segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

IMPORTANTE Inverno| Infeções respiratórias


A Direção-Geral da Saúde (DGS) reforça a recomendação para a vacinação contra a gripe e COVID-19bem como a adoção das seguintes medidas, para se proteger do frio e das infeções respiratórias:

FRIO

  • Mantenha o corpo quente: use luvas, cachecol, gorro/chapéu, calçado e roupa quente, utilizando várias camadas de roupa; 
  • Hidrate-se: beba água e sopas; 
  • Mantenha a casa quente
  • No exterior, tenha cuidado com quedas
  • Mantenha-se especialmente atento se tiver algum problema de saúde.

 

INFEÇÕES RESPIRATÓRIAS

  • Se tem mais de 60 anos, ou faz parte de um grupo de risco Vacine-se contra a gripe e COVID-19
  • Numa altura em que são mais frequentes as infeções respiratórias, é importante: 
    • Lavar ou desinfetar as mãos
    • Adotar a etiqueta respiratória
    • Manter o distanciamento físico; 
    • Arejar e ventilar os espaços;
    • Optar por utilizar máscara em locais muito frequentados ou espaços fechados, sempre que tiver sintomas de infeção respiratória.
  • Mantenha-se em contacto e atento aos outros, ajudando-os a protegerem-se. 

 

PAPEL DAS ENTIDADES LOCAIS

No âmbito das medidas de contingência já existentes, reforçamos a importância da sua ativação e da articulação com as autoridades locais e, a divulgação das recomendações, fundamental para a proteção da saúde com especial atenção aos grupos mais vulneráveis, como pessoas com doença crónica, pessoas idosas ou em condição de maior isolamento e pessoas em situação de sem abrigo, através da divulgação da informação: 

    • Diretamente junto da população;
    • Junto das suas estruturas internas;
    • Em coletividades, associações ou organizações locais;
    • Através de produtos de comunicação (em anexo);
    • Nas redes sociais e sites institucionais;
    • Através dos meios de comunicação social regional/local.


Mais informação pode ser obtida na página da DGS.

Recordamos ainda a importância de Ligue antes, Salve vidas.

Quando necessário, contacte o SNS 24 – 808 24 24 24 ou em caso emergência o 112.


 *Miguel Telo de Arriaga

Diretor da Direção de Serviços de Prevenção da Doença e Promoção da Saúde

Município de Silves promove atividades educativas no território Geoparque Algarvensis

 Assumindo a geoeducação como um dos pilares fundamentais do desenvolvimento sustentável e numa lógica de envolvimento da comunidade, o Município de Silves deu início, entre os dias 18 de novembro e 02 de dezembro, à dinamização das atividades educativas do ano letivo de 2025/2026.
Neste primeiro ciclo de atividades, 9 turmas das escolas do 1º ciclo do Agrupamento de Escolas Silves Sul, tiveram oportunidade de visitar, em São Bartolomeu de Messines, o Museu do Traje e das Tradições, a Casa-Museu João de Deus e a sua zona histórica, identificando nas ruas antigas, os caminhos do Grés de Silves.
 
Enquanto percorriam as ruas da zona histórica de São Bartolomeu de Messines, território do Geoparque Algarvensis, os cerca de 203 alunos e 18 professores e auxiliares de educação, aprenderam como se interliga a geologia, a biodiversidade, a cultura e as tradições, assim como a importância do Grés de Silves na história e economia da população do concelho de Silves através da sua utilização nas construções, nas tarefas quotidianas, e até no polimento das moedas.
Aprenderam ainda como, nos caminhos do Grés de Silves, se cruzaram animais que habitaram o território Algarvensis há cerca de 227 milhões de anos, tais como o Placodonte Henodus e o Metoposaurus Algarvensis.
 
Já no início de 2026, com os pés na terra e os olhos … na máquina do tempo do planeta terra, o Município levará outros alunos e professores a viajar até aos 330 milhões de anos e a conhecer os grandes episódios que o território do Geoparque Algarvensis tem para contar sobre este grande livro do planeta terra.
 
