segunda-feira, 19 de setembro de 2016

ANTIBIÓTICOS AUMENTAM RISCO DE ALERGIAS NAS CRIANÇAS


 
stuart-dootson
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O recurso a antibióticos para o tratamento de doenças em crianças está associado a um maior risco de ganho de peso e também, sabe-se agora, a uma maior probabilidade de desenvolver alergias.
O uso de antibióticos tem sido um dos temas centrais das mais recentes investigações científicas. O risco associado à toma destes fármacos tem sido motivo de alerta, especialmente no que toca à eventualidade de não ser possível lutar contra as superbactérias, que se mostram cada vez mais resistentes a antibióticos.
No caso das crianças, o recurso a estes medicamentos para o tratamento de doenças está associado a um maior risco de ganho de peso e também, sabe-se agora, a uma maior probabilidade de desenvolver alergias.
Segundo o diário espanhol El Mundo, um estudo da Universidade de Utrecht, na Holanda, vem revelar isso mesmo – e alertar que o uso de antibióticos nos primeiros anos de vida pode trazer consequências no futuro, em particular eczema e alergias sazonais.
As crianças que tomaram antibióticos antes dos dois anos de idade tinham uma probabilidade de ter eczemas na idade adulta de 15% a 41%, enquanto o risco de alergias sazonais era entre os 14% e os 56%.
E se os antibióticos foram a solução encontrada para mais do que um tratamento, maior era a probabilidade da criança ter uma ou ambas condições.
O estudo focou-se numa revisão científica de 22 outras investigações com um total de 394,517 participantes e outros 22 estudos com 256,609 voluntários, sendo que os primeiros focaram-se nos riscos de eczema e os restantes na probabilidade dos antibióticos darem origem a alergias.
A equipa holandesa analisou ainda mais 12 investigações em que entraram 64,638 participantes com ambas as condições.
Alguns estudos anteriores sugeriam que tomar antibióticos nos primeiros anos de vida estava associado a aumento do risco de desenvolver alergias na idade adulta, mas não eram baseados em dados consistentes.
Este novo estudo, apresentado recentemente no Congresso da ERS, a Sociedade Europeia de Doenças Respiratórias, vem clarificar – com dados sólidos – essa relação.
ZAP / Move

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