A ASAE e o ministro da Economia abriram guerra aos hipermercados. Estes queixam-se de “uma campanha de desinformação, com danos gravosos para a reputação do setor da distribuição alimentar”.
O facto é que a ASAE descobriu uma prática pouco abonatória: especulação, essencialmente por diferenças entre preço de prateleira e o cobrado na caixa, que chegarão aos 40 por cento! 17 processos-crime de delito Económico foram instaurados por esta prática. Muito grave e nada abonatória para as empresas.
Diz ainda a ASAE que, no ano passado, as cadeias de distribuição tiveram à venda produtos com margens de lucro brutas a rondar os 50%. O certo também é que a inflação alimentar é três vezes superior à geral.
Apesar disso, o Continente diz que empresa que lidera absorveu "parte dos aumentos de preço apresentados pelos nossos fornecedores. “Também nós sofremos”, disse a líder da SONAE dirigindo-se aos trabalhadores, “nesta altura em que a sua reputação está a ser atacada”.
Por seu lado, a segunda cadeia alimentar, o Pingo Doce, registou no ano passado um incremento nos lucros de cerca de 30 por cento.
Neste fim de semana fui às compras. Tive o cuidado de anotar uma dúzia de preços nas prateleiras e comparar com o que paguei na caixa. Não registei qualquer diferença.
Se entretanto corrigiram a prática descoberta pela ASAE, já valeu a pena a ação desta autoridade. Ficamos também mais confiantes por sabermos que as entidades que tem que fiscalizar, fazem o seu trabalho, não se deixando influenciar ou corromper.
EDUARDO COSTA, jornalista, presidente da Associação Nacional da Imprensa Regional
Destaque:
“Se entretanto corrigiram a prática descoberta pela ASAE, já valeu a pena a ação desta autoridade”
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