“2 Metros Quadrados” é a casa dos que não têm casa. Da casa que ninguém quer ter. Da casa vazia de afetos. Dos que vivem na soleira das portas em cartões; dos que ocupam casas abandonadas; dos que têm um teto mas não têm o que comer.
A pobreza esconde-se, cada vez mais, debaixo de teto, esconde-se entre quatro paredes, paredes e tetos demasiado frágeis, tão frágeis como quem vive no limbo, na luta diária pela sobrevivência, na luta por banalidades como tomar um banho, ter uma refeição quente ou ter onde dormir.
Retratos de histórias dos novos “sem-abrigo” no Grande Porto, uma das regiões mais pobres do país, com uma das mais elevadas taxas de desemprego e com o maior número de pessoas apoiadas com o Rendimento Social de Inserção. Retratos que espelham o que se passa um pouco por todo o país, numa pobreza envergonhada que envergonha um país a braços com os seus, cada vez mais pobres.
O filme dá voz aos que vivem à margem da sociedade, aos que criticam o sistema e os apoios do Estado, que mostram como funciona a rede de integração, que falam sobre as respostas sociais, muitas vezes, ineficazes, e que estão a conservar as pessoas na rua.
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