O CTCV promoveu nas suas instalações, em Coimbra, mais um Open Day técnico dedicado ao setor da louça utilitária e decorativa. Sob o tema “Normalização e Mercado”, o evento reuniu especialistas e profissionais da indústria para refletir sobre os fatores que estão a transformar um setor onde Portugal lidera a nível europeu e se posiciona entre os maiores produtores mundiais.
A sessão de abertura ficou a cargo de Helena Teixeira, do CTCV e secretária da CT202 – Comissão Técnica de Normalização para Louça Cerâmica Utilitária. Na sua intervenção, destacou o papel essencial da normalização na definição de requisitos de qualidade, segurança e sustentabilidade, permitindo às empresas alinhar-se com as exigências regulatórias nacionais e internacionais, onde Portugal lidera a nível europeu, ocupando o primeiro lugar e se posiciona entre os maiores produtores mundiais de louça, ocupando o segundo lugar, depois da China, como maior produtor mundial.
Sublinhou ainda que a participação ativa nas comissões técnicas oferece às empresas uma oportunidade estratégica para influenciar normas, antecipar tendências e aceder a redes de conhecimento com impacto direto na competitividade e inovação.
A tarde prosseguiu com apresentações técnicas em áreas-chave para o futuro do setor. Marta Ferreira abordou as implicações da nova diretiva europeia sobre relato de sustentabilidade (CSRD), reforçando a importância da rotulagem ecológica na valorização de produtos sustentáveis e na resposta às exigências dos consumidores. Ana Sofia Amaral explorou o papel crescente das auditorias sociais e ambientais — como a SMETA ou a ICS — enquanto instrumentos de transparência e credibilidade nas cadeias de abastecimento globais.
Marisa Almeida e Milene Lopes apresentaram os princípios da economia circular e os dados mais recentes sobre a pegada de carbono do setor cerâmico, alertando para a necessidade de repensar processos e integrar subprodutos e matérias-primas secundárias na produção. Samuel Moreira demonstrou como a simulação de ciclos térmicos permite reduzir consumos energéticos sem comprometer a qualidade do produto, promovendo a eficiência e a descarbonização.
A Inovação Tecnológica aplicada a novos processos de manufatura de produtos cerâmicos e design disruptivos, esteve em destaque com Hélio Jorge, que apresentou soluções de manufatura aditiva com tecnologias como robocasting e binder jetting, e o uso do design generativo suportado por algoritmos de inteligência artificial para desenvolver peças cerâmicas mais complexas, sustentáveis e inovadoras.
O evento encerrou com uma sessão de debate aberta às empresas, que sublinhou a importância da colaboração e participação ativa da indústria, para consolidar a liderança da louça portuguesa no mercado global, que integra tradição, inovação e responsabilidade ambiental.
O CTCV é um Centro de Tecnologia e Inovação e tem o apoio do PRR, da República Portuguesa e da NextGenerationEU.
*Nuno Nossa
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Digam algo, pf
CTCV debate o futuro da louça utilitária e decorativa com foco na normalização, sustentabilidade e inovação
O CTCV promoveu nas suas instalações, em Coimbra, mais um Open Day técnico dedicado ao setor da louça utilitária e decorativa. Sob o tema “Normalização e Mercado”, o evento reuniu especialistas e profissionais da indústria para refletir sobre os fatores que estão a transformar um setor onde Portugal lidera a nível europeu e se posiciona entre os maiores produtores mundiais.
A sessão de abertura ficou a cargo de Helena Teixeira, coordenadora do Sistema de Gestão e Melhoria do CTCV e secretária da CT202 – Comissão Técnica de Normalização para Louça Cerâmica Utilitária. Na sua intervenção, destacou o papel essencial da normalização na definição de requisitos de qualidade, segurança e sustentabilidade, permitindo às empresas alinhar-se com as exigências regulatórias nacionais e internacionais. Sublinhou ainda que a participação ativa nas comissões técnicas oferece às empresas uma oportunidade estratégica para influenciar normas, antecipar tendências e aceder a redes de conhecimento com impacto direto na competitividade e inovação.
A tarde prosseguiu com apresentações técnicas em áreas-chave para o futuro do setor. Marta Ferreira abordou as implicações da nova diretiva europeia sobre relato de sustentabilidade (CSRD), reforçando a importância da rotulagem ecológica na valorização de produtos sustentáveis e na resposta às exigências dos consumidores. Ana Sofia Amaral explorou o papel crescente das auditorias sociais e ambientais — como a SMETA ou a ICS — enquanto instrumentos de transparência e credibilidade nas cadeias de abastecimento globais.
Marisa Almeida e Milene Lopes apresentaram os princípios da economia circular e os dados mais recentes sobre a pegada de carbono do setor cerâmico, alertando para a necessidade de repensar processos e integrar subprodutos e matérias-primas secundárias na produção. Samuel Moreira demonstrou como a simulação de ciclos térmicos permite reduzir consumos energéticos sem comprometer a qualidade do produto, promovendo a eficiência e a descarbonização.
A componente tecnológica esteve em destaque com Hélio Jorge, que apresentou soluções de manufatura aditiva com tecnologias como robocasting e binder jetting, e o uso do design generativo suportado por algoritmos de inteligência artificial para desenvolver peças cerâmicas mais complexas, sustentáveis e inovadoras.
O evento encerrou com uma sessão de debate aberta às empresas, que sublinhou a importância da colaboração para consolidar a liderança da louça portuguesa no mercado global, integrando tradição, inovação e responsabilidade ambiental.
O CTCV é um Centro de Tecnologia e Inovação e tem o apoio do PRR, da República Portuguesa e da NextGenerationEU.
*Nuno Nossa