Esta oferta educativa é um serviço gratuito do município de Silves, dirigida a escolas desde o 1º ciclo do ensino básico ao ensino secundário e encontra-se disponível através do setor da educação do Município de Silves e no site do Geoparque Algarvensis.

MARINHA GRANDE CELEBRA PASSAGEM DE ANO 2025/2026

 A Câmara Municipal da Marinha Grande preparou um programa especial para assinalar a Passagem de Ano 2025/2026, com o objetivo de proporcionar momentos de convívio, animação e celebração, ao mesmo tempo que promove a cultura e o turismo no concelho.

As comemorações decorrem na noite de 31 de dezembro em quatro locais distintos — Marinha Grande, Praia da Vieira, São Pedro de Moel e Moita — permitindo que residentes e visitantes celebrem a entrada no novo ano de forma descentralizada e próxima das populações. O programa inclui espetáculos musicais e lançamento de fogo de artifício à meia-noite, com entrada livre.

O programação da Passagem de Ano 2025/2026 é o seguinte:

MARINHA GRANDE
Local: Tenda instalada entre o Arquivo Municipal e os Bombeiros Voluntários

Dia 31/12/2025
  • 22h30 - Abertura do espaço com música ambiente
  • 23h00 - Two Bro DJ’s
  • 00h00 - Fogo de artifício
  • 01h00 - Bad Guys 
PRAIA DA VIEIRA
Local: Tenda instalada no Largo dos Pescadores 

Dia 31/12/2025 
  • 22h30 - Abertura do espaço com música ambiente
  • 23h00 - Banda Spice Boys 
  • 00h00 - Fogo de artifício
  • 01h00 - 4 Estaciones DJ
S. PEDRO DE MOEL 
Local: Tenda instalada na Praça Afonso Lopes Vieira 

Dia 31/12/2025
  • 22h30 - Abertura do espaço com música ambiente
  • 23h00 - Banda Shiver
  • 00h00 - Fogo de artifício
  • 01h00 - Dj AC
Dia 01/01/2026
  • 14h00 às 18h00 - Animação Infantil 
  • 16h00 - Espetáculo infantil com a “Palhaça Mimi”
MOITA
Local: Largo da Igreja

31/12/2025
  • 00h00 - Fogo de artifício.
*Gabinete de Comunicação e Imagem

10ª edição dos Iberian Festival Awards decorre em março de 2026. Expofacic nomeada em quatro categorias dos Iberian Festival Awards

 
A EXPOFACIC - Exposição Agrícola, Comercial e Industrial de Cantanhede foi novamente distinguida no Iberian Festival Awards, estando presente como finalista em quatro categorias desta edição Ibérica de 2025.
Trata-se de um reconhecimento significativo do impacto, da qualidade organizativa e da excelência do evento, que combina tradição, inovação e dinamismo social e económico.
A maior feira-festa de Portugal está nomeada nas categorias: Melhor Comunicação e Marketing (Best Communication & Marketing Strategy); Contribuição para a Sustentabilidade (Contribution to Sustainability); Melhor Festividade (Best Festivity – Contribution to Equality) e Prémio de Segurança no Evento (The Event Safety Award).
A nomeação para estes prémios representa um reforço internacional do prestígio da EXPOFACIC, destacando-a entre os eventos mais relevantes da Península Ibérica. Orgulhamo-nos de uma equipa de trabalho que dá força e faz acontecer a maior feira-festa de Portugal. Trata-se de um evento que, tanto pela estratégia de comunicação, como pela sustentabilidade, segurança, qualidade do cartaz e experiência global que proporciona, projeta Cantanhede para o mundo!”, sublinha o presidente do Conselho de Administração da INOVA, Pedro Cardoso.
A 10ª edição dos Iberian Festival Awards, terá lugar a 14 de março de 2026, no âmbito do Talkfest - Music Fest Summit.
A cerimónia vai distinguir o trabalho desenvolvido pelos profissionais do setor dos festivais de música ao longo de 2025, em Portugal e Espanha. Estão a concurso 25 categorias, acrescidas de dois prémios de excelência. O público irá eleger 14 vencedores através de votação direta.
Até dia 15 de janeiro, os interessados podem votar através do link https://pt.surveymonkey.com/r/ifa2026.

