quarta-feira, 9 de julho de 2025

CTCV debate o futuro da louça utilitária e decorativa com foco na normalização, sustentabilidade e inovação

O CTCV promoveu nas suas instalações, em Coimbra, mais um Open Day técnico dedicado ao setor da louça utilitária e decorativa. Sob o tema “Normalização e Mercado”, o evento reuniu especialistas e profissionais da indústria para refletir sobre os fatores que estão a transformar um setor onde Portugal lidera a nível europeu e se posiciona entre os maiores produtores mundiais.
A sessão de abertura ficou a cargo de Helena Teixeira, do CTCV e secretária da CT202 – Comissão Técnica de Normalização para Louça Cerâmica Utilitária. Na sua intervenção, destacou o papel essencial da normalização na definição de requisitos de qualidade, segurança e sustentabilidade, permitindo às empresas alinhar-se com as exigências regulatórias nacionais e internacionais, onde Portugal lidera a nível europeu, ocupando o primeiro lugar e se posiciona entre os maiores produtores mundiais de louça, ocupando o segundo lugar, depois da China, como maior produtor mundial.
Sublinhou ainda que a participação ativa nas comissões técnicas oferece às empresas uma oportunidade estratégica para influenciar normas, antecipar tendências e aceder a redes de conhecimento com impacto direto na competitividade e inovação.
A tarde prosseguiu com apresentações técnicas em áreas-chave para o futuro do setor. Marta Ferreira abordou as implicações da nova diretiva europeia sobre relato de sustentabilidade (CSRD), reforçando a importância da rotulagem ecológica na valorização de produtos sustentáveis e na resposta às exigências dos consumidores. Ana Sofia Amaral explorou o papel crescente das auditorias sociais e ambientais — como a SMETA ou a ICS — enquanto instrumentos de transparência e credibilidade nas cadeias de abastecimento globais.
Marisa Almeida e Milene Lopes apresentaram os princípios da economia circular e os dados mais recentes sobre a pegada de carbono do setor cerâmico, alertando para a necessidade de repensar processos e integrar subprodutos e matérias-primas secundárias na produção. Samuel Moreira demonstrou como a simulação de ciclos térmicos permite reduzir consumos energéticos sem comprometer a qualidade do produto, promovendo a eficiência e a descarbonização.
A Inovação Tecnológica aplicada a novos processos de manufatura de produtos cerâmicos e design disruptivos, esteve em destaque com Hélio Jorge, que apresentou soluções de manufatura aditiva com tecnologias como robocasting e binder jetting, e o uso do design generativo suportado por algoritmos de inteligência artificial para desenvolver peças cerâmicas mais complexas, sustentáveis e inovadoras.
O evento encerrou com uma sessão de debate aberta às empresas, que sublinhou a importância da colaboração e participação ativa da indústria, para consolidar a liderança da louça portuguesa no mercado global, que integra tradição, inovação e responsabilidade ambiental.
O CTCV é um Centro de Tecnologia e Inovação e tem o apoio do PRR, da República Portuguesa e da NextGenerationEU.

*Nuno Nossa

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Digam algo, pf

CTCV debate o futuro da louça utilitária e decorativa com foco na normalização, sustentabilidade e inovação
O CTCV promoveu nas suas instalações, em Coimbra, mais um Open Day técnico dedicado ao setor da louça utilitária e decorativa. Sob o tema “Normalização e Mercado”, o evento reuniu especialistas e profissionais da indústria para refletir sobre os fatores que estão a transformar um setor onde Portugal lidera a nível europeu e se posiciona entre os maiores produtores mundiais.
A sessão de abertura ficou a cargo de Helena Teixeira, coordenadora do Sistema de Gestão e Melhoria do CTCV e secretária da CT202 – Comissão Técnica de Normalização para Louça Cerâmica Utilitária. Na sua intervenção, destacou o papel essencial da normalização na definição de requisitos de qualidade, segurança e sustentabilidade, permitindo às empresas alinhar-se com as exigências regulatórias nacionais e internacionais. Sublinhou ainda que a participação ativa nas comissões técnicas oferece às empresas uma oportunidade estratégica para influenciar normas, antecipar tendências e aceder a redes de conhecimento com impacto direto na competitividade e inovação.
A tarde prosseguiu com apresentações técnicas em áreas-chave para o futuro do setor. Marta Ferreira abordou as implicações da nova diretiva europeia sobre relato de sustentabilidade (CSRD), reforçando a importância da rotulagem ecológica na valorização de produtos sustentáveis e na resposta às exigências dos consumidores. Ana Sofia Amaral explorou o papel crescente das auditorias sociais e ambientais — como a SMETA ou a ICS — enquanto instrumentos de transparência e credibilidade nas cadeias de abastecimento globais.
Marisa Almeida e Milene Lopes apresentaram os princípios da economia circular e os dados mais recentes sobre a pegada de carbono do setor cerâmico, alertando para a necessidade de repensar processos e integrar subprodutos e matérias-primas secundárias na produção. Samuel Moreira demonstrou como a simulação de ciclos térmicos permite reduzir consumos energéticos sem comprometer a qualidade do produto, promovendo a eficiência e a descarbonização.
A componente tecnológica esteve em destaque com Hélio Jorge, que apresentou soluções de manufatura aditiva com tecnologias como robocasting e binder jetting, e o uso do design generativo suportado por algoritmos de inteligência artificial para desenvolver peças cerâmicas mais complexas, sustentáveis e inovadoras.
O evento encerrou com uma sessão de debate aberta às empresas, que sublinhou a importância da colaboração para consolidar a liderança da louça portuguesa no mercado global, integrando tradição, inovação e responsabilidade ambiental.
O CTCV é um Centro de Tecnologia e Inovação e tem o apoio do PRR, da República Portuguesa e da NextGenerationEU.

