sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Costa chama “primeiro-ministro” a Passos e convida-o a libertar-se do passado

António Costa está no Parlamento a apresentar a proposta de Orçamento de Estado para 2016.
O primeiro-ministro, António Costa, enganou-se duas vezes e dirigiu-se a Pedro Passos Coelho como "senhor primeiro-ministro" no debate quinzenal que decorre, na manhã desta sexta-feira, na Assembleia da República.
O lapso surgiu quando o chefe de Governo recusava falar sobre os "últimos quatro anos", acusando Passos de ter dificuldade em "libertar-se do seu passado".
"Senhor deputado Pedro Passos Coelho, com toda a cordialidade, convido-o a vir para o presente, porque no presente é muito bem recebido", disse António Costa, acrescentando: "No presente encontrará um largo futuro."
Passos Coelho garantiu não estar "nada tranquilo" com as expectativas criadas pelo Governo no esboço do Orçamento do Estado para 2016 apresentado em Bruxelas. Na resposta, Costa garantiu que o documento só pode gozar de credibilidade se estiver de acordo com os compromissos com o eleitorado e acusou "alguém" de ter convencido a Comissão Europeia "que medidas que nacionalmente foram apresentadas como temporárias eram definitivas".
Sobre o documento apresentado em Bruxelas, Costa, insistiu na urgência da recuperação dos rendimentos dos portugueses, na correção da asfixia fiscal e na redução das desigualdades para possibilitar "uma navegação tranquila" e "com rumo certo".
António Costa abriu o debate quinzenal na Assembleia da República citando o músico Sérgio Godinho, que cantou que "a sede de uma espera, só se estanca na torrente".
"Este Governo e esta maioria parlamentar foram os primeiros a reconhecer a urgência que o país e os portugueses sentiam relativamente à recuperação dos seus rendimentos, à correcção da asfixia fiscal, à redução das desigualdades. Depois destes brutais anos de austeridade, temos de gerir com inteligência a torrente, transformando a sua força em energia e progressivamente ir alargando as margens, aplacando a velocidade a que corre o caudal, permitindo navegação tranquila e com rumo certo", declarou o líder do executivo.

Fonte: rr.sapo.pt

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