sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

INCÊNDIOS FLORESTAIS: Programa inicial revisto e alvo de discussão detalhada

A análise às consequências dos incêndios de Outubro e do Programa de Revitalização do Pinhal Interior dominaram a agenda da reunião do Ministro Adjunto Pedro Siza Vieira com os representantes dos Municípios da CIM Região de Coimbra.
No encontro, que decorreu ao fim da tarde desta quinta-feira, no Habitat Inovação Empresarial dos Setores Estratégicos, em Penela, após o final da reunião do Conselho Intermunicipal, o membro do Governo explicou que os problemas comuns aos sete municípios afetados pelos incêndios de junho alargaram-se, em Outubro, a vários municípios da Região de Coimbra pelo que o programa inicial está a ser revisto e alvo de discussão detalhada.
Questões como a governança, cronograma e mobilização de recursos humanos são questões prioritárias para o Ministro Adjunto Pedro Siza Vieira que defende um programa de revitalização que contribua decisivamente, entre outros, para a fixação das populações e a definição de um modelo de desenvolvimento económico que concorra para a reabilitação os territórios afetados pela tragédia que assolou a região.
Acompanhado por João Paulo Catarino, coordenador da Unidade de Missão para a Valorização do Interior (UMVI), o governante defendeu a cooperação entre várias entidades nomeadamente a CCDRC, a UMVI, Municípios e CIM no modelo de governança do programa de revitalização que está em curso, destacando a linha de apoio aos Municípios, no valor de 46 milhões de euros, para limpeza das faixas de segurança junto às habitações e vias de comunicação.
Por seu turno, os presidentes dos Municípios da CIM Região de Coimbra elencaram um conjunto de questões que o Ministro Adjunto Pedro Siza Vieira irá analisar nomeadamente as diferenças nas comparticipações a particulares e empresas na região de Pedrogão Grande e nos municípios da CIM RC, acessibilidades e mobilidade, recuperação e ordenamento da floresta, avaliação do dispositivo de combate aos incêndios, dinamização da economia local e promoção dos produtos endógenos, justiça social, cadastro das propriedades e instalação da fibra ótica nos territórios do interior.
No documento entregue ao membro do Governo foi, ainda, sugerido reforço e capacitação das equipas técnicas dos Municípios e da CIM, criação de uma estrutura da AICEP dedicada à internacionalização das empresas dos territórios de baixa densidade e criação de um programa de atração de recursos humanos qualificados, bem como reforço dos programas de transmissão de conhecimento do sistema I&D.
A reversão da deslocalização dos serviços públicos de saúde, educação, justiça e apoio social, segundo os presidentes dos Municípios da CIM Região de Coimbra, é outra das prioridades no combate à desertificação dos territórios do interior, sendo medidas imediatas a criação de uma iniciativa de inovação rural, que inclua as incubadoras da região – IPN, BLC2 e Biocant.
A concluir o documento, os Autarcas da Região de Coimbra defendem a promoção da qualidade de vida nos territórios de baixa densidade, de modo a torna-los apelativos e alinhados com as novas tendências de consumo, e a aprovação das candidaturas em rede submetidas pela CIM Região de Coimbra ao Programa Valorizar, decisão que consideram essencial na recuperação do potencial turístico dos territórios flagelados pelos incêndios.

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