quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

QUANDO A DIFICULDADE DE FAZER O JORNALISMO SÉRIO EXTRAPOLA


Certos Políticos se Acham Uma Bem gelada no calor do verão.


Livro mais importante do mundo, a Bíblia, a palavra de Deus, mostra com certa clareza que o Senhor Jesus foi crucificado por ter uma ideia diferente do convencimento comum da sua época, e não abriu mão de defendê-la frente à força do sistema. Guardando as devidas proporções, sobretudo pela santidade ímpar intrínseca ao Mestre Cristo, não parece exagero trazer à mente as injustiças cometidas contra o Salvador, para ajuizarmos sobre a dificuldade de se fazer jornalismo político sério em Sergipe. Imparcial e sem se prestar ao papel lastimável de esconder o jogo da sociedade.

Infelizmente, determinados políticos esquecem que são homens públicos e devem satisfação à sociedade que, óbvio, paga seus vencimentos e se sentem intocáveis. Semi-deuses. Uma bohemia bem gelada numa tarde de um sábado de verão. Se consideram os donos da verdade, ao ponto de conceder entrevista, se arrepender e colocar em xeque a credibilidade do jornalista que levou a notícia à sociedade, ao negar juízo cristalino. Arrogância maior impossível.

Outros políticos, não menos petulantes, se acham no direito de tramar para derrubar jornalista que não se submete ao pecado de usar da crítica pela crítica para executar caprichos políticos. Aqueles jornalistas sérios que não aceitam usar o ofício para desgastar adversários de tais políticos amiguinhos dos donos da mídia.

O mais grave nesta cultura injusta de políticos açodados, para escrever o mínimo, contra jornalistas sérios é a lógica estúpida com que agem. Os primeiros, os intocáveis, tentam desqualificar quem não se curva ao jornalismo vendido. Repugnante. Sem o mínimo de escrúpulo, ventilam irresponsavelmente a inverdade que o jornalista que não se presta a ser seu vassalo está a serviço de outro político. Ou seja, na óptica destes donos da verdade, não há como fazer um jornalismo sério, independente. Sem ter lado político. Dando espaço a todos sem olhar o partido, e desnudando a política, a ciência do poder, ao levar tudo à sociedade sem recortes - evitando apenas entrar na vida pessoal dos agentes.

Jornalista bom para este tipo de político que, evidentemente, usa máscara diante da sociedade é aquele que recebe propina, tem parente em gabinete de parlamentar e, sem trabalhar, passa o cartãozinho todos os meses. É aquele que teme fazer as perguntas capazes de revelar quem é quem, e contrariar interesses. Que prefere engordar a conta bancária a ter o respeito da sociedade. Andar em carrões a andar de cabeça erguida. Serve a esta espécie de político, o tipo de jornalista que troca a independência pela vocação de dar recado. E, vergonhosamente, sonega informação à sociedade a mando do patrão. Esta corja, aliás, é quem sustenta a cultura repugnante.

Há várias formas de desmoralizar estes políticos publicamente. Não movido pelo mesmo sentimento medíocre que faz um homem que se diz sério tentar prejudicar outro colocando em xeque sua credibilidade, óbvio. Mas há quem bata boca em programa de rádio. Apresente as provas e mostre à sociedade quem é o vilão da história. Existem também quem busque o caminho da Justiça. Particularmente, aprendi com seu Maninho, meu pai, que "o mundo só é ruim para quem não sabe esperar". Com minha mãe, dona Fátima, para deixar "os mortos enterrarem os mortos". E o com o grande Eu Sou que "não digas: vingar-me-ei do mal; espera pelo Senhor e ele te livrará", provérbios 20:22.


NB: aos leitores da imprensa escrita é-lhes oferecido uma imprensa de facções, minada de amigos da onça, de cunhas, de interesses subterrâneos, senão mesmo de promiscuidade.
Ainda se ouve com frequência aquelas expressões: “não se meta nisso”, “não se envolva no assunto”, “vai-se sair mal”, “não escreva nada, senão as coisas pioram mais”, “olhe que vai ser metido em sarilhos no tribunal”, “desligue-se do assunto, porque não vai receber subsídios” ou “a sua família vai sofrer represálias”, para não falar de perseguições de diversa ordem no dia-a-dia.

Já senti na pele todos estes efeitos e outros que não adianta referir. Um jornalista sério, que honre a sua profissão, que cumpra com o código de ética, que não vergue perante as chantagens, que não se deixe corromper pela tentação do dinheiro, das duas e uma: ou é colocado a um canto na redacção, ou por iniciativa pessoal desliga-se e sai de cena.
Portugal tem exemplos destes.

J. Carlos
editorlitoralcentro@gmail.com








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