*Nuno Nossa

Alvaiázere Recupera o Parque de Lazer e Recreio de Almoster Danificado pelos Incêndios de 2022, Com Apoio do Fundo de Emergência Municipal


A recuperação do Parque de Recreio e Lazer de Almoster assume um significado ainda mais profundo por se tratar da reabilitação de um espaço severamente danificado pelos incêndios de 2022, que devastaram uma parte significativa da zona verde e deixaram o parque inutilizável desde então.
Com este projeto, a autarquia não só devolve à população um espaço essencial para o convívio, o lazer e o bem-estar, como também reafirma o seu compromisso com a reconstrução e valorização do território, apostando em soluções inclusivas, sustentáveis e que respeitam a identidade local.

O projeto foi comparticipado pelo Fundo de Emergência Municipal, com 55,86% do valor elegível financiado pelo Orçamento de Estado, correspondente a 163.408,63 euros, e os restantes 44,14% suportados pelo Município, num montante de 129.123,83 euros, totalizando um investimento total de 292 532.46 euros.

Esta intervenção é um símbolo da determinação da autarquia em dar resposta aos desafios com soluções sólidas, sustentáveis e orientadas para o futuro. Representa, também, um exemplo claro da política de proximidade do Município, assente no apoio direto às juntas de freguesia e na valorização equilibrada de todo o território concelhio.

*Gabinete de Apoio à Presidência


Proença-a-Nova | Bibliomóvel representada no Festival Utopia na Colômbia


A Bibliomóvel do Município de Proença-a-Nova, reconhecida pela sua ação de proximidade na promoção da leitura, vai marcar presença na primeira edição internacional do Festival Utopia, que se realiza de 24 a 27 de julho, em Medellín, na Colômbia.

Nuno Marçal, responsável pela Bibliomóvel de Proença-a-Nova, irá participar neste Festival na sessão dedicada a Redes e Projetos Colaborativos, agendada para domingo, 27 de julho, nos Claustros de San Ignacio. A sua intervenção integra a primeira parte da sessão, dedicada à apresentação de projetos e debate, ao lado de iniciativas e entidades de referência como o projeto Palabras Rodantes (Comfama), a DGLAB, a Fundalectura, o Laboratorio del Espíritu e a rede ENTALE.
Na segunda parte desta sessão, realizar-se-á uma mesa de diálogo institucional com a presença de Ricardo Rio, Presidente da Câmara Municipal de Braga; Adelina Paula Pinto, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Guimarães; representantes da Comfama, da Subsecretaria da Cultura de Medellín e do Diretor do Festival, Paulo Ferreira.

Esta participação representa não só o reconhecimento do trabalho desenvolvido pelo Município na área das bibliotecas itinerantes, como também uma oportunidade de diálogo e partilha com projetos congéneres da Colômbia e de outros municípios portugueses presentes no evento.

A presença da Bibliomóvel de Proença-a-Nova neste encontro internacional reforça o posicionamento do Município enquanto exemplo de boas práticas em projetos de promoção da leitura, mobilidade cultural e inclusão social.

*Andreia Gonçalves
Unidade de Comunicação, Turismo e Eventos

Coimbra: Mudar Mesmo - programa do fórum autárquico a 13 de julho


A candidatura autárquica do Bloco de Esquerda ao concelho de Coimbra, promove um fórum de debate de ideias e propostas no dia 13 de julho, no Exploratório UC, sob o lema Mudar Mesmo.

