sábado, 14 de junho de 2025

Torres Vedras acolheu o VII Encontro Ibérico de Orçamentos Participativos


Torres Vedras acolheu o VII Encontro Ibérico de Orçamentos Participativos, o qual decorreu entre os passados dias 4 e 6 de junho, a partir do Teatro-Cine torriense.
Organizado pelo Município de Torres Vedras, em parceria com a Oficina, a Rede de Autarquias Participativas, o OIDP (Observatório Internacional de Democracia Participativa) e a Coglobal, contou com participantes não apenas oriundos de Portugal e Espanha, mas também de outros países, nomeadamente de Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Argentina, tendo se constituído como uma oportunidade para partilhar boas práticas, refletir sobre os desafios e oportunidades da Democracia Participativa e fortalecer a cooperação ibérica em torno da Participação.

Na sessão de abertura do evento esteve presente a presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Laura Rodrigues, que sublinhou na ocasião o facto de os orçamentos participativos serem relevantes instrumentos de aprofundamento da Democracia Participativa e espaços de construção de uma cidadania ativa. Laura Rodrigues aproveitou também na sua alocução para recordar que em Torres Vedras tem sido construído um modelo de governança aberto ao diálogo e que pretende ser o mais integrador possível, tendo a este propósito dado os exemplos da criação da tipologia “Ideia Jovem” no Orçamento Participativo municipal bem como do Conselho das Crianças.

Já a presidente da Câmara Municipal de La Garriga e da Associação Catalã de Municípios, Meritxell Budó i Plá, destacou o facto de os orçamentos participativos contribuírem para diminuir o distanciamento entre eleitores e eleitos e, assim, aumentarem a confiança das populações nos decisores políticos. Dando o exemplo do que se tem passado na Catalunha, referiu igualmente que o aumento dos processos políticos participativos tem levado a ação municipal a ir ao encontro dos interesses das populações.

Ainda na sessão de abertura do VII Encontro Ibérico de Orçamentos Participativos usou da palavra o presidente da Rede de Autarquias Participativas, José Manuel Ribeiro, que, na sua intervenção, enalteceu o papel dos orçamentos participativos, três décadas após a sua criação no Brasil, na diminuição do alheamento dos cidadãos em relação aos problemas das respetivas comunidades. Também segundo palavras de José Manuel Ribeiro, esses instrumentos de política participativa têm contribuído para melhorar a qualidade das decisões públicas, sendo que as mesmas, quando tomadas com proximidade às populações, revelam-se mais eficazes.
Ao longo dos três dias do evento a temática do mesmo foi alvo de reflexão sob diversas prismas, o que foi efetuado principalmente mediante a realização de um conjunto de cinco painéis, nomeadamente: “Orçamentos Participativos de Portugal e Espanha – Desafios, emergências e limites”, que contou com as participações de Nélson Dias (licenciado em Sociologia e mestre em Planeamento e Avaliação de Processos de Desenvolvimento) e de Francisco Francés (professor no Departamento de Sociologia na Universidade de Alicante) e a moderação de Ana Umbelino (vereadora da Participação e Cidadania da Câmara Municipal de Torres Vedras); “Como e porquê fazer avaliação dos Orçamentos Participativo”, que contou com as participações de Isabel Xavier Canning (diretora do Departamento de Cidadania na Câmara Municipal de Cascais), de Patricia Leiva (do Departamento de Psicologia Social, Trabalho Social, Antropologia Social e Estudos da Ásia Oriental da Universidade de Málaga) e de Catarina Louro (vereadora da Participação Cidadã da Câmara Municipal de Leiria) e a moderação de David Margarido (adjunto do presidente da Câmara Municipal da Lourinhã); “Orçamentos Participativos inclusivos e participação de grupos sub representados”, que contou com as participações de Élia Llorens (técnica de Participação Cidadã do Município de Alcoi), de Susana Gomes (diretora do Departamento de Cultura e Cidadania da Câmara Municipal de Valongo), de Romana Santos (técnica superior no setor de Desenvolvimento Social da Câmara Municipal de Grândola) e de Susana Santos (vereadora da Câmara Municipal de Odivelas) e a moderação de Andrés Falck (diretor executivo e cofundador da Coglobal); “Bairros Participativos”, que contou com as participações de José de Carvalho Ferreira (diretor de Departamento de Desenvolvimento Local, Bairros e Zonas de Intervenção Prioritária de Lisboa da Câmara Municipal de Lisboa), de Eva Laporta (técnica de Participação Infantil) e de Carla Ramírez (técnica de Participação no Distrito de Gràcia) e contou com a moderação de Adrià Duarte (coordenador do Observatório Internacional de Democracia Participativa); e “Experiências de práticas e participantes em Orçamentos Participativos (casos de sucesso, desafios, ensinamentos)”, que contou com as participações de Elena Muñoz Echeverría (conselheira para a Participação Cidadã de Rivas-Vaciamadrid), de Feliu Fusté Cano (técnico de participação cidadã e intervenção comunitária do Município de Vic) e de Hélder Guerreiro (presidente da Câmara Municipal de Odemira) e a moderação de Nelson Dias. De referir também, a propósito dos momentos de caráter mais reflexivo do VII Encontro Ibérico de Orçamentos Participativos, a apresentação de uma comunicação por Gustavo Cardoso (professor catedrático do Iscte - Instituto Universitário de Lisboa), que abordou a “Comunicação, desinformação e democracia no Espaço Ibérico”.
Para além dos já mencionados, outros momentos constituíram o programa do evento, sendo de realçar desses o de realização de um jogo de participação e colaboração que incidiu na temática da habitação e no qual os participantes foram desafiados a pensar em soluções para um problema transversal, bem como a realização de uma sessão do Conselho das Crianças, em que foi dinamizado um “mini Orçamento Participativo”, ao qual a Câmara Municipal de Torres Vedras alocou uma verba de 2.000 euros - tendo no mesmo a proposta “Caixa de brincar” (que consiste na colocação na Praça Machado Santos, em Torres Vedras, de uma caixa com brinquedos aos quais as crianças possam aceder) sido a proposta vencedora.

