quinta-feira, 15 de setembro de 2016

COSTA SUGERE A PASSOS QUE VÁ CAÇAR POKÉMONS


 
Carla Azevedo / portugal.gov.pt
António Costa levou uma "vaca voadora" para a cerimónia de apresentação do Simplex 2016.
António Costa levou uma “vaca voadora” para a cerimónia de apresentação do Simplex 2016
O primeiro-ministro defendeu que não tem o menor cabimento colocar-se um cenário de segundo resgate financeiro a Portugal e, numa indireta a Pedro Passos Coelho, sugeriu que quem espera o “diabo” melhor fará em dedicar-se a caçar “pokémons”.
Interrogado pelos jornalistas sobre o facto de a agência de rating Moody’s ter afastado um cenário de segundo resgate financeiro a Portugal, o líder do executivo respondeu: “Nunca estive intranquilo, porque sempre disse que não faz o sentido, não tem qualquer cabimento falar em qualquer tipo de resgate“.
Mais à frente, numa alusão indireta às previsões económico-financeiras do PSD, António Costa declarou que “quem anda à procura de encontrar o diabo mais vale dedicar-se à caça de pokémons, porque caçar pokémons é mais fácil do que encontrar o diabo“.
O presidente do PSD afirmou esta terça-feira que se Portugal voltar a ter um “mal maior”, numa referência implícita a um novo resgate, tal acontecerá “em consequência de ato deliberado”, salientando que não será aceitável que aconteça por incompetência ou distração.
No encerramento das jornadas parlamentares do PSD, em Coimbra, Pedro Passos Coelho recordou o período de 2010 que antecedeu o anterior resgate da troika e em que o Governo socialista, então liderado por José Sócrates, pediu “responsabilidade” aos sociais-democratas para evitar o “mal maior”.
Sem referir expressamente a palavra resgate, o líder do PSD lembrou que ainda assim “o mal maior acabou por acontecer”: “Desta vez, se acontecer qualquer coisa desse tipo, só por consequência de ato deliberado. Quem passou pelo que nós já passámos não pode aceitar que haja qualquer ingenuidade, desatenção, incompetência, distração que permita que uma coisa dessas”, avisou.

Estabilidade

Perante os jornalistas, o primeiro-ministro sustentou que há um quadro de estabilidade económica e financeira no país, com resultados positivos em termos de controlo do défice e na resolução das questões da banca.
“Portugal tem tido uma execução orçamental muito tranquila: Este ano (pela primeira vez em muitos anos) não ficará somente abaixo da meta dos 3% do défice, como também abaixo dos 2,7% previstos pela Comissão Europeia. E vamos mesmo ficar confortavelmente abaixo dos 2,5%”, advogou o primeiro-ministro.
António Costa disse que este resultado se verifica depois de o seu Governo, ao longo de 2016, ter reduzido a sobretaxa de IRS e de ter reposto vencimentos de salários e de pensões.
Também de acordo com o primeiro-ministro, “a gestão da dívida tem sido feita com grande competência e profissionalismo por parte do IGCP (Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública) e as taxas aplicadas a Portugal têm revelado enorme estabilidade“.
“Por outro lado, as questões que têm sido colocadas relativamente ao sistema financeiro têm sido resolvidas uma a uma com tranquilidade, não continuando a disfarçar o que irresponsavelmente foi escondido”, acrescentou, numa crítica ao anterior executivo.
António Costa falava no final de uma visita ao Liceu Passos Manuel, onde estudou em jovem, deslocação em que esteve acompanhado pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e que se destinou a assinalar a abertura do ano escolar.
ZAP / Lusa

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