção dos eventos afectos ao Programa de comemoração dos 50 anos da UA e da iniciativa Aveiro Capital Portuguesa da Cultura 2024.

A programação conjunta pode ser consultada nas agendas trimestrais de Aveiro Capital Portuguesa da Cultura 2024 e está em atualização permanente no sítio oficial na internet: www.aveiro2024.pt<http://www.aveiro2024.pt/> .

*Simão Santana
Adjunto do Presidente da Câmara Municipal de Aveiro