Divulgamos o programa.
Para mais informações: José Manuel Pureza (962471130)

COIMBRA: MUDAR MESMO!
Fórum de Ideias e Propostas
13 de Julho - Exploratório
10:00 – 11:45: Uma Coimbra habitável: ambiente, habitação, mobilidade

José António Bandeirinha, arquiteto
Ana Drago, socióloga
Maria Paixão, professora universitária
Moderadora: Ana Carolina Gomes

11:45 – 13:30: Uma Coimbra para toda a gente: inclusão, diversidade, cultura
Guilherme Nogueira, advogado
Catarina Vitorino, psicóloga
Pedro Rodrigues, programador cultural
Paulo Anjos, assistente social
Moderador: Eduardo Figueiredo

13.30 – 15 - Almoço
15:00 – 17:00 – Utopias para Coimbra: imaginar o amanhã
Alexandre Alves Costa, arquiteto
Inês Moura, artista
Sílvia Portugal, socióloga
João Rodrigues, médico
Moderadora: Maria Helena Loureiro

17:15 -18:00 – Sessão de encerramento
Álvaro Garrido, mandatário
Maria Paixão, candidata à Assembleia Municipal
José Manuel Pureza, candidato à Câmara Municipal
Mariana Mortágua, coordenadora nacional do Bloco de Esquerda

Bloco de Esquerda de Coimbra

Opinião - Tratar a memória da emigração: uma urgência histórica

 Portugal deve muito aos seus emigrantes. Ao longo de mais de um século, foram milhões os que partiram, empurrados por dificuldades económicas, perseguição política ou falta de oportunidades. Em troca, enviaram remessas, criaram redes comerciais, sustentaram famílias e até ajudaram a legitimar internacionalmente o país em tempos de isolamento. Ainda assim, a memória desta emigração continua descurada.
Há milhares de documentos que testemunham essa experiência: registos de embarque, autorizações de saída, pareceres políticos, relatórios consulares, correspondência de associações no estrangeiro, imagens, listas de passageiros, processos de heranças ou de expulsões. São peças de um enorme património arquivístico que permanece, em larga medida, por tratar, digitalizar e disponibilizar.
Não estamos perante um problema técnico, mas sim perante um imperativo histórico.
Tive a oportunidade de conhecer esta realidade de forma direta, enquanto assessor na Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas. Percebi o potencial informativo e científico da documentação existente, e confrontei-me com a ausência de uma política nacional para o seu tratamento.
Entre os fundos à guarda da Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas — herdeira institucional de organismos como a Junta da Emigração ou o Instituto de Apoio à Emigração — encontram-se documentos fundamentais para compreender a política migratória do século XX. Desde instruções enviadas a consulados e atas de organismos deliberativos, até relatórios sobre emigração clandestina ou pareceres sobre acordos bilaterais.
Noutros arquivos públicos, igualmente relevantes, encontramos espólios relativos à correspondência de comunidades portuguesas nos Estados Unidos e no Brasil, campanhas de propaganda do Estado Novo junto da diáspora, fotografias de partidas e chegadas, relatórios de viagens marítimas ou documentação referente ao povoamento de territórios africanos.
Até nos arquivos da antiga polícia política, hoje sob custódia da Torre do Tombo, há fontes essenciais sobre o controlo exercido sobre os movimentos de fronteira e as comunidades no exterior. O mesmo se aplica a outros fundos menos explorados, como os processos de heranças de emigrantes falecidos no Brasil ou na Índia, ou a documentação ferroviária e sindical relativa ao trânsito laboral no espaço ibérico.
Tudo isto mostra que a memória da emigração portuguesa não se encontra num só lugar — está dispersa, fragmentada, vulnerável.
Essa realidade exige exatamente o oposto da negligência: impõe uma política articulada, com critérios técnicos partilhados, planeamento estratégico e responsabilização institucional. O tratamento arquivístico e digital desta documentação não pode ser deixado ao acaso nem entregue apenas à boa vontade de serviços sobrecarregados.
É necessário criar uma rede nacional de cooperação entre os organismos detentores da documentação — incluindo a DGACCP, os arquivos históricos centrais, o Observatório das Migrações e centros documentais especializados. Mas, sobretudo, é indispensável o envolvimento de uma universidade pública independente, com experiência comprovada na área da História e das Ciências Sociais.
Sem acompanhamento académico rigoroso, corre-se o risco de se desperdiçar informação, aplicar critérios erráticos ou transformar uma tarefa científica numa operação burocrática. A universidade deve garantir a qualidade do tratamento, formar investigadores e supervisionar todo o processo com a isenção que o tema exige.
Este trabalho técnico, por sua vez, tem de ser acompanhado de uma estratégia de divulgação pública. Os resultados devem ser partilhados através de exposições, plataformas digitais, publicações e programas educativos, em articulação com instituições como o Museu da Emigração, em Fafe, ou o Museu da Emigração Açoriana. A memória só vale se for acessível e se puder ser transmitida às gerações seguintes.
Por fim, este esforço deve merecer atenção ao mais alto nível político. A Presidência da República tem aqui um papel essencial. O exemplo dado por Cavaco Silva, ao envolver diretamente a assessoria neste domínio, deveria ser retomado. Não como retórica de circunstância, mas como compromisso institucional com um dos fenómenos estruturantes da nossa história contemporânea.
Tratar, digitalizar e tornar pública a documentação sobre a emigração portuguesa é mais do que uma tarefa arquivística. É um acto de justiça histórica. É a forma mais sólida e digna de reconhecer os que partiram — e de construir, com base na sua memória, uma noção mais íntegra do que somos.

