A
Câmara Municipal de Cantanhede aprovou, por unanimidade, a aceitação
das competências na área da saúde, nos termos do auto de
transferência a celebrar oportunamente e que terá efeitos a partir
do próximo dia 1 de março.
A
deliberação surge na sequência de vários encontros que a
presidente da autarquia, Helena Teodósio, manteve com responsáveis
da tutela, com destaque para a reunião com o ministro da Saúde,
Manuel Pizarro, em 24 de novembro de 2023, em Cantanhede, na qual
este membro do Governo manifestou disponibilidade para encontrar uma
solução tendente a corresponder às reivindicações do Município,
conforme assumiu publicamente nesse mesmo dia, numa sessão da Santa
Casa da Misericórdia.
Essa
solução veio a ser formalizada pelo presidente do Centro Hospitalar
e Universitário de Coimbra, Alexandre Loureço, que, na Assembleia
Municipal de 15 de dezembro, apresentou os contornos do modelo de
funcionamento para os serviços de saúde locais e anunciou o
investimento de 13 milhões de euros nas duas unidades hospitalares
do concelho, três dos quais para o Hospital Arcebispo João
Crisóstomo e 10 para o Centro de Medicina de Reabilitação da
Região Centro – Rovisco Pais.
Congratulando-se
com estes investimentos, a presidente da Câmara Municipal refere
que, quanto à organização dos serviços de saúde,
“no
essencial a proposta satisfaz as pretensões da autarquia
relativamente à prestação de cuidados de saúde. Não é
exatamente aquilo que temos reivindicado desde que, em 2020, fechou a
Consulta Aberta no Hospital Arcebispo João Crisóstomo, pois a nosso
ver o ideal seria a abertura de uma urgência básica em
funcionamento das 8h00 às 24h00, mas ainda assim aceitamos
subscrever a transferência de competências porque agora se
perspetiva uma valorização efetiva das respostas dos serviços de
saúde a vários níveis”, afirma Helena Teodósio.
“Valeu
a pena lutar, valeu a pena resistir e recusar as propostas que o
Governo foi apresentando sem que se vislumbrasse em nenhuma delas a
possibilidade de se inverter uma situação que tem vindo a penalizar
os munícipes de Cantanhede quanto à prestação de cuidados de
saúde”, refere a autarca, destacando “a forte mobilização de
todas as forças políticas em torno desta causa comum em defesa de
melhorias efetivas para o acesso dos munícipes aos cuidados de
saúde”.
Helena
Teodósio lembra que as soluções inicialmente apresentadas não
contemplavam qualquer resposta às situações de emergência em
doença agudas, resposta essa que nesta proposta passa a estar
acautelada todos os dias úteis, das 9h00 às 18h00, nas Unidades de
Saúde Familiar (USF), e das 18h00 às 22h00 no Centro de Saúde, que
assegura também o atendimento aos fins de semana e feriados, das
10h00 às 20h00”.
O
acordo que a autarquia cantanhedense vai subscrever prevê o reforço
da atividade da Consulta Externa e Meios Complementares de
Diagnóstico (MCDT’s) no Hospital Arcebispo João Crisóstomo, a
criação de clínica ambulatória para doentes crónicos complexos,
modelo inovador de prestação de cuidados integrados dedicado a
doentes com multimorbilidade, maximizando assim o espaço do Hospital
de Dia, entre as 9h00 e as 16h00”, e ainda a descentralização de
consultas e outros recursos do Centro Hospitalar e Universitário de
Coimbra para a unidade hospitalar de Cantanhede.
Por
outro lado, será reforçada a atividade da cirurgia de ambulatório
com a descentralização da cirurgia geral, ortopedia e urologia, do
CHUC para o HAJC, a reativação das sete camas de internamento de
medicina interna no HAJC, aproveitando os recursos físicos e humanos
disponíveis, o apoio permanente do hospital ao Centro de Saúde de
Cantanhede e às USF, ao nível dos MCDT’s, Raio X e laboratório,
entre outros aspetos.
Divisão de Comunicação, Imagem, Protocolo e Turismo
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