sexta-feira, 7 de julho de 2017

Suspeito de furtos regressa ao Museu da Presidência da República

Medidas de coação impostas pela juíza de instrução criminal do processo caducaram. Diogo Gaspar, antigo diretor do Museu da Presidência da República, vai voltar ao local de trabalho.

Um ano depois de lhe terem sido suspensas funções, o antigo diretor do Museu da Presidência da República Diogo Gaspar, que foi detido no verão de 2016, voltou à instituição para trabalhar normalmente, avança a edição desta sexta-feira do Público. Em causa está o facto de as suas medidas de coação impostas pela juíza de instrução criminal do processo terem ficado caducadas, das quais constava a suspensão de funções.
Questionadas sobre o assunto, fontes da Presidência da República explicaram ao diário que Diogo Gaspar é técnico superior do quadro de pessoal da secretaria-geral da Presidência da República, onde está inserido o Museu da República. O suspeito ter-se-á apresentado ao serviço no passado dia 3 de julho e entrado de férias logo a seguir, segundo a mesma publicação.
“À cautela, embora a caducidade seja automática, requeremos ao tribunal que reconheça que as medidas de coação já caducaram”, afirmou ao matutino o advogado de Diogo Gaspar, Raul Soares da Veiga. “Como Diogo Gaspar é um funcionário zeloso e cumpridor apresentou-se ao serviço. Tem o dever e o direito de exercer o seu trabalho”, acrescentou.
Diogo Gaspar está envolvido na “Operação Cavaleiro” depois de a Polícia Judiciária ter encontrado em sua casa e na de amigos uma série de móveis antigos, tapeçarias e quadros do espólio museológico. O ex-diretor acabou por ser constituído arguido por “indícios de abuso de poder, tráfico de influência, peculato e participação económica em negócio, entre outros crimes”.
Na sequência das buscas por parte das autoridades, o ex-dirigente do museu foi proibido de estabelecer contactos com algumas pessoas por “perigo de continuação da atividade criminosa e de perturbação do decurso do inquérito” e impedido de entrar na secretaria-geral da Presidência da República, no Museu da Presidência e no Palácio da Cidadela.

Fonte: Jornal Económico

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