A Câmara Municipal prevê investir € 1.052.788 em habitações a
custos controlados (HCC) ao abrigo de um protocolo de Cooperação
“Projetos de Habitação a Custos Acessíveis da Beira Baixa”,
estabelecido entre a Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB)
e o IHRU
Instituto da Habitação e da
Reabilitação Urbana, I.P. no âmbito do Plano de Recuperação e
Resiliência (PRR). Neste momento estão contratualizadas duas
habitações no valor estimado de 274.844,28 € e estando as outras
intervenções e avaliação pelo IHRU.
Com
este programa de apoio ao acesso à habitação, a Câmara irá
disponibilizar 10 habitações para arrendamento
de habitação própria e permanente dos adquirentes com o objetivo
de oferecer soluções habitacionais a custos mais acessíveis para
as famílias, em particular para os jovens casais que não encontram
respostas no mercado imobiliário devido aos valores altos de renda
praticados. Neste programa estão inseridos 7 edifícios,
quatro deles localizados na sede de concelho e os restantes em
Corgas, Vergão e São Pedro do Esteval.
O
conjunto de dois edifícios da Rua da Fonte Velha é a primeira
empreitada de apoio à habitação a ser promovida pelo Município e
que neste momento se encontra em fase de concurso. O edifício irá
resultar em duas frações autónomas de habitação unifamiliar: no
piso 0 uma habitação de tipologia 1 (composta por uma cozinha, um
quarto, uma instalação sanitária, uma sala e uma zona de arrumos)
e no piso 1 e águas furtadas uma habitação de tipologia T2 (uma
cozinha, uma sala, um hall, duas instalações sanitárias, dois
quartos e uma zona de arrumos). O edifício insere-se na área do
Programa Estratégico de Reabilitação Urbana (PERU), correspondendo
desta forma à intenção de beneficiação de Imóveis
Municipais de carácter habitacional que o município pretende
reabilitar no núcleo antigo, para posterior arrendamento. O
edifício seria utilizado como espaço de habitação em ambos os
pisos se destacando na fachada principal alguns elementos
arquitetónicos, tais como: molduras horizontais e desenho ritmado
dos vãos.
O
edifício da Rua de Santa Cruz, confinante ao edifício da Rua da
Fonte Velha, irá resultar numa habitação unifamiliar composta por
Piso 0 e 1 de tipologia T2 composto por hall, duas instalações
sanitárias, um arrumo, uma sala, uma cozinha e dois quartos. Este
edifício também se insere na área do Programa Estratégico de
Reabilitação Urbana (PERU), correspondendo desta forma à intenção
de beneficiação de Imóveis Municipais de carácter habitacional
que o município pretende reabilitar no núcleo antigo, para
posterior arrendamento. Já o edifício localizado na Rua de Nossa
Senhora irá ser convertido em três apartamentos unifamiliares de
diferentes tipologias.
A
Escola Primária de Corgas voltará a abrir as portas para receber
pessoas: o espaço interior será reorganizado, transformando a sala
de aula em cozinha, sala de estar, de refeições, dois quartos e uma
instalação sanitária. O espaço exterior será requalificado
criando zonas de estar, promovendo a relação interior-exterior para
uma experiência de conexão com a natureza. Assim, existirá uma
reorganização e transformação para que a Escola tenha capacidade
para uma família.
No
caso da Escola Primária de Vergão, com o reaproveitamento da
estrutura existente, irá resultar em duas habitações cada uma com
dois quartos, instalação sanitária, cozinha e sala. O espaço
exterior possuirá dois espaços de refeição distintos (barbecue).
Esta organização permite um melhor aproveitamento do espaço,
permitindo assim receber duas famílias, respeitando a privacidade de
ambas.
Em
São Pedro do Esteval, o edifício que será alvo de um projeto de
requalificação resultará numa habitação unifamiliar, completando
assim as 10 habitações destinadas a arrendamento a custos
controlados.
Soluções
de habitação digna para todos podem passar por parcerias
público-privadas
As
parcerias público-privadas foram apontadas pelo presidente da Câmara
de Proença-a-Nova, João Lobo, como uma das possíveis soluções
para requalificar uma parte do elevado número de edifícios que se
encontram devolutos tanto nas vilas do concelho, como em muitas das
suas aldeias, dando resposta ao aumento da procura de casas no
mercado de arrendamento, em virtude da chegada de um crescente número
de pessoas que encontram trabalho no concelho ou que escolhem aqui
viver pela superior qualidade de vida.
Durante
o painel dedicado à “reabilitação urbana como oportunidade e
como estratégia”, realizado durante o IV Fórum Empresarial, a 9
de junho do ano passado, João Lobo falou do cenário que algumas
localidades do concelho enfrentarão na próxima década: a de
ficarem eventualmente sem residentes. “Estas aldeias, que têm um
vasto património, podem gerar uma oportunidade, constituindo-se como
aldeias que possam dar uma resposta para estas necessidades de
habitação registadas”, referiu.
*Andreia Gonçalves
Unidade de Comunicação, Turismo e Eventos
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