Uma equipa coordenada pelo investigador André Pacheco, do Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA) da Universidade do Algarve, instalou, com sucesso, um dispositivo de extracção de energia das correntes de maré, nas imediações da Barra de Faro-Olhão, com o objectivo de avaliar a viabilidade de produção de energia das marés na Ria Formosa.
A partir de agora, o dispositivo ficará a ser testado ao longo de quatro meses o que permitirá avaliar a eficiência do projecto, bem como os eventuais impactos que possa ter sobre as comunidades ecológicas, os padrões de transporte de sedimentos e a circulação de água.
A energia das marés pode vir a ter um grande incremento e importância no futuro, uma vez que pode ser prevista durante séculos, quer do ponto de vista de tempo de ocorrência, quer de magnitude, é limpa e não se esgota, em contraste com a imprevisibilidade de outras energias renováveis.
Esta experiência está a ser levada a cabo no âmbito do projecto SCORE, que integra investigadores do CIMA, do Centro de Ciências do Mar (CCMAR) e do Centro de Investigação sobre o Espaço e Organizações (CIEO) da Universidade do Algarve.
O SCORE foi pensado para contribuir para a abertura de novas linhas de investigação em energias renováveis marinhas na Universidade do Algarve, nomeadamente promovendo a Ria Formosa como local de teste de dispositivos de extracção de energia marinha, como uma fonte de energia sustentável e alternativa para o fornecimento energético regional/local.
Concretamente, com este teste real pretende obter-se dados de desempenho do dispositivo, de forma a poder validar modelos hidrodinâmicos para estimar a capacidade de produção de energia à escala comercial; prever o potencial impacto de extracção de energia das marés em meios estuarinos; e avaliar o custo-benefício de projectos desta natureza.
Fonte: O Algarve Económico
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