De referir ainda do VII Encontro Ibérico de Orçamentos Participativos: a apresentação no Centro de Artes e Criatividade do projeto “Encosta”; a realização de roteiros pedonais em Torres Vedras, em que os participantes tiveram oportunidade de experimentar a perspetiva de pessoas cegas ou com baixa visão e de crianças; a realização de um workshop de “foto voice”, que permitiu revisitar a exposição Pela Lente da Liberdade, de Eduardo Gageiro, e a partir dela construir novas imagens numa performance colaborativa; e a execução de uma performance coletiva com búzios de barro, simulando os sons dos moinhos de vento característicos da região Oeste.

Comunicações e outros conteúdos relativos ao evento estarão disponíveis a breve prazo no respetivo site.

A oitava edição do Encontro Ibérico de Orçamentos Participativos realizar-se-á em 2026 em Espanha.


Caminho da Geira próximo de atingir sete mil peregrinos


A associação galega Codeseda Viva acaba de revelar que o Caminho da Geira e dos Arrieiros já foi percorrido por quase sete mil peregrinos desde a sua apresentação e que a maioria são portugueses e partem da Sé de Braga.
O presidente da associação Codeseda Viva, Carlos da Barreira, que falava no Posto de Turismo de Braga, na quinta-feira, dia 12, referiu que “entre 2017 e 2025 o Caminho da Geira registou 6.847 peregrinos, com a emissão de 2.730 Compostelas” - o documento que comprova a realização do itinerário.
Entre estes peregrinos, “70% são portugueses, 16% espanhóis e 14% de outras nacionalidades. Só no corrente ano já se registaram 375 peregrinos, sendo que 96% começaram Portugal, 72% dos quais de Braga”, adiantou Carlos da Barreira, que falava durante a apresentação da Rapa das Bestas, um festival de interesse turístico internacional que decorre em Sabucedo, A Estrada, na Galiza.
O presidente da Câmara Municipal de A Estrada, Gonzalo Louzao Dono, sublinhou a ligação entre ambos os projetos: “O Caminho da Geira, que aqui nasce, e a ancestral Rapa das Bestas têm o seu elo em Sabucedo”.
“Ambos são exemplos de convivência, tradição e identidade — um legado do passado que cuidamos no presente para lhes garantir futuro", adiantou o autarca, destacando que estão acreditados para o festival 68 jornalistas de 10 países e quatro continentes, número que poderá triplicar até julho, mês em que se realiza.
O adjunto do presidente da Câmara de Braga, Pedro Soares, considerou que "o Caminho e a Rapa são uma ponte", consolidando a aliança entre a cidade portuguesa e a Galiza.
A Rapa das Bestas, uma tradição que envolve a reunião de manadas selvagens nas montanhas e a sua descida ao curro para marcação, partilha geografia com a rota jacobeia: as terras de Sabucedo, ‘habitat’ dos cavalos, são atravessadas pelos peregrinos.
O Caminho da Geira e dos Arrieiros estende-se por 239 quilómetros, inicia-se na Sé de Braga e atravessa os municípios de Amares, Terras de Bouro e Melgaço (Castro Laboreiro), entrando na Galiza pela Portela do Homem. Nos últimos oito anos, foi percorrido por quase sete mil peregrinos, principalmente de Portugal e Espanha, mas também de outros países europeus e de nações tão diversas como Afeganistão, Aruba, Austrália, Azerbaijão, Bahamas, Belize, Brasil, China, Colômbia, EUA, Japão, México, Palestina e Uruguai.
Este itinerário foi apresentado em 2017 na Galiza e em Braga, pela Plataforma Berán no Caminho/ACJMR foi reconhecido pela Igreja em 2019 e em publicações da associação de municípios transfronteiriços Eixo Atlântico (2020) e do Turismo do Porto e Norte de Portugal (2021).
