A apresentação do livro “Kalasha”, de
Ana Abrão, foi mais uma marca do êxito da segunda edição do
PHOTOfest Cantanhede, que decorreu de 13 a 15 de outubro, em vários
espaços do concelho, e teve como tema “Olhar Mulher”.
Depois de na estreia do PHOTOfest, em 2022,
ter protagonizado a exposição de fotografia “Outros Mundos – Um
ano, um mês e uma semana de aventuras e fotografias na Ásia”, e
do livro com o mesmo nome, que resultaram de uma imersão na cultura
asiática, Ana Abrão regressou a Cantanhede para apresentar o livro
Kalasha, uma partilha de fotografias e histórias de manifestações
culturais e experiências pessoais da autora ao longo de dois meses
de convivência com uma minoria animista do Paquistão.
A sessão contou com a presença do
vice-presidente da Câmara Municipal com o pelouro da Cultura, Pedro
Cardoso, da presidente da associação fotografArte, Fátima Lopes, e
do presidente da União de Freguesias de Cantanhede e Pocariça, Nuno
Caldeira.
Pedro Cardoso não poupou nos elogios à
obra, salientando que “um
encontro com Ana Abrão, uma fotógrafa apaixonada pela fotografia, é
um encontro com outras culturas”.
“Esta prestigiada fotógrafa é uma
referência incontornável a nível internacional, leva-nos consigo
até às montanhas do Paquistão, para nos dar a conhecer outra
cultura e revelar aspetos de beleza única, com a particularidade de
se tratar de uma minoria acolhedora que luta pela preservação da
sua identidade cultural, resistindo”,
considerou.
Pedro Cardoso diz que “Kalasha
só é possível graças à mestria e arte da autora, cujos trabalhos
têm um poder comunicacional notável, que não nos deixa
indiferentes. No fundo consegue colocar na agenda temas relevantes em
que muitas vezes estão em causa a dignidade humana e os direitos
humanos”.
As fotografias, de uma enorme sensibilidade
estética e artística, são acompanhadas de uma história. Relatos
de rituais religiosos, celebrações, danças, cantos, crenças, mas
também da interação de Ana Abrão com pessoas locais, crianças e
adultos, jovens e idosos.
“Pessoas genuínas e de uma
simplicidade admirável” como
referiu Ana Abrão, que pretende “contar
histórias do mundo... Vidas, culturas, cores, vivências, emoções,
imagens, cheiros, sons, movimentos…”.
Graduada em Psicologia e doutorada em
Psicologia/Informática, Ana Abrão deixou de ter como centro a sua
carreira de professora universitária para se dedicar ao seu gosto
pela fotografia.
A fotógrafa luso-brasileira representa
Portugal nos concursos internacionais de fotografia e participa em
salões de fotografia como júri. Tem os reconhecimentos PPSA pela
Photographic Society of America, além de “Artist” e “Excelence”
(AFIAP, EFIAP) pela associação Europeia International Federation of
Photographic Art.
*Paulo Cardantas/ Divisão de Comunicação |
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