domingo, 22 de outubro de 2017

Incêndios. Mira pede suspensão das doações de bens materiais. Oliveira do Hospital já recebeu roupa suficiente

A Câmara de Mira pediu hoje que seja suspensa a entrega de bens após os incêndios de domingo, já que a “onda de solidariedade” foi muito significativa e “acima das expectativas”. A Câmara de Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra, pediu hoje para que seja suspensa a entrega solidária de roupa no concelho, na sequência dos incêndios.
“Agradecemos todos os bens essenciais que nos têm chegado nesta última semana. No entanto, a onda de solidariedade foi tão significativa, muito acima das expectativas que tínhamos, que neste momento vimos pedir para que não façam chegar mais bens materiais, pelo menos até fazermos uma triagem do material existente e se verificar a necessidade de algum bem em falta”, lê-se numa mensagem publicada no Facebook pelo Contrato Local de Desenvolvimento Social.
A mesma nota recorda que a população pode fazer donativos “através da conta solidária gerida pela Câmara Municipal de Mira e Juntas de Freguesia do concelho”.
Foto de Raul Almeida.
Roupa solidária já é suficiente em Oliveira do Hospital
Através de uma nota publicada pela autarquia e intitulada “Apelo Urgente”, o município agradece ao “extraordinário” povo português e pede “encarecidamente que não envie mais vestuário para o Centro de Apoio às Vítimas dos Incêndios de Oliveira do Hospital”.
“Pedimos a todos os cidadãos que estejam disponíveis para colaborar que entrem em contacto com o Gabinete de Apoio à Vereação (GAV), através dos n.º: 238 605 257 (direto GAV) ou 238 605 250 (geral da Câmara Municipal), por forma a saberem quais as reais necessidades”.
As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 44 mortos e cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves.
Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 vítimas mortais e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.

Fonte: MadreMedia/Lusa

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