domingo, 3 de abril de 2016

O 36.º Congresso do PSD termina hoje com o discurso de encerramento do presidente Pedro Passos Coelho, após a eleição dos órgãos nacionais, sendo a principal novidade a ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque como vice-presidente.

© Lusa
Os delegados votam, entre as 09:00 e as 11:00, as listas do líder para a Mesa do Congresso, a Comissão Política Nacional e a Comissão Nacional de Auditoria Financeira.

No que respeita aos órgãos com representação proporcional, foram entregues oito listas para o Conselho Nacional -- a de Passos Coelho encabeçada pelo ex-ministro Luís Marques Guedes - e quatro para o Conselho de Jurisdição Nacional.
A sessão de encerramento do Congresso, que decorre em Espinho, Aveiro, está marcada para as 13:00, com a proclamação de eleitos e o discurso de encerramento do presidente do partido.
No final dos trabalhos, marcarão presença a líder do CDS-PP, Assunção Cristas, a secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, e os representantes do PCP Carlos Gonçalves, da Comissão Política, e José Gaspar, do Comité Central.
Além de Maria Luís Albuquerque, Passos Coelho anunciou no sábado que escolheu como novas vice-presidentes Sofia Galvão e Teresa Morais, numa equipa de direção que passa a ter quatro mulheres, e na qual se mantêm os 'vices' Jorge Moreira da Silva, Marco António Costa e Teresa Leal Coelho.
José Matos Rosa mantém-se igualmente no cargo de secretário-geral, completando assim a equipa da Comissão Permanente, órgão de direção mais restrito do PSD.
Saem, assim, da direção nacional do PSD três dos atuais seis vice-presidentes, Pedro Pinto, José Matos Correia, Carlos Carreiras, sendo que este último será o coordenador autárquico do partido.
No segundo dia de trabalhos, as autárquicas de 2017 foram tema de vários discursos, entre os quais o do ex-ministro da Defesa José Pedro Aguiar-Branco, que desafiou Pedro Duarte a candidatar-se pelo Porto e José Eduardo Martins por Lisboa.
Santana Lopes fez questão de marcar presença no Congresso - foi o único antigo presidente do PSD a fazê-lo - e de deixar elogios a Pedro Passos Coelho e também ao ex-Presidente da República Aníbal Cavaco Silva, que foi aplaudido de pé pelos congressistas. À entrada, disse não estar virado para o combate autárquico, e em palco deixou um pedido de calma sobre estas eleições: "'Keep cool', tenhamos calma, tudo a seu tempo".
Paulo Rangel elegeu a mobilidade social como a principal prioridade do PSD e deixou uma proposta concreta: terminar com as diferenciações académicas em documentos oficiais e instituições estatais.
Duas das vozes que nas últimas semanas fizeram alguns reparos à liderança do partido, José Eduardo Martins e Pedro Duarte, também falaram aos congressistas no sábado.
O antigo líder da JSD Pedro Duarte preferiu centrar as críticas na governação socialista - anteviu que "ou acaba num pântano falido ou numa bancarrota pantanosa" -, enquanto o ex-secretário de Estado do Ambiente apelou à união do PSD, pedindo ao partido para começar a agir e fazer política com inteligência e coerência.
A moção de estratégia global de Pedro Passos Coelho, "Compromisso Reformista", foi aprovada sem votos contra e com apenas duas abstenções. Todas as 27 propostas temáticas foram aprovadas, incluindo as que defendem a introdução de eleições primárias (abertas a simpatizantes) e a regionalização.
Fonte: noticiasaominuto

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