*Por Paulo Freitas do Amaral
Professor, Historiador e Autor

A Menina do Linho é apresentada no Centro de Interpretação do Românico

O Centro de Interpretação do Românico, em Lousada, recebe no próximo sábado, 12 de julho, pelas 16 horas, a apresentação do livro “A Menina do Linho”.
Com texto de Ana Anileiro e ilustração de Carla Anjos, o livro aborda, de forma divertida e pedagógica, a história e o ciclo do linho, tendo como público-alvo as crianças entre os três e os dez anos.
A sessão, de entrada livre, conta ainda com a realização de uma oficina de tecelagem destinada a toda a família.
A Rota do Românico é um projeto turístico-cultural, que reúne 58 monumentos e três centros de interpretação, distribuídos por 12 municípios: Amarante, Baião, Castelo de Paiva, Celorico de Basto, Cinfães, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Resende.

As principais áreas de intervenção da Rota do Românico abrangem a investigação científica, a conservação do património, a dinamização cultural, a educação patrimonial e a promoção turística.

*António Coelho
Planeamento e Comunicação
Rota do Românico | Itinerários Culturais

Coimbra | Investigadores desenvolvem bioplástico inovador com propriedades antibacterianas para uso hospitalar

 
Um grupo de investigadores do Centro de Química de Coimbra (CQC), da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), em colaboração com o Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da UC, está a desenvolver uma solução inovadora que alia sustentabilidade ambiental ao combate de infeções hospitalares, resultantes de bactérias multirresistentes.
O projeto Natural-based antibacterial bioplastics: a synergic and sustainable approach for surface photo-decontamination (PhotoBioSyn) combina ácido polilático (PLA) – um bioplástico biodegradável obtido a partir de biomassa – com curcumina, um composto natural extraído da raiz da curcuma (açafrão-da-índia), resultando num material com ação antibacteriana quando ativado pela luz.
«Estamos a criar uma alternativa sustentável aos plásticos hospitalares tradicionais, que representam cerca de 70% dos resíduos e são um dos principais vetores de contaminação por bactérias multirresistentes. Os resultados preliminares são promissores, uma vez que estes bioplásticos fotossensíveis foram capazes de inativar bactérias multirresistentes, após um tempo curto de exposição à luz», revela Rafael Aroso, investigador do Laboratório de Catálise e Química Fina (C&FC) e coordenador do projeto.
Atualmente, uma equipa liderada por Mariette Pereira, coordenadora do laboratório C&FC, está a trabalhar na escalabilidade do processo para produção industrial em colaboração com as empresas Bio4Plas e Periplast, bem como o Polo de Inovação em Engenharia de Polímeros (PIEP), com financiamento no âmbito do PRR. O objetivo final é oferecer ao mercado hospitalar um produto biodegradável, funcional e economicamente viável.

«Além do impacto ambiental, esta solução poderá ter um impacto significativo na saúde pública, contribuindo para a redução de infeções hospitalares, que afetam milhões de pessoas por ano na Europa», conclui o especialista.

A equipa do projeto PhotoBioSyn contou com os investigadores Rui Carrilho, Fábio Rodrigues, Madalena Silva e João Baptista, do CQC, e Gabriela Silva, professora da Faculdade de Farmácia da UC e investigadora do CNC.

*Sara Machado
Assessora de Imprensa
Universidade de Coimbra• Faculdade de Ciências e Tecnologia