quarta-feira, 24 de maio de 2017

Unidade Antiterrorista ativada em Portugal

Os festivais e concertos de verão vão ser alvo de avaliação de ameaça e as medidas de segurança ajustadas ao grau de risco

A Unidade de Coordenação Antiterrorista (UCAT), que integra elementos das secretas e das principais forças e serviços de segurança, está a acompanhar os desenvolvimentos do atentado de Manchester. A secretária-geral do Sistema de Segurança Interna, que coordena a UCAT, disse ao DN, que todas estas forças "estão a trabalhar em completa articulação e a acompanhar os últimos acontecimentos registados em Manchester, mantendo contacto com as suas congéneres e recolhendo todos os dados necessários à sua avaliação".

Questionada sobre se este atentado teria impacto na segurança portuguesa, designadamente se, haveria alteração do paradigma de segurança em relação aos concertos e festivais de música previstos para os próximos meses, garantiu que "Todos os eventos, incluindo os festivais e concertos previstos para o verão, são objeto de avaliação de ameaça".

De acordo ainda com a secretária-geral "a segurança a este tipo de eventos envolverá as medidas necessárias e ajustadas ao grau de ameaça que vier a ser atribuído".

Fontes do setor ouvidas pelo DN apontam como fator "mais preocupante" o facto de, pela primeira vez um suicida, aparentemente solitário, ter utilizado explosivos neste género de alvo. Tanto em Paris, como em Bruxelas, onde também foram utilizados explosivos, os ataques foram executados por mais que uma pessoa e tiveram um comando a organizar.

Caso se confirme que o material utilizado em Manchester foi o mesmo daqueles ataques - triperóxido de triacetona -, conhecido nos meios jihadistas como a "mãe de Satã", fabricado com acetona, água oxigenada e ácido, a situação será ainda mais preocupante. "Enquanto explosivos com metais podem ser detetados, estes são líquidos e indetetáveis e podem ser comprados em qualquer lado. Juntando isto ao facto de serem utilizados por solitários, também dificilmente rastreados pelas autoridades, termos de pensar em todo um novo paradigma de segurança", afirma uma dessas fontes policiais que acompanha o caso.

Fonte: DN

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