quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Eu, Psicóloga | Imagem corporal infantil: como estimular a autoestima




Você já parou para pensar na imagem corporal que seus filhos possam estar formando sobre si próprios? Desde pequenos aprendemos que ser magro é sempre bonito, saudável e ideal, mas a verdade é que este padrão de beleza estabelecido pela sociedade pode ser capaz de fazer um estrago e tanto à saúde mental das crianças.

De acordo com a psiquiatra Luiza Heberle, da equipe do Centro de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital São Lucas da PUCRS, a incidência de anorexia, que está relacionada com uma preocupação intensa com ganho de peso e uma perturbação significativa da imagem corporal, tem crescido muito entre jovens nas últimas décadas. "Isso é extremamente preocupante, pois ela pode interferir seriamente no desenvolvimento físico e intelectual de crianças e adolescentes", destaca.
Ter problemas com a imagem corporal pode levar as crianças a desenvolverem distúrbios alimentares (o principal deles, a anorexia, é a doença psiquiátrica que mais mata no mundo), problemas com nutrição e até a depressão. Para evitar que os filhos se preocupem demais com a autoimagem, é importante estar ciente de alguns pontos:

1- As ações dos adultos podem influenciar na autoimagem das crianças

As crianças são muito sensitivas e percebem que palavras, gestos e expressões são capazes de demonstrar aceitação, rejeição e alguns conceitos sobre seus corpos. Esta percepção pode levar a criança a construir um ideal difícil de se atingir.

2- Abrace as diferenças

É importante reforçar para os filhos que cada pessoa é única e não somos melhores nem piores do que ninguém. Também vale lembrar a eles que nossos corpos não são definitivos. Em períodos como a puberdade, por exemplo, a tendência é que o corpo mude a todo momento.

3- Esteja atento quando ao bullying

Se a criança está sofrendo bullying na escola, vale a pena levar a questão para os educadores. Caso contrário as chances do seu filho sofrer com a pressão de entrar nos padrões só aumentam. Isso leva a depressão e aos distúrbios alimentares.
Dados internacionais estimam que os transtornos alimentares podem afetar até 10% dos jovens, um número que tem crescido ao longo dos últimos anos, conforme publicação da revista da Academia Americana de Pediatria.

4- Nunca chame a criança de gordinho(a), feio(a), ou ridículo(a)

Frases como "esta roupa te deixa gordinho" ou "comer muito vai te deixar gordo e feio" podem ser como bombas para as crianças. Estas frases podem interferir a longo prazo na imagem que cada criança tem de si.

5- Pense sobre sua própria imagem corporal

Se você estiver com dificuldades de se aceitar vale procurar ajuda profissional de um terapeuta. Quando temos problemas sobre certo assunto pode ser bem mais difícil não passar essa dificuldade para a criança.

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