Terminou no dia 24 de setembro o estágio da Seleção Nacional feminina em Proença-a-Nova, depois de quatro dias de estadia no concelho e dois jogos disputados frente à Seleção Distrital da Associação de Futebol de Castelo Branco, com parciais de 16-0 e 8-0 favoráveis à Seleção Nacional. Madjer, coordenador geral da modalidade de Futebol de Praia, que esteve presente em todos os momentos do estágio deixou algumas considerações sobre a evolução do futebol de praia feminino e da importância que a aposta dos Municípios pode desempenhar para o crescimento sustentado desta categoria.
Enquanto jogador, Madjer foi considerado por muitos como o melhor jogador da história do futebol de praia. Agora retirado dos areais e na condição de coordenador-geral da modalidade, Madjer aponta à melhoria de condições para se praticar futebol de praia, um pouco por todo o país: “o objetivo destas dinâmicas é criar condições para equipas regionais participarem em campeonatos e provas nacionais. A Federação Portuguesa de Futebol tem todo o prazer em ajudar a trazer mais praticantes para a modalidade”, afirmou.
“As miúdas têm de se sentir motivadas, isso é o mais importante. Isto é um momento histórico, embora não com o mediatismo que deveria ter. É a primeira vez que a Seleção Nacional está a jogar contra uma Seleção Regional. Para além disso, a faixa etária que aqui está representada é muito baixa, o que não se vê em muitos sítios”, explicou o antigo internacional português.
Também ex-jogador e companheiro de seleção de Madjer, o atual selecionador nacional feminino, Alan Cavalcanti, também encara com positivismo o aumento de estágios em zonas do Interior do país: “quanto mais jogos os Municípios organizarem com as seleções locais, mais vão ajudar a que eu possa fazer o meu trabalho e desenvolver o futebol de praia feminino da melhor forma possível. O apoio que o Município e o distrito têm dado é fundamental nesse sentido”.
Catarina Rondão, treinadora da Seleção Distrital olha para esta oportunidade como “uma grande experiência”. Para a selecionadora regional, “o contacto com quem sabe mais e de quem está no terreno é sempre uma grande motivação. Estar ao lado de referências nacionais é bastante gratificante e por isso os resultados pouco importam”.
A treinadora, que tem desenvolvido trabalho a liderar a equipa do GD Valverde aponta ainda às características humanas da sua seleção: “temos uma equipa muito jovem, com bastante atitude, vontade e uma humildade enorme. Há muita margem de evolução, a todos os níveis. É algo de extraordinário o que aconteceu aqui em Proença-a-Nova. Estas miúdas vão passar a ter uma visão diferente do desporto, por terem a possibilidade de trabalhar de forma direta com os melhores do mundo”, enalteceu.
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