O último balanço foi feito ao final da manhã pelas autoridades britânicas e indica a existência de 75 feridos.
O incêndio, que deflagrou na madrugada desta quarta-feira e cujas chamas atingiram uma intensidade sem precedentes, segundo a polícia, consumindo o edifício de apartamentos de 24 andares em poucas horas, levou a que, em desespero, para os salvar, residentes atirassem um bebé e outras crianças pequenas de janelas dos pisos mais altos para pessoas que se encontravam no passeio e as apanharam, relataram testemunhas.
Mais de 200 bombeiros combateram as chamas que iluminavam o céu noturno da capital britânica, enquanto o fumo negro que saia pelas janelas se tornou visível num raio de quilómetros quando a manhã chegou, revelando a estrutura calcinada do prédio, ainda a arder mais de 12 horas depois.
Um sobrevivente disse que o alarme de incêndio não disparou, sustentando os argumentos de um grupo da comunidade que há alguns meses apenas tinham alertado para a eventualidade de uma catástrofe no bloco de habitação subsidiada.
"Este é um incidente sem precedentes: nos meus 29 anos enquanto bombeira, nunca, nunca vi nada desta dimensão", disse a comissária dos bombeiros, Dany Cotton, à imprensa, acrescentando recear que sejam encontradas mais vítimas ainda dentro da torre, onde cerca de 600 pessoas residiam em 120 apartamentos, mas afastando a hipótese de um desabamento do edifício.
Desconhece-se, por enquanto, a causa do incêndio, mas residentes indignados indicaram ter alertado as autoridades locais para problemas que poderiam causar incêndios na Grenfell Tower.
O edifício de habitação social, construído em 1974, foi submetido a obras orçadas em 8,6 milhões de libras (9,7 milhões de euros) e concluídas em maio do ano passado, de acordo com o Royal Borough of Kensington and Chelsea.
Fonte: TSF
Foto: Peter Nicholls/ Reuters
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