Em 2016, a Europol tem registo de 142 ataques terroristas falhados, planeados e concretizados em oito países da União Europeia. Mais de metade (76) foram reportados pelo Reino Unido.
França reportou 23 ataques, Itália 17, Espanha dez, Grécia seis, Alemanha cinco, Bélgica quatro e a Holanda um.
No ano passado, 142 pessoas morreram em ataques terroristas na União Europeia (UE) e 379 ficaram feridas, segundo um relatório da Europol divulgado esta quinta-feira.
A maioria da atividade terrorista reportada e as vítimas causadas deveram-se a ataques terroristas realizados por jiadistas (combatentes radicais que defendem a guerra santa muçulmana).
Em 40% dos ataques foram utilizados explosivos e destaca-se o crescente envolvimento de mulheres e jovens na concretização de ataques individuais na UE.
A Europol destaca o crescimento das detenções relacionadas com terrorismo jiadista pelo terceiro ano consecutivo. No mesmo sentido, o centro europeu de contraterrorismo realizou 127 investigações em 2016.
O 10.º relatório anual sobre terrorismo na UE, que a Europol divulga desde 2007, revela um grande número de ataques realizados por separatistas extremistas (99). Os ataques realizados por elementos violentos de extrema-esquerda têm aumentado desde 2014 e atingiram os 27 em 2016, na maioria (16) em Itália.
Apesar de o número de ataques terroristas jiadistas ter diminuído de 17 em 2015 para 13 em 2016, seis dos quais associados ao grupo Estado Islâmico, 135 das 142 vítimas mortais registadas sucumbiram em atentados jiadistas.
"Os recentes ataques em Londres, Manchester e Paris representam uma clara mudança na intenção e capacidade de concretizar estes atos de terror com o objetivo de chamar a atenção do mundo", sublinha Michael Farrugia, ministro de Segurança Interna de Malta, país que atualmente assume a presidência da UE.
"Os recentes ataques terroristas na Europa são um lembrete para a necessidade de todos nós trabalharmos mais próximos e com confiança. A confiança é a base de uma cooperação efetiva", defende Dimitris Avramopoulos, comissário europeu das migrações e assuntos internos.
"Combater o terrorismo vai continuar no topo das nossas prioridades políticas comuns no futuro, não só na Europa como globalmente. Pela segurança dos nossos cidadãos e a coesão das nossas sociedades, temos de aumentar a nossa partilha de informação e cooperação fronteiriça a todos os níveis", apela o comissário, no relatório da Europol.
Fonte: JN
Foto: FACUNDO ARRIZABALAGA/EPA
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