quinta-feira, 15 de setembro de 2016

CIENTISTAS RUSSOS ESTIVERAM 2 SEMANAS CERCADOS POR URSOS POLARES NO ÁRTICO


 
Victor Nikiforov / WWF Rússia
Os ursos polares não costumam atacar humanos, mas casos como este têm-se tornando mais frequentes
Cinco cientistas russos passaram as últimas duas semanas numa estação meteorológica, no norte da Sibéria, cercados por uma dúzia de ursos, mas conseguiram libertar-se da ameaça esta quarta-feira graças a um navio-almirante que passava na zona.
A estação ficou cercada por 10 ursos adultos e alguns filhos, que rodearam o local desde o final de agosto e mataram o cão de um cientista.
Vadim Plotnikov, o chefe da equipa, pediu ajuda às autoridades após a situação ter sido agravada pela utilização de todo o stock de sinalizadores luminosos para assustar e afastar os ursos.
De acordo com a CNN, os investigadores estavam na ilha Troynoy, e teriam de esperar mais de um mês para serem resgatados, se não fosse a ajuda do navio Akademik Tryoshnikov que forneceu cães e mais sinalizadores luminosos para afastar os predadores.
Dado o difícil acesso à ilha, os materiais foram fornecidos através de um helicóptero.
Segundo a porta-voz da empresa responsável pela estação meteorológica, Yelena Novikova, o degelo crescente no Ártico fez com que os ursos não tivessem conseguido atravessar para outras ilhas à procura de comida, como é habitual.
“Este ano, o gelo desapareceu mais depressa e os ursos não tiveram tempo de nadar para outras ilhas. Como ali não há comida, foram para a estação”, afirmou, para justificar o número invulgar de ursos que cercaram os cientistas.
Os ursos polares são os maiores carnívoros terrestres – chegando a pesar 800 quilos – e estão em situação de vulnerabilidade devido à perda do seu habitat causada pelas mudanças climáticas.
BZR, ZAP

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