O percurso destaca-se por incluir patrimónios únicos no mundo: a Geira, a via mais bem preservada do antigo império romano ocidental, e a Reserva da Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xurés. Além disso, o seu traçado é um dos raros cinco que ligam diretamente à Catedral de Santiago de Compostela.

*Carlos da Barreira
Presidente da Associação Codeseda Viva
https://www.facebook.com/codesedacom
codeseda.com

Barcelos | IPCA e Associação de Futebol de Braga juntos pela formação e inovação no futebol

 O Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) e a Associação de Futebol de Braga (AF Braga) assinaram, hoje, um protocolo de cooperação com o objetivo de estreitar relações e desenvolver iniciativas conjuntas nas áreas da investigação, inovação e formação especializada no domínio do futebol.
A assinatura contou com a presença do Vice-Presidente do IPCA, Agostinho Silva, e do Presidente da Direção da AF Braga, Manuel Machado. Este acordo pretende criar uma base sólida para o desenvolvimento de projetos que promovam a qualificação de profissionais e o avanço do conhecimento técnico-científico no desporto, em particular no futebol.
O arranque desta colaboração é marcado pelo lançamento do Curso Breve “Tecnologia GPS na Otimização do Treino em Futebol”, uma formação acreditada pelo IPDJ/UEFA, com acreditação de 3 unidades de crédito pelo IPDJ/UEFA. A formação está a cargo de Óscar Tojo, Coordenador Técnico da Federação Portuguesa de Futebol, reconhecido pela sua vasta experiência nas áreas técnicas do futebol.
Este curso é promovido pela Escola Superior de Desporto, Bem-Estar e Sistemas Biomédicos do IPCA, em parceria com a AF Braga, e reflete o compromisso das duas instituições em aproximar o ensino superior das necessidades reais do terreno, aliando conhecimento, tecnologia e prática desportiva.

*Ana Reis
Gabinete de Comunicação e Imagem (GCI)

Aveiro | “Sononautas: Aquática” – Instalação interativa convida a uma experiência sonora imersiva e criativa

 Nos dias 20 e 21 de junho, a instalação interativa e o workshop “Sononautas: Aquática” vão transformar a Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro num laboratório sensorial. Através de jogos e experiências visuais e auditivas, a iniciativa convida a explorar as ligações entre arte, ciência e educação, revelando a musicalidade escondida no universo sonoro dos ecossistemas subaquáticos. A participação é gratuita mediante inscrição.
“Sononautas: Aquática” transporta os participantes para um universo onde o som da água se torna visível e palpável, e onde se explora a sua dimensão musical e acústica. Estimula a escuta ativa, a curiosidade e a imaginação, promovendo uma aproximação criativa ao universo sonoro dos ecossistemas aquáticos.
Destinado a crianças a partir dos 6 anos, “Sononautas: Aquática” propõe uma experiência sensorial única, que transforma a água em música e os visitantes em exploradores de um universo sonoro submerso.
No dia 20 de junho, as sessões destinam-se a grupos escolares e no dia 21 de junho, acontecem duas sessões, às 10h00 e às 11h00, destinadas ao público em geral. A participação é gratuita mediante inscrição através do email fabrica.cienciaviva@ua.pt.
“Sononautas” é uma criação da Sonoscopia Associação numa iniciativa conjunta com o Instituto de Etnomusicologia - Centro de Estudos em Música e Dança, a Linha Temática “Performatividades Digitais e Tecnológicas” e o projeto Shores.

