sábado, 4 de junho de 2016

BLATTER E DOIS EX-DIRIGENTES DERAM BÓNUS A SI MESMOS DE 71 MILHÕES DE EUROS


 
Ennio Leanza / EPA
O presidente da FIFA,  Joseph Blatter
O ex-presidente da FIFA, Joseph Blatter
A FIFA informou as autoridades suíças que o ex-presidente Joseph Blatter e dois antigos dirigentes de topo, Jérôme Valcke e Markus Kattner, desenvolveram um “esforço coordenado” que lhes permitiu receber 71 milhões de euros nos últimos cinco anos.
O anúncio da FIFA surge um dia depois de o Ministério Público da Suíça ter apreendido vários documentos e material informático durante buscas realizadas na sede da instituição, em Zurique, no âmbito do escândalo de corrupção.
“As evidências parecem revelar um esforço coordenado dos três antigos dirigentes de cúpula da FIFA para enriquecerem através de aumentos salariais anuais, bónus do Campeonato do Mundo e outros incentivos, no total de mais de 79 milhões de francos suíços [71 milhões de euros]“, disse Bill Burck, da empresa de advogados responsável pela auditoria interna.
Entre eles encontra-se Joseph Blatter, ex-presidente da organização que regula o futebol mundial e que recentemente foi banido da modalidade por oito anos, juntamente com Michel Platini, ex-presidente da UEFA.
A FIFA disse que já informou a justiça helvética das descobertas da investigação que está a conduzir e que o fará em breve às autoridades norte-americanas, indicando que “alguns contratos contêm disposições que parecem violar a legislação suíça”.
O comunicado emitido hoje pelo Ministério Público informa que “no seguimento na investigação em curso à FIFA [...], foram efetuadas buscas na sede da FIFA, com o objetivo de confirmar indícios existentes e recolher novas informações”.
As autoridades judiciais suíças limitaram-se a precisar que foram apreendidos documentos e material informático, mas uma porta-voz da FIFA adiantou que o principal alvo das buscas foi o gabinete do alemão Markus Kattner, ex-diretor financeiro e secretário-geral adjunto da instituição.
Kattner, que chegou a substituir interinamente o francês Jérôme Valcke, na sequência da suspensão imposta ao antigo secretário-geral da FIFA, foi despedido no mês passado, com o organismo a alegar que o alemão recebeu bónus no valor de milhões de dólares relativos a contratos que escondeu do organismo.
Comentário: primeiro nós, primeiro nós,primeiro nós a seguir seja lá quem for. Assim este mundo governado por gente séria.
J. Carlos

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