quinta-feira, 15 de junho de 2017

BANCA & FINANÇAS CGD avança com rescisões procurando solução para diferentes regimes sociais

A Caixa Geral de Depósitos quer levar até 22 de Junho o programa de rescisões a reunião do conselho de administração. E está a oferecer 2,1 meses por cada ano a quem esteja na Caixa Geral de Aposentações e 1,6 salários mensais por ano aos da segurança social.

CGD avança com rescisões procurando solução para diferentes regimes sociais
A Caixa Geral de Depósitos tem de reduzir até 2020 um total de 2.200 postos de trabalho, para ficar com cerca de 6.650 funcionários, no âmbito do plano de recapitalização acordado com Bruxelas.

Tendo já admitido que teria de reduzir o quadro de pessoal em cerca de 500-600 pessoas por ano, até agora conseguiu, através de reformas e pré-reformas, o acordo para a saída de 330-350 pessoas. O que levará o banco ao lançamento de um programa de rescisões por mútuo acordo.

Esta quarta-feira, 14 de Junho, a administração da Caixa esteve reunida com os sindicatos por causa desse programa de rescisões, a quem foi dito que pretende levar o projecto ao conselho de administração do banco até 22 de Junho. Mas, para isso, terá de desenhar um plano que equalize os vários regimes sociais existentes na Caixa Geral de Depósitos. 


É que consoante estejam inscritos na Caixa Geral de Aposentações ou na Segurança Social, os regimes dos trabalhadores do banco diferem. Por exemplo, os primeiros não têm direito ao subsídio de desemprego. Há ainda um outro regime distinto, na saúde, para os trabalhadores que foram do BNU. 
Neste momento, segundo fonte sindical, a Caixa está a analisar a situação para verificar a melhor solução para cada um dos casos. 

Aos sindicatos, o banco até admitiu que pediu o estatuto de empresa em reestruturação ao Ministério do Trabalho para que as quotas de rescisões que dão acesso ao subsídio de desemprego sejam maiores. Mas, diz a mesma fonte sindical ao Negócios, "é preciso resolver o problema de quem não tem acesso [ao subsídio de desemprego]".

Rui Riso, presidente do Sindicato Bancário do Sul e Ilhas, admite que este programa de rescisões poderá ser massivo, mas não quantifica a possibilidade de acordo. Mas tendo em conta as metas conhecidas e que a CGD está obrigada, poderá atingir um número elevado de trabalhadores.

A Lusa avança, por outro lado, que os trabalhadores que queiram aderir a este programa, e que descontam para a Caixa Geral de Aposentações, terão direito a uma indemnização de 2,1 meses por cada ano de trabalho, no máximo de cinco anos, e aos trabalhadores que descontam para a segurança social serão oferecidos 1,6 meses por cada ano de serviço, também no máximo de cinco salários. Os trabalhadores poderão ainda manter algumas vantagens de crédito à habitação e serviços de saúde.

Fonte:Jornal de Negócios
Maria João Gago 14 de junho de 2017 às 21:49

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