A Câmara Municipal de Mira iniciou neste 6 de setembro, a manutenção do seu sistema hídrico, nomeadamente a limpeza das principais valas do concelho. Recorde-se que a autarquia assinou um protocolo para o efeio, com o Regimento de Engenharia nº 3 do Exército de Portugal, que tem sede em Espinho.
Ao longo dos anos, o sistema hídrico vai passando por um processo de assoreamento, criando pequenas ilhas nos leitos, o que reduz o canal de vazão e a capacidade de escoamento, para além de existir demasiada ocupação de plantas infestantes.
“Este trabalho desenvolvido pelo Regimento de Engenharia 3 de Espinho irá permitir a limpeza de vegetação e de infestantes, nomeadamente jacintos, que estão ao longo das nossas valas, prevenindo assim eventuais cheias que possam ocorrer no período do outono e inverno”, refere o presidente da autarquia, Raúl Almeida, que se deslocou ao local onde se iniciaram estes trabalhos.
Esta intervenção contempla a reabilitação da coluna dorsal da Rede Hidrográfica Municipal, através da remoção de assoreamentos, recuperação de margens e limpeza de infestantes, numa extensão total de 16 quilómetros, desde o Cais do Areão até à Calvela.
Posteriormente serão colocadas barreiras de contenção tendo em vista um reforço no controlo das espécies infestantes e criação de locais para recolha mais agilizada e rápida.
Só um trabalho continuo irá levar à minimização destas infestantes, reduzindo ao mínimo a sua existência nestes sistemas, promovendo o nosso sistema ambiental, minimizando o risco de cheias e salvaguardando a segurança das pessoas e dos seus bens”, adianta o autarca de Mira, não escondendo a sua satisfação pelo início destes trabalhos ainda antes do período de chuvas na região e numa altura em que se vê, pelo menos nas valas, uma grande quantidade de plantas infestantes.
O desenvolvimento destes trabalhos de limpeza contemplou ainda a regularização do areal da praia de Mira (antes da época balnear, numa área de 10 hectares), num investimento de cerca de 30 mil euros. Este projeto vai desenvolver-se ao longo de 32 semanas.
Raúl Almeida adiantou que “este protocolo vai continuar em vigor até a autarquia estar dotada de mais meios que vão permitir uma maior capacidade de manutenção deste tipo de trabalhos, que são cada vez mais importantes para assegurarmos a reabilitação regular dos nossos recursos hídricos”.
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