sábado, 17 de junho de 2017

17 de Junho de 2017 Diz-me, espelho meu, haverá tâmara mais nobre do que eu?

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Fugas
 
 
  Sandra Silva Costa  
Nós por cá até já perdemos a conta às vezes que já fomos a Marrocos. Pudera: está mesmo aqui ao lado e permite-nos, através de uma viagem curta, uma imersão imediata numa cultura que está a léguas da nossa. Já corremos o país quase de ponta a ponta, mas de cada vez que lá regressamos trazemos histórias novas para contar. Foi o que aconteceu com a Luísa Pinto e o Daniel Rocha, que, desta feita, rumaram ao Sul do país. No bolso trouxeram um ângulo novo – o de um reino imenso que quer apostar no ecoturismo e valorizar o seu património natural e cultural. Entre visitas a kasbahs e khettaras, noites estreladas no deserto, dunas incríveis e desfiladeiros, ainda conheceram Hmad Ben Amar, o homem de vestes brancas que seguiram por ruelas labirínticas e lhes explicou o que é um ksar – e como é viver num. Como vão perceber quando apontarem para aqui, todas estas pontas, que parecem soltas, unem-se à volta de um nome: Rota do Majhoul, que agrupa os mais representativos oásis marroquinos e as atracções turísticas dos vales do Draa, do Dádès e de Ouarzazate para oferecer aos visitantes tudo o que precisam para uma escapada no deserto. Para lhe abrir ainda mais o apetite, falta dizer que Majhoul é o nome dado à mais nobre das tâmaras.
Enquanto isso, diz-me, espelho meu, haverá aldeia mais bela do que eu? É o que parece perguntar-se, a cada minuto, Hallstatt, um postal alpino com menos de 800 habitantes que atrai, todos os anos, meio milhão de habitantes. Situada na margem do lago homónimo, aos pés dos montes Dachstein, na Alta Áustria, Hallstatt já foi considerada pelos utilizadores do Instagram a aldeia mais bonita da Europa. O Sousa Ribeiro guia-nos numa viagem para tirar a prova dos nove.
Por falar em nove, é bem possível que uma noite no Marriott Praia D’El Rey resulte em nove horas de sono. O hotel, plantado a poucos minutos da vila histórica de Óbidos e com Peniche à vista, está a cumprir duas décadas e foi renovado recentemente. A Carla B. Ribeiro esteve lá a conhecer os cantos à casa e confessa que, depois de uma massagem retemperadora, caiu “nos braços de Morfeu”, embalada pelas vistas “para os campos verdes, as falésias e o Atlântico”.
Vamos fechar com uma nota de humor? O Pedro Garcias escreve uma crónica sobre provas cegas de vinhos que tem um título provocatório: Provar um vinho às cegas é o mesmo que dormir com a Claudia Schiffer de luz apagada? Ou com o George Clooney? Em ambos os casos, o que está em causa é não se lhes ver os rostos e os corpos. “Pode ser bom, mas podia ser ainda melhor”, comenta o Pedro, querendo significar que as provas cegas devem ser guardadas para o que realmente importam, não devendo ser banalizadas em momentos em que o mais relevante é apenas a fruição do vinho. Vá espreitar que vale a pena.
Como também vale a pena aproveitar em grande o fim-de-semana. No meu caso, até vai ser um bocadinho mais do que isso: férias! Voltamos a conversar a 1 de Julho. Até lá, boas viagens e apareça sempre por aqui, está mais do que convidado a entrar e a ficar o tempo que quiser.

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