quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Moçambique | BAD entra na Área 1 com 400 milhões de dólares, financiamento completo do projecto só em 2020

Como era expectável o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) aprovou um financiamento de 400 milhões de dólares à favor do consórcio que vai explorar o gás natural existente no Campo Golfinho/Atum da Área 1, na Bacia do Rovuma. A expectativa da instituição financeira é catalisar os financiamentos que a ENH procura para assegurar a participação directa de Moçambique no projecto.

Embora a Decisão Final de realizar o maior Investimento privado de África tenha sido tomada a 18 de Junho passado as petrolíferas que fazem parte do Consórcio Mozambique LNG1 Financing Company Ltd ainda estão a procura de financiamento bancários para o projecto que vai tornar o nosso país num dos maiores exportadores de Gás Natural Liquefeito.

À parte da porção que é investida com fundos próprios das petrolíferas accionistas do Consórcio pouco mais de 14 biliões dólares serão garantidos por instituições bancárias. O Banco de Exportação e Importação (EXIM Bank) dos Estados Unidos da América foi o primeiro a assegurar 5 biliões de dólares enquanto se aguarda financiamentos de agências de exportação do Japão, da Tailândia e Índia e de bancos comerciais para o projecto.

Diante das dificuldades da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) obter financiamentos o BAD, instituição onde Moçambique é accionista, decidiu tornar-se catalisador da operação financeira investindo 400 milhões de dólares, anunciou nesta terça-feira (26) o banco em comunicado.

“Através da sua participação o Banco Africano de Desenvolvimento demonstra o seu papel de liderança no apoio à transformação de África. O efeito catalítico causado pelo banco tem como objetivo estratégico ajudar a transformar Moçambique de uma nação em desenvolvimento para uma nação desenvolvida”, declarou o presidente do BAD, Akinwumi Adesina.

O financiamento global do projecto que vai explorar o gás natural existente no Campo Golfinho/Atum da Área 1 só deverá ficar concluído em 2020.

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique

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