sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Na “assistência às vítimas é preciso perceber que o primeiro passo é garantir a segurança das pessoas” responde INGC à Governadora de Sofala

Na sequência da chuva que caiu há cerca de uma semana na província de Sofala a Governadora insurgiu-se contra o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) que alegadamente “com mil toneladas de comida no armazém, vocês não conseguem dar comida às pessoas para comer”. A instituição esclarece que durante o “processo de assistência às vítimas é preciso perceber que o primeiro passo é garantir a segurança das pessoas e depois criam-se todas as condições logísticas de assistência”.
Em mais uma das suas visita surpresa aos afectados pela época chuvosa nas cidades do Dondo e Beira a Governadora da província Sofala, Maria Helena Taipo, repreendeu os funcionários do INGC por alegada demora na distribuição de alimentos às vítimas de calamidades nas cidades de Dondo e Beira.
“(...) Com mil toneladas de comida no armazém, vocês não conseguem dar comida às pessoas para comer (...) Preparem comida o mais rápido possível, tudo o que é necessário para a aquela população. Não é vosso dinheiro este” afirmou Taipo num dos armazéns do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, após visitar os cidadãos que tiveram de ser retirados das suas residências para centros de acomodação.
Confrontado com esta incursão da governante o porta-voz do INGC, Paulo Tomás, esclareceu que “(...) em relação a Sofala a situação que nós registamos na noite de domingo e segunda-feira foi primeiro retirar as pessoas, evacua-las daquelas zonas onde estavam a ser afectadas pela queda de precipitação”.
Questionado pelo @Verdade esta quarta-feira (21), em Maputo, a fonte explicou que “após a retirada das pessoas criam-se todos as condições logísticas necessárias para a assistência alimentar. Neste processo de assistência às vítimas é preciso perceber que o primeiro passo é garantir a segurança das pessoas e depois criam-se todas as condições logísticas de assistência. Portanto essas famílias receberam aquilo que é a sua assistência alimentar e também bens não alimentares para o seu bem estar”.
129 mil pessoas afectadas, 7 mil casas destruídas, 667 salas de aulas destruídas
Relativamente a situação de emergência durante o últimos dez dias desta época chuvosa Paulo Tomás actualizou disse que mais 19.400 pessoas foram afectadas, grande parte na província de Maputo, 8.110, na cidade de Maputo, 5.310, e na província da Zambézia, 3.230 pessoas.
No que diz respeito aos danos materiais ficaram alagadas 3.776 casas, a maioria na cidade e província de Maputo, e 111 habitação ficaram completamente destruídas, 96 da província do Niassa.
De acordo com o porta-voz do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades a época chuvosa decorre dentro do que foi previsto pelos meteorologistas e, desde o seu início foram restados em Moçambique “129.683 pessoas afectadas, 14.403 casas parcialmente e 7.268 totalmente destruídas, 667 salas de aulas destruídas ( 465 parcial e 201 total) e 17 unidades sanitárias afectadas e 4 Sistemas de Abastecimento de Água”. As vítimas mortais subiram para 50 pessoas.

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique


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