Iscte inaugura novo modelo de residência universitária em Odivelas


O ministro da Educação, Fernando Alexandre, visita no dia 16 a residência que irá proporcionar “um novo tipo de experiência académica” a alunos nacionais e internacionais. “Será palco de programas especiais e de cursos intensivos e, ao mesmo tempo, constituirá para a comunidade uma interface muito acessível ao ensino superior e a atividades científicas”, afirma a reitora do Iscte, Maria de Lurdes Rodrigues.
O Iscte vai inaugurar em Odivelas um novo modelo de residência universitária para proporcionar aos estudantes uma experiência académica com mais intensidade científica e maior contacto com a comunidade. O novo espaço para atividades de ensino e de investigação tem 204 camas e ocupa a área histórica do Mosteiro de Odivelas, onde está sepultado o rei D. Dinis. A inauguração, a 16 de dezembro, vai contar com o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, e com o presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Hugo Martins.

“O que o Iscte e a Câmara de Odivelas montaram em conjunto é um modelo muito inovador de residências universitárias que irá proporcionar aos estudantes um novo tipo de experiência académica e, à comunidade, uma interface muito acessível ao ensino superior e a atividades científicas”, afirma Maria de Lurdes Rodrigues, reitora do Iscte. “A residência será palco de programas especiais com estudantes internacionais, terá cursos intensivos no âmbito do Programa Erasmus. Segundo a reitora, “no futuro os estudantes residentes habituais irão também participar em estágios na autarquia e colaborar em atividades da biblioteca, do museu e da escola de música que irão funcionar no mesmo complexo patrimonial”.

No acordo entre a Câmara Municipal de Odivelas e o Iscte para a instalação desta residência universitária está prevista a organização de programas de estágios na autarquia destinados a alunos do Iscte, assim como a criação de uma bolsa de projetos de investigação que articule a produção científica do Iscte com futuras necessidades autárquicas: será o caso de estudos de consultadoria para responder a necessidades pontuais identificadas pela Câmara. O Iscte oferecerá também conteúdos formativos dirigidos aos colaboradores da autarquia. E estão previstos seminários e workshops temáticos sobre gestão autárquica e desenvolvimento local.

Na próxima terça-feira, 16 de dezembro, a partir das 12:00, o ministro Fernando Alexandre visitará a nova residência instalada no conjunto monumental do Mosteiro de S. Dinis e S. Bernardo em Odivelas. As 204 camas e os espaços sociais e funcionais para estudantes resultam da requalificação do antigo Instituto de Odivelas. No final da visita terá lugar uma cerimónia na qual irão intervir a reitora do Iscte, Maria de Lurdes Rodrigues, o presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Hugo Martins, e o ministro da Educação, Ciência e Inovação.

Um “espaço de educação-formação”
A residência universitária do Iscte tem 100 quartos simples e 52 quartos duplos, num total de 204 camas. A empreitada de adaptação e qualificação do edifício existente foi iniciada em novembro de 2023 e representa um investimento de 9,5 milhões de euros, financiado com 7,6 milhões (mais IVA) de verbas do PRR (mais IVA). A cedência de utilização do espaço pela Câmara Municipal de Odivelas ao Iscte tem a duração de 50 anos.

Já estão em funcionamento metade das camas, sendo que as restantes irão sendo progressivamente ocupadas até ao final do ano letivo. No início das aulas para 2026-2027, a residência já estará em pleno funcionamento (ver fotos anteriores e atuais da residência em anexo).

Durante o verão, quando a maioria dos estudantes do ensino superior se encontrar de férias, está previsto que a residência universitária seja usada para alojar outros públicos, como atletas que participem nos programas de treino desportivo promovidos pela Câmara de Odivelas. “Quer a residência universitária, quer as unidades e organismos que a autarquia terá a funcionar no mesmo conjunto patrimonial, irão criar em Odivelas um novo tipo de espaço de educação-formação”, afirma Maria de Lurdes Rodrigues.

*Alexandra Magna
*
**Fotos anteriores e atuais da residência universitário.

