quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Eu, Psicóloga | 5 dicas para conviver melhor com o TDAH




Viver com o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade não e fácil, seja você um paciente, alguém que convive ou ama uma pessoa com o transtorno. Além dos impactos causados pelos sintomas, a desinformação alheia sobre o TDAH pode ser outra barreira para quem busca qualidade de vida e inserção social.

Hoje em dia, com os diversos recursos e cuidados disponíveis, é possível viver com qualidade, independentemente dos sintomas do TDAH e da fase da vida de cada paciente. Para isso, além do apoio de uma equipe multidisciplinar, é preciso muita informação!

Confira aqui alguns passos que poderão ajudar a conviver melhor com o TDAH:

1. Siga o tratamento corretamente! 

Após o diagnóstico do TDAH, viver com qualidade depende da adesão ao tratamento recomendado pelo médico. Como geralmente é utilizado o tratamento multimodal, que consiste em diferentes abordagens terapêuticas simultâneas, é natural que o tratamento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade exija disciplina e dedicação dos pacientes – no caso de crianças e adolescentes, inclusive de seus pais, educadores e familiares. Mas o controle dos sintomas pode ser recompensador! Se você estiver enfrentando algum desafio para seguir o tratamento proposto, converse com seu médico e com outros profissionais de saúde envolvidos. Somente eles poderão fazer algum ajuste e encontrar a melhor solução para seu caso.

2. Não tenha vergonha do TDAH! 

transtorno de déficit de atenção e hiperatividade é uma doença neurológica bastante prevalente, que atinge cerca de 5 a 8% das crianças1 e, muitas vezes, se prolonga pela adolescência e vida adulta. Se você ou alguém que você ama faz parte desse grupo, não há razão alguma para sentirem vergonha. Muitas doenças neuropsiquiátricas – como a epilepsia, o transtorno bipolar e a depressão – infelizmente ainda não são plenamente compreendidas por parte da população. Há inúmeras sociedades médicas e associações de pacientes atuando na conscientização sobre essas doenças, para quebrar os estigmas existentes. Mas lembre-se: a decisão de contar sobre o diagnóstico e tratamento do TDAH é individual.

3. Não deixe que a opinião de outras pessoas prejudique o seu tratamento. 

Ainda quanto à desinformação alheia, o mais importante é não deixar que ela atrapalhe seu tratamento e a sua qualidade de vida. O que você faz para manter a sua saúde – ou a do seu filho – só diz respeito a vocês. Não interrompa o tratamento ou deixe que a opinião de outras pessoas atrapalhe o controle do TDAH. Na dúvida, converse com o seu médico de confiança antes de tomar qualquer decisão.

4. Não acredite em tudo o que lê, ouve ou assiste sobre o TDAH… 

Como qualquer outro tema, há pessoas com opiniões muito divergentes sobre o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, seu diagnóstico e tratamento. Por isso, você deve colocar tudo o que lê escuta e assiste em perspectiva. Procure focar nos canais e pessoas em que você confia, em especial naqueles que são especializados, como os profissionais de saúde. Lembre-se que mesmo as pessoas com boas intenções podem estar desinformadas.

5. Busque alternativas para viver com mais saúde e qualidade de vida. 

Os sintomas do TDAH podem de fato impor alguns constrangimentos e muitos desafios para crianças, adolescentes e adultos. Por isso, se você tem transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, utilize todos os recursos que estão à sua disposição para viver com mais qualidade. Seja um aplicativo no celular para sua organização e melhor gerenciamento dos horários; o apoio de um amigo mais próximo na sala de aula ou no trabalho; ou técnicas específicas de um profissional de saúde… Não subestime as diferenças que esses recursos podem trazer para seu dia a dia. Se tiver uma dificuldade específica e não souber para quem recorrer, converse com seu médico, ele poderá te ajudar a achar uma alternativa!


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