terça-feira, 3 de maio de 2016

CLIENTES SEM DINHEIRO (E SEM DENTES) APÓS FALÊNCIA DE “O MEU DENTISTA”


 


Conor Lawless / Flickr
A insolvência das clínicas O Meu Dentista, do grupo Dizin Saúde, está a deixar “milhares de utentes” preocupados e indignados, porque pagaram antecipadamente tratamentos dentários que agora não podem concluir.
“Ficámos sem dinheiro e sem dentes. Não sabemos o que fazer”, lamentaram ao Correio da Manhã vários utentes de clínicas O Meu Dentista depois de noticiada a falência e o encerramento das 12 unidades que funcionavam em Portugal.
O jornal falou com Lucinda Cambedo, utente de 80 anos de Albufeira, que diz que perdeu 12 mil euros e que se sente enganada. Já Sílvia Nobre, de 46 anos, a residir em Tunes, fala num prejuízo de 1.200 euros.
No Portal da Queixa é possível encontrar vários utentes de clínicas O Meu Dentista que se queixam de ter pago antecipadamente tratamentos dentários que agora não poderão concluir, enquanto outros lamentam que estão a pagar créditos contraídos para efectuarem tratamentos dentários na clínica.
A DECO alerta, numa nota no seu site oficial, que os clientes com contratos de crédito activos podem reclamar do “incumprimento contratual”, por parte de O Meu Dentista, junto da instituição financeira que lhes emprestou o dinheiro, “uma vez que podem opor-se ao pagamento das prestações”. Isto porque “estamos perante um crédito ao consumo coligado com o contrato de prestação de serviços”, explica a Associação de Defesa do Consumidor.
“Quanto aos consumidores que contrataram e pagaram directamente à clínica dentária tratamentos que não lhes foram prestados e pelos quais não foram reembolsados”, tinham até ao passado dia 9 de Março para reclamar junto do administrador judicial provisório, designado para o caso, conforme realça a DECO. Os que não o fizeram, arriscam-se a perder grande parte do seu dinheiro.
As clínicas O Meu Dentista passaram por um processo de reestruturação que falhou, motivando a insolvência e o posterior fechar de portas.
“O Meu Dentista lamenta a situação em que coloca os seus pacientes, mas não foi possível recuperar a empresa, o que impossibilitou a manutenção da actividade”, frisa um comunicado no site da empresa.
ZAP

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