segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Família sul-africana investe 4 milhões de euros no negócio do vinho e da cerveja

Uma família sul-africana de ascendência portuguesa está a investir cerca de 4 milhões de euros no concelho de Lagoa num projecto empresarial que envolve a produção de vinho e cerveja e conta ainda com vertentes de restauração e turística.
O empreendimento, a Quinta dos Arcos, que está em fase final de construção, desenvolve-se num terreno de cerca de 3 hectares situado na zona das Sesmarias e foi escolhido pela Câmara de Lagoa para uma visita que teve como objectivo assinalar o Dia Europeu do Enoturismo.
De acordo com Eugene dos Santos, a ideia inicial quando a sua família adquiriu o terreno era ter algo para desenvolver quando ele e a mulher se reformassem, mas, entretanto, a ideia evoluiu para um projecto concreto de negócio que envolve a toda a família: a sua esposa, Ann, e os filhos Greg e Kyle.
Um dos edifícios é constituído pela adega e por uma loja, onde, para além de produtos próprios da Quinta dos Arcos, vão estar disponíveis trabalhos de artesãos locais.
Em frente, ergue-se outro edifício, que integra a fábrica de cerveja e o tapas-bar, que tem capacidade para receber cerca de 100 pessoas, e onde se podem consumir as bebidas feitas na ‘casa’ e petiscos típicos portugueses.
Aliás, todo o projecto foi concebido tendo em atenção a cultura, a tradição e as raízes portuguesas, diz Ann dos Santos. O pátio interior foi “inspirado nos conventos algarvios”, o chão é coberto por calçada portuguesa, nas paredes optou-se pelo “reboque rústico ao estilo antigo”, o que até trouxe alguns problemas, uma vez que, actualmente, já poucos pedreiros utilizam esta arte.
Também na construção da adega as tradições algarvias foram respeitadas, uma vez que, refere Eugene, “recupera os métodos mais tradicionais de fazer vinho”, contando, inclusivamente, com dois lagares em pedra para fazer a pisa tradicional.

Entre os dois edifícios situa-se o parque de estacionamento, que não vai ser ‘enfeitado’ por palmeiras ou outras árvores que têm pouco a ver com a região, mas apenas por oliveiras.
A complementar tudo isto, a família vai ter uma componente turística. Aníbal Neto, que está a coordenar o projecto, diz que “já existia uma casa antiga que foi completamente recuperada e vai servir para acolher turistas”. Futuramente, vai ser construída a casa de família num outro ponto da propriedade, que contará com duas suites que também serão utilizadas como unidades de alojamento.
Fonte: O Algarve Económico

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