sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Saúde | 80 pessoas recusaram doar medula a doentes em risco de vida

 Foto: EPA

Foto: EPA
12 set, 2019 - 08:07 • Redação
Os mitos e falta de informação, em volta do processo de colheita, estão na origem de boa parte das desistências.
No ano passado, 80 pessoas recusaram doar medula óssea a doentes em risco de vida embora estivessem inscritas no registo de dadores e fossem compatíveis.
De acordo com o “Jornal de Notícias”, a este número acrescem as recusas de familiares que não são contabilizadas.
Os mitos em volta do processo de colheita de medula estão na origem de boa parte das desistências.
Por isso, o IPO do Porto organiza um evento, no dia 21, para sensibilizar para a importância da dádiva e desmistificar conceitos errados. A iniciativa vai juntar dadores, transplantados e especialistas das principais unidades de transplantação de medula do país.
Em 2018, o Centro Nacional de Dadores de Células de Medula Óssea, Estaminais ou de Sangue do Cordão recebeu pedidos de ativações para 1.424 dadores, dos quais 1102 para doentes estrangeiros e 322 para doentes nacionais, revelou o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST).
Já em 2017, foram registadas 110 desistências de dadores.
Quem pode ser dador?
Ter entre 18 e 45 anos; peso mínimo de 50 kg; altura superior a 1,5 metros; ser saudável; e nunca ter recebido transfusões após 1980.
Como pode tornar-se dador?
Registar-se implica apenas preencher um impresso e tirar uma pequena amostra de sangue, nada mais.
Só uma ínfima quantidade de potenciais Dadores tem o privilégio de ser "activado" e realmente poder salvar uma vida.
O potencial dador pode, em qualquer momento, desistir do processo.
Uma vez registado poderá ser chamado para salvar alguém até aos 55 anos de idade.
• É necessário apresentar o BI/cartão de cidadão quando se vai inscrever como dador;
• Preenche-se formulário disponível nos locais de recolha móvel ou nos locais de recolha permanente entre os quais se incluem os 3 Centros de Histocompatibilidade (sff consultar as Notas da APCL sobre Locais fixos e Brigadas móveis para recolha).
• No local de recolha, é-lhe retirada uma pequena amostra de sangue (12 ml) que posteriormente é analisada;
• Feita a recolha de sangue, passa automaticamente a integrar a Base Nacional de Dadores de Medula Óssea (CEDACE) e a Base Mundial: BMDW, Bone Marrow Donors Worlwide;
• Em qualquer altura poderá ser contactado pelo CEDACE para teste adicionais, caso seja compatível com algum doente que necessite de transplante, em Portugal ou no estrangeiro;
• Para actualização dos seus dados enquanto potencial dador de medula óssea (alteração de morada, contactos e ou outras informações que considere relevantes) por favor contacte o 217504100 ou envie um email para cedace@ipst.min-saude.pt.
Há riscos?
Nenhuma das técnicas tem riscos para o dador:
. A punção lombar é feita no bloco operatório, em regra com anestesia geral. Exige um internamento de uma noite e após a colheita são recomendados quadro dias de descanso.
. Na citaferese (colheita feita em sangue periférico, através de um cateter ou de duas veias), o doente sai do hospital no mesmo dia e deve repousa durante um dia.
RR

Nenhum comentário:

Postar um comentário