O projeto é uma co-criação da investigadora do INET-md Ana Luísa Veloso, Henrique Fernandes (Sonoscopia) e Gustavo Costa (Sonoscopia), com apoio à criação de Vicente Mateus e João Ricardo, produção executiva de Patrícia Caveiro e produção da Sonoscopia. Resulta de um processo de investigação desenvolvido pela Sonoscopia em parceria com o INET-md, e conta com a coprodução do CCB / Fábrica das Artes.

*Teresa Pereira
Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro
Rua dos Santos Mártires, 3810-171 Aveiro
Tel. +351 234 427 053 (chamada para a rede fixa nacional)

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Protocolo vai apoiar a criação, produção e formação artística em teatro. Município de Cantanhede reforça apoio ao desenvolvimento da atividade teatral e cultural do concelho

 
A Câmara Municipal assinou na quinta-feira, 12 de junho, um protocolo de colaboração com a Associação de Teatro de Cantanhede (ACA TEA) que tem como objetivo apoiar o desenvolvimento da atividade teatral e cultural do concelho.
Este protocolo é muito importante na medida em que promove não só o acesso à formação artística, como contribui de forma significativa para a educação dos participantes. Através do teatro, desenvolvem-se competências como a colocação de voz, a expressão corporal, o trabalho em equipa e a superação da timidez, ferramentas que são essenciais para a sua vida pessoal e profissional”, sublinhou a presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Helena Teodósio, durante a assinatura do documento.
A ACA TEA durante este ano vai realizar dois workshops de teatro para adultos, de oito horas cada, e dois workshops de teatro juvenil, dos 6 aos 13 anos, de quatro horas cada, para os elementos que compõem os grupos de teatro do Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede.
A presidente da Associação de Teatro de Cantanhede, Maria Juliana Catarino, agradeceu a confiança depositada e assumiu o compromisso de empenhar todos os esforços para que corra tudo bem.
No âmbito das atividades desenvolvidas durante o ano, a ACA TEA realizará a apresentação de um espetáculo interno de teatro, num dos equipamentos culturais pertencentes ao Município de Cantanhede.
A ACA TEA compromete-se ainda a colaborar na dinamização da agenda cultural do Município, bem como a apresentar um projeto pedagógico para as escolas, “subordinado a um tema social, como, por exemplo, o bullying”, apontou o vice-presidente da direção da Associação, Miguel Matos.
A associação irá ainda proceder à encenação de dois espetáculos de pequena duração (máximo de 30 minutos), fomentando a participação ativa da comunidade local.
Este protocolo reafirma o compromisso desta parceria, com maior expectativa e exigência, em criar mais oportunidades de apoio aos grupos de teatro, através de formação nas diferentes áreas, capacitação dos agentes, projetos colaborativos, fomentar a inovação e criação artística no âmbito das artes cénicas. Será um recurso do maior interesse para os grupos de teatro e para reforçar a oferta cultural”, sublinhou o vice-presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, com o pelouro da Cultura, Pedro Cardoso.
O Município compromete-se a apoiar financeiramente a associação, assim como a apoiar na divulgação do trabalho realizado pela ACA TEA. A autarquia irá também ceder os seus equipamentos municipais para a realização das atividades e apoiar a associação na captação de projetos regionais no âmbito da CIM e de apoio a candidaturas a fundos europeus.
A sessão contou ainda com a presença do presidente da União das Freguesias de Cantanhede e Pocariça, Nuno Caldeira, sublinhando a importância deste trabalho para o fortalecimento da dinâmica cultural local e para o envolvimento da comunidade nas atividades artísticas, na firme esperança da prossecução de uma excelente parceria e colaboração.