domingo, 19 de agosto de 2018

Morreu Rui Alarcão, ex-reitor da Universidade de Coimbra

O ex-reitor da Universidade de Coimbra Rui Alarcão morreu hoje, no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, onde se encontrava internado, revelou à Lusa fonte da Universidade de Coimbra.
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Nascido em 1930, o professor universitário de Direito, 88 anos, foi reitor da Universidade de Coimbra entre os anos de 1982 e 1998, além de membro da Comissão Constitucional e Membro do Conselho de Estado.
"Deixou a sua marca de Professor Catedrático da Faculdade de Direito UC na Lei da Autonomia Universitária que muito ajudou a consolidar nos seus mandatos. E deixou a sua marca em todos aqueles que tiveram o privilégio de o conhecer e de com ele privar: estudantes, professores, funcionários", escreveu no Facebook a deputada Margarida Mano, a primeira a avançar com a notícia da morte do ex-reitor.
Já o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deixou as seguintes palavras:
“Ao tomar conhecimento do falecimento do Professor Doutor Rui Alarcão, apresento à família enlutada e à Universidade de Coimbra as minhas sentidas condolências.
Um dos juristas mais brilhantes da sua geração, civilista que contribuiu decisivamente para o nosso atual Código Civil e para o prestígio da Universidade de Coimbra, seja como professor, seja como seu Reitor, Rui Alarcão foi um homem de princípios e de valores, que ao longo de toda a vida se bateu por um Portugal mais livre, mais democrático e mais justo, e com quem tive a oportunidade de conviver, ainda recentemente em várias cerimónias em Coimbra.
Defensor acérrimo da autonomia universitária, pugnou pela excelência do ensino superior e pela sua independência face aos poderes instituídos, na convicção firme e inabalável de que o diagnóstico e a solução dos problemas nacionais se devem fazer através do estudo e do rigor, da ponderação cuidada e da reflexão informada.
O Doutor Rui Alarcão foi um espírito livre e um homem de liberdade, que exerceu funções públicas de grande relevo, seja como vogal da Comissão Constitucional, seja como membro do Conselho de Estado, aí deixando a marca da sua luminosa inteligência e da sua afabilidade de trato.
Portugal perdeu hoje um jurista excecional e um grande cidadão, um homem culto, livre e independente, português modelar e exemplo de seriedade académica e de retidão de carácter que nunca esqueceremos; o Presidente da República perdeu também um amigo.
Marcelo Rebelo de Sousa”
Jornal Mira Online com Lusa

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