Crónica - O "mau serviço" de quem conta o "tempo de serviço"

 Há discriminações que não precisam de decreto para existir. Instalam-se no quotidiano, repetem-se em silêncio administrativo e tornam-se hábito. Uma delas é a forma como o Ministério da Educação trata os professores que vêm do ensino privado e cooperativo quando chega a hora de contar o tempo de serviço.
Desde logo, parte-se de uma desconfiança de princípio. Ao professor do privado exige-se aquilo que não se exige a outros: que prove, papel a papel, ano a ano, que trabalhou. Declarações, carimbos, assinaturas, escolas que já fecharam, secretarias que mudaram de mãos, processos que se arrastam durante anos. O mesmo tempo de serviço que foi suficiente para descontar para a Segurança Social e para as Finanças parece, subitamente, insuficiente para o Ministério da Educação.
É difícil não ver aqui uma discriminação clara. Quem trabalhou, descontou. Quem descontou, exerceu funções. O Estado sabe perfeitamente onde cada cidadão trabalhou, quanto ganhou e quanto descontou. Bastaria cruzar dados. Bastaria vontade. Mas prefere-se empurrar o problema para cima dos professores, como se fossem suspeitos à partida, obrigando-os a uma romaria burocrática que mais parece digna de um país de terceiro mundo do que de um Estado que se diz moderno e digital.
E quando, finalmente, depois de anos, esse tempo é reconhecido, quando é, já perdeu impacto. Perdeu concursos, perdeu colocações, perdeu oportunidades. O prejuízo não é apenas profissional, é pessoal e familiar. Anos de trabalho tratados como um favor que o Estado concede e não como um direito adquirido.
Como se isto não bastasse, houve ainda quem quisesse acabar com a possibilidade de colocar dúvidas através do SIGRHE. Retirar ao professor o direito de questionar, de pedir esclarecimentos, de corrigir erros. Um sistema que erra e erra muitas vezes, mas que pretendia tornar-se imune à contestação. Não é preciso grande imaginação para perceber que isto não revela desorganização. Revela desinteresse.
Desinteresse pelos professores e, mais grave ainda, desinteresse pelos alunos. Porque um sistema que afasta quem tem experiência, quem conhece a escola por dentro, quem já deu provas no terreno, é um sistema que se sabota a si próprio. Coloca-se muitas vezes quem não é apto, ignora-se a experiência acumulada, fica à porta quem merece e entra quem não merece. Não por mérito, mas por acaso administrativo.
Depois admiram-se da falta de professores. Depois surgem campanhas de emergência, medidas avulsas, discursos inflamados sobre a importância da Educação. Mas continua-se a tratar mal quem nela trabalhou uma vida inteira. Continua-se a confundir rigor com burocracia cega e justiça com papelada inútil.
Contar o tempo de serviço não é um favor. É um dever. E quando esse dever é mal cumprido, o prejuízo não se mede apenas em dias ou anos não reconhecidos. Mede-se na degradação da confiança no Estado, na desmotivação dos profissionais e, em última análise, na qualidade da escola pública.
Mas esta crise não termina no Ministério da Educação. Há uma responsabilidade que raramente é assumida e que importa dizer claramente. As universidades exigiram mestrados como condição quase absoluta para a docência, transformando a formação numa lógica de negócio, cobrando propinas elevadas e empurrando milhares de professores para um investimento pesado, muitas vezes sem retorno. Em vez de garantir qualidade, criou-se uma barreira que afastou candidatos, desmotivou profissionais e contribuiu decisivamente para a falta de professores.
E os políticos aceitaram isto com uma docilidade inquietante. Subservientes às universidades, que tantas vezes são o seu local de acolhimento quando saem dos governos, nunca quiseram afrontar esse poder. Preferiram sacrificar o sistema educativo, fingir que não viam o problema e deixar que a escola pagasse a factura.
O resultado está à vista. Um ministério que não sabe contar o tempo de serviço, universidades que fizeram da formação um negócio e políticos que olharam para o lado. No meio disto tudo, quem perde são sempre os mesmos. Os professores e os alunos.

*Paulo Freitas do Amaral
Professor, Historiador e Autor