segunda-feira, 7 de março de 2016

E X P R E S S Õ E S - U S A D A S - N A - L Í N G U A - P O R T U G U E S A


              Expressões curiosas usadas na
Língua Portuguesa!

JURAR DE PÉS JUNTOS:
Mãe, eu juro de pés juntos que não fui eu. A expressão surgiu através das torturas executadas pela Santa Inquisição, nas quais o acusado de heresias tinha as mãos e os pés amarrados (juntos) e era torturado para nada dizer além da verdade. Até hoje, o termo é usado para expressar a veracidade de algo que uma pessoa diz.

TIRAR O CAVALO DA CHUVA:
Pode ir tirando o seu cavalinho da chuva porque não te vou deixar sair hoje! No século XIX, quando uma visita iria ser breve, deixava o cavalo ao relento em frente à casa do anfitrião e, se fosse demorar, colocava o cavalo nos fundos da casa, num lugar protegido da chuva e do sol. Contudo, o convidado só poderia pôr o animal protegido da chuva se o anfitrião percebesse que a visita estava boa e dissesse: "pode tirar o cavalo da chuva". Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa.

DAR COM OS BURROS NA ÁGUA:
A expressão surgiu no período do Brasil colonial, onde os tropeiros que escoavam a produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região Sul ao Sudeste sobre burros e mulas. O facto era que muitas vezes esses burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas, onde os burros morriam afogados. Daí em diante o termo passou a ser usado para se referir a alguém que faz um grande esforço para conseguir algum feito e não consegue ter sucesso.

GUARDAR A SETE CHAVES:
No século XIII, os reis de Portugal adoptavam um sistema de arquivo de jóias e documentos importantes da corte através de um baú que possuía quatro fechaduras, sendo que cada chave era distribuída a um alto funcionário do reino. Portanto, eram apenas quatro chaves. O número sete passou a ser utilizado devido ao valor místico atribuído ao mesmo, desde a época das religiões primitivas. A partir daí começou-se a utilizar o termo "guardar a sete chaves" para designar algo muito bem guardado...

OK:
A expressão inglesa "OK" (okay), que é mundialmente conhecida para significar
que está tudo bem, teve a sua origem na
 Guerra da Secessão, no EUA. Durante a guerra, quando os soldados voltavam para as bases sem nenhuma baixa, escreviam numa placa "0 killed" (nenhum (zeromorto), expressando a sua grande satisfação, daí surgiu o termo "OK".

ONDE JUDAS PERDEU AS BOTAS:
Existe uma história não comprovada, de que após trair Jesus, Judas enforcou-se  numa árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhou por entregar Jesus dentro das suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava sem as botas, saíram em busca delas e do dinheiro da traição. Nunca ninguém soube se encontraram as botas de Judas. A partir daí surgiu à expressão, usada para designar um lugar distante, desconhecido e inacessível.

PENSANDO NA MORTE DA BEZERRA:
A história mais aceitável para explicar a origem do termo é proveniente das tradições hebraicas, onde osbezerros eram sacrificados a Deus como forma de redenção de pecados. Um filho do rei Absalão tinha grande apego a uma bezerra que foi sacrificada. Assim, após o animal morrer, ele ficou-se lamentando e pensando na morte da bezerra. Após alguns meses o garoto morreu.

PARA INGLÊS VER:
A expressão surgiu por volta de 1830, quando a Inglaterra exigiu que o Brasil aprovasse leis que impedissem o tráfico de escravos. No entanto, todos sabiam que essas leis não seriam cumpridas, assim, essas leis eram  criadas apenas "para inglês ver". Daí surgiu o termo.

RASGAR SEDA:
A expressão que é utilizada quando alguém elogia grandemente outra pessoa, surgiu através da peça de teatro do teatrólogo Luís Carlos Martins Pena. Na peça, um vendedor de tecidos usa o pretexto de sua profissão para cortejar uma moça e começa a elogiar exageradamente a sua beleza, até que a moça percebe a intenção do rapaz e diz: "Não rasgue a seda, que se esfiapa."

O PIOR CEGO É O QUE NÃO QUER VER:
Em 1647, em Nimes, França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D`Argent fez o primeiro transplante de córnea num aldeão de nome Angel.  Foi um sucesso da medicina da época, menos para Angel, que assim que passou a ver ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imaginava era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse os  seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e noVaticano. Angel ganhou a causa e entrou para a história como o cego que não quis ver.


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