sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Entrevista a Passos: "Vamos acabar com esta fanfarronice"

Enquanto dormia
David Dinis, Director do público
21 DE OUTUBRO DE 2016
Bom dia!
Foi lançado um aviso, da Europa à Rússia. O Conselho Europeu está convencido que que a estratégia de Putin é enfraquecer a Europa e garante que não estará pelos ajustes: se nada mudar, serão aplicadas novas sanções.
Um erro repetido. Donald Trump recusou dizer, no último debate com Hillary, se reconheceria os resultados eleitorais. Nas últimas horas, o candidato acrescentou que aceitará os resultados... se for ele a vencer. A resposta não tardou: eis Barack Obama.
Uma reposição de justiçao Reino Unido vai conceder perdões póstumos a milhares de homo e bissexuais, que foram condenados por ofensas sexuais. O crime que foi retirado da lei britânica há quase 50 anos, mas ainda há homens vivos que poderão ter o seu nome limpo.
Uma inovação a caminho. A Google chegou a acordo com a CBS e prepara-se para lançar um serviço de televisão no You Tube, combatendo os canais tradicionais.
O tema do dia
Passos Coelho é o entrevistado do PÚBLICO (nas edições de hoje e amanhã), e deixa uma novidade: desta vez, o PSD vai apresentar propostas na discussão do Orçamento. Isto apesar de o PSD estar a exigir dados ao Governo, que não constam do Orçamento.
Mas há mais: mostra abertura para conversar com o Governo sobre o alargamento da condição de recursos a todas as prestações sociais (como pede Costa, já com recusa do Bloco e PCP).
O líder do PSD diz não ter dúvida de que "o país já saiu da emergência", explicando que é por isso que não percebe o aumento de impostos, senão como preço pela manutenção desta maioria. E acha mesmo que Costa nunca os voltará a baixar (ler aqui).
“Vamos acabar com esta fanfarronice. Não há outra solução nenhuma”, exclama o líder do PSD, quando fala sobre o modo como (admite) o Governo pode atingir o objectivo do défice deste ano. Como? Ele explica aqui.
O líder do PSD diz ainda que a Caixa pode abrir um problema muito grande no BCP e Novo Banco. Acrescentando uma crítica violenta à forma como Mário Centeno geriu a venda do NB e a reestruturação da CGD. 
Estes são os textos e vídeos de hoje, amanhã publicaremos a parte política (com algumas surpresas).
E o que é que há mais?
A TVI entrevistou António Costa, que jurou ter o orçamento com menos alterações fiscais em 20 anos. O primeiro-ministro disse que, se houvesse margem orçamental, a sobretaxa já teria acabado; e atirou a revisão dos escalões do IRS para um calendário indefinido. 
Um problema anunciado é o das deduções na Educação. Se ontem Catarina Martins garantia haver margem para as aumentar no OE 2017, hoje o secretário de Estado do Orçamento diz que não (ao Jornal Económico). Por uma razão estritamente política, garante o DN.  
Pelo meio, o PS deu ordem aos deputados para chumbar o projecto do PCPque pretendia baixar as rendas a alguns inquilinos.
Agora um outro problema que não larga o Governo: a TAP está a pedir mais sete anos para pagar 120 milhões aos bancos, ainda consequência de um empréstimo prometido que não chegou. A renegociação da dívida está, agora, na mão da CGD, Novo Banco e BCP, como explica a Raquel Almeida Correia.
O que está a derrapar, também, é a reabertura de 20 tribunais, prometida pela ministra da Justiça. O DN diz que o atraso na lei pode atrasar muito o calendário definido.
Uma ideia que promete polémica: ajustar "automaticamente" as notas de alguns alunos, para responder a uma possível "inflação de notas" em algumas escolas e colégios. O ministro do Ensino Superior tem a sugestão nas mãos.
Uma polémica que se começa a resolver é a dos comandos: o Exército abriu dois processos disciplinares, na sequência da investigação à morte de dois militares durante os treinos.
E esta, agora? Diz a TSF que a campanha das autárquicas vai custar mais 21 milhões de euros do que há quatro anos. O total será de 60 milhões.
Para dar também uma boa notícia, aqui fica esta: a Autoeuropa vai contratar 1.500 pessoasSegundo o Jornal de Negócios, nem a polémica que atingiu a marca há um ano travou o investimento em Portugal.

Hoje é importante

A UE tenta salvar o acordo com Canadá, numa cimeira de crises. Há, aliás, uma nova palavra no léxico da União: é a “policrise”, ou a multiplicação de crises simultâneas com potencial para abalar as fundações da própria comunidade. As mais prementes, na reunião que prossegue desde a noite de ontem, passam pelo acordo de livre comércio com o Canadá, que nas últimas horas sofreu mais um revés.
Em cima da mesa dos líderes está, de novo, Schengen. E nesse tema vale a pena ver este estudo que analisou as consequências de um eventual fecho de fronteiras. O Paulo Pena leu-o, concluindo que Portugal seria dos mais afectados pelo regresso das fronteiras.  
A DBRS dirá de sua justiça sobre o rating português, uma decisão sempre sensível, já que é a única agência que nos dá rating favorável. Ontem o BCE deu meia ajuda e, na entrevista ao Público, Passos diz não prever qualquer alteração (e as últimas horas mostram que os investidores também não).
No futebol, conte com o sorteio da Taça de Portugal (teremos clássico na quarta eliminatória?). E - melhor ainda - um dia que pode ser histórico para a nossa selecção feminina (teremos Europeu?)

Só mais um minuto... 

Porque David Bowie está na nossa capa. Porque está aí um documentário, um livro e uma caixa de discos. Porque vêm aí as três últimas canções gravadas, todas originais. Mas também uma exposição ou um leilão. David Jones morreu em Janeiro deste ano, mas Bowie continua a assombrar-nos, omnipresente.
Deixo-lhe ainda um certo abrir de apetite. Para esta série: The Young Pope ainda nem estreou e já tem 2ª temporada assegurada. Tem Jude Law no papel de um jovem Papa (como diz o nome) e chega a Portugal já em Novembro.
E uma dúvida, que nos traz a inovação: será que uma app pode substituir o contraceptivo? Mesmo?
É por aqui que termino hoje. Aproveite o fim-de-semana para descansar,também para dormir um pouco mais. Aproveite cada segundo para se divertir. Hoje tem o Ípsilon nas mãos para o ajudar. E a cada segundo tem-nos à mão para se manter informado. Ah! E talvez seja bom ler o Miguel Esteves Cardoso, que ele tem uma recomendação que lhe pode ser útil.
Dia bom, sorriso melhor.
Até já!

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