quinta-feira, 18 de agosto de 2016

EX-INSPETORA DO SEF DETIDA POR BURLA DE MEIO MILHÃO DE EUROS


 
PJ / Facebook
Uma antiga inspetora do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras foi detida por ter burlado mais de quinze pessoas, num valor que atinge perto do meio milhão de euros.
Segundo o Público, a detenção foi feita cerca de um ano depois de a suspeita ter sido constituída arguida pelos mesmos crimes, num outro processo judicial, que ainda está a decorrer.
Para convencer as vítimas a entregarem-lhe dinheiro, a ex-inspetora afirmava que estava a aguardar por milhões de euros provenientes do estrangeiro, fruto de uma herança – ou de um prémio de lotaria – e para os receber precisava de dinheiro para pagar impostos e tratar do processo de transferência.
Para explicar o atraso na vinda do dinheiro, a suspeita inventaria sucessivas explicações, recorrendo adocumentos falsos para credibilizar os seus relatos.
Com estes pretextos, a arguida convenceu um antigo empresário a entregar-lhe 70 mil euros, o valor total das suas poupanças, e uma médica lisboeta mais de 50 mil euros.
Só nos últimos seis meses, a ex-inspetora conseguiu obter, no total, cerca de 200 mil euros.
Entre as vítimas da burla, estão pelo menos três colegas que trabalharam com a ex-inspetora no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, uma situação que levou à abertura de um processo disciplinar e que provocou a saída da funcionária em 2014.
Depois de estar desempregada, a mulher continuava a utilizar o antigo cartão do SEF para tornar credíveis as suas histórias e responsabilizar a instituição.
A arguida tinha ainda o cuidado de mudar várias vezes de morada e de telemóvel, destacou a Polícia Judiciária.
No primeiro processo, aberto em 2012 – com a investigação de factos que remontam pelo menos a 2010 – estão identificadas 12 vítimas, que terão tido um prejuízo total de cerca de 250 mil euros.
Nesta última investigação, referente aos últimos seis meses, estão identificadas apenas três vítimas, mas a PJ acredita que existem mais, algumas das quais já estão referenciadas pelas autoridades.
Algumas das vítimas não quiseram apresentar queixa, não aceitando reconhecer que tinham sido enganadas, e outras mostraram-se envergonhadas por terem caído num “esquema clássico”.
BZR, ZAP

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